Já há mais de 11 mil ofertas de emprego para refugiados ucranianos

O IEFP já registou 11.503 oportunidades de trabalho, na plataforma lançada há apenas três dias para recolher ofertas de emprego para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal.

Em apenas três dias, o número de ofertas de trabalho recolhidas pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal já ultrapassou a fasquia dos dez mil. Ao ECO, fonte do Ministério do Trabalho adiantou que, até às 9h00 desta sexta-feira, já tinham sido carregadas 11.503 oportunidades de emprego, na plataforma desenhada para este fim.

Face à ofensiva que está a ser atualmente levada a cabo pela Rússia na Ucrânia, o IEFP preparou uma plataforma, na qual as empresas portuguesas podem indicar as oportunidades de emprego que têm disponíveis para os refugiados que, eventualmente, chegarão a Portugal.

No dia do seu lançamento, essa plataforma contava, segundo disse a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, com duas mil vagas e, três dias depois, já ultrapassou as 11 mil oportunidades de emprego.

Segundo já tinha explicado o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “existe uma enorme diversidade de profissões pretendidas, sendo que os principais setores com ofertas de emprego colocadas são tecnologias de informação, transportes (motoristas), restauração e hotelaria, setor social e construção civil“, setores que, note-se, estão a ser castigados atualmente pela escassez de recursos humanos.

As vagas inscritas na plataforma do IEFP estão “dispersas por todo o país” e esse instituto já se comprometeu também a fazer um “mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos acolhidos”. Caso exista, depois, um ajustamento entre as vagas e o perfil dos cidadãos em causa, o IEFP entrará em contacto com as empresas para apresentar os candidatos.

Além disso, este instituto já se anunciou que irá “disponibilizar cursos de Português Língua de Acolhimento para que os cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal”.

Por outro lado, o Governo também deu “luz verde” à criação de um mecanismo que prevê a entrada automática destes cidadãos em Portugal, bem como de um programa ao abrigo do qual os refugiados ucranianos que cheguem ao país recebem de forma automática um número de identificação fiscal, de Segurança Social e de utente, o que facilitará a sua integração profissional.

Segundo o alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU), Filippo Grandi, um milhão de refugiados já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa para países vizinhos.

A “operação militar especial” da Rússia na Ucrânia arrancou a 24 de fevereiro, com o ataque a várias cidades e ainda não cessou, apesar das sanções impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos e das negociações de paz. Vladimir Putin insiste no objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia, ainda que se multipliquem as condenações desses atos e que esteja cada vez mais isolado.

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