Zona euro: seguradoras têm 9,2 biliões de euros em ativos

A carteira de ativos da indústria seguradora alcançou 9,23 biliões de euros na zona euro no final do quarto trimestre (4T) de 2021, uma subida de 52 mil milhões face ao trimestre precedente e a evidenciar incremento de 2,2% face ao 4T de 2020.

De acordo com os dados (provisórios) do Banco Central Europeu (BCE) relativa ao último trimestre e 2021 e considerando o peso de cada jurisdição na carteira agregada, França (com cerca de 3,16 biliões) e Alemanha (com 2,65 biliões de euros) são os países que dão maior representatividade ao setor segurador enquanto investidor institucional.

Portugal, 9º mais pequeno no agregado da indústria seguradora da área euro, contabilizava cerca de 56 mil milhões de euros em ativos líquidos (face a 45 mil milhões em reservas técnicas, do qual 42 mil milhões eram responsabilidades de balanço nos seguros de Vida).

Na zona euro, o valor total do ativo afeto às provisões técnicas das empresas de seguros cresceu 36 mil milhões, face ao 3T, aproximando-se dos 6,95 biliões de euros e a colocar a relação entre investimentos e responsabilidades pouco acima dos 75%. No caso de Portugal, este rácio elevou-se a cerca de 80,4%, mostram as estatísticas atualizadas do BCE.

A distribuição do investimento do setor segurador por tipo de ativo financeiro varia consoante geografia das seguradoras sendo que, para o conjunto da união monetária (área euro), os títulos de dívida (pública e privada) representavam 3,49 biliões ou perto de 38% do agregado das carteiras nacionais. Os fundos de investimento, representando 30% da carteira, são a segunda categoria de ativos investidos pelas empresas de seguros, seguidos de ações (11,9%) e empréstimos (7,0%). Em Portugal, considerando a carteira das seguradoras do ramo Vida, o segmento unit-linked (16%) ainda é inferior ao dos seguros de vida tradicionais (26%).

As estatísticas do BCE englobam totais (por Estados membro e instituições financeiras da zona euro, incluindo empresas dos seguros com detalhe sobre ativos e responsabilidades), composição das carteiras de investimento relativamente a entidades fora da união monetária.