Costa reconhece que peso dos recursos humanos na Defesa é excessivo
O primeiro-ministro defende que o orçamento da Defesa tem de crescer, e garantindo um aumento do investimento em equipamento e não em recursos humanos. Costa diz que Putin deu uma “nova vida à NATO”.
Face ao conflito que está a decorrer na Ucrânia, mas também aos compromissos que já tinham sido assumidos junto da NATO, Portugal tem de aumentar o orçamento global da Defesa, defende o primeiro-ministro. António Costa sublinha, no entanto, que é preciso aumentar o peso do investimento em equipamento, já que os recursos humanos pesam mais do que deviam.
“Portugal tem dois desafios: aumentar o orçamento global da Defesa e, dentro desse orçamento, aumentar o peso do investimento em equipamento”, reitera o primeiro-ministro, à saída da cimeira da NATO, em declarações transmitidas pelas televisões. “Temos menos peso em equipamento do que devíamos, e temos mais peso de recursos humanos do que aquilo que é o compromisso que temos com a NATO”, acrescenta.
Foi em 2018 que o país assumiu um compromisso quanto à progressividade do reforço do orçamento em matéria da Defesa, condicionado à mobilização do Fundo Europeu de Defesa, segundo recorda Costa, que “temos vindo a seguir”.
O primeiro-ministro diz também que é necessário avançar com estes passos de forma “inteligente”, já que o “investimento em defesa tem de contribuir para melhorar as capacidades das Forças Armadas e tem de ser estímulo para a participação e desenvolvimento da indústria nacional de forma a reforçar a nossa economia”.
“Hoje temos capacidade industrial para contribuir positivamente para satisfazer este maior esforço em defesa”, nomeadamente nas áreas de aeronáutica, nas comunicações e nos drones, salienta António Costa. “Temos conseguido utilizar esforço para simultaneamente aumentar capacidade das forças armadas mas também para dinamizar reindustrialização do país”, defende, apontando que “temos de ser capazes de integrar sistema científico e tecnológico para dar um contributo positivo”.
Por outro lado, o primeiro-ministro considerou que o Presidente russo deu uma “nova vida à NATO”, sublinhando que a Aliança “está bem viva” e que nem o ‘Brexit’ nem o foco dos Estados Unidos no Indo-Pacífico a enfraqueceram.
Para António Costa Vladimir Putin sofreu duas derrotas ao invadir a Ucrânia, no passado dia 24 de fevereiro. “A primeira grande derrota que Putin teve foi a extraordinária capacidade de resistência dos ucranianos, que demonstraram bem a sua alma nacional e a sua vontade de proteger a independência do seu território, e uma segunda grande derrota que Putin teve foi ter dado uma nova vida à NATO”, disse.
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