Fundo de pensões do BCP vende posição em seguradora holandesa avaliada em 100 milhões
Fundo de pensões do BCP vendeu no final do ano passado a participação de quase 3% que detinha na seguradora Achmea, dos Países Baixos, e que estava avaliada em mais de 100 milhões.
O fundo de pensões do BCP vendeu a posição de 2,73% que detinha na seguradora Achmea, dos Países Baixos, e que se encontrava avaliada em mais de 100 milhões de euros no final do ano passado. A ligação do BCP ao grupo financeiro holandês, que chegou a ser o segundo maior acionista do banco português, tem mais de duas décadas.
A Achmea confirmou ao ECO que comprou essa participação ao fundo de pensões do BCP em dezembro do ano passado, no âmbito de um plano de recompra de ações no valor global de 131 milhões e que incluiu ainda a aquisição da posição da Stichting Beheer Aandelen Achmea, que ascendia a 0,94%.
A recompra de ações visou simplificar a estrutura acionista do grupo controlado pela Associação Achmea, que passou a deter mais de 68% após esta operação. O fundo de pensões do BCP, gerido pela Ageas, era o terceiro maior acionista do grupo segurador holandês, mas deixou de ter qualquer participação. O Rabobank é o segundo maior acionista com 30%.
De acordo com o relatório e contas do banco português, a posição do fundo de pensões na Achmea encontrava-se avaliada em 102,8 milhões de euros. A Achmea não está listada na bolsa. A posição na Achmea foi “substituída por uma exposição ao índice europeu”, revela o banco.
A ligação do BCP à Achmea tem mais de duas décadas, quando ambas as instituições decidiram juntar os seus negócios na área dos seguros no consórcio de seguradoras europeias Eureko, em 2000. Dessa fusão nasceu um novo grupo segurador pan-europeu que passou a ser controlado em 72,2% pela Achmea, enquanto o banco português ficou com quase 23%.
Entretanto, falhada a entrada em bolsa da Eureko e perante o impacto do 11 de setembro no setor segurador, o BCP vendeu a sua posição no grupo holandês em 2002 para readquirir a Seguros & Pensões Gere, que havia sido vendida em troca da posição na Eureko. Mais tarde, em 2011, deu-se a fusão da Eureko NV na casa-mãe Achmea.
Pelo meio, por volta do ano 2007, a Eureko chegou a ser o segundo maior acionista do BCP, com mais de 9% do banco português.
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