IGF pede à NAV maior controlo sobre gastos e viaturas de uso pessoal
Auditoria da Inspeção-Geral de Finanças conclui que NAV continua a apresentar desvios orçamentais, agravando o endividamento, que já soma 117 milhões.
A NAV Portugal continua a apresentar gastos acima dos programados e agravou a situação económica e financeira difícil em que já se apresentava, apontam as conclusões de uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), divulgada esta terça-feira. Pede, por isso, um maior controlo sobre os gastos.
A autoridade de auditoria do Estado conclui que “persistem insuficiências na empresa ao nível do planeamento, apresentando desvios entre os gastos reais e os programados”, que se cifraram em 8,1 milhões em 2018 e 6,3 milhões em 2019.
Os desequilíbrios apontados não se ficam por aqui. A IGF conclui que “as medidas adotadas não têm sido suficientes para suster o crescimento das responsabilidades com fundos de pensões” e que a empresa responsável pelo controlo do tráfego aéreo “continua a praticar valorizações remuneratórias superiores à taxa de inflação, que se repercutem no aumento de responsabilidades”.
Aponta ainda que “a redução drástica de receitas, motivada pela crise no tráfego aéreo devido à pandemia COVID-19, conduziu ao crescimento dos níveis de endividamento (117 milhões de euros) e ao diferimento de pagamentos (22,2 milhões), agravando a situação económica e financeira difícil que a empresa apresenta”.
A IGF recomenda, por isso, à NAV que “exerça um controlo rigoroso sobre a execução dos gastos da empresa e diligencie a correção de eventuais desvios face ao programado”.
Deixa também uma crítica ao facto de persistir “o procedimento de atribuir viaturas para uso pessoal sem celebração de acordos escritos”, recomendando que estes passem a ser celebrados, conforme prevê a lei.
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