Guterres chega a Kiev com uma “prioridade das prioridades”: criar corredores humanitários em Mariupol
António Guterres já chegou a Kiev onde irá amanhã reunir com Zelensky, e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, com vista a negociar as modalidades dos corredores humanitários em Mariupol.
António Guterres já chegou à capital ucraniana de Kiev, após a sua visita a Moscovo, e irá reunir amanhã com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com vista a estabelecer corredores humanitários em Mariupol.
Para o secretário-geral da ONU, em declarações aos jornalistas portugueses transmitidas pela RTP3, a “prioridade das prioridades” é salvaguardar os civis abrigados em bunkers subterrâneos, tendo avançado que houve um acordo de princípio do lado russo, e que os detalhes e modalidades dos corredores humanitários serão discutidos amanhã. Guterres acrescentou que a operação se foca em Azovstal, a fábrica siderúrgica sob cerco russo em mariupol, e espera ser possível chegar a uma solução “de acordo com todos”.
Para Guterres embora ainda não tenha sido possível reunir as condições para a retirada da população em Mariupol, o responsável espera que a discussão de amanhã dê resultados até sexta-feira, embora sublinhe que não é possível garantir este cenário. O secretário-geral da ONU irá visitar amanhã as imediações mais afetadas de Kiev, mas desconhece-se qual a cidade em específico, podendo ser Bucha, Borodyanka, Hostomel, entre outras. Guterres irá também reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
Em resposta às questões dos jornalistas, Guterres esclareceu que a operação a realizar em Mariupol “tem de ser feita com delicadeza”, e admitiu que o estabelecimento dos restantes corredores humanitários é “mais simples”. Para o responsável as modalidades práticas devem satisfazer as autoridades russas e ucranianas, mas também os princípios das Nações Unidas.
Relativamente à questão do armamento nuclear russo, Guterres não reconheceu a situação enquanto uma ameaça por parte de Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, mas destacou que “temos de trabalhar para que essa hipótese seja uma completamente impensável”. Contrariamente às declarações russas, o secretário-geral da ONU mantém que, para a organização, “isto é uma invasão da Ucrânia pela Federação Russa” e sublinha a necessidade de um cessar-fogo imediato.
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