Preço dos alimentos recuou 0,8% em abril mas é 30% superior a 2021
"Este pequeno declínio no índice é um alívio bem-vindo, sobretudo, para os países com baixos rendimentos e défice alimentar”, disse o economista-chefe da FAO.
O preço dos alimentos recuou 0,8% em abril, acompanhando a descida nos óleos vegetais e no milho, mas é 30% acima do verificado em 2021, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
Em abril, o índice de preços dos alimentos da FAO fixou-se assim em 158,4 pontos, uma descida de 0,8% em comparação com o mês anterior. Contudo, o valor permanece aproximadamente 30% superior ao registado em igual período do ano anterior.
“Este pequeno declínio no índice é um alívio bem-vindo, sobretudo, para os países com baixos rendimentos e défice alimentar”, considerou o economista-chefe da FAO, Máximo Torero Cullen, citado pela agência EFE. A evolução é justificada pela diminuição do valor dos óleos vegetais (5,7%).
Por sua vez, a queda de 3% no preço do milho contribuiu para a redução do preço dos cereais, limitado pelo bloqueio do trigo nos portos da Ucrânia, face à guerra. Ainda assim, o preço do arroz voltou a crescer perante o aumento da procura pela China, enquanto o do açúcar disparou 3,2% devido à baixa produção no Brasil, que é o maior exportador mundial deste bem.
Neste mês, o preço da carne voltou a bater um novo recorde, com um aumento de 2,2% devido à subida do número de focos de gripe das aves e à interrupção das exportações da Ucrânia. Já o valor dos laticínios e da manteiga também avançou perante a diminuição da oferta.
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