Sonaecom quase duplica lucros no primeiro trimestre de 2022

A empresa de tecnologias, telecomunicações e media do grupo Sonae lucrou quase 21 milhões até março, destacando o aumento de receitas da Nos e os negócios na área da cibersegurança.

O resultado líquido da Sonaecom fixou-se em 20,9 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, quase duplicando assim os lucros em relação aos 10,6 milhões que tinha apresentado no primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com os dados comunicados esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o volume de negócios consolidado cresceu 6,2%, para 17,8 milhões de euros, com “contributos positivos de todas as áreas, especialmente das empresas de cibersegurança”.

Na área da tecnologia, o trimestre ficou marcado por “relevantes contornos de caixa” com a venda da CiValue e com a distribuição de capital da Armilar decorrente da venda da Safetypay; e pela expansão de portefólio com dois novos investimentos: Experify (plataforma de feedback de produto) e Hackuity (empresa de cibersegurança especializada na prevenção de ataques).

O EBITDA alcançou 10,8 milhões de euros, justificado pela mais-valia gerada na venda de um ativo da área de tecnologia e pela melhoria do contributo da ZOPT. É através desta sociedade que detém uma participação de 52,15% na Nos, cujo aumento das receitas foi “impulsionado pelo desempenho da operação de telecomunicações e da recuperação da atividade de audiovisuais e cinema”.

A Nos já tinha apresentado resultados a 3 de maio, reportando lucros a subir 35%, para 41,1 milhões. Entre janeiro e março, obteve receitas de 365,8 milhões com telecomunicações (+9%), com as receitas do segmento de consumo a crescerem 2%, o segmento empresarial a somar 32% e o negócio grossista a captar mais 10,2%.

Já o Público “continuou a reforçar a sua presença digital e valorização da marca no mercado de publicidade”. No trimestre em que a Sonaecom reportou um aumento de quase 8% nos custos operacionais — pressionado pela subida a dois dígitos (10,4%) nos custos com pessoal –, o desempenho nas assinaturas online, na venda de jornais e na publicidade traduziu-se num aumento geral nas receitas de 4,9%, comparado com o registo homólogo.

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