Trabalhadores da CP em greve na segunda-feira por aumentos salariais
Trabalhadores da CP fazem uma greve de 24 horas esta segunda-feira para reivindicar aumentos salariais de 90 euros.
Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal fazem uma greve de 24 horas, na segunda-feira, para reivindicar aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores.
A decisão foi tomada no final de abril, em plenários descentralizados de trabalhadores que se realizaram no Porto, no Entroncamento e em Lisboa e foram promovidos pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
A greve decorre entre as 00h00 e as 24h00, mas abrange também os trabalhadores que iniciem o seu período de trabalho hoje ou que iniciem o seu período de trabalho nas últimas horas de segunda-feira e terminem no dia 17.
O coordenador da Fectrans, José Manuel Oliveira, disse à agência Lusa que a decisão dos trabalhadores é “um protesto contra a intransigência do Governo e da CP, o arrastamento das negociações e os salários baixos“.
“O principal motivo desta greve são os aumentos salariais, embora estejam também em causa outras matérias, como a aplicação do Acordo de Empresa da CP aos trabalhadores da antiga EMEF, para acabar com as desigualdades”, disse o sindicalista.
A Fectrans e o seu sindicato, filiados na CGTP, reivindicam um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores da CP, a quem foi aplicada uma atualização de 0,9%, tal como foi imposto a todo o Setor Empresarial do Estado e Administração Pública.
“Se queremos a modernização do caminho-de-ferro, é preciso também apostar nos trabalhadores ferroviários”, defendeu José Manuel Oliveira.
Na resolução aprovada nos plenários, os trabalhadores exigem a continuação das negociações da revisão do Acordo de Empresa e do Regulamento de Carreiras, “que valorize os salários de modo a fazer face ao brutal aumento do custo de vida, valorize as profissões e proceda à integração dos trabalhadores da ex-EMEF sem perda de direitos e redução de remunerações”.
Para os trabalhadores, “a proposta de aumento salarial de 0,9% significa, na prática, mais um ano sem aumento dos salários, com a agravante de acontecer num ano em que o custo de vida aumenta de forma galopante”.
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