Novobanco paga 34 milhões por dois hotéis da Sonae Capital em Troia
Aqualuz Tróia Mar & Rio e The Editory By The Sea Tróia-Comporta, pertencentes ao Troia Resort, foram comprados por um fundo de pensões do Novobanco, sabe o ECO.
O Novobanco, através de um dos seus fundos de pensões, comprou à Sonae Capital dois hotéis em Troia, numa operação que foi fechada por cerca de 34 milhões de euros, sabe o ECO. A empresa já tinha anunciado na semana passada a venda do Aqualuz Tróia Mar&Rio e do The Editory By The Sea Tróia-Comporta, pertencentes ao Troia Resort, mas sem adiantar mais detalhes.
É considerada “uma das maiores operações de investimento imobiliário em hotéis realizada no mercado português desde o início do ano”, afirmou a consultora JLL, que assessorou esta operação, em comunicado enviado na semana passada.
O ECO apurou entretanto que o comprador se trata de um fundo de pensões do Novobanco e que a operação foi fechada por 34 milhões de euros, o equivalente a uma yield de 5,75%. Apesar de vender os hotéis, a The Editory Hotels, unidade de negócio de Hospitality da Sonae Capital, vai continuar a geri-los, naquela que é uma operação de sale&leaseback.
Em causa estão os hotéis Aqualuz Troia Mar & Rio Hotel by The Editory e The Editory By The Sea Troia Comporta Hotel, de quatro e cinco estrelas, respetivamente, ambos pertencentes ao Troia Resort. Juntas, as duas unidades representam 337 apartamentos.
Em entrevista ao ECO após a divulgação deste negócio, o diretor de hotelaria da Sonae Capital adiantou que a empresa tem 15 milhões de euros disponíveis para investir em novos hotéis nos próximos cinco anos. Pedro Capitão explicou que, apesar de Troia ser “um mercado importante”, a estratégia da empresa passa por “diversificar geografias” e, por isso, quer “aumentar” o “peso relativo” no Porto, Lisboa e Algarve.
“Se fizermos este paralelo entre o peso relativo de cada um destes mercados turísticos versus Troia, estamos com demasiado peso em Troia. É neste sentido que estamos a procurar aumentar a nossa exposição a mercados com mais profundidade. Algarve e Lisboa são os dois maiores destinos turísticos nacionais e queremos ter uma maior exposição aí. Faz-nos mais sentido crescer aí do que em Troia”, disse o responsável.
Novobanco continua a mexer no imobiliário
O Novobanco continua a dar cartas no imobiliário e, recentemente, anunciou a venda de uma carteira de imóveis de logística, sem detalhar quais são os ativos em questão, referindo apenas tratar-se de uma carteira detida maioritariamente pelos fundos imobiliários NB Património e NB Logística, geridos pela GNB Real Estate. A março de 2022, o Novobanco detinha, em média, uma participação de cerca de 75% dos referidos ativos imobiliários.
Dias depois, a instituição acabou por dar mais informações, revelando que a venda tinha sido fechada por 208 milhões de euros e que vai ter um impacto positivo de 62 milhões de euros nas contas deste ano, assim como uma melhoria de 35 pontos base no rácio de capital.
A instituição tem atualmente em curso a venda da sede histórica do BES, na Avenida de Liberdade, no centro de Lisboa, naquela que é parte do processo de mudança para o Tagus Park, em Oeiras. O edifício com 15 mil metros quadrados acima do solo recebeu várias manifestações de interesse e, sabe o ECO, o Novobanco pretende lá ficar até 18 meses depois de o vender, mediante o pagamento de uma renda mensal de cerca de 400 mil euros.
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