Super Bock Super Rock passa para Altice Arena
Devido ao estado de contingência decretado face ao risco máximo de incêndio em território nacional, o Festival Super Bock Super Rock vai realizar-se no Altice Arena, no Parque das Nações.
O festival Super Bock Super Rock, agendado para os dias 14 a 16 de julho, vai passar da Herdade do Cabelo da Flauta, no Meco, para o Altice Arena, no Parque das Nações na sequência do estado de contingência decretado pelo Governo que irá vigorar até sexta-feira.
A confirmação foi dada esta terça-feira por Luís Montez, responsável pela promotora do festival Música no Coração, em declarações transmitidas pela RTP 3, frisando que a “Proteção Civil não autoriza o campismo nem o estacionamento na área florestal porque têm que cumprir a lei. A lei diz que na floresta não pode haver nada“, afirmou, garantindo que os bilhetes são válidos para a nova localização mas que não haverá campismo. Cartaz manter-se-á inalterado.
“Estivemos a tentar com as medidas de mitigação do risco, tivemos um trabalho notável da Câmara Municipal de Sesimbra, mas como está numa área florestal não querem abrir nenhuma exceção, nem para o estacionamento. Portanto fomos obrigados a deslocar o festival para a Altice Arena, em Lisboa”, explicou aos jornalistas.
As declarações surgem momentos depois de o primeiro-ministro ter admitido a possibilidade de os eventos programados para os próximos dias terem que ser readaptados perante as circunstâncias de risco máximo de incêndio e de temperaturas elevadas. Na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em Carnaxide, António Costa reiterou, esta terça-feira, que as previsões meteorológicas se vão manter de “enorme gravidade” nos próximos dias, voltando a frisar a necessidade de haver responsabilidade individual para evitar a ocorrência de incêndios.
Em cima da mesa está também a possibilidade de ser adiada a 40.ª Convenção Internacional de Motos de Faro, que se realiza no Vale das Almas, uma zona arborizada destinada ao acampamento dos participantes. O evento já tinha sido adiado em 2020 e 2021 por causa da pandemia.
“Está-se a procurar encontrar soluções alternativas”, que podem ser deslocalização ou adiamento, para não cancelar os eventos — a solução não está fechada, até porque depende da meteorologia, revelou. “Vejam o que era acontecer uma tragédia naquele local e serem atingidas milhares de pessoas. É uma questão de responsabilidade”, frisou, garantindo que a Proteção Civil está em conversações com os promotores para encontrar “soluções alternativas”.
No mesmo momento reconheceu o “enorme transtorno” que é a reprogamação das atividades, principalmente depois de dois anos de pandemia, “nomeadamente no setor da cultura”, mas confessou que “a segurança das pessoas tem de estar acima de tudo”.
“Isto não é uma opção política. Há escolhas políticas e determinações técnicas”, afirmou em resposta aos jornalistas. Tanto a GNR como a Autoridade Nacional de Proteção Civil deram pareceres negativos a ambos os eventos, diz, e nenhum político “no seu perfeito juízo” vai desconsiderar essas opiniões para “ser muito simpático”. “Ninguém de bom senso o faria nem o pode fazer.”
(Notícia atualizada às 14h59)
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