Temperaturas extremas provocaram excesso de mortalidade de 1.063 óbitos
A DGS recordou que desde 6 de julho que se registam valores elevados de temperatura do ar, tendo sido emitido um aviso vermelho de tempo quente, o mais elevado na escala.
Portugal registou um excesso de mortalidade entre 7 e 18 de julho correspondente a 1.063 mortes, atribuídas às temperaturas extremas que se verificaram no continente nos últimos dias, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
“Entre os dias 07 e 18 de julho de 2022, inclusive, observou-se excesso de mortalidade em Portugal (continente e ilhas), correspondendo a um total de 1.063 óbitos”, avançou a autoridade de saúde em comunicado, salientando que estes valores são provisórios e estão sendo atualizados.
A DGS recordou também que desde 6 de julho que se registam valores muito elevados de temperatura do ar, tendo sido emitido um aviso vermelho de tempo quente, o mais elevado na escala, para a maioria dos distritos em Portugal continental.
“As temperaturas do ar extremas, como as que se têm verificado nos últimos dias (máximas e mínimas), têm um potencial impacte conhecido na saúde, como consequência de desidratação ou de descompensação de doenças crónicas, entre outros fatores”, alertou ainda a DGS, que recordou que as elevadas temperaturas do ar estão, geralmente, associadas a períodos de mortalidade mais elevada do que o esperado para a altura do ano.
De acordo com a DGS, os dados atuais disponíveis sobre as previsões meteorológicas apontam para uma descida de temperatura, mais acentuada na temperatura máxima.
“O indicador-sentinela do efeito previsto das temperaturas elevadas do ar na mortalidade – o Índice ÍCARO calculado pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA) – poderá atingir o valor máximo de 0,11 no dia 21 de julho de 2022, em Portugal Continental, traduzindo um efeito sobre a mortalidade não significativo”, avançou a DGS, que ativou o grupo operativo do seu Plano de Contingência a 05 de julho, estando também acionadas as respostas regionais e locais.
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