Desemprego caiu para 5,7% no segundo trimestre
Este desempenho dá-se apesar da subida registada na taxa de desemprego em junho, para 6,1%.
A taxa de desemprego caiu para 5,7% no segundo trimestre de 2022, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) do que no trimestre anterior e menos 1,0 p.p. face ao segundo trimestre de 2021, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira. Este desempenho dá-se mesmo após uma subida no desemprego em junho, para 6,1%.
Esta taxa de desemprego trimestral é a mais baixa desde o segundo trimestre de 2020, altura marcada pela pandemia, quando o número também se fixava nos 5,7%. É o valor mais baixo desde o início da série, em 2011.
“No segundo trimestre de 2022, a população empregada (4.901,8 mil pessoas) manteve-se praticamente inalterada em relação ao trimestre anterior, tendo aumentado 1,9% (91,3 mil) relativamente ao trimestre homólogo”, adianta também o INE. Por outro lado, a população desempregada, estimada em 298,8 mil pessoas, caiu 3,1% face ao trimestre anterior e 13,6% (46,9 mil) relativamente ao homólogo.
A queda homóloga da população desempregada reflete os decréscimos no desemprego entre as mulheres (24 mil; 13,4%); pessoas dos 16 aos 24 anos (25,9 mil; 32,8%); que completaram o ensino secundário ou pós-secundário não superior (28,7 mil; 21,9%); à procura de novo emprego (49,3 mil; 16,1%); e desempregados há menos de 12 meses (44,5 mil; 23,3%).
Apesar do recuo, é de salientar que no segundo trimestre de 2022, metade da população desempregada estava nesta condição há 12 ou mais meses (desemprego de longa duração), “valor superior em 4,7 p.p. ao do trimestre precedente e em 6,2 p.p. ao do trimestre homólogo”.
Quanto à subutilização do trabalho, esta recuou 2,8% em relação ao trimestre anterior e 8,2% relativamente ao período homólogo, abrangendo 600,7 mil pessoas. Já a população inativa com 16 e mais anos aumentou 0,3% em relação ao trimestre anterior e diminuiu 1,1% relativamente ao homólogo.
Olhando para as regiões do país, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em três locais: Região Autónoma da Madeira (7,3%), Área Metropolitana de Lisboa (6,8%) e Região Autónoma dos Açores (5,9%). Nas restantes, foi inferior (Norte: 5,5%; Algarve: 5,3%; Centro: 5,2%; e Alentejo: 4,4%).
O INE tem também dados sobre o teletrabalho, que indicam que cerca de um quinto da população (20,6%) trabalhou a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação. Este número representa uma subida face ao trimestre anterior, quando apenas 10,4% dos trabalhadores realizavam as tarefas a partir de casa.
Destas 958,6 mil pessoas em teletrabalho, 59,9% pertencia ao grupo profissional dos especialistas das atividades intelectuais e científicas e 75,1% tinha ensino superior.
Desta forma, “um empregado com uma profissão neste grupo profissional tinha uma probabilidade de estar em teletrabalho superior em oito pontos percentuais à de um empregado com uma profissão na classe de referência”. Já a probabilidade de um empregado com ensino superior estar em teletrabalho é 11,7 p.p. mais elevada do que para aqueles que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico.
(Notícia atualizada às 12h00)
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