Merytu faz o ‘match’ entre profissionais independentes e empresas de hotelaria e restauração
A app liga profissionais à restauração e hotelaria, a braços com escassez de profissionais. Garante flexibilidade e liberdade na hospitalidade. Nómadas não digitais são alguns dos perfis registados.
“As pessoas não desapareceram, simplesmente as novas gerações querem estar de forma diferente na sua vida profissional”, afirma João Silva Santos. A Merytu é o sítio onde elas querem estar, acredita o CEO da plataforma digital que liga, através de uma aplicação, profissionais independentes e empresas do setor hoteleiro e da restauração, num momento em que o turismo se debate com falta de pessoas, entre 45 a 50 mil, diz o Governo.
“Os profissionais deste ramo conseguem finalmente encontrar a liberdade e flexibilidade de horários de que tanto necessitam para equilibrar a vida pessoal e profissional. Podem escolher quando e onde querem trabalhar, bem como construir a sua carreira autonomamente, com possibilidades de evolução baseadas no desempenho profissional”, detalha João Silva Santos, em conversa com a Pessoas.
Os salários praticados através da aplicação compensam, garante o responsável. “Os valores das retribuições praticados através da Merytu, em média, são 20% superiores às referências existentes nos modelos de trabalho tradicionais.”
Simultaneamente, a Merytu oferece uma solução às empresas da indústria da hospitalidade que procurem reforçar as suas equipas com profissionais qualificados, de forma imediata e pelo período que necessitem, através de um processo direto e transparente.
“A nossa forma de estar no mercado responde, efetivamente, aos atuais desafios do setor hoteleiro, pelo facto de ser verdadeiramente atrativa para os profissionais. Com o pós-pandemia assiste-se, claramente, ao desejo de encaixar o trabalho na vida e não o inverso. Com o modelo da Merytu, o setor hoteleiro tem a possibilidade de voltar a ser atrativo para inúmeros profissionais que diariamente equacionam mudar de setor por razões ligadas às condicionantes horárias, aos valores remuneratórios e às possibilidades de progressão na carreira”, defende o CEO da plataforma lançada em maio de 2021.
O processo é simples. Através da app, a empresa submete as suas ofertas de trabalho, indicando as funções e níveis de experiência pretendidos, bem como datas, horários, duração dos serviços e ainda outras competências necessárias para o desempenho das funções desejadas. De forma automática, a Merytu apresenta os perfis de profissionais disponíveis. “Em média, em menos de dez minutos os convites são aceites”, detalha João Silva Santos.
As pessoas não desapareceram, simplesmente as novas gerações querem estar de forma diferente na sua vida profissional.
Um dos atributos da aplicação são as avaliações de parte a parte. As empresas avaliam a prestação do profissional, de acordo com vários parâmetros definidos pela Merytu que garantem esta transparência e, em simultâneo, os profissionais avaliam as respetivas experiências nessas empresas.
É esta avaliação que permite aos profissionais evoluírem de acordo com o seu desempenho, podendo ganhar mais, e às empresas encontrarem profissionais com as qualificações que desejam, bem como encontrar oportunidades de melhoria através do feedback dado pelos profissionais.
Nómadas não digitais? “Inédito no seio da hospitalidade”
“Existe uma valorização das suas carreiras dadas as múltiplas opções que este modelo traz aos profissionais. Por exemplo, posso ser um estudante que quer ganhar experiência ou um profissional com bastante senioridade que pretende evoluir para um contexto melhor, e numa única semana, através da nossa app, ambos têm a possibilidade de experimentar facilmente novos contextos de trabalho, com as mais variadas características”, explica João Silva Santos.
E exemplifica: “Um caso concreto da atratividade deste modelo para as novas gerações tem a ver com o número crescente de nómadas não digitais registados na aplicação, que podem agora conciliar a liberdade geográfica com uma sólida evolução nas suas carreiras e isto é algo inédito no seio da hospitalidade.”
Atualmente, cerca de 1.200 profissionais recebem diariamente convites para trabalhar através da Merytu numa das quatro áreas a que a aplicação dá resposta: restauração, hotelaria, eventos e wellness. As duas primeiras as que têm maior expressão, tanto do lado das empresas, como dos profissionais. “Só a função de empregado de mesa conta com mais de 500 profissionais ativos, algo que vai em contra ciclo com a atual escassez de mão de obra que o setor enfrenta”, salienta.
Mais de 250 empresas estão ativas na plataforma e a diversidade é grande. “No setor hoteleiro trabalhamos com vários segmentos, desde grandes cadeias premium com hotéis de cinco estrelas, passando por unidades boutique de vanguarda às unidades de serviço acessível. Já do lado da restauração, trabalhamos tanto com grupos detentores de unidades estrela Michelin, como com pequenos restaurantes de bairro.”
Metas a alcançar
Até ao final do ano, o objetivo passar por incorporar 100 novas organizações e duplicar o número de profissionais. Mas os planos de crescimento são a vários níveis. A Merytu conta hoje com presença em Lisboa e Porto, contudo prevê abranger e crescer em hospitalidade para a zona norte e centro até ao fim do ano. Está ainda a ser definida uma “estratégia de expansão geográfica que contempla a possibilidade de alargarmos a nossa operação a novas zonas do país, sendo a Madeira e o Algarve fortes possibilidades“.
Questionado sobre a possibilidade de a app vir a abranger mais setores de atividade, João Silva Santos responde: “Pretendemos continuar a liderar a revolução do conceito de trabalho através do mérito e da evolução tecnológica e, por essa razão, a nossa passagem para outras áreas de atuação será algo natural, a médio prazo.”
A nível interno, com um equipa de 14 colaboradores, está previsto continuar a contratar. Sem detalhar número de vagas, o CEO adianta que a procura é, sobretudo, perfis na área de programação, comercial e apoio ao cliente.
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