Sindicatos “atentos” à almofada de 700 milhões do fundo de pensões do BCP
Administrador financeiro admitiu que o banco pode utilizar a folga de 700 milhões de euros do fundo de pensões para reforçar os rácios de capital. Sindicatos dizem-se atentos.
Os sindicatos da banca dizem que estão “atentos” à eventualidade de o BCP utilizar a almofada de 700 milhões de euros do fundo de pensões do banco para reforçar os rácios. “Os sindicatos dos bancários da UGT garantem que não permitirão que nada seja feito fora do estrito cumprimento da lei e que defenderão sempre os interesses dos beneficiários do fundo de pensões, no ativo ou na situação de reformados”, adiantam o Mais Sindicato, o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e o Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) numa nota conjunta.
A possibilidade de usar a folga do fundo de pensões foi levantada pelo administrador financeiro da instituição, Miguel Bragança, em conferência de resultados com os analistas.
Questionado por um analista sobre quais as alavancas que o banco tinha para impulsionar os rácios de capital, no contexto dos problemas que o Bank Millennium enfrenta na Polónia, o gestor disse: “Neste momento, pensamos que é mais importante eliminar o risco ou quase eliminar a volatilidade no rácio de capital causada pelo fundo de pensões. Com o passar do tempo e também dependendo do nosso nível de rácio de capital, isto pode mudar”.
Ao ECO, o banco disse que “esta questão não está a ser equacionada” pois já cumpre os rácios de capital exigidos pelos reguladores.
Ainda assim, os sindicatos reagem com apreensão. Esta terça-feira foi o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) defender que “é da mais elementar justiça que parte deste excedente reverta para a realização de aumentos condignos, salariais e de pensões, para que os trabalhadores e pensionistas do BCP possam recuperar o poder de compra perdido e para voltar a nivelar a idade de reforma com o restante setor”.
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