Subida automática das pensões em 2023 acelerava défice da Segurança Social em cinco anos
Se fosse aplicada a fórmula de atualização automáticas das pensões, que previa aumentos de 8%, o saldo da Segurança Social seria negativo no final desta década, cinco anos mais cedo do que o previsto.
Aplicar a fórmula de atualização das pensões no próximo ano levaria o saldo da Segurança Social a entrar em terreno negativo no final desta década, cinco anos mais cedo do que o previsto, mostram os cálculos do Governo enviados ao Parlamento, avança o Público (acesso condicionado).
A análise do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho e da Segurança Social fez uma simulação ao que aconteceria se fosse aplicada a fórmula de atualização automática das pensões no próximo ano, mantendo as estimativas para o nível de receitas e introduzindo apenas alterações nas despesas com pensões, que passariam a registar, em todos os anos entre 2023 e 2060, um valor superior a mil milhões de euros mais alto do que aquele que estava previsto no Orçamento do Estado (OE) para 2022.
Há duas semanas, quando anunciou o pacote de apoios às famílias por causa da escalada da inflação, o Governo revelou que, em vez de aplicar a fórmula de atualização das pensões que levaria a aumentos entre 7,1% e 8% em 2023, substituiria este acréscimo por um pagamento extraordinário e único equivalente a meia pensão já em outubro e aumentos entre 3,5% e 4,43% no próximo ano.
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