Wall Street termina semana a cair quase 2% e há ‘ursos’ à espreita

Receios de recessão voltaram a travar os principais índices dos Estados Unidos e praticamente colocaram Dow Jones em bear market.

A maré vermelha continua a contaminar Wall Street. Esta sexta-feira registou-se mais um fecho em queda nos principais índices dos Estados Unidos. Por conta das previsões de subidas mais agressivas das taxas de juros para 2023, os investidores estão pessimistas e insistem em vender as suas posições.

O pior desempenho foi do índice tecnológico Nasdaq, que caiu 1,75% (10.873,10 pontos). O índice S&P 500 perdeu 1,69% (3.694,32 pontos). A praça industrial Dow Jones cedeu 1,57% (29.603,13 pontos).

O índice Dow Jones esteve prestes a entrar em bear market – a cotação de fecho ficou praticamente 20% abaixo do máximo registado em 4 de janeiro deste ano, quando tocou nos 36.799,64 pontos.

As fortes descidas dos últimos dias são da responsabilidade da Reserva Federal (Fed), segundo os investidores. A terceira subida consecutiva dos juros em 75 pontos base já tinha sido descontada nas sessões anteriores a quarta-feira. Contudo, a previsão de subidas mais agressivas para este ano e para 2023 congelou as expectativas económicas – quando mais apertada for a política monetária, maior a probabilidade de recessão.

“Havia alguns otimistas no mercado a dizerem que a inflação estava sob controlo mas a Fed realmente disse-lhes para se sentarem e ficarem calados“, assim comenta David Russell, vice-presidente de inteligência de mercado da TradeStation Group, citado pela Reuters.

Além da subida da taxa de juro de referência, a Fed atualizou, em baixa, as perspetivas económicas para 2023: em vez de 1,2%, o crescimento previsto é de 0,2%. A contribuir para a revisão em baixa está o aprofundamento do aumento da taxa de juro para 2023, que poderá atingir os 4,60%. Também foram afastadas quaisquer descidas nas taxas de juro até 2024

“Vai ser uma longa competição, em que nenhum dos lados está pronto para ceder, entre a Fed e os mercados. No meio disso, está a economia, que ainda não respondeu a este aperto”, sinaliza George Gonçalves, responsável de estratégia macro do banco MUFG, citado pela mesma agência.

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Aeroporto: Presidente da Câmara de Lisboa diz que não abdicará de participar na discussão

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

"Para Lisboa é muito importante que haja um novo aeroporto muito rapidamente e, portanto, quero ser parte dessa discussão e não prescindo de um lugar à mesa nessa discussão", diz Moedas.

O presidente da Câmara de Lisboa considerou esta sexta-feira que a proximidade à capital é um dos critérios mais importantes na construção do novo aeroporto, salientando que não abdicará de um lugar à mesa para discutir sobre a sua localização.

Quando se fala de proximidade é a proximidade de se chegar a Lisboa, eu não estou a falar em quilómetros, estou a falar na rapidez. Eu não conheço o projeto de Santarém, conheço por alto, mas quando falo de proximidade é no tempo que se demorará de Lisboa até ao aeroporto“, referiu Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas em Paris.

O presidente da Câmara de Lisboa está na capital francesa, tendo estado reunido com a sua homóloga de Paris, Anne Hidalgo, e inaugurado um passeio no 17.º e 8.º bairros de Paris dedicado a Aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus em 1940 e que salvou 30 mil judeus franceses e de outras nacionalidades.

Em declarações aos jornalistas ainda antes de ter terminado o encontro, em Lisboa, entre o primeiro-ministro, António Costa, e o líder do PSD, Luís Montenegro, sobre o novo aeroporto de Lisboa, Carlos Moedas disse que não abdicará de um lugar à mesa das negociações.

Para Lisboa é muito importante que haja um novo aeroporto muito rapidamente e, portanto, quero ser parte dessa discussão e não prescindo de um lugar à mesa nessa discussão. É normal que o primeiro-ministro esteja a falar hoje com o líder da oposição. Aquilo que Lisboa tem de ter é um lugar à mesa nas discussões”, declarou o autarca social-democrata. Para Carlos Moedas, a política deve “ficar de lado”, sendo necessário encontrar uma solução.

O importante para mim é a rapidez, temos de ter um aeroporto muito rapidamente porque Lisboa como uma capital europeia, não pode ter um aeroporto que está completamente dentro da cidade. Esse aeroporto pode continuar, mas com um tráfego diferente”, disse.

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Aeroporto: ONG ambientais “acolhem com bastante agrado” estudo de mais localizações

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

Francisco Ferreira diz que é fundamental "o rigor e independência" e a "seleção de um conjunto de localizações" para o novo aeroporto.

Organizações não governamentais (ONG) ambientais afirmaram esta sexta-feira alinhar com a perspetiva do Governo de “olhar para um conjunto de localizações” para o novo aeroporto regional de Lisboa, além de Montijo, Alcochete e Santarém.

“[As ONG] acolhem com bastante agrado esta ideia, que não é nova e que tem vindo a ser a exigência principal das organizações, de realizar uma avaliação ambiental estratégica”, disse à Lusa o presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, que falou também em nome de outros organismos.

Francisco Ferreira observou que a avaliação estratégica já estaria concluída se tivesse começado há mais tempo. “Achamos que realmente é fundamental o rigor e independência, mas também a participação no processo de decisão que se avizinha e para nós é absolutamente crucial que (…) haja um primeiro período (…) com a seleção de um conjunto de localizações que está em linha com o que o Governo diz”, realçou o dirigente, alertando que “deve ser um processo aberto”.

De acordo com o presidente da Zero, devem ser definidos os fatores críticos da decisão e depois estudar as localizações selecionadas. “Acima de tudo alinhamos com esta perspetiva de olhar para um conjunto de localizações”, por parte do Governo, “no quadro de uma avaliação ambiental estratégica”, sublinhou.

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Supervisor dos mercados europeus pede ferramentas para suspender negociação

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

ESMA e Comissão Europeia trocaram cartas e concluíram que tem havido muito pouca intervenção no mercado de derivados energéticos.

A entidade supervisora dos mercados europeus (ESMA) pediu à Comissão Europeia ferramentas para poder suspender a negociação no mercado de matérias-primas em caso de volatilidade excessiva. O pedido foi tornado público através de uma troca de cartas entre as duas entidades.

No passado dia 13 de setembro, a Comissão Europeia exigiu à ESMA que investigasse porque os mercados de energia não estavam a aplicar os sistemas de estabilização de preços, conforme consta na norma Mifid 2, refere o jornal Cinco Días.

A entidade supervisora reconheceu a Bruxelas que as suspensões de negociação nestes mercados tinham sido “muito baixas” até agora e pediu uma ferramenta temporária e exclusiva para interromper a negociação nos mercados de derivados energéticos sempre que houver elevada volatilidade. Esta ferramenta seria usada “apenas em circunstâncias excecionais, como os picos de volatilidade, que podem dar origem a condições de mercado descoordenadas”.

Na norma Mifid 2, os sistemas de negociação são capazes de detetar ou mesmo de limitar temporariamente a sessão sempre que se verifica um movimento significativo nos preços de um instrumento financeiro nesse mercado ou num mercado conexo durante um curto período.

A ESMA considera que é necessária uma avaliação cuidada para evitar a transferência do risco do setor energético para o setor financeiro.

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Lesados do Banif falam em “passo importante” com primeira reunião nas Finanças

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

“Foi uma reunião construtiva”, disse o presidente da Associação de Lesados do Banif, após reunião nas Finanças. Nova reunião foi agendada para 21 de outubro.

Os representantes dos lesados do Banif consideram que a reunião desta sexta-feira no Ministério das Finanças foi “um passo importante” no sentido de vir a ser encontrada uma solução, tendo novo encontro marcado para 21 de outubro. “Foi uma reunião construtiva, porque vem no sentido de que o Grupo de Trabalho vai prosseguir os trabalhos” disse o presidente da Associação de Lesados do Banif (ALBOA), Jacinto Silva, à Lusa, sinalizando, contudo, que se trata de um processo “moroso”.

Uma nova reunião está já agendada para o dia 21 de outubro, disse ainda Jacinto Silva, acrescentando que o grupo de trabalho irá também procurar avançar para um memorando e entendimento. “Sempre acreditamos na palavra do Sr. primeiro-ministro de que era necessário arranjar uma solução e parece-me que hoje se deu um passo importante nesse sentido”, acrescentou.

O Grupo de Trabalho para a Resolução dos Lesados do Banif integra representantes da ALBOA, Ministério das Finanças, Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Antes do próximo encontro, a ALBOA, através do seu advogado, Nuno Silva Vieira, enviará documentação sobre número de lesados, valores envolvidos e produtos financeiros em questão.

Em dezembro de 2019, uma comissão de peritos nomeada pela Ordem dos Advogados concluiu que foram encontrados indícios de práticas ilícitas na venda dos produtos financeiros no Banif e validaram 2.330 pedidos de lesados do Banif, sendo o valor dos investimentos em causa de 230 milhões de euros.

Desde então que se espera por uma solução que compense esses lesados (ainda que parcialmente) pelo dinheiro perdido. Em causa estão valores da ordem dos 450 milhões de euros.

Segundo a ALBOA, o ‘lesado Banif’ tem em média 61 anos, baixa escolaridade (39% têm escolaridade inferior ao 4.º ano do ensino básico) e é proveniente dos Açores ou Madeira. A aplicação média é de 73,5 mil euros e as obrigações subordinadas Banif são o produto financeiro mais comum. A reunião de hoje foi conjunta com os lesados do Banif e das sucursais exteriores do BES.

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Aeroporto: Chega requer debate de urgência

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

O Chega quer que todos os partidos “possam analisar, escrutinar” a localização do novo aeroporto. Tema deverá ser debatido na próxima quarta-feira no parlamento.

O Chega requereu esta sexta-feira a marcação de um debate de urgência sobre o novo aeroporto da região de Lisboa e indicou que se realizará na quarta-feira, defendendo que todos os partidos devem ser envolvidos no processo.

“O Chega entregou hoje na Assembleia da República um pedido de debate de urgência que se realizará obrigatoriamente na próxima quarta-feira, precisamente sobre o novo aeroporto, a sua localização, os motivos que levaram às decisões que o Governo tenha tomado e as razões pelas quais o PS não quer partilhar essas decisões com os outros partidos e apenas com o PSD”, anunciou o presidente do Chega.

Num vídeo enviado às redações, André Ventura indicou que o objetivo é que o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, dê “a todos os partidos, a todos os portugueses, a explicação do que sucedeu naquele lamentável episódio, a explicação das razões do Governo para as decisões que tenha tomado sobre o aeroporto de Lisboa e o que está de facto em cima da mesa”. O Chega quer que todos os partidos “possam analisar, escrutinar” e o tema possa ser debatido.

Apontando que apelou “ao Governo que não se fechasse nos gabinetes de São Bento ou não se escondesse atrás de um único partido”, André Ventura lamentou que o executivo “não ouviu nenhum dos apelos do Chega, assim como aparentemente o Presidente da República também não o fez”. E salientou que “esta é uma decisão que afeta gerações, afetará múltiplos governos e múltiplos ciclos parlamentares”.

Em democracia, e sobretudo numa decisão que afetará múltiplas gerações, mas também a grande maioria do povo português, sobretudo num ciclo de contração económica, é irresponsável, e sobretudo antidemocrático, que o Governo não aceite debater com todos um tema tão importante”. Relativamente aos debates de urgência, o Regimento da Assembleia da República estabelece que “em cada quinzena pode realizar-se um debate de urgência a requerimento potestativo de um grupo parlamentar”.

E indica que o debate é requerido ao presidente da Assembleia da República, com indicação do tema, a “partir da sexta-feira da semana anterior e até às 11 horas do próprio dia em relação aos debates que se pretende agendar para a sessão plenária de quarta-feira e quinta-feira” ou “a partir da segunda-feira da própria semana e até às 18 horas da véspera em relação aos debates que se pretende agendar para a sessão plenária de sexta-feira”.

O Regimento do parlamento refere que o “presidente da Assembleia da República manda, de imediato, comunicar o tema aos restantes grupos parlamentares, deputados únicos representantes de um partido e ao Governo”, que “faz-se representar obrigatoriamente no debate através de um dos seus membros”.

Na agenda do plenário para quarta-feira consta a realização de vários debates, entre os quais um debate com a participação do Governo sobre o estado da União, outro sobre o relatório de progresso do escrutínio da atividade do executivo e vários sobre petições. No dia seguinte, está previsto um debate de quase três horas com o primeiro-ministro sobre política geral.

O primeiro-ministro, António Costa, e o líder do PSD, Luís Montenegro, estiveram hoje reunidos em São Bento, para discutir a metodologia sobre a futura solução aeroportuária para a região de Lisboa, num encontro em que também estiveram presentes o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e o “vice” social-democrata Miguel Pinto Luz.

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Aeroporto: PCP considera que convergência entre PS e PSD é submissão à multinacional Vinci

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

A reunião entre o Governo e o PSD sobre o novo aeroporto tem como objetivo "discutir o caminho para impor ao povo português a solução que melhor serve os interesses da multinacional Vinci.

O PCP considerou esta sexta-feira que os recentes encontros entre o primeiro-ministro e o presidente social-democrata para decidir sobre a solução aeroportuária para Lisboa são na realidade uma convergência na submissão à multinacional Vinci.

Em comunicado, a direção comunista sustenta que os encontros entre António Costa e Luís Montenegro, “incluindo o de hoje”, têm como propósito, “na verdade, discutir o caminho para impor ao povo português a solução que melhor serve os interesses da multinacional Vinci, a quem foi entregue, em 2013, a concessão das infraestruturas aeroportuárias por 50 anos”.

Em causa está, na ótica do PCP, a “submissão do poder político português aos interesses do grande capital”, que é o verdadeiro decisor sem que “sequer necessite de estar presente” nas reuniões. As conclusões anunciadas por Costa e Montenegro “apontam para um novo adiamento da necessária resolução do problema” que, para os comunistas, surgiu quando PSD e CDS-PP “entregaram a ANA à multinacional Vinci” e quando esta “se recusou a avançar com a construção do novo aeroporto de Lisboa” no Campo de Tiro de Alcochete – solução que é defendida pelo PCP com a mais viável e que o partido sustenta na avaliação feita pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

O “significado político da convergência” entre o primeiro-ministro e Luís Montenegro é para o PCP o de adiamento dos “investimentos estratégicos”, enquanto continuam os “problemas e riscos” associados à existência de um aeroporto no interior da cidade de Lisboa. “É confrangedor a forma como PS e PSD encaram o processo de Avaliação Ambiental Estratégica e a escolha da entidade que a vai elaborar para impor, na prática, a opção que já escolherem sem terem coragem política para a assumir […]. Que tal não seja o que melhor serve os interesses da Vinci é o verdadeiro problema que, quer PS, quer PSD, se têm revelado incapazes de resolver”, completa a direção comunista.

No final de uma reunião com o presidente do PSD, na residência oficial, em Lisboa, o primeiro-ministro afirmou que há convergência com o PSD sobre a metodologia para a decisão sobre a localização do novo aeroporto e adiantou que a futura comissão técnica estudará várias localizações, além do Montijo e Alcochete, incluindo Santarém.

Por seu lado, Luís Montenegro declarou que existiu um “acolhimento generalizado” do Governo das preocupações do partido quanto ao futuro aeroporto, considerando que há condições para que, dentro de um ano, o executivo possa tomar uma decisão final nesta matéria.

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Casos Covid voltaram a aumentar em Portugal na última semana

Entre 13 de setembro e a passada segunda-feira, 19 de setembro, foram registados 19.315 novos casos de infeção e mais 37 mortes por Covid-19 em Portugal.

Entre 13 de setembro e a passada segunda-feira, 19 de setembro, a Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 19.315 novos casos de Covid-19, em termos acumulados, isto é, mais 2.049 face aos registados na semana anterior. O boletim desta sexta-feira indica ainda que, neste período, morreram 37 pessoas com a doença.

Na última semana analisada, a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) ultrapassou o Norte, tendo registado o maior número de infeções. Dos 19.315 ovos casos confirmados, 6.048 localizam-se nesta região (31,3%), seguindo-se a região Norte, que contabilizou 6.031 novas infeções (31,2%).

Quanto à taxa de mortalidade em Portugal está em 4 óbitos por milhão de habitantes, a sete dias, verificando-se uma estabilização face ao valor registado na semana anterior (entre 6 e 12 de setembro).

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas verificou-se um recuo no número de pessoas hospitalizadas com Covid-19. Na segunda-feira, 19 de setembro, havia 422 pessoas internadas, isto é, menos 24 face à segunda-feira anterior (12 de setembro). Deste total, 27 pessoas estavam internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI), isto é, uma estabilização face à segunda-feira anterior.

O boletim indica ainda que a incidência em Portugal fixou-se nos 178 casos por 100 mil habitantes, numa média a sete dias, o que representa uma aumento de 13% face ao registado na semana anterior (estava em 160 casos por 100 mil habitantes). Já o risco de transmissibilidade (rt) aumentou para 1,2, numa média a cinco dias (estava em 0,98).

Boletim epidemiológico da semana de 13 a 19 de setembro de 2022:

(Notícia atualizada pela última vez às 18h51)

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Santarém também vai ser avaliado para receber novo aeroporto de Lisboa

PSD e Governo chegam a acordo sobre metodologia para encontrar o local do novo aeroporto. Costa admite que Santarém está em cima da mesa e Montenegro atira para final de 2023 a decisão.

Só daqui a um ano é que o Governo poderá anunciar a localização do novo aeroporto de Lisboa. Esta foi a posição assumida pelo líder do PSD, após a reunião com o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sobre o tema na residência de São Bento. “Estão criadas as condições para que o Governo possa avançar nesta matéria e que daqui a mais ou menos um ano possa tomar a decisão final quanto à localização do futuro aeroporto”, disse Luís Montenegro, ao lado do vice-presidente do PSD, Miguel Pinto Luz, que também marcou presença no encontro.

Além de Montijo e Alcochete, a avaliação ambiental estratégica vai considerar outras localizações, como Santarém, acrescentou o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião. A hipótese de Santarém como aeroporto regional e complementar ao Humberto Delgado surgiu há pouco mais de um mês. Trata-se de uma iniciativa privada, que conta com o grupo Barraqueiro, de Humberto Pedrosa, também ex-acionista da TAP.

Da reunião, o primeiro-ministro e o líder do PSD também assinalaram que “foi possível obter uma convergência quanto à metodologia a adotar“. Será também criada uma comissão técnica e uma comissão de acompanhamento para liderar o processo – entidades a quem caberá a “Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), que deve estar concluída até ao final do próximo ano, tendo em vista que possa haver uma decisão final e definitiva sobre esta matéria”, disse o primeiro-ministro. A criação das duas entidades depende agora de uma resolução do Conselho de Ministros, que poderá ser aprovada dentro de 15 dias.

Também pretende-se avançar, o mais depressa possível, com as obras para aumentar a capacidade no aeroporto Humberto Delgado, “para ter um serviço com maior qualidade”, destacou Montenegro, que considerou que existiu um “acolhimento generalizado” das propostas do partido relativas à futura localização do aeroporto de Lisboa.

A reunião entre o líder do Governo e o presidente do PSD decorreu depois da entrega de uma carta dos sociais-democratas ao primeiro-ministro a explicar a posição relativa ao novo aeroporto de Lisboa.

(Notícia atualizada às 18h54 com mais informação)

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Petróleo toca mínimos de janeiro com receios de recessão e dólar forte

Cotação da matéria-prima está a afundar mais de 4%, perante os receios de uma recessão e também por causa da força do dólar. Contratos de Brent e WTI transacionam em mínimos desde janeiro.

Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a afundar mais de 4%, tocando mínimos de oito meses, perante os receios de uma recessão e também por causa da força do dólar.

Pelas 18h00 de Lisboa, o barril de Brent desvaloriza 4,78% para 90,46 dólares, e acumula uma perda de cerca de 6% desde o início da semana, enquanto o crude WTI perde 5,61% para 83,49 dólares e cerca de 8% desde segunda-feira. Ambos os contratos de referência transacionam em mínimos desde janeiro. Trata-se da quarta semana consecutiva de perdas, algo que não acontecia desde dezembro.

“A ameaça de uma recessão global continua a pesar sobre os preços do petróleo, com o aperto monetário generalizado nos últimos dias a alimentar os receios de um impacto significativo no crescimento“, afirma Craig Erlam, analista de mercados da OANDA, em declarações à Reuters.

A Reserva Federal norte-americana subiu as taxas de juro em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva esta quarta-feira, e outros bancos centrais seguiram as pisadas no dia seguinte, aumentando o risco de travagem económica.

Por outro lado, a pressionar o mercado petrolífero está ainda o dólar forte, que está a caminho de tocar máximos de fecho desde maio deste ano, comparativamente com outras moedas. Um dólar forte reduz a procura por petróleo tornando a matéria-prima mais cara para os compradores que utilizam outra moeda.

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Renova estreia Vídeo Bailado

Com curadoria de Martim Sousa Tavares e a realização de Gonçalo Perestrelo, o vídeo bailado Renova materializa o desafio lançado a compositores e coreógrafos durante a pandemia.

A Renova vai estrear, no próximo dia 29, no Lux Frágil, em Lisboa, um vídeo bailado. Fica assim materializado o desafio lançado pela marca em maio de 2020, altura em que, no seguimento do impacto provocado pela pandemia de covid-19 sobre as artes performativas, a Renova lançou o desafio a compositores e coreógrafos para a criação de um bailado com coreografia e música originais.

“A premissa era simples – o trabalho criativo a partir da palavra renova. Várias dezenas de propostas foram recebidas, das quais foram selecionadas três que deram forma a um tríptico de bailado cristalizado num vídeo inteiramente filmado no ambiente industrial da Renova”, recorda a marca.

Com curadoria de Martim Sousa Tavares e a realização de Gonçalo Perestrelo, o bailado Renova é um tríptico com coreografias de Fernando Duarte e Solange Melo, Margarida Belo da Costa e Paula Pinto e a composição de, respetivamente Edward Ayres d’Abreu, Nuno da Rocha e Carlos Zíngaro.

É um mecenato “como era visto etimologicamente, no sentido de se tornar rico do talento dos outros. É isso que temos procurado fazer com as Renova Art Commissions ao longo dos anos… Não somos colecionadores, somos ‘encomendadores’, não compramos obras acabadas, o que fazemos é envolver-nos com os artistas na produção destas visões deixando-os expressar a sua criatividade”, comenta ao ECO Paulo Pereira da Silva, CEO Renova.

O vídeo bailado Renova vai ser transmitido pela RTP2.

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17 advogados do BES querem suspender sessões marcadas já que juiz não leu o processo

Os advogados de dez arguidos – e ainda um de um assistente – não concordam com nomeação do novo juiz e querem suspender as sessões marcadas para a semana, já que o processo ainda não foi lido.

Vários advogados dos arguidos acusados no processo BES e e um dos assistentes querem suspender as sessões de inquirições de testemunhas já marcadas pelo novo juiz de instrução do Caso BES. Em causa a marcação para a próxima semana de sessões no âmbito dessa mesma instrução pelo juiz Pedro dos Santos Correia, recentemente colocado no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, em substituição de Ivo Rosa, para liderar a instrução do caso BES. A razão é simples: o magistrado assumiu que vai fazer essas diligências sem ter ainda lido o processo, que conta com 186 volumes principais.

A iniciativa partiu do advogado do antigo administrador Amílcar Morais Pires, Raul Soares da Veiga. A este protesto juntam-se agora os advogados de Ricardo Salgado, de José Manuel Espírito Santo, Machado da Cruz, Alexandre Cadosch, Michel Creton, Martins Pereira, Pedro Almeida e Costa, Gonçalves Monteiro, Eurofin e ainda da PDVSA – Petróleos da Venezuela, assistente no processo. Ao todo são 17 advogados de dez arguidos e um advogado de um assistente.

A lista dos vários advogados — onde contam nomes como Rui Patrício, Francisco Proença de Carvalho, Adriano Squilacce, Paulo Saragoça da Matta, Tiago Rodrigues Bastos, Miguel Matias, Miguel Cordovil Matos e Gonçalo Roquette — entregou esta quinta-feira um requerimento de irregularidade pelo facto do juiz de instrução ter marcado diligências para a próxima semana, “mesmo sem conhecer integralmente os autos”.

“Não se tratará obviamente de faltar conhecer um pormenor qualquer irrelevante, nem de faltar ler uma página ou duas de um apenso”, diz o documento, a que o ECO teve acesso. A declaração do juiz de não conhecer ainda integralmente os autos, “significa evidentemente que o desconhecimento em causa tem materialidade e é relevante para poder realizar convenientemente diligências instrutórias, em especial num processo com esta dimensão”.

E sublinham que um juiz de Instrução Criminal tem de ter conhecimento de um “núcleo mínimo” do processo que é composto pela acusação, “pelos vários requerimentos de abertura de instrução, pela prova junta aos autos e produzida na fase de inquérito, para a qual as referidas peças processuais remetem, e ainda pela prova já produzida na instrução”.

Invocando o artigo 289º do processo penal, os advogados explicam que “é o Juiz de Instrução Criminal que inquire as testemunhas, colocando as perguntas que entenda serem úteis para uma boa decisão instrutória, sendo que ao Ministério Público, aos Defensores e aos Advogados dos Assistentes só é possível, depois da inquirição principal, pedir esclarecimentos ou requerer que sejam formuladas perguntas que se lhes afigurem relevantes para a descoberta da verdade material”

Ora, esta inquirição direta das testemunhas, com o tempo de que Pedro dos Santos Correia irá dispor para preparar as diligências, “não se afigura, efetivamente, útil”, pois o juiz “não conseguirá conhecer antes delas o referido “núcleo mínimo” exigível para, com um mínimo de qualidade, poder saber o que perguntar de útil às testemunhas, para uma boa decisão instrutória”. Garantindo ainda que a lei não deixa “ao livre critério do Juiz de Instrução Criminal omomento em que deve ter conhecimento da prova já produzida no inquérito e da prova anteriormente produzida na fase de instrução e também não se lhe permite, por absurdo, que apenas a analise e pondere quando da elaboração da decisão instrutória.

Conclui então o grupo de advogados que o juiz tem de ter “bem presente a prova já produzida em fase de inquérito, no momento da produção da prova em instrução, nomeadamente porque só assim poderá saber se há ou não repetição (ilegal), além de dever ter bem presente também a prova já produzida em instrução”.

No dia 6 de setembro, o Conselho Superior da Magistratura anunciou que o processo do caso Universo BES/GES sairia das mãos de Ivo Rosa e passaria para as de Pedro dos Santos Correia.

O magistrado está colocado no Ticão desde o último movimento judicial já deste mês mas, segundo o Estatuto dos Magistrados Judiciais, para este tribunal só poderão ir juízes com mais de dez anos de carreira. Porém, este foi o único candidato para preencher a vaga. E esse mesmo EMJ também prevê que se nenhum candidato com maior antiguidade e que reúna os requisitos concorrer a esse lugar, ficam os juízes que concorrem por ordem da respetiva antiguidade também. Embora fiquem na condição de interinos.

Providência cautelar para evitar afastamento de Ivo Rosa do processo

Os arguidos do caso BES, Alexandre Cadosch – ex-funcionário do GES e acusado de 18 crimes – e Charles Creton – ex-responsável da Eurofin e acusado de 17 crimes – entregaram uma providência cautelar contra a decisão do Conselho Superior da Magistratura (CSM) de afastar Ivo Rosa da instrução do caso BES e nomear um juiz inexperiente, Pedro Correia, para lidar com o maior processo da Justiça Portuguesa.

“A instrução é uma fase processual que, apesar de ser facultativa, não é uma mera fase processual de “faz de conta” e nem ao juiz de instrução está reservado um papel meramente formal ou de “chancela” da atividade da acusação”, acusa Tiago Rodrigues Bastos, o advogado dos dois arguidos suíços, no pedido enviado ao STJ, a que o ECO/Advocatus teve acesso.

Assim, a medida cautelar, entregue no Supremo Tribunal de Justiça esta terça-feira, pede então que a mais alta instância da justiça suspenda:

  • O afastamento de Ivo Rosa da instrução do BES. considerando que o CSM – “desapossou, ilegalmente, desse lugar e afetando-o, abstratamente, ao Tribunal Central de Instrução Criminal”;
  • O consequente preenchimento do lugar de juiz responsável pela instrução do BES por outro magistrado, em comissão de serviço (Artur Cordeiro);
  • E, por fim, que suspenda a nomeação de um magistrado em substituição, desse mesmo lugar (Pedro Correia dos Santos), com apenas dois anos de graduação.

Assim, diz o documento assinado pelo advogado Tiago Rodrigues Bastos, “deve ser decretada a suspensão de eficácia dos atos, mantendo-se, consequentemente, o exercício do lugar de Juiz 2 no TCIC (Ivo Rosa), e, reflexamente, proibindo o exercício de tais funções pelos Drs. Artur Cordeiro e Pedro Correia, com base nos referidos atos”.

O que é o caso BES?

O processo BES/GES conta com 30 arguidos (23 pessoas e sete empresas), num total de 361 crimes. Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

A figura central desta investigação é Ricardo Salgado, ex-líder do Banco Espírito Santo (BES), acusado de 65 crimes: associação criminosa (um), burla qualificada (29), corrupção ativa (12), branqueamento de capitais (sete), falsificação de documento (nove), infidelidade (cinco) e manipulação de mercado (dois).

É composto por 767 volumes, entre autos principais, arrestos, incidentes de oposição e apensos bancários e 186 volumes de autos principais, processados até à data da distribuição em 687.398 folhas. Mais todos os apensos bancários, de buscas e diversos (mais de duas centenas) e equipamentos informáticos apreendidos. A acusação conta com 3.552 folhas, assinadas por sete procuradores.

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