Exclusivo Pedidos de adesão ao mercado regulado do gás já superam os 60 mil
A Adene revela ao ECO/Capital Verde que desde o dia 7 de setembro, dia em que foi publicado o decreto-lei, os CUR receberam mais de 60 mil pedidos para regressar ao mercado regulado do gás.
Os comercializadores do mercado regulado – designados como comercializadores de último recurso (CUR) – receberam, até esta quarta-feira, mais de 60 mil pedidos pedidos de contratação.
“Desde 7/9/2022 os pedidos de contratação colocados pelos Comercializadores de Último Recurso (CUR) do Sistema Nacional de Gás (SNG) [ascendem] a 63.288“, informa a Agência para a Energia (ADENE), em resposta ao ECO/Capital Verde.
A mudança para o mercado regulado do gás voltou a ser uma possibilidade para os consumidores em Portugal com consumos anuais inferiores ou iguais a 10.000 metros cúbicos (m3) no passado dia 7 de setembro. A medida anunciada pelo Governo, em agosto, vai vigorar durante 12 meses, abranger até 1,5 milhões de consumidores domésticos e vai ter um custo orçamental de 60 milhões de euros, em 2023, devido à perda de receita de IVA potencial, segundo a proposta de Orçamento do Estado, apresentada esta segunda-feira.
A medida foi tomada para fazer face aos aumentos das tarifas por comercializadores no mercado livre, que entraram em vigor em 1 de outubro, já que o mercado regulado pratica preços mais baixos. Desde o início do mês, os preços do gás na EDP Comercial subiram, em média, 30 euros, aos quais acrescem taxas e impostos, enquanto a Galp confirmou uma subida, em média, de 8 euros e a Goldenergy encareceu a fatura mensal dos seus clientes em 10 euros.
No caso do mercado regulado, o gás subiu 3,9% a partir de 1 de outubro, face ao mês anterior. Contudo, tendo presente as atualizações da tarifa ao longo de 2022, e face ao preço médio do ano anterior, os consumidores neste regime registarão em outubro um acréscimo médio de 8,2% no preço de venda final.
Para os clientes saberem qual o comercializador do mercado regulado que serve a sua área de residência, podem consultar a página da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos para o efeito. Depois, resta contactar o CUR, online, através das lojas físicas ou por correio eletrónico, e o comercializador tratará da mudança sem quaisquer custos para o consumidor – a não ser que este tenha algum tipo de fidelização – e sem a interrupção do fornecimento de gás.
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