Organização da Jornada Mundial da Juventude vai custar 36,5 milhões, estima o Governo
O reforço aprovado esta quinta foi de 20 milhões de euros, mais IVA, elevando a estimativa dos custos da responsabilidade do Governo para 36,5 milhões de euros.
O Governo estima gastar 36,5 milhões de euros na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJLisboa2023), que se realiza em Portugal em agosto de 2023, com a presença do Papa Francisco. O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um reforço de 20 milhões de euros, mais IVA, para a organização da JMJ, segundo fonte do gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares.
A mesma fonte esclareceu à agência Lusa que foi aprovada uma alteração à Resolução do Conselho de Ministros relativa à organização da JMJ que compete ao Governo, “reforçando as competências do grupo de projeto para a JMJ 2023 e garantindo a capacidade financeira para fazer face às novas responsabilidades que o Governo teve de assumir”.
O reforço aprovado foi de 20 milhões de euros, mais IVA, elevando a estimativa dos custos da responsabilidade do Governo para 36,5 milhões de euros, adiantou a fonte. De acordo com o gabinete da ministra, estas contas não incluem ainda custos com segurança, mobilidade, saúde, entre outras, “uma vez que as inscrições para o evento abrem apenas nas próximas semanas e tudo dependerá do total de participantes”.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto de 2023, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
Além da verba estimada pelo Governo, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou em meados de setembro que prevê investir, pela sua parte, “mais de 30 milhões de euros” na JMJ, tendo o vice-presidente da autarquia adiantado que o processo de repartição de responsabilidades já “foi concluído”.
“Está em avaliação, mas estimamos que sejam mais de 30 milhões de euros”, indicou a 13 de setembro à Lusa o vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem a competência executiva de preparação e organização da JMJLisboa2023.
No início de agosto, no âmbito de uma segunda visita aos terrenos que vão acolher o evento, nas duas margens do rio Trancão, entre Lisboa e Loures, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, responsável no Governo pelo grupo de projeto para a JMJLisboa2023, recusou falar sobre o valor total estimado para a realização do evento.
A realização da JMJLisboa2023 vai envolver “vários espaços da cidade de Lisboa – nos quais decorrerão eventos diários e uma programação diversificada –, nomeadamente Parque Tejo, Parque Eduardo VII, Terreiro do Paço, Alameda Dom Afonso Henriques e/ou Parque da Belavista”, segundo a proposta, que elenca as várias tarefas da câmara nestes espaços, desde a recuperação do aterro sanitário de Beirolas aos palcos com área para ‘backstage’.
A JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
A edição de 2023, que será encerrada pelo Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para este ano, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.
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