Goldman Sachs antecipa subida de 22% do petróleo até março de 2023

O corte de dois milhões de barris de petróleo por dia anunciados pela OPEP+ estão na base na revisão em alta do preço do Brent para este e para o próximo ano.

Este ano, a cotação do barril de Brent contabiliza uma valorização de 38%, quando medido em euros. E dificilmente deverá ficar por aqui. De acordo com uma nota de research enviada esta quinta-feira aos seus clientes, o banco de investimento Goldman Sachs reviu em 10 dólares a cotação do barril de Brent para o último trimestre deste ano e para o primeiro trimestre de 2023.

Segundo o documento, os analistas do Goldman colocam agora o Brent a cotar nos 110 dólares no final deste ano e nos 115 dólares no primeiro trimestre do próximo ano. A confirmar-se as previsões do banco de norte-americano, e atendendo que atualmente o barril de Brent está a cotar nos 94,3 dólares, deveremos assistir a uma subida do Brent de 17% este ano e de 22% até março de 2023.

Apesar da revisão em alta, os valores previstos pelos analistas do Goldman estão abaixo dos máximos alcançados este ano em março, quando o Brent chegou a ser negociado acima dos 130 dólares.

Na base da nova previsão dos analistas do banco norte-americano está a decisão da OPEP+ (países produtores de petróleo e seus aliados) em cortar em dois milhões de barris por dia a produção de petróleo até ao final deste ano. Trata-se no maior corte de produção desde a pandemia de Covid-19.

Mas o Goldman vai ainda mais longe. Caso o corte da produção por parte dos países da OPEP+ se prolongue para lá de dezembro, o preço do barril pode registar um incremento imediato de mais 25 dólares às últimas previsões – 140 dólares no primeiro trimestre do próximo ano e 135 dólares como preço médio para 2023.

Os amortecedores do mercado petrolífero (stocks de armazenamento e utilização de toda a capacidade potencial) permanece a um nível crítico”, alertam os analistas do banco de investimento, sublinhando que “os elevados preços continuam a ser a solução mais viável de longo prazo para aumentar os stocks no curto prazo e incrementar a capacidade de oferta de petróleo a médio prazo.”

Cotação do Brent em USD com previsões do Goldman Sachs
Fonte: Reuters. Cotação do Brent em USD com previsões do Goldman Sachs a partir de outubro de 2022.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que Fernando Medina divulga o cenário em que assenta o próximo Orçamento do Estado, há nova ronda negocial com a Função Pública e é anunciado na Noruega o novo Prémio Nobel da Paz.

Depois de várias semanas de expectativa, com o Governo a não ceder à pressão do Presidente da República para antecipar as perspetivas macroeconómicas, o Executivo socialista vai apresentar aos partidos da oposição as previsões que vão constar da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

Governo apresenta cenário macro para OE2023

O Governo apresenta esta manhã aos partidos com representação parlamentar o cenário macroeconómico que servirá de base à proposta de Orçamento do Estado para 2023, diploma que dará entrada na Assembleia da República no início da próxima semana. Em reuniões consecutivas, a partir das 9h, o Executivo estará representado pela ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.

Ronda negocial com sindicatos da Função Pública

Está marcada para esta sexta-feira uma ronda negocial do Governo com os sindicatos da Função Pública. Após o Executivo socialista apresentar a proposta de aumentos para os funcionários públicos em 2023, que contempla subidas entre os 2% e os 8%, as primeiras reações do STE, da Fesap e da Frente Comum não foram muito positivas, considerando a proposta insuficiente.

Quem será o Nobel da Paz?

Quem vai vencer este ano o Prémio Nobel da Paz? O galardão, um dos mais cobiçados a nível mundial, vai ser anunciado esta sexta-feira na Noruega, às 10h (hora de Lisboa). No meio de uma guerra no continente europeu, na sequência da invasão russa, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o crítico do Kremlin, Alexey Navalny, e a líder da oposição bielorussa Sviatlana Tsikhanouskaya são alguns dos nomes mais falados.

Conselho Europeu em Praga

Às 8h (hora de Lisboa) arranca a reunião informal dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia. No Castelo de Praga, na capital da República Checa, Portugal vai estar representado pelo primeiro-ministro, António Costa. A reunião acontece um dia depois da realização na mesma cidade da primeira reunião da Comunidade Política Europeia, uma nova plataforma que junta os 27 países da UE e 17 países do continente europeu.

FMI divulga relatório de estabilidade financeira

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai divulgar em Washington o mais recente Relatório Global de Estabilidade Financeira. Esta quinta-feira, a diretora-geral da instituição antecipou que a situação económica mundial, potenciada pelo aumento da inflação, “ainda vai piorar antes de melhorar”, reconhecendo que a invasão da Ucrânia deitou por terra as previsões da entidade.

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Governo anuncia apoios ao crédito à habitação. O que muda

Se está a pensar amortizar o crédito à habitação, espere pelo próximo ano. Mas se estiver em vias de entrar numa situação de incumprimento, comece já hoje a negociar com o seu banco.

A prestação da casa é a despesa maior no orçamento de muitas famílias portuguesas. E está a ter um peso cada vez maior à medida que as taxas de juro dos contratos de crédito à habitação são atualizadas.

Num crédito à habitação de 100 mil euros a 30 anos indexado à taxa Euribor a 12 meses e com um spread de 1,2%, que tenha sido atualizado no início deste mês, a prestação passou de 308 euros para os atuais 424 euros. Trata-se de um aumento de 116 euros (38%) que, se nada for feito, terá de ser encaixado no orçamento familiar durante os próximos 12 meses até próxima revisão da taxa.

Para ajudar as famílias a mitigar o efeito do aumento da prestação do crédito à habitação no orçamento familiar, por conta de uma contínua subida das taxas de juro, o governo pretende levar avante duas políticas:

  1. Eliminar temporariamente a comissão de amortização antecipada do crédito à habitação;
  2. Criar um mecanismo que promova o dever dos bancos a tomarem a iniciativa de apresentarem uma solução alternativa às famílias quando estas se encontrem numa situação financeira de limite que as coloque próximo de entrarem em incumprimento.

No papel, as medidas explanadas ontem no Parlamento pelo secretário de Estado do Tesouro João Nuno Mendes parecem ir ao encontro do objetivo de gerar maior folga no orçamento das famílias. Mas, na prática, poderão acabar por ser paliativos sem profundidade para servirem de apoio efetivo às famílias que se encontram numa situação de maior aperto. Mas vamos por partes.

Eliminação temporária da comissão de amortização

No plano da gestão das finanças pessoais das famílias, a amortização do crédito à habitação é a solução mais eficaz para baixar a prestação da casa: não só alivia imediatamente o orçamento mensal na mesma proporção que o abatimento da dívida (se amortiza 50% do montante em dívida, a prestação da casa cai também em 50%), o montante dos juros a pagar ao longo do contrato é também reduzido.

E foi por essas vantagens que, no ano passado, mais de 132 mil famílias amortizaram o seu crédito à habitação (mais 28% do que em 2020), segundo dados do Banco de Portugal. E nem o custo associado a esta operação as travou: um crédito à habitação indexado à taxa variável obriga ao pagamento de uma comissão de reembolso antecipado de 0,5% e no caso dos contratos indexados à taxa fixa a comissão é de 2% sobre o capital amortizado.

Com vista a estimular que mais famílias amortizem parcialmente ou totalmente o crédito à habitação, o Governo anunciou a intenção de suspender temporariamente, durante 2023, esta comissão.

No ano passado, segundo dados do Banco de Portugal, o valor médio de cada reembolso total ou parcial do crédito à habitação foi de 43.537 euros. Considerando que no final de 2021 os contratos a taxa variável representavam 91% do saldo em dívida, a ordem de grandeza da comissão de amortização do crédito à habitação foi de 218 euros.

É certo que 218 euros não é um montante irrelevante, mas será que é por deixar de pagar uma comissão de 0,5% (500 euros por cada 100 mil euros de capital amortização) que uma família toma a decisão de resgatar parte substancial das suas poupanças para abater o crédito à habitação? A questão está a montante: Para amortizar o crédito, as famílias necessitam de ter liquidez disponível para pagar a dívida, e as famílias que hoje têm essa liquidez não são as que se encontram numa situação de maior aflição.

Outro argumento do governo para colocar em prática esta medida é que ao suspender temporariamente a comissão de amortização do crédito estará a estimular uma maior concorrência no mercado bancário, pois retira das famílias um encargo que teriam de ter.

Porém, também é certo que hoje já vários bancos assumem este custo, assim como todos os outros custos associados à contratualização do novo contrato de crédito à habitação quando o contrato é transferido para outra instituição. É isso que faz, por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos e o Santander, dois dos maiores players neste mercado.

Não há dúvidas que entre as várias alternativas que as famílias têm para baixar a prestação do crédito à habitação, a amortização do crédito é a mais eficaz. O único inconveniente é que para seguir esta estratégia é necessária liquidez. Se for o seu caso, espere pela entrada em 2023 para amortizar o crédito. Pelo menos é menos uma despesa que não tem de pagar.

Efeito na prestação da amortização

A prestação da casa cai na mesma proporção do abatimento da dívida. Num crédito à habitação de 100 mil euros a 30 anos indexado à taxa Euribor a 12 meses e com um spread de 1,2%, a prestação do crédito é de 424 euros. Por cada amortização de 10 mil euros (10% do montante em dívida), a prestação tem um alívio de 10%.

Nota: Para efeitos de cálculo considerou-se uma taxa Euribor de 1,851%.

Renegociação dos contratos por iniciativa dos bancos

A segunda medida anunciada pelo secretário de Estado do Tesouro no Parlamento promove a renegociação dos contratos de crédito à habitação de famílias com maiores dificuldades financeiras.

O diploma que o Governo colocou à discussão assenta no princípio da criação de um mecanismo que coloque a iniciativa do lado dos bancos, na disponibilização de uma solução mais vantajosa para os seus clientes que se encontrem numa situação periclitante de entrarem em incumprimento, sem prejuízo de isso gerar um agravamento do custo do crédito no futuro.

O “ponto de alarme” para se avançar para esta situação poderá passar pela definição de um limite da taxa de esforço (rácio entre o rendimento mensal da família e as suas despesas), que o Banco de Portugal recomenda que não ultrapasse os 50%.

No âmbito desta medida, os bancos podem, por exemplo, propor um alargamento temporário da maturidade do contrato, baixando assim a prestação do crédito. Por exemplo, num crédito à habitação de 100 mil euros a 20 anos indexado à taxa Euribor a 12 meses e com um spread de 1,2%, a extensão de mais 10 anos no contrato traduz-se num alívio mensal de 133 euros.

A renegociação do crédito à habitação por via da extensão das maturidades é algo que já existe e os bancos até têm mostrado alguma abertura nesse sentido, sobretudo após o fim das moratórias, não carregando nem penalizado mais os clientes com revisões de taxas ou pagamento de comissões. O que esta medida traz é uma maior responsabilização por parte dos bancos para evitarem que as famílias entrem em incumprimento.

Esta mudança não é apenas um pormenor de semântica. Entre 2019 e 2021, segundo dados do Banco de Portugal, 12% dos contratos de crédito à habitação que foram renegociados apresentavam situações de incumprimento no crédito à habitação ou noutro crédito na mesma instituição bancária. Só no ano passado, o número de contratos de crédito à habitação renegociados em que o mutuário estava em situação de incumprimento aumentou mais de 26,6%. Foram quase 3770 contratos nestas situações.

No entanto, o efeito prático desta medida pode ter um efeito menor do que seria esperado, em função das medidas macroprudenciais emitidas este ano pelo Banco de Portugal, que estabelecem, entre outras, limites de idade dos mutuários na contratualização dos créditos.

De acordo o regulador, o prazo máximo dos contratos de crédito à habitação e de outros créditos com garantia hipotecária ou equivalente celebrados a partir de 1 de julho de 2018 não devem ser superiores a 40 anos, no caso de clientes com idade inferior ou igual a 30 anos; 37 anos, no caso de clientes com idade superior a 30 anos e inferior ou igual a 35 anos; e 35 anos, no caso de clientes com idade superior a 35 anos.

Considerando que, segundo o Banco de Portugal, no final de 2021, a maioria dos contratos de crédito à habitação (64,4%) tinha prazos iniciais entre os 25 e os 40 anos e que, por norma, as famílias procuram contratualizar o crédito pelo prazo máximo permitido, a limitação de idade dos mutuários apontada pelo Banco de Portugal pode travar um efeito maior desta medida.

A novidade que pode surgir do diploma do Governo, que começa agora a ser discutido com os partidos políticos e regulador, é a abertura temporária destas balizas de tempo, por forma a alongar a maturidade para lá do valor máximo permitido e, assim, as famílias pagarem uma prestação mais baixa.

Impacto do alongamento da maturidade

Num crédito à habitação de 100 mil euros a 20 anos indexado à taxa Euribor a 12 meses e com um spread de 1,2%, a prestação do crédito é de 557 euros. Alongar a maturidade do contrato em 20 anos pode valer uma poupança mensal de 35%.

Nota: Para efeitos de cálculo considerou-se uma taxa Euribor de 1,851%.

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14 Sports Law lança prémio para jovens advogadas

A 14 Sports Law, escritório de direito desportivo em Portugal, lançou uma iniciativa para promover uma maior inclusão de mulheres na indústria.

A 14 Sports Law, escritório de direito desportivo em Portugal, lançou uma iniciativa para promover uma maior inclusão de mulheres na indústria.

O prémio “The Knock-Out: 14 Sports Law Award for Women” dará a oportunidade a uma recém-licenciada em direito de conhecer de perto o trabalho na área do direito desportivo. A vencedora do prémio receberá um prémio monetário de mil euros, um estágio de 3 meses na 14 Sports Law e uma formação em Direito Desportivo na Leadership Woman Football Academy.

Para concorrer, as candidatas deverão estar no último ano da licenciatura de direito, ou ter concluída a mesma nos últimos dois anos. Devem também submeter um artigo, em português ou inglês, sobre um tema diretamente relacionado com direito desportivo à sua escolha, de um máximo de quinze mil palavras. As candidaturas devem ser enviadas por email para [email protected] até 1 de Novembro de 2022.

O júri do prémio Knock-Out for Women in Sports Law é composto por: Matilde Costa Dias, da 14 Sports Law;
Reyes Bellver Alonso, fundadora da Bellver Sports e Presidente da plataforma Leadership Woman Football;
Alejandra Gomez Bruinewood, primeira mulher juíza do Comité de Resolução de Disputas da FIFA, e co-diretora do programa conjunto do FC Barcelona e ISDE, o Global Master in Sports Management and Legal Skills; Ana Margarida Marques, Senior Legal Adviser na Federação Portuguesa de Futebol; Júlia Almeida, Diretora Executiva da Casa Pia SDUQ. Jessie Engelhart, fundadora da Sensato Sports Law.

Para Matilde Costa Dias, “o prémio Knock-Out for Women in Sports Law é um contributo importante para aumentar o conhecimento das oportunidades de carreira que existem no meio do direito desportivo. Queremos abrir a porta a cada vez mais mulheres juristas que se interessem por desporto e que podem ter, com este prémio, oportunidade de iniciar uma carreira de sucesso nesta indústria tão apaixonante como desafiante.”

A 14 Sports Law tem várias centenas de disputas contratuais nas instâncias internacionais (FIFA e TAS), e mais de 60 transferências internacionais nas quais prestou assistência jurídica. Interveio na aquisição de vários clubes de futebol profissional, e conta com clientes na Europa, América do Sul e Ásia, com especial foco na China e Médio Oriente.

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Concertação social segue em reuniões bilaterais esta sexta-feira. UGT e CIP confiantes num acordo

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Novas reuniões estão marcadas para esta sexta-feira para "clarificações" sobre algumas das propostas avançadas pelo Governo aos parceiros sociais. UGT e CIP acreditam num compromisso.

Depois de duas horas e meia de reunião com os parceiros sociais, em sede de concertação social, estão marcadas para esta sexta-feira novas reuniões bilaterais com o Governo. A CGTP, o primeiro parceiro a sair do encontro, avançou que há “clarificações” que tem de ser feitas depois do executivo ter apresentado novas propostas para o acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade.

A intersindical indicou, no final da reunião desta quinta-feira, que os trabalhadores têm “razões acrescidas para sair à rua no dia 15”, uma vez que os aumentos no setor privado “não se aplicam por decreto”. Mais otimista, a UGT acredita que se está “mais próximo de um acordo”, depois de ver algumas propostas do sindicato refletidas no documento do Governo. “Há caminho para um compromisso”, disse o dirigente Mário Mourão, que adianta já ter convocado os órgãos do sindicato para avaliarem em conjunto esta proposta.

Também António Saraiva registou o “caminho positivo” e, ainda que haja “pormenores” a discutir – como a quantificação de algumas medidas –, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) está “esperançoso” na aceitação deste texto do Governo.

Francisco Calheiros, da Confederação do Turismo de Portugal, assinalou “as melhorias” e os “passos importantes” da nova proposta do executivo socialista face à anterior, apresentada na passada quarta-feira. Apesar de criticar a forma da negociação, em contrarrelógio, e ainda querer esclarecer as medidas relacionadas com o Fundo do Compensação do Trabalho e IRC, Calheiros acredita que seja possível um acordo de princípio até domingo depois de ouvidos os associados.

João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), está “apreensivo” e não aceita ser “pressionado” para assinar um acordo antes do Orçamento do Estado para 2023. Alguns detalhes, sobretudo os que tem impacto nos transportes, têm de ser esclarecidos, nota a CCP.

No final da reunião, a ministra Ana Mendes Godinho voltou a dizer que a reunião foi “produtiva” num processo “intenso e profundo”, que tem como objetivo “um acordo que sirva o país”, os trabalhadores e as empresas.

(atualizado pela última vez às 22h00)

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Governo propõe aumentar indemnizações por despedimento de 12 para 14 dias

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

Hoje o trabalhador despedido tem direito a uma compensação correspondente a 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade.

A nova proposta do Governo para o acordo de rendimentos que está hoje a ser discutida na Concertação Social prevê o aumento das compensações por despedimento coletivo ou extinção de posto de trabalho de 12 para 14 dias.

O documento, a que a Lusa teve acesso, prevê ainda a suspensão das contribuições mensais das empresas, em cerca de 1%, para o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), que foi criado na altura da troika para pagar parte das indemnizações por despedimento.

Na proposta hoje apresentada, o Governo inclui o “aumento da compensação por cessação de contrato de trabalho para 14 dias nas situações de despedimento coletivo ou extinção do posto de trabalho e suspensão das contribuições mensais para o Fundo de Compensação do Trabalho a partir de 2023”.

Atualmente o trabalhador despedido no âmbito de um processo de despedimento coletivo tem direito a uma compensação correspondente a 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade. A redução do valor das indemnizações para 12 dias entrou em vigor em outubro de 2013, na altura da troika.

Antes do programa de ajustamento financeiro em Portugal, a compensação por despedimento equivalia a cerca de um mês por cada ano de antiguidade.

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Sindicatos desconvocam greve no Metro de Lisboa marcada para dia 12

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

A decisão de desconvocar a greve marcada para a próxima semana deveu-se, segundo o sindicato, à decisão do tribunal arbitral de decretar a realização de serviços mínimos durante a paralisação,

A greve de 24 horas dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa marcada para dia 12 foi desconvocada, mas os sindicatos já entregaram novo pré-aviso de paralisação para 25 de outubro, foi anunciado esta quinta-feira.

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) explica que a decisão de desconvocar a greve marcada para a próxima semana teve a ver com a decisão do tribunal arbitral de decretar a realização de serviços mínimos durante a paralisação, “ignorando claramente as características do trabalho em subsolo e a responsabilidade de garantir a segurança de trabalhadores e utentes”.

Contudo, e porque os sindicatos não vão “desistir da luta”, para o dia em que deveria realizar-se a greve irão ser convocados três plenários, “procurando abranger o maior número de trabalhadores possíveis”, lê-se na nota. “Entregaremos hoje um novo aviso prévio de greve, para ganhar tempo, relativamente aos 10 dias de aviso, para o próximo dia 25 de outubro e discutiremos com todos a continuação da luta e as medidas a tomar”, indica ainda a FECTRANS.

Em declarações anteriores à Lusa, Anabela Carvalheira, da FECTRANS, explicou que a greve agendada para dia 12 estava relacionada com reivindicações de aumentos salariais e melhores condições de trabalho. Ainda de acordo com a sindicalista, a administração do Metropolitano de Lisboa mostra-se “irredutível e sem qualquer capacidade negocial”, pelo que o processo negocial iniciado há meses não foi concluído.

Por isso, os trabalhadores “não têm aumentos salariais, o que, face a esta situação com a inflação a cifrar-se em 9% por mês, não é de todo admissível”, afirmou, salientando que “os trabalhadores estão a perder poder de compra”. Além disso, acrescentou a sindicalista, continuam a faltar trabalhadores no Metropolitano de Lisboa.

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Eduardo Cabrita é candidato a diretor executivo da Frontex

Ex-ministro candidatou-se em julho e terá informado o Governo nessa altura. Decisão vai ser tomada pela Comissão Europeia até ao final do ano.

Eduardo Cabrita é o único candidato português ao cargo de diretor executivo da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), avança a Renascença, que diz ainda que o ex-ministro tem “fortes hipóteses” de ficar à frente do cargo.

O processo de seleção arrancou em abril e, em julho, terminou o prazo de candidaturas, altura em que Eduardo Cabrita apresentou a sua candidatura, no meio de um universo de 78 candidaturas internacionais. O Governo foi informado desta candidatura logo em julho e o ex-ministro está agora entre menos de uma dezenas de candidatos finalistas. A decisão vai ser tomada pela Comissão Europeia até ao final do ano.

Fontes citadas pela Renascença afirmam que Cabrita terá sido “incentivado por ministros de outros países” a candidatar-se e ainda que o papel de Portugal relacionado com as migrações “favorece” o ex-ministro.

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PSD quer atualização dos escalões de IRS em 7,4%

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Joaquim Miranda Sarmento, o líder parlamentar do PSD, apresentou as propostas do partido para a discussão do orçamento de 2023.

O PSD já tem uma agenda para levar à discussão no âmbito do Orçamento do Estado para 2023, cuja proposta será apresentada pelo Governo no dia 10 de outubro. O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, revelou que o PSD vai propor uma atualização dos escalões de IRS em 7,4%, u valor idêntico à taxa de inflação estimada pelo Governo. São várias as propostas do PSD, e não apenas na área fiscal. Ainda em sede de IRS, os social-democratas querem uma taxa máxima de IRS de 15% para todos aqueles que têm menos de 35 anos – excluindo o último escalão. Esta proposta já tinha sido anunciada pelo líder do partido, Luís Montenegro.

Também no IRS, o PSD defende a redução do do imposto que recai sobre as famílias até ao 6º escalão, o que terá um impacto orçamental da ordem dos 400 milhões de euros, de acordo com as contas apresentadas.

Por outro lado, o PSD não desiste da proposta de redução transversal do IRC já em 2023 de 21% para 19%, propondo, depois, uma nova redução no orçamento de 2024 de 19% para 17%.

Os social-democratas também defendem a atualização do Indexante de Apoios Sociais (IAS) ao valor da inflação deste ano, os referidos 7,4%, o que teria um impacto direto no valor das prestações como o subsídio de desemprego.

Já para o salário mínimo, Miranda Sarmento apresentou uma proposta de aumento para 765 euros, com vista a garantir que não se verifica uma perda de rendimento face à inflação estimada pelo Governo.

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Primeiro hotel-escola de cinco estrelas de Portugal é no Porto

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

O The Editory Artist é um hotel-escola com 17 quartos e um restaurante que personaliza os menus a cada hóspede, e que tem estudantes de hotelaria a estagiar nas suas instalações.

O The Editory Artist, fundado em 2014 na Baixa do Porto, é o primeiro hotel-escola português a ser reconhecido pelo Turismo de Portugal com a categoria de cinco estrelas, anunciou esta quinta-feira aquela unidade hoteleira.

“Ficámos obviamente radiantes, porque era esse o nosso objetivo, porque sempre sentimos que o hotel já o era [de cinco estrelas]”, declarou à agência Lusa Pedro Serra, diretor de operações do The Editory Artist, um “pequeno” hotel-escola com 17 quartos e um restaurante que personaliza os menus a cada hóspede, e que tem estudantes de hotelaria a estagiar nas suas instalações em contexto real.

O The Editory Artist tem uma equipa própria que depois é complementada com alunos da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, através dum protocolo com o Turismo de Portugal, onde os estudantes fazem estágios em contexto real e sem estarem “numa redoma”.

Eles de facto estão num hotel, com uma política comercial, que está sujeito às críticas dos hóspedes, que está sujeito às redes sociais” e “eles lutam contra as dificuldades que por vezes surgem no atendimento ao cliente e que os faz depois crescer”, observou Pedro Serra, explicando que os estágios dos alunos podem ser realizados em várias áreas do hotel, seja na cozinha, na receção, pastelaria, limpezas, entre outras.

A “reclassificação” do hotel-escola de quatro estrelas para cinco estrelas acontece após a unidade hoteleira ter recebido mais serviços e de se realizarem diversos upgrades em algumas áreas, mas Pedro Serra considera que o serviço personalizado que o The Editory tem vindo a desenvolver e a aprofundar nos últimos anos, com cada hóspede, é que faz a diferença daquela unidade.

“Quando montámos o hotel, em 2014, o objetivo foi sempre dar um serviço personalizado aos clientes. O hotel tem 17 quartos, ou seja, é um hotel pequeno e permite essa atenção redobrada e este trabalho de personalização com todos os clientes e isso foi trabalhado ao longo dos anos (…), e sempre fomos tendo um excelente feedback dos clientes”. Apesar de ser um hotel-escola e ter alunos a aprender e a treinar com alguns dos hóspedes, os clientes reconhecem o hotel como tendo um “excelente nível”.

“Isso dá-lhe [ao hotel-escola] também um carisma especial, porque [os hóspedes] estão a ver o desenvolvimento de novos profissionais”, justifica o diretor de operações. Ser o primeiro hotel-escola de cinco estrelas em Portugal também ajuda os alunos num processo de candidatura futura, porque sabem o que é trabalhar no segmento premium e ajuda-os a projetar e ao hotel a nível internacional, acrescenta.

O The Editory Artist Porto, localizado na Rua da Firmeza, trabalha em estreita articulação com a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto (EHTP), que está integrada na rede de Escolas do Turismo de Portugal. A unidade recebe principalmente hóspedes estrangeiros franceses, ingleses e norte-americanos. Antes de ser hotel, o edifício foi, no século XIX, a “Real e Imperial Chapelaria a Vapor”, tendo depois dado lugar, em 1927, à Escola Artística Soares dos Reis, referência no mundo das artes em Portugal.

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FMI avisa que situação económica “ainda vai piorar antes de melhorar”

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

A instituição já desceu as previsões de crescimento global três vezes e a diretora-geral do FMI espera agora 3,2% para este ano e 2,9% para 2023.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse esta quinta-feira que a situação económica mundial, potenciada pelo aumento da inflação “ainda vai piorar antes de melhorar”, reconhecendo que a invasão da Ucrânia deitou por terra as previsões da entidade.

Num discurso, na Universidade de Georgetown, em Washington, Kristalina Georgieva disse que acreditava que a situação “ainda vai piorar antes de melhorar”. “A incerteza é muito elevada”, referiu, destacando os efeitos da guerra, apontando que pandemia que “ainda não desapareceu” e acrescentando também que “os riscos em torno da estabilidade financeira estão a crescer”.

A diretora-geral do FMI disse que a entidade estava novamente a descer as suas previsões para a economia mundial em 2023, projetando um crescimento económico inferior em quatro biliões de euros até 2026. Georgieva disse ainda que a instituição já tinha descido as suas previsões de crescimento global três vezes e que esperava agora 3,2% para este ano e 2,9% para 2023.

A diretora-geral do FMI disse que a situação poderia ser resolvida por três prioridades para as economias, apelando, em primeiro lugar, a medidas que reduzam a inflação, impedindo que ela fique “entrincheirada” nos valores atuais. Ainda assim, disse que estes esforços devem ser equilibrados, porque senão podem empurrar “muitas economias para uma recessão prolongada”.

“Os bancos centrais têm de continuar a responder”, disse, “mesmo se a economia abrandar”. A segunda prioridade, para Georgieva, passa por medidas orçamentais que protejam “as famílias e negócios mais vulneráveis”, avisando que estas medidas devem ser “muito bem direcionadas” e apelando aos países a que “não deem subsídios aos ricos”. A diretora-geral do FMI alertou ainda para os efeitos negativos de controlos generalizados de preços.

Por fim, Georgieva destacou a importância de apoiar os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento.

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Comunidade Política Europeia reunir-se-á duas vezes por ano. Próximo encontro é na Moldova

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

A recém-criada Comunidade Política Europeia deverá reunir-se duas vezes por ano, alternadamente num Estado-membro da União Europeia e num país terceiro, decidiram os líderes em Praga.

A recém-criada Comunidade Política Europeia deverá reunir-se duas vezes por ano, alternadamente num Estado-membro da União Europeia e num país terceiro, estando a próxima cimeira prevista para a Moldova, decidiram esta quinta-feira em Praga os 44 líderes, na reunião inaugural.

Reunido pela primeira vez na capital da República Checa – país que assegura atualmente a presidência semestral rotativa do Conselho da União Europeia (UE) –, este fórum que junta os líderes dos 27 Estados-membros do bloco comunitário e de 17 outros países do continente europeu, formato que poderá sofrer alterações no futuro, deverá voltar a reunir-se no primeiro semestre de 2023 na Moldova, seguindo-se, em princípio, Espanha (que presidirá ao Conselho da UE no segundo semestre do próximo ano) e Reino Unido, revelaram fontes diplomáticas.

Proposta feita originalmente pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, em maio passado – numa altura em que já estava em curso a agressão militar russa à Ucrânia –, esta Comunidade Política Europeia juntou esta quinta em Praga 44 líderes europeus, sublinhando o isolamento de Moscovo na cena internacional, designadamente no panorama europeu.

Além dos 27 Estados-membros da UE, participam neste fórum seis países dos Balcãs Ocidentais (Albânia, Macedónia do Norte, Kosovo, Sérvia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro), os países do trio associado que recentemente pediram a adesão à UE (Geórgia, Moldova, Ucrânia), Arménia e Azerbaijão, bem como os quatro países da Associação Europeia do Comércio Livre – EFTA (Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein) e ainda o Reino Unido e a Turquia, representados em Praga pela primeira-ministra britânica, Liz Truss, e pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

A Ucrânia esteve presencialmente representada pelo primeiro-ministro Denis Shmyhal, mas o Presidente, Volodymyr Zelensky, interveio por videoconferência, saudando esta nova iniciativa política e fazendo votos para que esta plataforma se torne uma verdadeira “Comunidade Europeia de Paz”.

Na sua intervenção, o Presidente ucraniano notou a ausência da Rússia, apontando que se trata de “um Estado que geograficamente parece pertencer à Europa, mas em termos dos seus valores e comportamento é o Estado mais anti-europeu do mundo”.

À chegada ao Castelo de Praga, o primeiro-ministro português, António Costa, fez hoje votos para que a “importante experiência” da cimeira inaugural da Comunidade Política Europeia tenha “sucesso”, dado os desafios globais atuais exigirem respostas globais “o mais reforçadas possíveis”.

“Esta é a primeira cimeira da Comunidade Política Europeia. Acho que vai ser uma importante experiência, para ver se este formato mais alargado a outras ‘Europas’ para além da UE tem sucesso. Era muito importante que tivesse, visto que grande parte dos problemas globais que enfrentamos – pela paz, alterações climáticas, crise energética – requerem respostas globais o mais reforçadas possíveis, que transcendem a UE”, disse.

Questionado sobre se esta cimeira isola a Rússia, António Costa sublinhou que “a Rússia isolou-se a si própria pela forma como, em clara violação do direito internacional, desencadeou uma guerra ilegítima, brutal, desumana, como a tem vindo a conduzir ainda por cima, contra a Ucrânia e o seu povo”.

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