Última fase da alta velocidade depende da localização do aeroporto de Lisboa

Presidente da Mota-Engil considera que "o grande fracasso de 50 anos de liberdade foi a ferrovia" e que é necessário "fazer uma catarse muito rápida".

A última fase da linha de alta velocidade Porto-Lisboa depende da localização do futuro aeroporto na capital. Na apresentação do projeto, no final de setembro, tinha sido indicado que o último troço seria entre Carregado e Lisboa. Agora, o presidente da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, assumiu que todos os cenários estão em aberto, durante um debate no congresso da associação de transportes Adfersit, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian.

“A terceira fase da alta velocidade Lisboa-Porto depende da localização do novo aeroporto. É preciso admitir que o tema depois possa ser acertado”, referiu Miguel Cruz durante o debate, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian. A posição do líder da IP decorre de um cenário deixado pelo Plano Ferroviário Nacional, que sugere que a chegada do comboio de alta velocidade a Lisboa possa ser feita pela margem esquerda ou direita do rio Tejo conforme a localização do aeroporto.

Tal como está planeada neste momento, a linha de alta velocidade Porto-Lisboa será construída em três fases: Porto-Soure (entre 2024 e 2028); Soure-Carregado (entre 2026 e 2030); Carregado-Lisboa (depois de 2030). A constituição de comissões para avaliar o futuro do aeroporto na região de Lisboa leva a rever os planos para o último trecho da alta velocidade.

Calendário do projeto da nova linha Porto-Lisboa, nas fases 1 e 2.

Do que não há dúvidas é da necessidade de finalmente haver uma nova linha entre Porto e Lisboa. “O grande fracasso de 50 anos de liberdade na área das infraestruturas foi a ferrovia. Perdeu rede e a que existe está obsoleta“, sentenciou o presidente executivo da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins. “Temos de fazer uma catarse muito rápida porque o comboio é o transporte por definição para curta e média distância”, acrescentou o líder da construtora com 3,2 mil milhões de euros em contratos para a ferrovia em todo o mundo.

O grande fracasso de 50 anos de liberdade na área das infraestruturas foi a ferrovia. Perdeu rede e a que existe está obsoleta.

Gonçalo Moura Martins

Presidente executivo da Mota-Engil

Moura Martins também apelou a mais planeamento na área das infraestruturas para que “a alocação de recursos seja mais eficiente” e os custos acabem por ser mais baixos. A concentração de obras em pouco tempo e os riscos de prolongamento da inflação alta foram um dos temas também deste congresso.

Duelo CP vs Barraqueiro

A CP e o grupo Barraqueiro querem pôr comboios a circular na nova linha de alta velocidade, mas ambas estão preocupadas com as taxas de uso, isto é, as ‘portagens’ que poderão vir a ser pagas para utilizar a nova linha. O projeto do Porto-Lisboa é uma parceria público-privada porque haverá uma lógica de concessão por disponibilidade.

“Se o serviço de alta velocidade for caro, não há transferência modal. O tempo de viagem é um dos fatores, mas o preço dos bilhetes depende do custo da energia, da taxa de utilização e da aquisição de material circulante, entre outros fatores”, notou o presidente da CP, Pedro Moreira. Do lado da Barraqueiro, Alberto Castanho Ribeiro, manifesta “alguma preocupação por causa do referencial da taxa de uso e como poderão ser viabilizadas as operações ferroviárias. Temos de ter um referencial.”

Da esquerda para a direita: João Taborda da Gama (advogado); Pedro Moreira (presidente da CP); Miguel Cruz (presidente da IP); Alberto Castanho Ribeiro (grupo Barraqueiro); Gonçalo Moura Martins (presidente executivo da Mota-Engil)

O que mais separou a CP e o grupo Barraqueiro foi a questão entre público e privado. “Queremos estar no mercado com as regras dos privados. Precisamos de um perdão da dívida histórica e da autonomia de gestão de qualquer privado. Temos de estar da mesma forma do que os privados, a não ser que queiram que a CP desapareça”, avisou Pedro Moreira. A transportadora do Estado, sem perdão de dívida, arrisca-se a perder esta operação para a congénere espanhola pública, a Renfe.

Alberto Castanho Ribeiro levantou preocupações sobre “financiamentos privados” e a possibilidade de acabarem por existir dinheiros públicos a financiarem a operação comercial da alta velocidade. No entanto, o contrato de serviço público garante que a CP não recebe um euro pelo Alfa Pendular nem irá ter financiamento estatal para a alta velocidade, clarificou Pedro Moreira.

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Portal das Finanças indisponível. Certificado de segurança passou a validade

Autoridade Tributária não renovou atempadamente o certificado de segurança da página de acesso ao Portal das Finanças, deixando os contribuintes sem acesso à área privada.

Os contribuintes estão impossibilitados de aceder à área pessoal no Portal das Finanças, porque um certificado de segurança expirou sem ter sido renovado em tempo útil.

Em causa está o certificado que garante que a comunicação entre o utilizador e o servidor é feita de forma segura e encriptada. Isso faz com que os browsers travem a ligação, para evitar que os dados pessoais possam ser comprometidos.

Estes certificados são conhecidos por certificados SSL e, para os utilizadores, traduzem-se, geralmente, no ícone do cadeado verde que aparece junto ao endereço da página. Mas todos têm um prazo de validade.

Em muitos sites, a renovação é automática. Em contrapartida, se o utilizador tentar aceder a um site seguro cujo certificado tenha expirado, verá uma mensagem de erro que varia consoante o browser. No Chrome, o mais usado, é dito que a conexão “não é privada” e que “atacantes podem estar a tentar roubar a informação”.

Após verificar queixas nas redes sociais, o ECO constatou que o acesso à área privada do Portal das Finanças não estava disponível esta quarta-feira de manhã porque o certificado SSL da página onde é feito o login expirou às 23h59 de terça-feira.

O certificado inválido tem a Autoridade Tributária (na imagem abaixo) como titular e foi emitido pela DigiCert, uma empresa norte-americana que trabalha com este tipo de certificados. A mesma empresa emitiu outro certificado usado na página principal do Portal das Finanças, cuja validade, porém, só termina no dia 16 de março de 2023.

Informação sobre o certificado SSL que expirou

Numa dessas queixas no Twitter, uma utilizadora nota que este problema acontece “no último dia do mês”. Altura em que muitos portugueses precisam de emitir recibos, refere.

O ECO contactou a Autoridade Tributária, através do Ministério das Finanças, que confirmou a indisponibilidade: “Está em curso a renovação dos certificados digitais do Portal das Finanças, por força da qual os respetivos serviços estão temporariamente indisponíveis. A renovação regular dos certificados de segurança constitui uma medida preventiva e uma boa prática de segurança informática, não estando em curso qualquer ataque informático ao Portal das Finanças.”

A mesma fonte oficial não se compromete com um prazo para solucionar o problema. Diz, porém, que “os serviços do Portal das Finanças voltarão a estar brevemente disponíveis”.

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Portugal reforça pacote da NATO de ajuda não letal à Ucrânia com um milhão de euros

  • Lusa
  • 30 Novembro 2022

Ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que o país vai avançar com uma contribuição extraordinária de um milhão de euros. Pacote contribuirá para repor a capacidade energética ucraniana.

O ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou esta quarta-feira que Portugal vai avançar com uma contribuição extraordinária de um milhão de euros para o pacote da NATO de apoio não letal à Ucrânia, num contexto de crise energética no país.

“Portugal vai dar um contributo extraordinário para o pacote de assistência abrangente, que é um pacote da NATO para apoio não letal e, portanto, que será também dedicado à reposição da capacidade energética da Ucrânia. E demos hoje a indicação de que avançaremos com uma contribuição extraordinária de um milhão de euros”, anunciou.

João Gomes Cravinho falava aos jornalistas à margem da reunião do Conselho do Atlântico Norte que junta os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO no Palácio do Parlamento, na capital da Roménia, e termina esta quarta-feira.

Questionado sobre se Portugal vai ajudar a Ucrânia com geradores ou outro tipo de material que ajude a restaurar o sistema de energia do país e a combater o inverno – que segundo a NATO está a ser usado pelo presidente russo como “arma de guerra” – Cravinho respondeu que essa possibilidade está a ser estudada, mas salientou que “existe neste momento uma escassez generalizada no mercado de geradores em função da elevada procura, justamente para fazer face à destruição provocada pela Rússia”.

“Em relação ao apoio militar, é uma constante. Portugal está constantemente a rever a suas possibilidades e ao longo da duração da guerra iremos com certeza reforçar o nosso apoio”, sublinhou.

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+M

Fundação Manuel António da Mota e MGP levam livros a 244 bibliotecas

  • + M
  • 30 Novembro 2022

Ao todo, ao longo dos três anos que durará a parceria com a Guerra e Paz, a MGP e a Fundação vão oferecer, dos 24 títulos a publicar, 5856 exemplares.

A coleção Os Livros Não se Rendem, lançada pela Guerra e Paz e que reúne ensaios de história, filosofia, política e economia dos últimos 70 anos, está a ser apoiada pela MGP Mota Gestão e Participações e pela Fundação Manuel António da Mota. Através desta parceria, cada título desta coleção vai ser oferecido a 244 bibliotecas que integram a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas.

Ao todo, ao longo dos três anos que durará a parceria com a Guerra e Paz, a MGP e a Fundação vão oferecer, dos 24 títulos a publicar, 5.856 exemplares, sendo as bibliotecas públicas e os seus leitores os beneficiários, sem qualquer contrapartida e sem outra exigência que não seja o serviço da causa pública”, diz a editora em comunicado.

A MGP Mota Gestão e Participações e da Fundação Manuel António da Mota pretendem assim apoiar o trabalho das bibliotecas públicas e o livro. “O livro, como a ação das bibliotecas bem o prova, deve ser um desígnio nacional: é nessa esperança que se inscreve esta doação da MGP Mota Gestão e Participações e da Fundação Manuel António da Mota, em parceria com a Guerra e Paz editores”, sustentam.

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Estes são os vencedores nos The Lawyer European Awards 2022

A Cuatrecasas levou para casa o prémio de “Law Firm of the year: Iberia” e "European Law Firm of the Year". PLMJ e Bruno Ferreira foram "highly commended".

A Cuatrecasas levou para casa o prémio de “Law Firm of the year: Iberia” e “European Law Firm of the Year”. Entre os nomeados na categoria ibérica estavam a Garrigues, Gómez-Acebo & Pombo, PLMJ, Allen & Overy, Ecija, Pérez-Llorca Abogados e Uría Menéndez. A PLMJ foi “highly commended” nesta categoria.

 

Na categoria “European Managing Partner of the year” o vencedor foi Alejandro Touriño da Ecija. O managing partner da PLMJ, Bruno Ferreira, era o único português nomeado nesta categoria e, apesar e não vencer, foi “highly commended.

A Abreu Advogados, Cuatrecasas, Garrigues, Gómez-Acebo & Pombo, PLMJ e SRS Legal eram as firmas portuguesas e a operar em Portugal nomeadas nesta edição.

Na categoria de “European competition or antitrust team of the year”, onde estava nomeada a PLMJ e a SRS Legal, o vencedor foi a A&L Goodbody. O escritório Latham & Watkins foi “highly commended”.

A SRS Legal estava também nomeada na categoria de “European litigation team of the year”, mas foi o escritório Sayenko Kharenki que levou o troféu. Arthur Cox foi “highly commended”.

Na categoria de “Best ESG initiative”, onde a Abreu Advogados estava nomeada, foi a Zamfirescu Racoti Vasile & Partners a vencedora.

Os “The Lawyer European Awards” premeiam as melhores sociedades de advogados, equipas in-house e alianças internacionais, em 24 categorias distintas, nas respetivas regiões geográficas. Veja aqui todos os vencedores.

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Primeiro-ministro cancela ida ao Qatar para assistir a jogo de Portugal por motivos de saúde

  • Lusa e ECO
  • 30 Novembro 2022

A ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, substituirá o chefe de Governo na deslocação ao Qatar, visto que tem a tutela do Desporto.

O primeiro-ministro cancelou a sua deslocação ao Qatar para assistir na sexta-feira ao jogo da seleção portuguesa frente à Coreia do Sul, do Mundial 2022 de futebol, por motivos de saúde, disse esta quarta-feira à Lusa fonte oficial do seu gabinete. António Costa será substituído pela ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que tem a tutela do Desporto, acrescentou a mesma fonte.

Depois do triunfo face ao Gana (3-2) na ronda inaugural, Portugal venceu na segunda-feira em Lusail o Uruguai (2-0) graças a um ‘bis’ de Bruno Fernandes (54 e 90+3 minutos, o segundo de penálti), assegurando a presença nos oitavos de final da competição.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assistiu ao jogo inaugural da seleção portuguesa, enquanto o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que é a segunda figura do Estado, esteve presente na partida de segunda-feira.

A presença das principais figuras do Estado no Qatar tem motivado polémica, pelas críticas que Marcelo e Costa fizeram à violação de direitos humanos naquele país, mantendo, contudo as deslocações previstas, que, no caso do chefe do Governo foi agora cancelada, mas por motivos de saúde.

Na passada segunda-feira, o chefe de Governo já tinha cancelado a participação na inauguração do novo centro de I&D da Nokia Portugal na Amadora por causa de uma gripe, tendo sido substituído pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.

Caso esteja recuperado a tempo, António Costa participará na sexta-feira à tomada de posse dos secretários de Estado que foram ontem nomeados. A cerimónia está agendada para o meio-dia, no Palácio de Belém.

(Notícia atualizada às 12h35)

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75% das empresas portuguesas deram formação aos colaboradores em 2020

O valor está acima da média registada no conjunto dos estados-membros da UE (67,4%), mas longe da percentagem registada na Letónia (96,8%), o país onde as empresas mais formaram as suas pessoas.

Em 2020, ano fortemente marcado pela pandemia da Covid-19, 75,6% das empresas portuguesas que empregam dez ou mais pessoas ofereceram formação aos seus colaboradores. O valor está acima da média registada no conjunto dos estados-membros da União Europeia (UE), que se situou nos 67,4%, tendo registado uma quebra de 3,1 pontos percentuais face a 2015, “o que muito provavelmente pode ser explicado pela redução das atividades empresariais, encerramentos e restrições devidas à pandemia Covid-19”, conclui o Eurostat nos dados estatísticos publicados esta quarta-feira.

Apesar de superior à média da UE, o valor nacional está longe do apurado nos países que formam o pódio das chamadas “empresas formação”, ou seja, as organizações que disponibilizam cursos de formação vocacional contínua aos seus colaboradores ou, pelo menos, uma das outras formas de formação, seja através da aprendizagem no próprio local de trabalho ou de jornadas de aprendizagem, por exemplo. Mas ainda mais longe dos estados-membros na ponta oposta do gráfico.

A Letónia, seguida pela Suécia e República Checa foram os países que mais se destacaram, pela positiva, nesta matéria: 96,8%, 91,5% e 85,9% das empresas em cada um destes países, respetivamente, deram formação às suas pessoas em 2020. A Bélgica (82,2%) e a Estónia (79,8%) também registaram percentagens elevadas.

No sentido oposto, a Roménia e a Grécia foram os países onde menos empresas facultaram formação contínua aos seus trabalhadores. Apenas 17,5% e 17,8%, respetivamente. O terceiro lugar na cauda da União Europeia, embora bastante distanciado, cabe à Hungria (37,7%), seguida da Polónia (40,9%) e da Bulgária (45,1%).

Menos formação em quase todos os setores

2020 foi um ano de diminuição da oferta formativa oferecida pelas empresas aos seus colaboradores em praticamente todos os setores. Apenas a indústria ofereceu mais formação aos seus trabalhadores, registando um pequeno aumento de um ponto percentual. A maior diminuição pertence ao setor da construção, que registou um abrandamento de 5,3 pontos percentuais (passando de 69,4%, em 2015, para 64,1%, em 2020), enquanto a menor diminuição aconteceu na área dos serviços de informação e tecnologia, atividades financeiras e de seguros (quebra de 1,7 pontos percentuais, de 84,5% para 82,8%).

Apesar da ligeira redução, de uma forma geral, são as organizações que atuam na área dos serviços de informação e comunicação e nas atividades financeiras e de seguros as mais propensas a prestar formação profissional contínua (82,8%). Já as empresas distribuição, retalho e alojamento eram as menos propensas em 2020.

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Bruxelas aprova PRR da Hungria, mas quer suspender 7,5 mil milhões em fundos da UE

  • Lusa
  • 30 Novembro 2022

A Comissão Europeia deu ‘luz verde’ ao Plano de Recuperação e Resiliência da Hungria, de 5,8 mil milhões de euros, mas propôs suspender 7,5 mil milhões em fundos da política de coesão.

A Comissão Europeia deu esta quarta-feira ‘luz verde’ ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da Hungria, de 5,8 mil milhões de euros, mas propôs suspender 7,5 mil milhões de euros em fundos da política de coesão.

As duas decisões foram anunciadas esta quarta-feira pelo executivo comunitário, que em comunicado indica que “apresentou hoje à Hungria uma avaliação ao abrigo do procedimento de condicionalidade”, argumentando que, “não obstante as medidas tomadas, existe ainda um risco contínuo para o orçamento da UE, dado que as medidas corretivas que ainda precisam de ser cumpridas são de natureza estrutural”.

Por essa razão, Bruxelas propõe suspender 65% das autorizações para três programas operacionais no âmbito da política de coesão, num montante de 7,5 mil milhões de euros, processo que já tinha iniciado em meados de setembro. “A Comissão concluiu que as condições para a aplicação do regulamento permanecem e que serão necessárias outras medidas essenciais para eliminar os riscos remanescentes para o orçamento da UE na Hungria”, justifica Bruxelas.

Ao mesmo tempo, a instituição deu ‘luz verde’ ao PRR húngaro, cuja aprovação tem vindo a ser adiada desde há meses, após ter “assegurado a inclusão de marcos essenciais sobre a independência judicial e a proteção do orçamento da UE”.

Para aceder às verbas do PRR, Budapeste está, porém, dependente da “plena e efetiva implementação dos marcos necessários”, estando em causa 17 medidas corretivas, juntamente com outras reformas do Estado de direito relacionadas com a independência judicial, num total de 27 importantes marcos.

“Isto significa que nenhum pagamento ao abrigo do PRR será possível até a Hungria ter implementado plena e corretamente estes 27 importantes marcos”, adianta Bruxelas.

Bruxelas mantém um longo diferendo com o Governo húngaro de Viktor Órban, acusado de violar o Estado de direito, nomeadamente a independência do sistema judicial e dos meios de comunicação e infringindo direitos das minorias e de não combater a corrupção. Em meados de setembro, o executivo comunitário propôs a suspensão de fundos comunitários à Hungria pelas violações do Estado de direito, no âmbito da política de coesão.

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H&M vai cortar 1.500 postos de trabalho

  • Lusa
  • 30 Novembro 2022

A H&M anunciou que vai cortar 1.500 empregos devido à aplicação do plano de redução de custos, apresentado há dois meses, e ao aumento da eficiência, após a queda dos lucros ao encerrar o negócio.

A H&M anunciou que vai cortar 1.500 empregos devido à aplicação do plano de redução de custos, apresentado há dois meses, e ao aumento da eficiência, após a queda dos lucros ao encerrar o negócio na Rússia.

O programa, que visa poupar 2.000 milhões de coroas suecas (cerca de 183 milhões de euros) por ano a partir do segundo semestre de 2023, vai custar cerca de 800 milhões (73 milhões de euros) em custos de reestruturação, que serão contabilizados no quarto trimestre, refere a cadeia de moda sueca em comunicado, lembrando ainda que o corte de postos de trabalho se deve também ao fecho da sua operação na Rússia devido à invasão da Ucrânia.

“O programa de corte de custos e aumento da eficiência que iniciámos envolve a reestruturação da organização”, disse a presidente executiva da multinacional, Helena Helmersson. E prosseguiu: “Estamos cientes de que alguns colegas serão afetados. Vamos apoiá-los na procura da melhor solução possível para o próximo passo”.

O grupo sueco, que conta com mais de 100.000 colaboradores, tem 4.664 lojas em 77 países e está também presente em 57 mercados online.

A H&M refere ainda que a quebra dos lucros se deveu ao encerramento da atividade na Rússia devido à intervenção militar na Ucrânia, que lhe custou 2.104 milhões de coroas suecas (193 milhões de euros), e a fatores como o aumento do preço das matérias-primas, custos de energia, entregas e transporte, segundo o balanço financeiro divulgado há dois meses.

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Taxas médias das Euribor voltaram a subir este mês, mas menos do que em outubro

  • Lusa
  • 30 Novembro 2022

Taxas médias da Euribor a três, seis e 12 meses voltaram a subir em novembro, para 1,825%, 2,321% e 2,828%. Verificou-se uma desaceleração face a outubro.

As taxas médias da Euribor a três, seis e 12 meses voltaram a subir em novembro, para 1,825%, 2,321% e 2,828%, respetivamente, mas a um ritmo menos acentuado do que em outubro. Além de uma desaceleração face a outubro, as taxas médias da Euribor subiram mais acentuadamente nos prazos mais curtos do que nos mais longos, já que cresceram 0,397 pontos a três meses, 0,324 pontos a seis meses e 0,199 pontos a 12 meses.

Em outubro, as taxas médias a três, seis e 12 meses tinham sido respetivamente de 1,428%, 1,997% e 2,629%. Esta quarta-feira, as taxas Euribor desceram a três, seis e 12 meses, depois de várias sessões a subirem para novos máximos desde o início de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, baixou esta quarta-feira para 2,414%, menos 0,028 pontos, depois de ter subido em 29 de novembro para 2,442%, um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • A Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também recuou esta quarta-feira, ao ser fixada em 1,973%, menos 0,011 pontos, contra 1,984% em 29 de novembro, um novo máximo desde fevereiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor caiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,830%, menos 0,062 pontos que na terça-feira, quando se tinha mantido em 2,892%, o mesmo valor de segunda-feira e um máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro.

A 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de a 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e a 8 de setembro em 75 pontos base.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% a 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Dormidas aumentaram 97,3% até outubro, mas ainda estão abaixo dos níveis pré-pandemia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Novembro 2022

No conjunto dos primeiros dez meses de 2022, as dormidas aumentaram 97,3%, mas comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 1,6%.

Até outubro, o número de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico cresceu 97,3% face aos primeiros dez meses de 2022, com os aumentos de 23,7% nos residentes e de 177,9% nos não residentes. Porém, em relação ao mesmo período de 2019, as dormidas registaram um decréscimo de 1,6% devido a um recuo de 6% das dormidas de não residentes (as de residentes cresceram 9%), avança o Instituto Nacional de Estatística (INE)o nos dados da Atividade Turística relativos a outubro.

O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro, correspondendo a variações homólogas de +23,4% e +23,5%, respetivamente (+41,1% e +37,2% em setembro, pela mesma ordem). Face a outubro de 2019, verificaram-se crescimentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente.

Fonte: INE

No mês em análise, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas e o mercado externo com 4,9 milhões, o que representa, respetivamente, um decréscimo de 2,7% e um aumento de 3,7% face ao mesmo período de 2021. Comparando com outubro de 2019, as dormidas de residentes aumentaram 21% e as de não residentes cresceram 1,5%. Outubro, aliás, foi o mês que registou o maior crescimento de dormidas de não residentes face a 2019, nota o INE.

Também as dormidas superaram os valores de 2019 em todos os segmentos de alojamento. Na hotelaria — hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos, pousadas e quintas da Madeira –, aumentaram 23,4% em outubro face ao mesmo mês de 2021 (+6,1% face a outubro de 2019), o que corresponde a um peso de 83,4% no total de dormidas.

No caso dos estabelecimentos de alojamento local, embora as dormidas tenham registado um crescimento homólogo maior (+28,4%) do que no segmento de hotelaria, têm um peso no total de dormidas de apenas 13,3%, sendo que estas aumentaram 0,6% em relação a outubro de 2019. O turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,2%), por sua vez, teve o menor aumento (+9%) dos três segmentos de alojamento no mês em análise, mas registou o maior crescimento (+45,2%) face a outubro de 2019.

Todas as regiões registaram aumentos de dormidas, com o Algarve a concentrar 28,2% do total, seguido da Área Metropolitana de Lisboa (26,6%) e o Norte (16,5%). Porém, na comparação com os níveis pré-pandemia, apenas o Algarve registou um decréscimo (-1,3%), enquanto a Madeira e os Açores tiveram os maiores aumentos (+25% e +17,5%, respetivamente).

Mercado norte-americano disparou quase 40% face a outubro de 2019

O turismo de norte-americanos em Portugal continua a crescer. Em outubro, de acordo com os dados do gabinete estatístico, o número de dormidas de norte-americanos registou um aumento de 39,5% em relação ao mesmo mês de 2019, representando 8,8% do total de dormidas de não residentes.

Já o mercado britânico diminuiu 1,7% relativamente a outubro de 2019, embora tenha uma quota de 20,8% do total das dormidas de não residentes em outubro. As dormidas de hóspedes alemães (peso de 12%) registaram a segunda maior diminuição no grupo dos 17 principais mercados emissores (-10,2%) face ao período pré-pandemia, enquanto o mercado brasileiro registou o maior decréscimo (-15,3%).

(Notícia atualizada pela última vez às 12h11)

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Famílias consomem menos e investimento cai no terceiro trimestre

O investimento passou de um crescimento de 3,5% no segundo trimestre, para uma redução de 0,4% no terceiro, revela o INE.

O Produto Interno Bruto aumentou 4,9% em termos homólogos e 0,4% em cadeia no terceiro trimestre de 2022, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. A procura interna teve um contributo menor para o crescimento neste período, sendo que as famílias consumiram menos e o investimento caiu, passando de um crescimento de 3,5% no segundo trimestre, para uma contração de 0,4%.

“O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no terceiro trimestre, passando de quatro pontos percentuais (p.p.) no segundo trimestre, para 2,9 p.p., verificando-se um crescimento ligeiramente menos acentuado do consumo privado e uma diminuição do investimento, determinada pelo comportamento da variação de existências”, indica o INE.

Olhando para as componentes da procura interna, em termos reais, “verificou-se uma ligeira desaceleração do consumo privado (inclui as instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias)”, enquanto o consumo público seguiu a tendência contrária e aumentou 0,5% em termos homólogos, menos 1,2 p.p. que no trimestre anterior.

As despesas de consumo final das famílias residentes em bens não duradouros e serviços desaceleraram, enquanto a componente de bens duradouros registou um crescimento homólogo mais pronunciado, destacando-se a aquisição de veículos automóveis. É de notar, no entanto, que existe aqui um efeito base já que no terceiro trimestre do ano passado houve uma redução significativa.

Já o investimento passou para uma contração de 0,4%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) diminuiu na construção e desacelerou nas áreas de equipamento de transporte e produtos de propriedade intelectual, sendo que apenas a FBCF em outras máquinas e equipamentos registou uma aceleração, para uma taxa de 6,6%.

Já o contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB diminuiu para 2,0 p.p. (3,3 p.p. no trimestre precedente), indica o INE. As exportações de bens e serviços tiveram uma desaceleração significativa no terceiro trimestre, sendo mais acentuada que as importações. É de notar que apesar deste abrandamento, as exportações de serviços “continuaram a aumentar de forma considerável”, nomeadamente devido à dinâmica do turismo.

Tendo em conta o aumento dos preços nos fluxos de comércio internacional, verificou-se uma perda dos termos de troca (4,1%), que foi ainda assim “ligeiramente menos intensa que no trimestre anterior”.

Quanto ao emprego, este abrandou mas as horas trabalhadas aumentaram. A “produtividade medida pelo rácio entre o PIB em volume e o número de pessoas empregadas aumentou 3,3% em termos homólogos, menos 2,0 p.p. que no trimestre anterior”, enquanto aquela medida com base no número de horas trabalhadas “registou uma variação homóloga de 3,8%, após um crescimento de 8,3% no segundo trimestre”.

(Notícia atualizada às 11h45)

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