“O setor privado e as pessoas terem mais dinheiro nos bolsos é o que, a prazo, produz mais riqueza”, defende Horta Osório
O antigo banqueiro acredita que é possível duplicar o rendimento do país em dez anos e defende que os apoios públicos devem ser dirigidos prioritariamente à inovação.
António Horta Osório acredita que é possível “dobrar o rendimento do país” em dez anos, deixando de lado questões partidárias e definido consensos alargados, afirmou durante a tertúlia que assinalou o início das comemorações dos 158.º aniversário do Diário de Notícias.
Para acelerar o crescimento, é necessário reforçar o investimento na investigação e desenvolvimento, defendeu. “Acho que os apoios públicos devem ser dirigidos prioritariamente à inovação“, disse o administrador não executivo de empresas como a Bial, Impresa e Grupo Mello.
Horta Osório afirmou ainda que o país tem de manter a aposta nas exportações e defendeu um menor peso do Estado na economia. “Acredito que o setor privado e as pessoas terem mais dinheiro nos seus bolsos é aquilo que, a prazo, produz mais riqueza”, sublinhou, segundo relata o Diário de Notícias.
O antigo banqueiro perspetivou “um ano difícil em 2023”, sobretudo devido à inflação, “um custo cego para as pessoas e provoca imediatamente assimetrias”. “Há momentos de sorte e de azar, o fundamental é termos resiliência e prudência para resistir aos momentos mais negativos”, afirmou.
Considerando que o Banco Central Europeu deve ter “prudência” na subida das taxas de juro, defendeu que seria importante o endividamento público português ficar abaixo do francês. “A dívida sobre o produto [interno bruto] francês está à volta dos 115%. Penso que temos a possibilidade de, em 2023 ou em 2024, ficarmos com a dívida sobre o produto abaixo do rácio francês. Se ficarmos abaixo da França, ficamos noutro campeonato”, considerou.
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