TAP retomou negociações com os tripulantes para evitar nova greve
Administração da companhia voltou a reunir com o sindicato dos tripulantes de cabina e espera conseguir um acordo que permita evitar uma nova greve.
A TAP voltou à mesa de negociações com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabina. A CEO da companhia aérea espera conseguir evitar uma nova paralisação até ao final de janeiro.
“Tivemos reuniões com o sindicato dos tripulantes na semana passada e tivemos outra esta manhã. Acho que houve uma boa evolução nas novas conversações“, afirmou a presidente executiva da TAP à margem de um almoço com jornalistas. “Queremos evitar a greve, se for possível”, disse Christine Ourmières-Widener.
“Temos a noção que é um período crítico para os nossos clientes, para os portugueses. Acho que o sindicato também tem em mente que há uma necessidade de assegurar a conectividade do país. Temos de esperar pelo fim da discussão”, acrescentou a CEO.
No passado dia 6 de dezembro, o SNPVAC confirmou em assembleia geral a greve que se realizou nos dias 8 e 9 e aprovou um mínimo de cinco outros dias a marcar até ao final de janeiro. Na semana passada o sindicato comunicou que decidiu “não marcar greve no período de Natal por considerar que a mesma afetaria diretamente a diáspora portuguesa que aproveita esta quadra natalícia para visitar as suas famílias”, sem, no entanto, indicar quando poderia ser a paralisação.
O que ainda separa os tripulantes e a TAP “são questões financeiros e sobre a forma como o trabalho está organizado”, explicou a responsável. “Estamos a trabalhar nos detalhes. A mensagem é que valorizamos muito o que os tripulantes estão a dar à companhia, são muitas vezes os únicos com quem os nossos clientes se relacionam. São a cara da companhia. Queremos chegar a uma solução para trabalharmos ainda melhor no futuro”, afirmou. A linha vermelha “é o Acordo de Emergência, porque é um compromisso entre o Governo e a Comissão Europeia. É um limite que não podemos ultrapassar”.
TAP ainda a fazer contas à greve
A companhia aérea estimou um impacto negativo de oito milhões nas receitas devido à greve da primeira semana de dezembro. A CEO diz que as contas finais só serão conhecidas no final do mês, mas não andarão longe desse montante.
Se avançar a paralisação de cinco dias, o custo poderá ser maior, mas Christine Ourmières-Widener diz que a empresa ainda não fez uma previsão. “Não fizemos estimativas, porque ainda estamos a tentar chegar a acordo com o SNPAC e acho que é possível um acordo”, respondeu.
Por fazer está também o balanço do impacto que poderá ter o mero facto de existir a ameaça de uma nova greve. “Vimos uma quebra nas reservas, agora estão novamente a aumentar. Saberemos exatamente com o forte crescimento das reservas que deverá acontecer a partir de janeiro em todas as companhias. Estamos a carregar os voos para o verão e queremos ter toda a oferta disponível porque as grandes promoções e campanhas, quando toda a gente quer reservar, acontecem em janeiro”, explicou a CEO. “Depois do Natal veremos se teve um impacto duradouro ou não. Achamos que não, porque temos muitos clientes a contactarem-nos”.
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