Dormidas de turistas estrangeiros registam maior aumento desde 2019
Turismo registou quase 4,2 milhões de dormidas em novembro, 1,3 milhões provenientes do mercado interno e 2,9 milhões do externo. O mercado norte-americano já pesa 8,8%, tanto como Espanha.
Em novembro, o setor do alojamento português acolheu 1,7 milhões de hóspedes e registou 4,2 milhões de dormidas. Comparativamente ao mesmo mês de 2019, no caso dos turistas não residentes, as dormidas subiram quase 6%, o que corresponde “ao maior crescimento face a 2019”, desde o início pandemia. Já as dormidas de residentes aumentaram mais timidamente (0,8%), mostram os dados da estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No passado mês de novembro, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e voltou a registar uma evolução positiva, na ordem dos 6,3%, após um decréscimo de 3,2%, em outubro. Já os mercados externos totalizaram 2,9 milhões, o que se traduz num aumento de 26,4%.
As dormidas de residentes no Reino Unido e na Alemanha representaram, respetivamente, 14,7% e 12,8% do total de dormidas de turistas estrangeiros em novembro. No entanto, a evolução face ao mesmo período de 2019 foi diferente: enquanto no Reino Unido diminuíram 1,8%, na Alemanha aumentaram 2,8%.
Os turistas residentes nos Estados Unidos da América foram também dos que mais dormiram em terras lusas durante o mês passado, tendo as dormidas disparado 42,7% comparativamente a novembro de 2019 (42,7%). O mercado norte-americano representa agora 8,8% do total de dormidas de turistas estrangeiros em Portugal, exatamente a mesma percentagem do mercado espanhol, apesar de, neste caso, a evolução ter sido contrária (-7,8%).
Já o mercado francês aumentou 19,1%, para 7,7% do total de dormidas de turistas estrangeiros. De destacar ainda o crescimentos dos mercados checo (94,1%), polaco (50,4%) e irlandês (36,2%).
No acumulado dos primeiros onze meses de 2022, as dormidas aumentaram 89,4% (22,4% nos residentes e 157,7% nos não residentes).
Em novembro, 31,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.
Hóspedes e dormidas superam valores de 2019 em todos os segmentos de alojamento
As dormidas na hotelaria (que detém 82,3% do total) aumentaram 19% (3% face a novembro de 2019), enquanto nos estabelecimentos de alojamento local (14,9% do total), as dormidas cresceram 23,9% (6,8% comparando com novembro de 2019).
Contudo, foi no no turismo no espaço rural e de habitação (quota de 2,8%) que se registou o maior aumento face a novembro de 2019. Neste segmento, as dormidas aumentaram 9,5%, o que representa um crescimento de 38,6% face a novembro de 2019.
Só o Algarve não regista mais dormidas de não residentes face a 2019
Os dados do INE revelam também que, em novembro, houve aumentos das dormidas em todas as regiões do país. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou o maior número, com 32,9% do total de dormidas, seguindo-se o Algarve e o norte com 17,5%.
No entanto, quando comparado com os níveis de 2019, o Algarve fica 5,4% abaixo das dormidas registadas no mesmo mês do período pré-pandémico, bem como a região centro (-2,3%) e o Alentejo (-1,6%).
Os maiores aumentos foram assinalados, por sua vez, na Madeira, onde as dormidas de turistas estrangeiros subiram 24,9% e nos Açores, que registou mais 17,5%.
(Notícia atualizada às 11h51)
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