“Só ficaremos satisfeitos quando abolirmos as portagens no interior”, diz ministra Ana Abrunhosa

De acordo com a proposta de OE 2022, o novo modelo de descontos de portagens nas autoestradas designadas por ex-SCUT tem um impacto estimado para 2022 de 80 a 90 milhões de euros.

A ministra da Coesão reiterou o objetivo de abolir por completo as portagens no interior do país e na A22. “Só ficaremos satisfeitos quando abolirmos as portagens no interior e na A22, porque são um custo de contexto”, disse Ana Abrunhosa esta quinta-feira na audição no Parlamento no âmbito da discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2022.

A responsável com a tutela da descentralização garantiu que a redução tarifária nas portagens que estava em vigor o ano passado vai “continuar em 2022” e que o Governo vai “continuar a robustecer essa redução”. Mas, como “sempre referi tem de ser uma redução gradual e sustentável”, precisou. “A redução das portagens continua a ser um objetivo pessoal e um compromisso do Governo, apesar da incerteza” relacionada com a guerra na Ucrânia, acrescentou já no final da audição, recordando que esta medida é “uma contra-tendência face à política europeia de descarbonização” e que países como Espanha estão a introduzir portagens onde não havia.

De acordo com a proposta de OE 2022 o novo modelo de descontos de portagens nas autoestradas designadas por ex-SCUT tem um impacto estimado para 2022 de 44 milhões de euros este ano, que acrescem aos 88 milhões de orçamentados o ano passado. Esta medida é “financiada através de receitas de impostos”.

Fonte: Proposta de OE 2022 Notas: Redução das portagens: resulta da Portaria 138-D/2021, de 30 de junho, que materializa os artigos 425.º e 426.º da Lei do Orçamento de Estado para 2021 (Lei n.º 75-B/2020 , de 31 de dezembro), com um impacto anual de 88 milhões de euros, tendo sido considerado o incremento em 2022 face a 2021, financiado através do Orçamento do Estado através de Receitas de Impostos.

 

O regime de descontos aplica-se às taxas de portagens em cada passagem nos lanços e sublanços das antigas SCUT (vias Sem Custos para o Utilizador), nomeadamente na A22 – Algarve (Via do Infante), A23 – IP, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta, A28 – Norte Litoral, Concessões do Grande Porto (A41, A42) e da Costa da Prata.

A proposta de descontos de 50% na taxa de portagem para todos os veículos e de 75% para elétricos e não poluentes foi apresentada pelo PSD e aprovada pelo Parlamento no âmbito da Lei do OE2021. Mas, como precisou a ministra da Coesão, foi também introduzida por iniciativa do Governo a redução de portagens no transporte de mercadorias de 55% à noite, fins de semana e feridos e no transporte de passageiros de 35% durante o dia e de 55% à noite. Além disso, os descontos passaram a abranger também a A13 e a A4.

A aprovação da medida causou alguma polémica, com o Governo a apontar a sua eventual inconstitucionalidade, mas que acabou por ser descartada. O Governo estimou um impacto de 160 milhões de euros anuais devido a esta redução nas portagens.

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Partido de Macron passa a chamar-se Renascença

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

A mudança de nome inicia a refundação d'A República em Marcha, a expansão do movimento criado há seis anos por Macron e a formalização do partido político.

O partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, passou a chamar-se Renascença, indicou esta quinta-feira o seu delegado-geral, Stanislas Guerini, apresentando-o como “um partido popular com vocação para ser aberto” aos cidadãos e representantes eleitos “de onde quer que venham”.

“Iniciamos um movimento de refundação de A República em Marcha (nome do partido até agora), para podermos continuar a expandir esse movimento político criado pelo Presidente, Emmanuel Macron, há pouco mais de seis anos, num partido político que terá o nome de Renascença”, declarou Guerini.

O Renascença é um partido destinado a “ser fiel à vontade do Presidente”, que é “sempre fazer a escolha do Iluminismo contra o obscurantismo” e ser “fiel ao que fazemos na cena europeia”, sublinhou.

Guerini falava numa conferência de imprensa em Paris, na qual participaram o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe (do partido Horizontes, direita), o presidente da Assembleia Nacional, Richard Ferrand (de A República em Marcha), e o antigo ministro François Bayrou (do partido MoDem, centro).

Os quatro anunciaram uma coligação batizada como “Juntos” para agrupar os partidos que compõem a maioria presidencial com vista às eleições legislativas que se realizam a 12 e 19 de junho em França.

Renascença era já o nome da lista apresentada pela maioria presidencial às eleições europeias de 2019, passando a designar o movimento político criado em abril de 2016 por Macron, Em Marcha, posteriormente rebatizado como A República em Marcha.

Em agosto desse ano, Macron demitiu-se do cargo de ministro da Economia do executivo do Presidente socialista François Hollande e, em novembro, apresentou-se pela primeira vez como candidato ao Eliseu, nas eleições de 2017, que ganhou contra a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.

De acordo com os seus estatutos, A República em Marcha era um movimento e não um partido político. Agora, à mudança de nome soma uma mudança de natureza, formalizando-se como partido.

Desde a reeleição de Emmanuel Macron, a questão das nomeações para as listas partidárias candidatas às legislativas está a causar turbulência dentro da maioria, com as diversas formações a competirem por incluir os seus membros, a começar pelas tropas de Édouard Philippe, cujas relações com Macron são tensas.

“Temos a ambição de dar ao Presidente e ao futuro Governo uma maioria estável, sólida, dinâmica, viva, para conseguir que o quinquénio que se inicia tenha êxito”, declarou Philippe. Esta coligação, disse, por sua vez, o presidente da Assembleia Nacional, “zelará por que haja uma maioria parlamentar que permita que o apoio dado a Macron nas presidenciais do passado dia 24 de abril possa concretizar-se”.

Macron foi confortavelmente reeleito Presidente da República francesa a 24 de abril, com 58,55% dos votos, mas a sua batalha na segunda volta contra a candidata da extrema-direita Marine Le Pen (que obteve 41,45%) revelou um país largamente dividido.

Macron venceu por uma ampla margem em Paris, nos centros urbanos e no oeste e sudoeste de França, ao passo que Le Pen conquistou eleitores sobretudo no sul e nos centros industriais do norte do país. A República em Marcha tem neste momento 270 dos 577 deputados e o MoDem tem 57. A sua coligação, que apresentará candidaturas únicas, pretende reunir todos os partidos aliados da atual maioria.

O lançamento desta coligação surge depois da apresentação da negociada pela esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon, que convenceu já ecologistas e comunistas e alcançou um pré-acordo com os socialistas, que submeterão hoje à noite a votos esse pacto.

Uma sondagem do instituto Harris Interactive divulgada esta semana indicou que, nas legislativas dos próximos dias 12 e 19 de junho, o partido presidencial e os seus aliados poderão obter entre 338 e 378 assentos parlamentares, acima dos 289 necessários para ter a maioria absoluta.

O partido conservador Os Republicanos e os seus aliados conquistarão entre 35 e 65 deputados, em vez dos 101 que atualmente têm, e a União Nacional, de extrema-direita, alcançará entre 65 e 95, segundo esse estudo de opinião.

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Sonaecom paga dividendo de 0,194 euros a 26 de maio

Empresa reportou um lucro líquido de 52,5 milhões de euros no quarto trimestre de 2021, acima dos 31,2 milhões de euros alcançados no período homólogo.

A Sonaecom vai pagar aos acionistas um dividendo de 0,194 euros por ação a partir do próximo dia 26 de maio, refere um comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com a empresa liderada por Cláudia Azevedo, aquele valor corresponde a um dividendo líquido de 0,13968 euros ou 0,1455 euros por ação, tendo em contas uma taxa liberatória de 28% e 25%, respetivamente.

“As ações serão transacionadas sem direito a dividendos a partir do segundo dia útil anterior (24 de maio) ao dia do pagamento, inclusive”, refere o documento.

No início de março, a Sonaecom reportou um lucro líquido de 52,5 milhões de euros no quarto trimestre de 2021, acima dos 31,2 milhões de euros alcançados no período homólogo. No final do ano passado, o volume de negócios foi de 22,8 milhões de euros e o EBITDA de 5,2 milhões de euros.

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Híbridos e elétricos superam vendas da gasolina até março na UE

Veículos com motor de combustão estão a perder quota de mercado e apenas representam pouco mais de metade das vendas no mercado europeu. Veículos totalmente elétricos duplicaram peso no mercado.

Compraram-se mais carros híbridos e elétricos do que apenas movidos a gasolina no primeiro trimestre de 2022 na União Europeia. A transição energética é notória nos dados de vendas de automóveis por energias, que foram publicados nesta quinta-feira pela Associação Europeia de Fabricantes Automóveis (ACEA, na sigla original).

Os dados já contemplam os efeitos da subida do preço do petróleo nos mercados internacionais – por culpa da guerra na Ucrânia – e respetivos efeitos na hora de abastecer os carros com gasolina ou com gasóleo.

Até março, a quota de mercado dos veículos híbridos e elétricos foi de 43,9%, o que compara com os 34,81% registados no primeiro trimestre de 2021. Em sentido contrário, o peso nas vendas dos veículos a gasolina baixou dos 40,77% para 35,97%.

Por matrículas, os veículos totalmente elétricos dispararam 53,4%, para 224.145; nos híbridos, o crescimento foi de 5,3%, para 563.030.

O crescimento da importância dos veículos eletrificados deveu-se, sobretudo, ao aumento das vendas de automóveis híbridos – de 20,89% para 25,06% – e de carros movidos exclusivamente a bateria – de 5,71% para 9,98%.

Também houve um aumento do peso das vendas de veículos híbridos plug-in – com tomada exterior de carregamento – dos 8,21% para 8,86%, mesmo que o número de matrículas tenha caído 5,3%.

Em sentido contrário, houve perda de vendas para os carros unicamente dependentes do combustível: o peso dos automóveis a gasolina baixou dos 40,77% para 35,97%; o gasóleo, outrora preferido nas escolhas dos consumidores, baixou a sua representatividade no mercado da UE, dos 22,09% para 16,83%.

Por unidades, a venda de veículos a gasolina baixou 22,6%, para 808.039; no gasóleo, o recuo foi mais expressivo (-33,2%), para 378.009.

No total, as vendas de carros na UE baixaram 12,3% nos primeiros três meses do ano, para 2,246 milhões de unidades.

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Tribunal da Concorrência começa a julgar recursos de Salgado e ex-administradores a coimas de 2,8ME

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

O tribunal de Santarém começa na próxima segunda-feira a julgar os recursos de Ricardo Salgado e quatro ex-administradores do BES a coimas de 2,8 milhões de euros aplicadas em janeiro pela CMVM.

O Tribunal da Concorrência começa segunda-feira a julgar os recursos de Ricardo Salgado e quatro ex-administradores do BES a coimas de 2,8 milhões de euros aplicadas em janeiro pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) recorre de uma coima de um milhão de euros, o antigo administrador financeiro Amílcar Morais Pires de uma multa de 600.000 euros, José Manuel Espírito Santo de 500.000 euros, Rui Silveira de 400.000 euros, e Joaquim Goes de 300.000 euros, por infrações relacionadas com o aumento de capital do BES em 2014.

O BES, em liquidação, não recorre da coima de um milhão de euros, cuja execução foi suspensa pela CMVM. No processo está em causa, nomeadamente, a deficiente informação do prospeto para o aumento de capital, tendo Ricardo Salgado sido condenado pelo regulador do mercado pela prática de cinco contraordenações, Morais Pires e José Manuel Espírito Santo por quatro infrações cada um e Rui Silveira e Joaquim Goes por duas cada.

O julgamento foi atribuído ao Juízo 1 do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, onde já tinham “caído” os recursos da Caixa Económica Montepio Geral e antigos administradores a coimas aplicadas pelo Banco de Portugal (BdP), cuja audiência de julgamento se iniciou na passada quarta-feira.

Numa reunião com os intervenientes nos dois processos, no passado dia 21 de abril, a juíza Mariana Gomes Machado reagendou as sessões que tinha já marcado para o processo Montepio, de forma a que os dois julgamentos possam decorrer em simultâneo, intercalados de duas em duas semanas.

Com três sessões semanais, os julgamentos ficaram marcados até 13 de julho, no caso do Montepio, e até 26 de agosto, no do BES, com Mariana Machado a recordar que a ambos foi atribuído caráter urgente, já que o primeiro tem prazo de prescrição no final de agosto e o segundo no final de novembro.

As sessões decorrerão em dois dias (segundas e quartas) no Palácio da Justiça 2, onde está instalado o TCRS, e às sextas-feiras no Palácio da Justiça 1, onde funciona o Tribunal Criminal da Comarca de Santarém.

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Portugal foi o segundo maior destino do investimento angolano em 2021

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

A China manteve-se na liderança dos destinos da exportação de petróleo bruto angolano, com uma quota de cerca de 71,4%, seguida da Índia e Tailândia com 7,1%.

Ilhas Maurícias, Portugal, Ilhas de Man, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde foram os principais destinos do investimento direto angolano no exterior, que sofreu um decréscimo em 2021, devido à alienação de ativos em Singapura, foi esta quinta-feira anunciado.

Segundo o relatório da Balança de Pagamentos e Posição do Investimento Internacional de Angola em 2021, divulgada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), o stock do investimento angolano no exterior passou de 3.206 milhões de dólares (3.051 milhões de euros) em 2020, para 2.153 milhões de dólares (2.049 milhões de euros) no ano passado, fruto da alienação de alguns ativos no exterior, mais concretamente em Singapura.

A posição líquida do investimento internacional registou uma melhoria do seu défice, avaliado em 24.222 milhões de dólares (23.058 milhões de euros), contra 30.013 milhões de dólares (20.571 milhões de euros) registados em 2020, em função do aumento dos ativos financeiros e redução dos passivos face a não residentes.

O stock das reservas internacionais registou um aumento de 629,6 milhões de dólares (598,8 milhões de euros), passando de 14.878,5 milhões de dólares (14.150 milhões de euros) em 2020 para 15.508 milhões de dólares (14.748 milhões de euros) no ano seguinte, correspondente a uma cobertura de 9,9 meses de importação de bens e serviços.

A balança de pagamentos registou em 2021 um saldo superavitário na ordem de 134 milhões de dólares (127 milhões de euros), contra um défice de 3.365,5 milhões de dólares (3.200,8 milhões de euros) do ano precedente, enquanto a posição líquida do investimento internacional reduziu o défice em cerca de 5.790,6 milhões de dólares (5.507,2 milhões de euros).

“A conta corrente apresentou um desempenho positivo assinalável, ao registar em 2021 um saldo superavitário de 8.398,3 milhões de dólares [7.988 milhões de euros], equivalente a 12,4% do PIB [Produto Interno Bruto], contra um superavit de apenas 871,9 milhões de dólares [839 milhões de euros] (1,6% do PIB) em 2020”, acrescenta o relatório.

A melhoria do saldo da conta corrente é justificada, essencialmente, pelo aumento das receitas de exportação (conta de bens), já que este saldo passou de 11.394,3 milhões de dólares (10.834,5 milhões de euros) em 2020 para 21.786,6 milhões de dólares (20.716,2 milhões de euros) em 2021.

O aumento considerável é justificado, sobretudo, pela recuperação do preço médio dos principais bens (matérias-primas) exportados por Angola (petróleo bruto, gás e diamantes). A variação do preço de petróleo teve um efeito positivo sobre o valor exportado na ordem de 122,4%, apesar do comportamento das quantidades que apresentou um efeito negativo de 38,7%.

As exportações do setor não petrolífero, mantiveram um peso residual, e muito dependente do setor diamantífero, cujas exportações aumentaram para 1.549,6 milhões de dólares (1.473,3 milhões de euros).

As exportações dos restantes produtos (café, pescado, madeira, cimento, bebidas e outros), que representaram apenas 0,6% do valor total, contraíram em 31,7%, ao situar-se em 193,5 milhões de dólares (183,9 milhões de euros).

A China manteve-se na liderança dos destinos da exportação de petróleo bruto angolano, com uma quota de cerca de 71,4%, seguida da Índia e Tailândia com 7,1%, enquanto os Emirados Árabes Unidos são os que mais importam diamantes angolanos (78,4% do valor total).

O valor das importações de bens em 2021 cifrou-se em 11.794,8 milhões de dólares (11.215 milhões de euros) representando um incremento de 23,6% face ao ano precedente, destacando-se o crescimento na categoria dos combustíveis.

Os principais parceiros comerciais de Angola em 2021, no que diz respeito à procedência das importações foram a China (14,7%), Portugal (12,2%), Índia (6,3%), Togo (5,8%) e Brasil (4,9%), perfazendo 43,9% do valor total das importações.

O stock da dívida externa total situou-se em 65.910,6 milhões de dólares (62.674,3 milhões de euros) no período em análise, representando um aumento de cerca de 1.261,7 milhões de dólares (1.199,6 milhões de euros).

Por sua vez, o stock da dívida externa pública registou um ligeiro aumento ao atingir 51.261,3 milhões de dólares (48.740 milhões de euros), destacando-se a China e a Grã-Bretanha como os principais países credores do endividamento público, com cerca de 68% do valor total. As organizações internacionais ocupam a terceira posição com um peso de 8,8%.

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PLMJ assessora a canadiana Akanda Corp na aquisição da sociedade Holigen

Esta operação multidisciplinar foi liderada por Eduardo Nogueira Pinto, sócio e coordenador da área de Saúde Ciências da Vida e Farmacêutico, e Bárbara Godinho Correia, sócia da área de Corporate M&A.

A PLMJ assessorou a sociedade canadiana Akanda Corp, na aquisição da sociedade Holigen, que detém a portuguesa RPK Biopharma, numa operação de aproximadamente 30.000.000€. A RPK possui uma propriedade de cultivo indoor de canábis com cerca de 7.600 metros quadrados em Sintra e ainda uma instalação exterior com perto de 40 hectares, no concelho alentejano de Aljustrel, com uma capacidade de produção outdoor de cerca 100 toneladas de canábis para fins medicinais.

Esta operação multidisciplinar foi liderada por Eduardo Nogueira Pinto, sócio e coordenador da área de Saúde Ciências da Vida e Farmacêutico, e Bárbara Godinho Correia, sócia da área de Corporate M&A.

Contou ainda com a coordenação de Rita Albuquerque, Ana Nunes Teixeira, Tomás Cardoso e Cunha, associados da área de Corporate M&A, e Ricardo Rocha, associado da área de Saúde, Ciências da Vida e Farmacêutico. E com a equipa composta por André Abrantes, Pedro Roque Coelho (Associados da área de Bancário e Financeiro e Mercado de Capitais), Filipa Vicente Silva (Associada da área de Imobiliário e Turismo), Ana Nunes da Silva (Associada de Público), Margarida Ferraz de Oliveira (Associada de Resolução de Litígios), Roberto Carlos Rolo (Associado da equipa de Laboral), Inês Delgado Martins, Bartolomeu Soares de Oliveira, Rita Antunes da Cunha e Diogo Madeira Canário (Estagiários).

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EDP com prejuízo de 76 milhões no primeiro trimestre

Elétrica passou de lucros de 180 milhões em 2021 para prejuízos. Empresa justifica com impacto da seca e custos mais altos de energia que não foram refletidos no preço cobrado ao consumidor.

A EDP fechou o primeiro trimestre com um prejuízo de 76 milhões de euros, que compara com os lucros de 180 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

“O desempenho financeiro da EDP no primeiro trimestre de 2022 foi fortemente impactado pela seca extrema em Portugal no inverno 2021/2022, o mais seco dos últimos 90 anos, que resultou num défice recorde de produção hídrica da EDP no mercado Ibérico de 2,6TWh face à média histórica”, justifica a elétrica em comunicado.

O défice hídrico obrigou à compra de eletricidade no mercado grossista “para satisfazer o consumo da carteira de clientes”, acrescenta a empresa liderada por Miguel Stilwell. Uma compra realizada num contexto de preços historicamente elevados (preço médio de eletricidade €229/MWh, uma subida homóloga de 407%).

“O forte aumento do custo da eletricidade vendida, não repercutido na carteira de clientes, implicou uma perda de 400 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022 ao nível do EBITDA, que justifica o resultado líquido negativo de 76 milhões registado pela EDP”, assinala a empresa.

“Claramente não há qualquer tipo de aproveitamento por parte das ‘utilities’” do contexto de preços elevados da energia, afirmou o CEO da elétrica em declarações à agência Lusa, afirmando que a empresa absorveu “os impactos”, “até com prejuízo”.

Os factos são os que são, não há qualquer tipo de lucro extraordinário, pelo contrário.

Miguel Stilwell

CEO da EDP

“Os factos são os que são, não há qualquer tipo de lucro extraordinário, pelo contrário”, garantiu, questionado sobre a possibilidade de aplicação de um imposto por lucros extraordinários, admitido pelo Governo.

O EBITDA recorrente da EDP recuou 16% para os 710 milhões de euros face aos primeiros três meses de 2021, com a quebra de 9% no negócio das renováveis, para 405 milhões, a não ser compensada pelo crescimento de 17% nas redes de eletricidade para 362 milhões.

A descida nas renováveis é explicada pelo EBITDA negativo de 34 milhões das barragens na Península Ibérica. O segmento de clientes e Gestão de Energia em Portugal e Espanha também fechou o trimestre no vermelho: -105 milhões.

A elétrica registou ainda um aumento de 10% nos custos operacionais, para 502 milhões, e um agravamento de 41% nos resultados financeiros para 173 milhões negativos.

A dívida líquida da elétrica aumentou 14% para os 13.134 milhões de euros, o equivalente a 4,3 vezes o EBITDA. Uma subida que segundo a EDP “reflete a conclusão em fevereiro de 2022 das aquisições da CELG-T no Brasil e da Sunseap em Singapura”. O investimento bruto mais do que triplicou no período, para 2,3 mil milhões.

(notícia atualizada às 18h30 com declarações do CEO da EDP)

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ANMP quer isenção ou redução do IVA de 13 para 6% nas refeições escolares

A Associação Nacional dos Municípios Portugueses reivindica a isenção ou redução do IVA nas refeições escolares de 13 para 6%. E que o Estado pague os 104 milhões que estão em dívida às autarquias.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, reivindicou, durante a audição na comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, “a isenção ou redução do IVA nas refeições escolares de 13 para 6%”. A socialista lamentou o facto de a proposta de Orçamento de Estado (OE), apresentada pelo Governo, “não abordar o preço das refeições e das comparticipações aos municípios; não isenta ou reduz o IVA aplicável agora de 13%”.

Acompanhada por Ribau Esteves, vice-presidente da ANMP, Luísa Salgueiro lamentou o facto de “esta questão ainda continuar por resolver“, sendo necessário “que este IVA seja reduzido para 6% ou tenha isenção”.

Esta exigência faz parte de um pacote de reivindicações que a ANMP levou ao Parlamento e que conduziu “à emissão de um parecer desfavorável unânime no Conselho diretivo da associação” e também do Conselho Geral dos municípios à proposta de Orçamento do Estado para 2022. Temos uma forte expectativa de que – quer através das propostas de alteração que possam ser apresentadas pelos grupos parlamentares, quer através das alterações que o Governo venha a apresentar – se façam correções, quando nesta casa for votado o OE para o corrente ano”, considerou Luísa Salgueiro, durante a audição no Parlamento. A socialista deu como exemplo a atualização de verbas no âmbito da descentralização de competências, nomeadamente nas áreas da Saúde, Educação e Ação Social. “Pretendemos que os municípios tenham condições para continuar a servir as comunidades a servir o país”.

Precisamos que os 104 milhões que estão em dívida, nos últimos três anos, no Fundo Social Municipal sejam liquidados para garantir que as contas se mantenham equilibradas.

Luísa Salgueiro

Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses

O vice-presidente da ANMP, Ribau Esteves, afirmou, por sua vez, que no âmbito das “22 áreas da descentralização, há áreas que simplesmente ainda não começaram a ter execução – portuárias, habitação ou justiça – e há outras que já têm uma extensão muito clara de assunção das responsabilidades”. O também presidente da câmara de Aveiro defendeu que “é fundamental corrigirem-se as assimetrias, sejam elas ligadas à substância das matérias ou de natureza financeira”. Alertou para a necessidade “da elevação da qualidade do serviço público que se presta e a sustentabilidade financeira do serviço também”.

Por fim, Ribau Esteves reivindicou: “Queremos é que o tal artigo 82, que referencia que, nalguns orçamentos do Ministério, é possível buscar mais, seja operacionalizado financeiramente em razão da necessidade”.

Durante a audição, Luísa Salgueiro exigiu ainda o pagamento da dívida do Estado central aos municípios, relativos ao Fundo Social Municipal, que não consta da proposta de OE. “Precisamos que os 104 milhões que estão em dívida, nos últimos três anos, no Fundo Social Municipal sejam liquidados para garantir que as contas se mantenham equilibradas”, notou. Até porque, argumentou, “vivemos num momento em que há um aumento do preço das matérias-primas, do valor da energia, dos preços dos combustíveis”.

Entre os reparos feitos ao OE pela líder socialista da câmara de Matosinhos constam ainda “a alteração das regras da capacidade de endividamento”, a suspensão da regra de equilíbrio orçamental e a possibilidade de “recorrer a financiamento extraordinário” para que possam executar o fim do Portugal 2020 e as candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Outra das reivindicações consiste na “extinção da absurda regra que tem vindo a impedir os municípios de aumentar o valor gasto no ano anterior com contratos de aquisição de bens e serviços”. Mais ainda nos dias de hoje, quando, argumentou, “sabemos que manter os valores do ano anterior, ainda que com os mesmos bens ou serviços, é incomportável, já que todos os valores-base de contratos estão a disparar em função da inflação, do aumento dos custos da energia e dos combustíveis”.

A ANMP também defende “a possibilidade de adjudicar contratos com um valor acima do preço base, uma vez que os concursos têm-se vindo a verificar como desertos por todas as propostas virem acima do preço e isso torna inviável o avanço da contratação”. Este aspeto “é prejudicial para as autarquias, que não conseguem executar os seus planos”, avisou Luísa Salgueiro, sublinhado que acaba mesmo por ser “prejudicial para o próprio país neste momento em que temos tantas metas para atingir“.

Uma enorme sintonia entre todas as forças políticas no sentido de se reforçar o papel dos municípios, de se ajustar as verbas que estão previstas para a descentralização e de se clarificar todas as questões que a própria associação enumerou.

Luísa Salgueiro

Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses

A ANMP contestou ainda a redução, no OE2022, em 60 milhões de euros da verba que está prevista para o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART). “Até porque, estamos a falar de políticas que visam a descarbonização da economia e é urgente e imprescindível que estimulemos o uso do transporte público e o Programa de Apoio à Redução Tarifária, que será daqueles que tem mais impacto na vida das populações”.

Outra das exigências da associação passa também pela prorrogação do prazo para adaptação dos instrumentos de gestão territorial à nova versão dos Planos Diretores Municipais (PDM), que terminou a 30 de março, sob a sanção de que quem “não tenha os planos revistos, não tenha acesso a fundos comunitários”.

No final da audiência, a autarca socialista manifestou-se satisfeita com “a enorme sintonia entre todas as forças políticas no sentido de se reforçar o papel dos municípios, de se ajustar as verbas que estão previstas para a descentralização e de se clarificar todas as questões que a própria associação enumerou, desde as formais até às relacionadas com os equipamentos e de pessoal, de verbas”.

Ribau Esteves deixou, por sua vez, um aviso: “Prezamos muito a nossa independência e autonomia, assim como a cooperação institucional com o Governo no país em razão do bem-estar dos cidadãos, uma vez aplaudindo, outras criticando”. Mais, arrematou, para não restarem dúvidas de que”essa nota de independência, de isenção e de luta pelo bem servir dos cidadãos é uma marca de água que a ANMP tem, teve e continuará a ter seguramente”.

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Lisboa no vermelho penalizada pelo setor energético

Bolsa nacional encerrou em terreno negativo, acompanhando as quedas do resto da Europa. EDP Renováveis caiu quase 4%.

A bolsa de Lisboa encerrou em terreno negativo, penalizada pelo setor energético e por outros “pesos pesados” como o BCP. Jerónimo Martins representou a maior subida desta sessão ao valorizar 2%. Lisboa acabou, assim, por acompanhar a tendência de perdas do resto da Europa.

O PSI-20 perdeu 0,72% para 5.789,51 pontos, com sete cotadas no vermelho e oito no verde. A contribuir para este desempenho estiveram as cotadas do setor energético, com destaque para a EDP Renováveis que perdeu 3,65% para 20,59 euros, um dia depois de ter reportado um aumento de 75% nos lucros do primeiro trimestre. A EDP caiu 0,97% para 4,293 euros, enquanto a Galp Energia recuou 0,64% para 10,9 euros.

Destaque ainda para o BCP, que desvalorizou 1,78% para 0,1435 euros, acompanhado pelos CTT que perderam 0,59% para 4,225 euros.

No lado oposto, a travar uma descida mais acentuada do PSI-20, estiveram as ações da Jerónimo Martins, que subiram 2,02% para 20,22 euros, representando a maior subida desta sessão. A Navigator cresceu 0,77% para 3,938 euros, acompanhada pela Sonae que avançou 1,17% para 1,041 euros.

A REN ganhou 0,52% para 2,875 euros e a Mota-Engil cresceu 2,07 euros para 6,65 euros.

Lisboa acompanhou, assim, a tendência de perdas do resto da Europa, no dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, perdeu 0,74% para 438,10 pontos.

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Cidadãos da UE devem poder processar governos se poluição afetar saúde

  • ECO
  • 5 Maio 2022

Os cidadãos europeus devem poder avançar com uma ação judicial e pedir uma indemnização aos respetivos governos se considerarem que os níveis de poluição estão a prejudicar a sua saúde.

Os cidadãos que integram países da União Europeia (UE) podem avançar com uma ação judicial e pedir uma indemnização aos respetivos governos se considerarem que os níveis de poluição estão a prejudicar a sua saúde, defendeu esta quinta-feira a advogada-geral do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), citada pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Uma violação dos valores-limite para a proteção da qualidade do ar sob a lei da UE poderá dar direito a uma compensação do Estado”, sinaliza, em comunicado. Em causa está um parecer relativo a uma ação interposta por um cidadão residente em Paris, que pede ao Governo francês uma indemnização de 21 milhões de euros, alegando que a poluição do ar prejudicou a sua saúde e que o Executivo não respeitou os limites impostos pela UE.

Juliane Kokott, advogada-geral do TJUE, nota ainda que são, muitas vezes, as comunidades mais pobres que vivem e trabalham em áreas altamente poluídas, pelo que precisam particularmente de proteção judicial. Não obstante, a responsável alerta que os cidadãos precisam de provar que a sua saúde foi diretamente afetada pelo nível de poluição do ar e que os governos podem evitar ter de pagar uma indemnização se provarem que os limites de poluição do ar continuariam a ser violados mesmo se os respetivos Estados tivessem um plano de qualidade de ar em vigor.

Nos últimos anos, cerca de dez Estados-membros da UE, incluindo França, Polónia, Itália e Roménia, foram considerados culpados pelos respetivos níveis de qualidade do ar.

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Grupo ETE volta a ganhar concessão do Terminal “Multipurpose” do Porto de Sines

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

O grupo de capitais exclusivamente portugueses vai manter a gestão depois de ter vencido o concurso público internacional para a concessão por mais 20 anos.

O Grupo ETE, através da sua empresa ETE S.A., anunciou esta quinta-feira que ganhou novamente a concessão do Terminal “Multipurpose” do Porto de Sines, por mais 20 anos, tendo já assinado o respetivo contrato.

Em comunicado enviado à agência Lusa, este grupo de capitais exclusivamente portugueses, que já era concessionário do terminal, revelou que vai manter a gestão, ao ter vencido o concurso público internacional para a concessão por mais 20 anos, e que assinou esta quinta o contrato.

O Terminal “Multipurpose” (ou multiúsos) do Porto de Sines (TMS) é estratégico para aquela região e para o sistema portuário nacional e “tem sido uma alavanca para o progresso económico”, realçou o grupo do setor marítimo portuário. Estes fatores mantêm-se “como prioridade com a nova concessão” e tornam “ainda mais evidente a importância de investimento direto português no desenvolvimento das infraestruturas portuárias”, acrescentou.

O terminal multiúsos vai ser equipado “com novas valências, nomeadamente capacidade de armazenagem e novos equipamentos, reforçando aquele que será o seu contributo para o desenvolvimento do concelho sineense, para o alargamento do seu hinterland e da indústria nacional”, o que permitirá “continuar a posicionar o TMS como um hub logístico de exportação e importação”, garantiu o Grupo ETE.

“No que respeita ao tipo de carga operada em terminal, poderemos assistir à movimentação de carga geral diversificada, carga de projeto, graneis sólidos e, eventualmente, carga contentorizada”, disse. O grupo concessionário destacou que o TMS é o único terminal multiúsos de águas profundas a nível nacional, com fundos até 18 metros, o que possibilita a receção de navios até 190 mil toneladas Dwt (Deadweight tonnage).

Ocupando uma área de 40 hectares, o TMS dispõe de quatro cais de atracação equipados com gruas móveis e de pórtico, bandas transportadoras e rampa RoRo e capacidade de parqueamento. “Tem acessibilidades diretas às redes nacionais rodoviárias e ferroviárias, bem como uma localização que reforça a importância geoestratégica no contexto das rotas europeias e internacionais do comércio marítimo”, referiu o concessionário.

A proximidade ao aeroporto de Beja “fortalece também toda a região enquanto plataforma logística”, enquanto “a ligação à rede ferroviária nacional reforça o hinterland do porto e potencia a intermodalidade no transporte de mercadorias”, afirmou.

“Com a nova concessão em Sines e face à sua experiência e know-how no setor marítimo-portuário e logístico, o Grupo ETE dá mais um passo na sua estratégia de logística integrada”, o que é “fundamental para responder às necessidades da cadeia de abastecimento global” e para “o desenvolvimento dos sistemas portuários e da economia nacional”, pode ler-se no comunicado.

Fundado em 1936, o Grupo ETE emprega mais de 1.200 colaboradores e gera um volume de negócios anual superior a 200 milhões de euros, estando presente com operações próprias, além de Portugal, em outros cinco países (Colômbia, Uruguai, Cabo Verde, Moçambique e Bélgica), além de operar em parcerias no Gana e no Japão.

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