Galp suspende “provisoriamente” faturação dos clientes devido à descida do IVA

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

Depos da EDP, também a Galp suspendeu temporariamente a faturação devido a redução do IVA da eletricidade de 13% para 6%. Processo deve ser "normalizado e estabilizado até ao final da próxima semana”.

A Galp suspendeu “provisoriamente” a faturação dos seus clientes, devido à descida do IVA da eletricidade, determinada pelo Governo, mas espera ter o processo regularizado até ao final da próxima semana, adiantou fonte oficial.

Em resposta à Lusa, sobre atrasos nas faturas, a empresa disse que se viu “na contingência de suspender provisoriamente a faturação dos seus clientes na sequência da alteração do IVA da eletricidade, decorrente do decreto-lei nº 18/2022 de 21 de outubro, com efeitos a 01 de outubro”.

A mesma fonte indicou que “a Galp está a recuperar a faturação impactada por essa situação e conta ter o processo normalizado e estabilizado até ao final da próxima semana”. A lei que reduz de 13% para 6% a taxa do IVA sobre a eletricidade, uma medida anunciada em 5 de setembro pelo primeiro-ministro, foi publicada em 21 de outubro, com efeitos desde o primeiro dia do mês e até 2023.

Também a EDP atrasou a faturação aos clientes, enquanto aguardava a publicação da lei. Integrada num pacote de apoios às famílias para mitigar o impacto do aumento do custo de vida no rendimento, a redução (da taxa intermédia para taxa reduzida) do IVA no fornecimento de eletricidade tem efeitos retroativos a 01 de outubro e termina em 31 de dezembro de 2023.

A taxa reduzida é aplicada ao fornecimento de eletricidade para consumo, com exclusão das suas componentes fixas, relativamente a uma potência contratada que não ultrapasse 6,90 kVA, na parte que não exceda 100 kWh por período de 30 dias ou 150 kWh por 30 dias quando adquirida para consumo de famílias numerosas, considerando a lei como tais os agregados familiares constituídos por “cinco ou mais” pessoas.

As regras a que deve obedecer a aplicação da verba, nomeadamente no que respeita à eletricidade adquirida para consumo de famílias numerosas, ao seu apuramento em tarifas multi-horárias ou à definição das regras aplicáveis ao cálculo da proporção dos limites, são determinadas por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Energia, segundo o diploma.

A descida da taxa do IVA em Portugal segue o exemplo de outros países da União Europeia, aproveitando a abertura de Bruxelas que, desde abril, permite aos Estados-membros aplicar a taxa reduzida do IVA sem ter de consultar o Comité do IVA. De acordo com as novas regras, os países podem aplicar a taxa reduzida do IVA a uma lista de 24 categorias (entre as 29 possíveis).

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Lisboa aprova apoio às empresas, passe cultural e gratuitidade nas bicicletas Gira

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

Município aprovou o programa Recuperar+ de apoio às empresas, o Passe Cultural para jovens e idosos e a gratuitidade nas bicicletas Gira.

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira o programa Recuperar+ de apoio às empresas, o Passe Cultural para jovens e idosos e a gratuitidade nas bicicletas Gira, com diferentes prazos de vigência até 2023, no âmbito do combate à inflação.

Em reunião privada, o executivo camarário viabilizou, por unanimidade, a proposta de criação do programa Recuperar+ de apoio ao relançamento da atividade económica das empresas da cidade de Lisboa com dívida covid-19, com a dotação de 12 milhões de euros, iniciativa que estava prevista no orçamento municipal para este ano, mas que, com a guerra na Ucrânia e a crise inflacionária, foi adaptada para integrar o pacote de 22 medidas de combate à inflação.

Subscritor da proposta, o vereador da Economia, Diogo Moura (CDS-PP), disse que o programa Recuperar+ é uma linha de apoio, “a fundo perdido”, às empresas que sofreram com a pandemia e que tenham empréstimos a decorrer até ao final do ano.

Esse apoio é dirigido a “empresas com um volume de negócios até um milhão de euros em 2020, com uma quebra de faturação superior a 25% entre 2019 e 2020, e que tenham tido um aumento superior a 15% dos financiamentos bancários ou comerciais obtidos entre 2019, 2020 ou 2021”, indicou Diogo Moura, sem dispor de informação de quantas empresas na cidade estão nessa situação.

Em declarações à Lusa, o vereador da Economia adiantou que o valor mínimo do apoio é de 2.000 euros para empresas com um volume de negócios registado em 2020 até 50 mil euros e o máximo é de 10.000 euros para empresas entre 500 mil e um milhão de euros.

A proposta ainda tem de ser votada pela Assembleia Municipal de Lisboa, a quem a câmara pediu “urgência”, esperando que seja viabilizada, para que o programa arranque “ainda em dezembro, início de janeiro”, em que o período de vigência é “até 30 de junho de 2023 ou até se esgotar a verba”.

Esgotando a verba ou chegando ao final de junho, o programa Recuperar+ vai ser reavaliado, considerando a situação económica das empresas da cidade, para perceber se esta linha de apoio se deve manter, referiu o autarca.

Relativamente ao Passe Cultural para jovens e idosos, proposta subscrita também pelo vereador Diogo Moura, que tem o pelouro da Cultura, o que se prevê é o “alargamento da gratuitidade do acesso aos equipamentos culturais sob gestão direta da EGEAC aos jovens até 23 anos inclusive e aos maiores de 65 anos inclusive, residentes em Lisboa”.

A proposta foi aprovada por unanimidade e tem efeitos entre 01 de dezembro de 2022 e 30 de junho de 2023, período em que se mantêm inalterados os preços de entrada nos equipamentos culturais sob gestão direta da EGEAC praticados em 2022, para os residentes em Lisboa, à exceção dos bilhetes adquiridos através de plataforma de venda eletrónica de ingressos ‘online’ e das entradas para “acesso a projetos culturais e espetáculos em coprodução, de produção exclusiva por terceiros, meros acolhimentos ou com fins de beneficência”.

Diogo Moura revelou que o Passe Cultural permite o acesso gratuito a 26 equipamentos geridos pela câmara e a 21 geridos pela EGEAC, por exemplo, monumentos, teatros, museus, cinemas e galerias de Lisboa, referindo que, após o período de vigência, a medida vai ser avaliada, para se poder fazer alterações, inclusive alargar a mais faixas etárias, e continuar a ser aplicada.

“Em particular, esta medida para os jovens é extremamente importante, porque é a faixa etária que tem menos acesso à cultura e, portanto, é uma grande aposta em criar novos públicos”, declarou o autarca, referindo que o objetivo é que o Passe Cultural “fique para futuro”.

No âmbito das medidas de combate à inflação na cidade, o executivo municipal aprovou, com a abstenção do PS e os votos a favor dos restantes, uma proposta do vereador da Mobilidade, Ângelo Pereira (PSD), para “a implementação, durante o 1.º trimestre de 2023, da medida de gratuitidade do sistema de bicicletas públicas partilhadas da cidade de Lisboa para os titulares do passe Navegante”.

Neste âmbito, o PS propôs que a gratuitidade na rede Gira só deve ser implementada “desde que estejam plenamente operacionais e no sistema as 1.600 bicicletas existentes”.

Em 22 de setembro, a Câmara de Lisboa aprovou 22 medidas apresentadas pelo presidente do executivo, Carlos Moedas (PSD), de combate à inflação, que incluem propostas dos vereadores da oposição, nomeadamente BE, Cidadãos por Lisboa, Livre, PCP e PS, e que rondam um investimento total de 50 milhões de euros.

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Costa Silva põe Canadá na lista de importadores de gás natural

Perante a instabilidade da Nigéria, Portugal deve considerar alternativas de fornecimento, defende António Costa Silva. Governo teve reunião com missão do Canadá.

Canadá pode fornecer gás natural a Portugal. O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, teve uma reunião esta semana com uma delegação daquele país, revelou o governante na audição na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2023.

“Temos de estar preparados para disrupções no fornecimento do gás natural. Há países com os quais poderemos colaborar”, referiu o ministro em resposta ao deputado Filipe Melo, do Chega. Costa Silva foi questionado sobre os problemas no fornecimento de gás natural por parte da Nigéria, que já teve quatro falhas de carregamentos desde o início do ano.

Trinidad e Tobago, Guiné Equatorial e Estados Unidos foram os três países alternativos à Nigéria mencionados por António Costa Silva, embora, como o ECO/Capital Verde noticiou há poucas semanas, a EDP reconheça que existem “alguns problemas operacionais” no que toca ao fornecimento de gás dos contratos a longo prazo com origem em Trinidad e Tobago. Depois disso, o ministro indicou que houve uma reunião, esta semana, com uma delegação do Canadá. “A missão também está interessada na exportação do gás”, mencionou o governante.

Costa Silva lembrou que a Europa “tem de substituir 140 mil milhões de metros cúbicos de importações de gás natural da Rússia” por fornecimentos de outros países.

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Reservas de diesel atingem mínimo recorde em março

  • Capital Verde
  • 9 Novembro 2022

Março será o mês com o nível mais baixo nas reservas de diesel de que há registo na Europa, sendo que os dados recuam a 2011.

As reservas de combustíveis a diesel na Europa vão atingir o nível mais baixo em pelo menos 12 anos no início da primavera, prevê a consultora Wood Mackenzie.

Os inventários deverão aumentar em dezembro e janeiro, antecedendo uma quebra a pique, antevê a mesma consultora, de acordo com o noticiado pela Bloomberg. Março será o mês com o nível mais baixo de que há registo, sendo que os dados recuam a 2011.

Esta previsão surge num contexto em que a União Europeia pretende cortar as entregas de combustível russo no início de fevereiro. Esta circunstância pode impor uma maior volatilidade no mercado, sendo que as reservas baixas têm contribuído para maiores margens para as refinarias.

Estas margens alargadas motivam uma produção mais elevada, acrescenta a consultora, mas, sendo a Rússia a maior fornecedora deste combustível para a Europa, é de esperar, ainda assim, a grande quebra no final do inverno.

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Assembleias Municipais querem deputados a receber senhas de presença mais justas

Associação Nacional de Assembleias Municipais quer a revogação do despacho que regula as senhas de presença dos deputados, de modo a que sejam aplicadas por reunião e não por sessão como até agora.

A Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM) apela ao Governo que faça “justiça” e revogue o “despacho Junqueiro” que definiu que a remuneração dos deputados da Assembleia Municipal é por sessão e não por reunião como era antes da troika. “Não é justo dar uma senha de presença por várias reuniões, principalmente agora que vamos ter mais pontos para deliberar com a descentralização de competências“, contesta o presidente da ANAM, Albino Almeida, à margem da audiência na 5ª. Comissão Parlamentar de Finanças e Orçamento.

O presidente da ANAM está, por isso, “preocupado com a forma como se vai avançar com a descentralização” e as consequentes “responsabilidades acrescidas para as assembleias municipais enquanto órgão deliberativo e essencialmente fiscalizador”. Até porque, justifica, “haverá mais competências nos municípios e mais tarefas de fiscalização das assembleias municipais”. E, como tal, sustenta, “vai haver maior necessidade de fiscalização, mais reuniões, mais estudo e trabalho para as assembleias municipais. E não parece ajustado que se dê a senha de presença por sessão que pode englobar várias reuniões, que se podem prolongar durante horas ou dias”.

“Por cada sessão é paga uma senha de presença e uma sessão pode ter várias reuniões”, dependendo do número de pontos a deliberar e pode prolongar-se durante dias. “A fiscalização implica tempo da parte dos deputados da AM. Temos muito trabalho e apenas recebemos uma senha de presença que ronda os 60 euros ou até menos, dependendo”, reclama o presidente da ANAM. Defende, por isso, “o princípio de igualdade” que já é uma velha reivindicação da ANAM.

Não é justo dar uma senha de presença por várias reuniões, principalmente agora que vamos ter mais pontos para deliberar com a descentralização de competências.

Albino Almeida

Presidente da Associação Nacional de Assembleias Municipais

“Queremos que se aplique o princípio do estatuto dos eleitos locais às despesas com os deputados municipais, ou seja, que por cada reunião seja recebida uma senha de presença“, reivindica Albino Almeida. “É essa justiça que queremos repor para todas as assembleias municipais“, exige.

Albino Almeida explica que as assembleias municipais têm muitos pontos para deliberar e, “muitas vezes, uma só reunião não chega e divide-se os pontos por várias reuniões. Acaba-se por marcar como assembleias extraordinárias”.

O presidente da ANAN lembra que “a 8 de julho de 2010, um entendimento firmado na reunião de coordenação jurídica, entre representantes da Direção Geral das Autarquias (DGAL), das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e da Inspeção-Geral das Autarquias Locais e posteriormente homologado pelo Secretário de Estado da Administração Local, estabeleceu que os membros das assembleias municipais têm direito a uma única senha de presença por cada sessão da Assembleia Municipal, independentemente da respetiva duração”.

Chamaram-lhe “despacho Junqueiro”. Segundo Albino Almeida, “o quantitativo de cada senha de presença é fixado” mediante o valor base da remuneração do presidente da Câmara Municipal, “respetivamente, para o presidente, secretários, restantes membros da assembleia municipal e vereadores”.

A propósito do Orçamento de Estado para 2023 (OE2023), cuja votação final está prevista para o dia 25 de novembro, a ANAM, em representação dos mais de 200 associados, defende a participação das assembleias municipais, enquanto órgão deliberativo, nas decisões orçamentais que dizem respeito aos municípios.

Neste sentido, a ANAM apela à “alteração do sistema de aprovação do orçamento municipal por parte da Assembleia Municipal, ou seja, a obrigatoriedade de realizar uma audição prévia com vista a obter o parecer positivo ao orçamento, sem embargo da posição que cada partido venha a refletir ao votar a proposta de orçamento”.

O responsável insiste, por isso, “na necessidade de promover uma maior dignificação e valorização das assembleias municipais”.

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Administração do Banco de Fomento em “transição de pastas”

Ministro da Economia fala em interessados nacionais e internacionais credíveis para a Efacec, depois de ter rompido negócio de venda com a Dst. Mas não garante que Estado seja ressarcido da injeção.

A administração do Banco de Fomento está em “transição de pastas”. A afirmação é do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, durante a audição na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2023. Sobre a Efacec, Costa Silva garante que há interessados nacionais e internacionais na empresa portuguesa.

“Brevemente, o novo conselho de administração do Banco de Fomento tomará posse. Está a decorrer a transição de pastas”, referiu António Costa Silva quando questionado pelo deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira. O ministro diz que o perfil da nova equipa de liderança do Banco de Fomento está “mais ligado às empresas”

Sobre o reinício do processo de venda da Efacec, após o rompimento do negócio com a Dst, o ministro adiantou que “alguns dos interessados são nacionais e outros são internacionais”. “Pensamos que são fiáveis“, referiu o governante em resposta ao mesmo deputado do PSD. O Estado já contribuiu com 165 milhões para manter a Efacec a funcionar: 50 milhões relativos ao processo de venda e 115 milhões de euros em garantias em empréstimos à banca, segundo o ministro.

António Costa Silva afirmou ainda que vai ser feito “tudo” para que o Estado possa ser reembolsado do valor injetado na Efacec, reiterando que está a trabalhar numa solução para a empresa. “Vamos fazer tudo para isso acontecer”, disse, antes de acrescentar que não pode “dar nenhuma garantia” nesse sentido.

 

Ainda sobre a Efacec, o ministro reforçou que a empresa deve ter gestão privada: “Tenho a forte convicção que o Estado não tem vocação para gerir empresas exceto em casos excecionais, pela sua própria génese. O Estado tem de ser, sobretudo facilitador do desenvolvimento económico”.

Costa Silva também foi questionado sobre o regime dos nómadas digitais. O ministro defende que estas pessoas são “altamente qualificadas a nível tecnológico” e “podem beneficiar o ecossistema de startupsem Portugal.

Na intervenção inicial, António Costa Silva falou sobre a importância da indústria para a economia portuguesa resistir à recessão da Alemanha. Metalomecânica, têxteis e vestuário, calçado e tecnologia foram as áreas industriais destacadas pelo governante como motores da economia nacional.

(Notícia atualizada às 20h13 com declarações adicionais de António Costa Silva)

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Cumprir as obrigações legais é um bom negócio

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  • 9 Novembro 2022

O novo ano aproxima-se e, com ele, novas obrigações. Conheça as novidades para 2023 e as vantagens para as empresas que garantirem antecipadamente o seu cumprimento fiscal.

O final do ano é sempre um período de tensão para os gestores. Para além das épocas festivas – Black Friday, Natal, promoções… –, do volume de trabalho que pressupõem e da necessidade de obter resultados e fechar o ano da melhor maneira, é também o momento de garantir o cumprimento fiscal das empresas. Uma dor de cabeça de papéis e números que pode ser aliviada se antecipar todas as obrigatoriedades, de forma rigorosa e rápida.

Quais as vantagens em assegurar o seu cumprimento?

Os objetivos são dois: para além de evitar multas e atrasos desnecessários, está a contribuir positivamente para a saúde financeira da organização e para a diminuição da evasão fiscal.
“Qualidade significa fazer certo quando ninguém está a olhar.” Esta frase de Henry Ford traduz aquele que é o ponto de partida para que o cumprimento fiscal seja uma prioridade de todos, e as empresas não são exceção. A integração na vida quotidiana das tecnologias que facilitam a disponibilidade e processamento de informação mais fiável, oportuna e precisa, representa um marco importante para a política fiscal, podendo melhorar o cumprimento fiscal através do aumento da eficiência operacional e da qualidade da informação.

É possível agilizar o processo?

De acordo com um artigo da consultora EY publicado no jornal Eco, a evolução da tecnologia digital e do enquadramento legislativo está a transformar o futuro da fiscalidade, desafiando os reguladores, os especialistas, as empresas e os negócios. Por isso, as empresas devem aproveitar esta oportunidade para dar resposta atempada às suas obrigações fiscais – compliance e reporting – acrescentando valor e fomentando a inovação. Para maximizar todo este potencial, é determinante a existência de uma estratégia de gestão de dados a qual deve ser pensada a longo prazo.

Atendendo à burocracia e ao volume crescente de obrigações fiscais, os softwares de gestão mais completos são desenvolvidos e preparados para responderem de forma atempada, eficaz e rigorosa às diretivas impostas pela lei e pela Autoridade Tributária. Estas soluções podem oferecer uma vantagem para todos: auditorias inteligentes, aumento da receita, automatismos vários, melhor deteção da fraude e evasão, várias sinergias que podem tornar o cumprimento fiscal mais fácil para as empresas.

Há mudanças previstas para o ano de 2023?

Independentemente da aprovação do OE e das novas medidas daí resultantes, há algumas alterações no domínio fiscal previstas para o ano de 2023.

Tome nota:
. Comunicação das séries de documentos à Autoridade Tributária e ATCUD impresso nas faturas.

O QR Code já é uma realidade nos documentos fiscalmente relevantes. A partir de 1 de janeiro de 2023 este passará a incluir também o ATCUD – dizemos-lhe como obter o ATCUD.

. Implementação da faturação eletrónica com inclusão da assinatura digital qualificada.

As faturas em PDF só serão aceites como fatura eletrónica até 31 de dezembro de 2022.
Depois disso, a legalidade das faturas enviadas via eletrónica só é assegurada através da utilização de uma assinatura digital qualificada, tanto a empresas e consumidores finais como a faturação a entidades públicas.

Saiba tudo sobre a nova legislação para pequenas e médias empresas.

. Comunicação de inventários com a respetiva valorização dos stocks

Em 2023 passa a ser obrigatória a comunicação dos inventários valorizados relativos a 2022. Só com a valorização dos stocks em inventário é que a submissão à AT ficará pronta.

. Comunicação dos elementos de documentos

A AT está a disponibilizar novos serviços, com entrada em vigor a 01 de janeiro 2023, para comunicação de:
– Documentos de faturação e Adiantamentos de Clientes
– Working documents
– Estados dos documentos: ‘Normal’; ‘Faturado’ e ‘Anulado’
– Recibos de IVA de caixa

. Alteração dos atuais motivos de isenção ou não liquidação de IVA

Os motivos de isenção de IVA foram padronizados pela AT e, neste sentido, foram disponibilizados novos códigos de motivos de isenção como, por exemplo, a introdução do código para mercadorias à consignação (M25).

. Comunicação à Segurança Social de dados de colaboradores ativos

Até 31 de dezembro 2022, todas as entidades empregadoras devem atualizar e registar os dados de contratos para vínculos ativos já comunicados à Segurança Social.

Tendo em conta as mudanças que se aproximam sobre as obrigações legais em 2023, a PHC Software vai organizar um webinar, no dia 17 de Novembro, onde serão lançadas todas as questões e as respostas necessárias.

Pode inscrever-se no webinar aqui.

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“A taxa de execução do PRR tem ficado muito abaixo do previsto”, critica Centeno

O governador do Banco de Portugal aponta o dedo à baixa taxa de execução dos fundos europeus, sobretudo no plano da bazuca europeia.

“A taxa de execução dos fundos europeus tem sido dramaticamente baixa”, refere Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, durante a conferência “O Orçamento do Estado para 2023”, organizada pela Ordem dos Economistas, que está a decorrer esta quarta-feira no ISEG, em Lisboa.

Centeno recorda que apesar de três quartos do investimento ser da responsabilidade do setor privado, o Orçamento de Estado tem uma palavra a dizer. Porém, o governador do Banco de Portugal aponta o dedo para que atualmente menos de 20% do investimento público ser realizado por via de fundos europeus, sublinhando que “a taxa de execução do PRR tem ficado muito abaixo do previsto”, muito por conta do aumento considerável dos custos dos projetos, em função da subida da inflação ao longo do último ano.

De acordo com contas do ECO, publicadas esta quarta-feira, Portugal já recebeu cerca de 20% do total dos 16,6 mil milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas apenas mil milhões chegaram efetivamente ao terreno.

Recorde-se que a proposta Orçamento do Estado para 2023 do Governo prevê um crescimento de 37% do investimento público para cerca de 3,5% do PIB, mais dois pontos percentuais do que em 2022, para o nível mais elevado desde 2011. Um aumento que será suportado por fundos europeus.

Na sua intervenção por videoconferência, Centeno reforça ainda a ideia de se recuperar a forte coordenação entre instituições na União Europeia que se assistiu em 2020, destacando na sua intervenção a necessidade de fortalecer os laços “de coordenação entre a política orçamental e a política monetária.”

No campo da política monetária, onde Centeno hoje atua como membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), o governador do Banco de Portugal refere que a “inflação começou como um fenómeno do lado da oferta e está a caminhar para o lado da procura”, e isso está a justificar o BCE a atuar de forma agressiva no combate à subida dos preços na zona euro para mantar a taxa de inflação nos 2% a médio prazo.

“Ainda que as expectativas em relação à inflação se mantenham ancoradas no médio prazo, urge tomar medidas para baixar a inflação para 2%”, refere Centeno. Os analistas estão a antecipar que próxima reunião do Conselho do BCE, a última do ano, que será realizado em dezembro, o BCE deverá volta a subir as taxas de juro em 75 de base, atualmente em 1,5%.

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Cerca de 20 mil enfermeiros abrangidos pela progressão salarial negociada com sindicatos

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

As medidas terão efeitos retroativos a janeiro de 2022 e representam um esforço orçamental de cerca de 72 milhões de euros este ano, valor que subirá para cerca de 80 milhões nos anos seguintes.

Cerca de 20 mil enfermeiros serão abrangidos pelo descongelamento da progressão salarial negociada com os sindicatos, com o pagamento dos retroativos a janeiro deste ano, anunciou esta quarta-feira o secretário de Estado da Saúde.

“As medidas que foram aqui tomadas terão efeitos retroativos a janeiro de 2022 e estes 20 mil enfermeiros terão uma subida de uma ou de duas posições remuneratórias”, adiantou Ricardo Mestre à agência Lusa, após as reuniões que decorreram hoje com vários sindicatos dessa classe profissional.

Segundo disse o governante, este reposicionamento “representa um esforço orçamental significativo por parte do Governo”, no quadro da sustentabilidade e responsabilidade orçamental do Serviço Nacional de Saúde, de cerca de 72 milhões de euros este ano, valor que subirá para cerca de 80 milhões nos anos seguintes.

“Os efeitos remuneratórios serão ainda efetivados durante este ano”, assegurou Ricardo Mestre, avançando que os enfermeiros que subirão um escalão vão receber cerca de 2.800 euros e os que vão progredir duas posições remuneratórias cerca de 5.600 euros.

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Projeto imobiliário de 18 milhões da JOM ocupa têxtil falida de Guimarães

No terreno da histórica fábrica do Castanheiro, o grupo vimaranense que detém as lojas de mobiliário e decoração JOM vai construir um terceiro empreendimento com 58 casas, até abril de 2024.

Depois de avançar com projetos imobiliários no Porto e em Vila Real, o grupo JOM, com origem nos negócios do mobiliário e da decoração, está a dinamizar um terceiro empreendimento residencial no concelho de Guimarães, constituído por quatro blocos e que agrega um total de 58 habitações.

Segundo adiantou ao ECO a gestora de imóveis e projetos da JOM, Raquel Mendes, o empreendimento do Castanheiro vai herdar o nome da histórica fábrica do setor têxtil que funcionou naquele local – a empresa centenária faliu em 2013, quando já só tinha perto de uma centena de trabalhadores — e representa um investimento de 18 milhões de euros.

Dinamizado pelo grupo fundado pelo empresário vimaranense Joaquim de Oliveira Mendes, este projeto habitacional situado na freguesia de Urgezes, próximo do centro histórico e da serra da Penha, tem conclusão prevista para abril de 2024. O “andar modelo” estará concluído no final de dezembro, altura em que abre igualmente o período de vendas.

Os quatro blocos do complexo do Castanheiro incluem 58 habitações: 14 tipologias T1, 20 tipologias T2, uma tipologia T2+1 e ainda 23 tipologias T3. Os blocos são unidos pelo piso da cave, que está destinado ao estacionamento automóvel, tem uma sala de condomínio que pode ser utilizada para eventos e outra sala para ginásio.

Negócio de 46 milhões expande no Porto e Vila Real

Além da JOM Investimentos, que atua no mercado imobiliário e na gestão de obras e construção, e da marca retalhista de artigos para lar, que soma atualmente 24 lojas – a mais recente abriu em Portimão em março deste ano, num investimento de 4,5 milhões de euros –, o grupo que emprega atualmente 460 pessoas integra ainda a JOM Indústria, que se dedica ao fabrico de mobiliário e fornece mais de metade dos móveis que comercializa nas lojas próprias.

Em 2021, o volume de negócios do grupo empresarial de origem minhota rondou os 46 milhões de euros, com a área imobiliária dos arrendamentos a pesar 5% do total. “O impacto maior das vendas dos empreendimentos será no ano de 2023, pois as escrituras irão realizar-se entre janeiro e março [do próximo ano]. Depois disso, prevemos que a área imobiliária represente cerca de 31%” do negócio, calcula ao ECO a gestora de imóveis e projetos.

O impacto maior das vendas dos empreendimentos será no ano de 2023, pois as escrituras irão realizar-se entre janeiro e março. Prevemos que a área imobiliária represente cerca de 31% do negócio.

Raquel Mendes

Gestora de imóveis e projetos da JOM

A primeira obra desta vertente imobiliária a ficar pronta, já em dezembro, é o Porto Olimpo, junto ao campus universitário da Asprela, que foi redimensionado para 145 apartamentos: num dos blocos tem 34 T1 e 2 T0; e no outro 109 tipologias T0. “A torre de 109 apartamento foi vendida a um investidor e a torre mais pequena está a ser comercializada pela JOM, tendo já sido vendidos 50% dos apartamentos”, esclarece Raquel Mendes.

Em abril de 2021 tinha sido anunciada a construção daquele que é o segundo projeto residencial do grupo, em Vila Real. A gestora concretiza que o Villas Residence, que conta com um investimento de quatro milhões de euros, foi também reorganizado em 3 T2, 6 T1+1, 9 T1 e 15 T0. Já só estão disponíveis as duas tipologias mais pequenas, estando a conclusão desta obra calendarizada para fevereiro de 2023.

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Meloni considera “bizarra” decisão de deixar migrantes sair dos navios

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

“Considerámos a decisão da autoridade sanitária bizarra”, disse a primeira-ministra italiano, discordando da decisão de desembarque de mais de 200 migrantes fragilizados por problemas psicológicos.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, criticou esta quarta-feira a decisão de autoridades médicas de permitir o desembarque de cerca de 250 pessoas de dois navios de resgate e salvamento de organizações não-governamentais na Catânia por razões de saúde.

Os navios, Humanity 1 e Geo Barents, atracaram no fim de semana na cidade siciliana, mas inicialmente o Governo só autorizou pessoas consideradas vulneráveis a desembarcar – sobretudo mulheres e crianças – e disse aos navios para regressarem a águas internacionais com as restantes a bordo, mas estes acabaram por desembarcar também, na terça-feira. “Li algumas manchetes surreais que estavam muito longe da verdade em jornais esta manhã”, disse Meloni numa reunião de deputados do seu partido de extrema-direita, Irmãos de Itália (FdI).

“Por exemplo, a decisão da autoridade de saúde de permitir que os migrantes que estavam a bordo dos navios de ONG desembarcassem, com o argumento de que estavam fragilizados devido a possíveis problemas psicológicos, não dependeu do Governo”, frisou. “Considerámos a decisão da autoridade sanitária bizarra”, acrescentou.

Giorgia Meloni defendeu a posição rígida do novo Governo italiano – uma coligação entre os FdI, os populistas anti-imigração da Liga, de Matteo Salvini, e os populistas conservadores do Força Itália, de Silvio Berlusconi – em relação a navios geridos por ONG.

Tal posição fê-lo também ignorar os apelos do Ocean Viking, um navio gerido pela associação francesa SOS Méditerranée que transportava 234 requerentes de asilo, para que lhe fosse atribuído um porto seguro. O Ocean Viking dirigiu-se em seguida para França e este caso já está a causar tensão entre Paris e Roma. “O Governo italiano está a respeitar todos os tratados internacionais”, disse Meloni.

A proibição imposta a estes navios de ONG de permanecer em águas territoriais italianas, exceto nos termos necessários para operações de salvamento e assistência a pessoas em situação de fragilidade, é justificada e legítima”, insistiu.

“Não são sobreviventes de naufrágios que estão nestes navios, mas migrantes”, sublinhou, acrescentando: “As pessoas embarcaram neles em águas internacionais a partir de outras embarcações, e os navios que as acolheram têm o equipamento e a tripulação necessários para os ter a bordo e satisfazer todas as suas necessidades”.

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, ex-presidente do Parlamento Europeu (2017-2019), declarou numa entrevista publicada esta quarta que a nova linha dura de Itália em matéria de política migratória é uma mensagem aos outros países da União Europeia para desempenharem o seu papel.

Para Tajani, que acumula a chefia da diplomacia do novo Governo italiano com o cargo de vice-primeiro-ministro, o acolhimento por França de um navio humanitário da SOS Méditerranée que quis atracar em Itália prova que essa estratégia está a funcionar, apesar de Paris não ter confirmado essa oferta de porto seguro e ter condenado o “comportamento inaceitável” de Itália.

Questionado pela imprensa, o novo MNE italiano confirmou que esta abordagem seletiva é um sinal e que “a decisão do Presidente [francês, Emmanuel] Macron de abrir o porto de Marselha ao Ocean Viking mostra que qualquer coisa está a acontecer”. “Estamos gratos a França, que mostrou a sua vontade de tomar uma decisão que reduz a pressão sobre Itália, demonstrando que compreende a necessidade de uma abordagem solidária reforçada entre os países da UE”, declarou.

Na terça-feira à noite, o gabinete de Giorgia Meloni fez saber que esta agradecia a França por, segundo ela, aceitar receber o Ocean Viking num dos seus portos com os 234 migrantes a bordo. Mas hoje, o porta-voz do Governo francês, Olivier Véran, instou Itália a “desempenhar o seu papel” e “respeitar os seus compromissos europeus” acolhendo o Ocean Viking, que se encontrava ainda em águas territoriais italianas. Assegurando que Itália está a respeitar o direito internacional, Tajani indicou que o Governo levantará a questão da imigração num conselho de ministros da UE na próxima semana.

Roma pretende “um acordo para definir, com base na população, como os migrantes com direito de asilo serão relocalizados em diferentes países”, declarou. Itália está igualmente a exercer pressão para que a UE conclua acordos com os países do norte de África para impedir os migrantes de partir em direção ao continente europeu e para “deter os traficantes, que destroem os motores dos barcos deles”.

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Rússia anuncia retirada de cidade de Kherson

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

As tropas da Rússia vão retirar-se do lado ocidental (margem esquerda) do rio Dniepre, de acordo com o ministro da defesa russo.

As forças armadas russas vão retirar-se da cidade ucraniana de Kherson, na região com o mesmo nome, anexada ilegalmente por Moscovo em setembro, decidiu esta quarta-feira o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, segundo a agência de notícias TASS. As tropas da Rússia vão retirar-se do lado ocidental (margem esquerda) do rio Dniepre, noticia a agência russa.

Kherson, no sul da Ucrânia, é umas regiões anexadas em setembro pela Rússia, tal como aconteceu com Lugansk, Donetsk e Zaporijia, o que foi condenado pela comunidade internacional. Além disso, Kherson é também um dos alvos de uma contraofensiva lançada pelas forças de Kiev há cerca de dois meses.

A cidade de Kherson era a única capital regional que as forças russas tinham ocupado nos mais de oito meses de guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com uma invasão de território ucraniano por parte da Rússia.

Segundo a TASS, o ministro da Defesa da Rússia foi informado esta quarta-feira pelos comandantes militares no terreno de que era impossível abastecer com mantimentos a cidade de Kherson e outras áreas da margem ocidental do rio Dnieper, tendo Shoigu concordado com a proposta de recuo das tropas para a margem leste.

As autoridades pró-russas de Kherson admitiram na terça-feira a superioridade numérica das forças ucranianas na região. “Apesar da superioridade numérica das forças armadas ucranianas”, os soldados russos “repelem com sucesso todos os ataques”, disse na altura o vice-governador Kirill Stremousov, que morreu hoje num acidente de trânsito.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra na Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado. A invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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