Marcelo toma decisão na sexta-feira sobre direção executiva do SNS. Espera ainda “comentários jurídicos”

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Presidente da República disse ainda que “entre sexta e sábado” deverão tomar posse os novos secretários de Estado da Saúde.

O Presidente da República remeteu para sexta-feira uma decisão sobre o diploma do Governo que cria a direção executiva do SNS e rejeitou comentar nomes para liderar este órgão, apelando a que se respeite “a ordem” do processo.

“Eu parto agora, dentro de duas horas e meia, para Angola, regresso na sexta-feira e tenciono logo na sexta-feira – espero receber entretanto os comentários jurídicos sobre três, quatro ou cinco pontos que foram levantados na Presidência da República – e espero ter a decisão sexta-feira ao fim da tarde”, avançou.

O chefe de Estado falava na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde assistiu à apresentação do livro “Orgulhosamente Sós, A Diplomacia da Guerra 1962-1974”, do atual embaixador português em Marrocos, Bernardo Futscher Pereira.

Marcelo afirmou que “entre sexta e sábado” deverão tomar posse os novos secretários de Estado da Saúde, do ministério agora tulelado por Manuel Pizarro, “e só depois disso é que se passa realmente à indicação do diretor executivo [do SNS]”.

O jornal Expresso noticiou hoje que o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de S. João, Fernando Araújo, deverá ocupar o cargo de diretor-executivo do SNS, mas Marcelo rejeitou comentar nomes concretos e salientou que o processo tem uma ordem. “Embora já conste um nome, vamos esperar agora: primeiro, a lei, os secretários de Estado e depois o diretor executivo. (…) Vamos seguir a ordem que deve ser seguida”, frisou.

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Candidaturas a apoio para alimentação animal decorrem até 2.ª feira

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Em causa está um reforço de 500.000 euros da conta de emergência da proteção civil, destinado a apoiar a alimentação de bovinos, ovinos, caprinos e equídeos face aos danos provocados pelos incêndios.

Os produtores pecuários afetados pelos incêndios podem-se candidatar, a partir desta terça e até 19 de setembro, a um reforço de 500.000 euros, anunciou o Ministério da Agricultura.

Os produtores pecuários podem candidatar-se a este apoio extraordinário no Portal do IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (http://www.ifap.pt) a partir desta terça-feira, 13 de setembro, e até às 23:59 horas de dia 19 de setembro”, indicou, em comunicado.

Em causa está um reforço de 500.000 euros da conta de emergência da proteção civil, destinado a apoiar a alimentação de bovinos, ovinos, caprinos e equídeos face aos danos provocados pelos incêndios.

Este montante soma-se aos 490.000 euros que, segundo o ministério, já foram pagos aos produtores.

“O procedimento administrativo adotado continuará a permitir agilizar a rapidez de pagamentos, tendo em vista responder às necessidades prementes dos produtores”, assegurou o executivo.

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Ibersol com lucros de 3,7 milhões no primeiro semestre

Até junho, a Ibersol teve lucros de 3,7 milhões de euros, valor que contrasta com os prejuízos de 22,9 milhões no período homólogo. As vendas do grupo cresceram 79,5% para 242,1 milhões de euros.

A Ibersol fechou o primeiro semestre deste ano com lucros de 3,7 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 116,2% face aos prejuízos de 22,9 milhões de euros registados em igual período do ano passado, segundo informa a empresa em comunicado enviado à CMVM.

Apesar de um início de semestre “marcado pela variante Ómicron que provocou um abrandamento no ritmo da recuperação dos efeitos provocados pela pandemia Covid-19” e do impacto causado pela guerra, o volume de negócios da Ibersol cresceu 79,5% para 242,1 milhões de euros, valor que contrasta com os 134,9 milhões de euros no período homólogo.

As vendas da restauração aumentaram 79,4% para 236,7 milhões de euros nos seis primeiros meses do ano, sendo o principal motor do negócio da Ibersol, enquanto as vendas de mercadorias subiram 96,2% para 4,5 milhões e a prestação de serviços somou 0,4 milhões.

Já o EBITDA – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – cresceu 50,8% no primeiro semestre deste ano, face ao período homólogo, para 37,6 milhões de euros. A empresa nota ainda que a incerteza causada pela guerra “conduziu a uma disrupção nas cadeias de abastecimento, à aceleração da escalada da inflação nos produtos alimentares, na energia e nos transportes, com consequente impacto na quebra de confiança dos consumidores e na estrutura de custos da Ibersol”, lê-se no comunicado divulgado esta terça-feira.

Recorde-se que na semana passada, a Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à compra pela Restaurant Brands Iberia do controlo exclusivo da Iber King e da Lurca, do grupo Ibersol, e da marca Burger King Ibersol.

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Candidata italiana da extrema-direita Meloni diz à UE que “diversão acabou”

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

“Não deixem que Bruxelas faça coisas que Roma pode resolver melhor, e não deixem Roma sozinha a resolver coisas que esta não consegue solucionar sozinha”, disse Meloni.

Duas visões diferentes da União Europeia (UE) estarão em confronto nas legislativas italianas de 25 de setembro, tendo a candidata de extrema-direita Giorgia Meloni dito esta semana a Bruxelas que, se ganhar as eleições, “a diversão acabou”.

Segundo noticiou a publicação digital Euractiv, no discurso que proferiu na praça Duomo, em Milão, a menos de duas semanas das legislativas antecipadas no país, a líder do partido Irmãos de Itália (FdI), Giorgia Meloni, declarou: “Se eu ganhar, para a Europa, a diversão acabou”, e defendeu o princípio da subsidiariedade.

Meloni referia-se ao princípio que delimita o exercício de competências da União Europeia (UE) e dos seus Estados-membros, determinando que Bruxelas apenas intervém se a sua ação for mais eficaz a resolver questões políticas ou sociais que a prosseguida pelos 27 no plano mais imediato com capacidade para as solucionar, seja ele nacional, regional ou local. A resposta do seu adversário do centro-esquerda, Enrico Letta, do Partido Democrático (PD), foi imediata: “É uma afirmação perturbadora (…). Se o centro-direita governar [em Itália], temo que a Itália acabe”.

Meloni lidera uma coligação de direita com Matteo Salvini, o dirigente da Liga (que, no Parlamento Europeu, pertence ao grupo eurocético, nacionalista e populista de direita Identidade e Democracia), e o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, líder da formação Força Itália (e pertencente ao Partido Popular Europeu, no hemiciclo de Estrasburgo). A sua coligação surge na primeira posição em todas as sondagens, contra a coligação de esquerda liderada pelo PD de Enrico Letta.

Os dois principais candidatos entraram em confronto na segunda-feira, num debate organizado pelo diário italiano Corriere della Sera, em que ambos clarificaram as suas linhas políticas em relação à UE. Meloni disse que a UE deveria ser um gigante político e não um gigante burocrático, gerindo as “grandes questões” e deixando aos Estados-membros “as questões mais próximas da vida dos cidadãos” e deu como exemplo a crise do gás, sustentando que a solidariedade na Europa é relativa.

“A Alemanha não quer impor um limite ao preço do gás, porque tem contratos com a russa Gazprom e não lhe dá jeito”, observou Meloni, acrescentando que ninguém está a queixar-se disso porque o chanceler alemão, Olaf Scholz, é socialista. “Não deixem que Bruxelas faça coisas que Roma pode resolver melhor, e não deixem Roma sozinha a resolver coisas que esta não consegue solucionar sozinha”, exortou Meloni.

Por seu lado, Enrico Letta atacou as conservadoras Polónia e Hungria, definindo esta última como defensora dos interesses do [Presidente russo, Vladimir] Putin na Europa. Os dois países, segundo Letta, são os verdadeiros culpados da inexistência de uma estratégia comum para lidar com a emergência energética desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano.

“A razão pela qual a Europa não está a funcionar é exatamente porque os partidos políticos conservadores não querem que a União Europeia decida por maioria. Querem ter poder de veto, [por isso, é-lhes mais favorável] decidir por unanimidade”, frisou Letta. De acordo com o líder da coligação de centro-esquerda, precisamente as decisões sobre essas “grandes questões”, mencionadas por Meloni, são impedidas pelo facto de o direito de veto ser utilizado como uma arma de chantagem.

Precisamos de acabar com o direito de veto, que todos os conservadores (…), como [o primeiro-ministro húngaro, Viktor] Orbán, usam sempre que podem contra os interesses de Itália. A Hungria e a Polónia fizeram tudo para que [o plano] ‘Next Generation EU’, que depois levou ao Fundo Nacional de Recuperação (pós-pandemia de covid-19). Para nós, esse tipo de Europa não pode continuar a funcionar”, disse Letta.

Outro tema espinhoso relacionado com a Europa são as relações com a Rússia, tendo em conta que a amizade do partido Força Itália de Silvio Berlusconi com Putin é histórica e que o seu entendimento político com a Liga, de Matteo Salvini, é bem conhecido.

Giorgia Meloni é uma atlanticista convicta, mas os seus aliados têm uma simpatia demasiado forte pela Rússia, segundo Letta. “A soberania de Itália estaria em grave risco com o centro-direita no Governo. Berlusconi e Salvini parecem defender mais a soberania da Rússia do que a da Europa”, comentou Letta. “Na Europa, queremos uma Itália que conte, e não uma que proteste e vete em conjunto com a Polónia e a Hungria”, acrescentou.

Numa entrevista anteriormente concedida este mês à Euractiv Italy, Iratxe García, a líder da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu, deixou um alerta: “Uma eventual vitória dos conservadores [em Itália] enfraqueceria a unidade e a solidariedade de que tanto necessitamos agora, perante a agressão de Putin, devido à agenda nacionalista deles”.

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TAP alerta clientes para “risco de uso ilegítimo” de dados

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

"Recomendamos que verifique as condições de segurança de acesso à sua área reservada, nomeadamente utilizando password forte e alterando-a com alguma frequência”, apelou a empresa aos clientes.

A TAP está a alertar esta terça-feira os clientes afetados pelo ataque informático à companhia, cujos dados foram publicados, de que esta divulgação “pode aumentar o risco do seu uso ilegítimo”, pedindo atenção a comunicações suspeitas.

No email enviado aos clientes, a transportadora recordou que “foi recentemente vítima de um ciberataque, ato prontamente comunicado às diversas autoridades competentes, com as quais a TAP está a colaborar ativamente para a investigação do sucedido”, reiterando que “foram desencadeadas as medidas e procedimentos apropriados de cibersegurança para este tipo de eventos com o apoio de uma empresa internacional especializada e líder da indústria” e que “as medidas adotadas permitiram garantir a integridade dos dados e a operacionalidade, em segurança, de todos os sistemas” da companhia.

No email, a companhia indicou que “foram tomadas de imediato medidas de contenção e remediação para proteger os dados dos clientes”, informando que “os hackers publicaram as seguintes categorias de dados em relação a um número limitado de clientes, entre os quais se inclui: nome, nacionalidade, género, morada, email, contacto telefónico, data de registo de cliente e número de passageiro frequente”.

A divulgação de dados pessoais através de meios públicos pode aumentar o risco do seu uso ilegítimo, nomeadamente para obter outros dados que possam ser usados para comprometer sistemas informáticos com fins fraudulentos (phishing)”, avisou a companhia.

Apesar da password de acesso à área reservada do Miles&Go ou de cliente não constar entre os dados pessoais comprometidos, por cautela, recomendamos que verifique as condições de segurança de acesso à sua área reservada, nomeadamente utilizando password forte e alterando-a com alguma frequência”, apelou a empresa, recomendando que o cliente “se mantenha atento a comunicações não solicitadas em que lhe seja pedida informação pessoal e que evite aceder a links ou descarregar ficheiros provenientes de endereços de email suspeitos”.

Lamentamos muito que dados pessoais seus tenham sido incluídos nesta divulgação e por qualquer inconveniente que isso lhe possa causar”, disse a TAP, reafirmando ainda o seu “compromisso” com a proteção dos dados pessoais e adiantando que estão “a ser desenvolvidas medidas de reforço da segurança” dos dados. Tal como a Lusa noticiou ao início da tarde, a Polícia Judiciária (PJ) “está a acompanhar desde o primeiro momento” o ataque informático à TAP ocorrido em agosto e que nas últimas horas levou à publicação online de ficheiros com dados pessoais de clientes da companhia aérea.

“Estamos em articulação com a TAP e o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), em especial com a vítima. No entanto, uma vez que há crime (desta natureza), é da competência da PJ e somos nós que avaliamos as necessidades de recolha de informação”, afirmou à Lusa fonte do órgão de policial criminal. De acordo com o jornal Público, o grupo de hackers Ragnar Locker, que havia reivindicado no final de agosto a autoria deste ataque informático, publicou ‘online’ na noite de segunda-feira informações pessoais alegadamente pertencentes a 115 mil clientes da companhia aérea e ameaçou divulgar mais dados.

 

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Rio assinala fim das funções como deputado e encerra “uma etapa” da sua vida

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

"Aos que de mim divergiram, honesta e civilizadamente, deixo-lhes as minhas saudações democráticas”, escreveu o ex-líder do PSD na rede social.

O anterior presidente do PSD, Rui Rio, assinalou esta terça-feira o fim das suas funções como deputado na Assembleia da República, dizendo que encerra “uma etapa” da sua vida. “Cesso hoje as funções de deputado. Deixo de ter qualquer cargo político, encerrando assim uma etapa da minha vida”, refere numa mensagem na rede social Twitter.

Rui Rio, que presidiu ao PSD entre 2018 e julho deste ano, deixou ainda uma mensagem quer aos seus apoiantes, quer aos seus adversários políticos. “A todos os que em mim confiaram, fica o meu sentido agradecimento. Aos que de mim divergiram, honesta e civilizadamente, deixo-lhes as minhas saudações democráticas”, assinalou.

 

Rui Rio era deputado desde 2019, depois de ter exercido essas funções entre 1991 e 2001, antes de ser, durante outra década, presidente da Câmara Municipal do Porto. Fonte da bancada social-democrata confirmou na segunda-feira à Lusa que o ex-presidente do PSD Rui Rio já tinha entregado o pedido de renúncia ao mandato de deputado, enquanto o anterior líder parlamentar Paulo Mota Pinto pediu a suspensão por cinco meses.

As notícias das saídas de Rio e Mota Pinto do parlamento, já aguardadas, foram avançadas pelo jornal Público, e deverão ser anunciados no primeiro plenário após as férias parlamentares, na quarta-feira. Rui Rio, eleito pelo círculo do Porto, será substituído por António Cunha, de Penafiel, 15.º da lista, e que já esteve na Assembleia da República na anterior legislatura. O ex-líder do PSD já tinha anunciado que deixaria o parlamento no início de setembro.

Já Paulo Mota Pinto foi líder parlamentar do PSD entre abril e julho deste ano – saiu a pedido do novo presidente do partido, Luís Montenegro –, tendo sido substituído à frente da bancada por Joaquim Miranda Sarmento. Com o pedido de suspensão de funções de Mota Pinto, que tinha encabeçado a lista do PSD por Leiria, voltará à Assembleia da República João Carlos Barreiras Duarte, que já foi deputado e é irmão de outro antigo parlamentar e ex-secretário-geral do PSD, Feliciano Barreias Duarte.

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Mitigação de riscos por seguros entra na literacia financeira

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2022

Supervisores celebraram protocolo para promoção de formação financeira através das instituições de apoio aos cidadãos. Aulas em formato digital formam interessados.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC) e três supervisores financeiros, o Banco de Portugal (BdP), a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e o Comissão do Mercado de Valores Mobiliários celebraram, na sexta-feira, um protocolo de cooperação para a promoção de formação financeira dos consumidores.

A celebração do protocolo visa, entre outros objetivos, promover a literacia financeira, contribuindo para uma maior resiliência dos consumidores.

Os interessados podem aceder a aulas online que exploram conteúdos financeiros no website Todos Contam. A área formativa Fazer um Seguro explora noções básicas sobre o setor dos seguros, e esclarece tópicos essenciais sobre seguros de saúde, habitação, automóvel e sinistro automóvel. O acesso é gratuito e as lições, compostas por vídeos e brochuras, expandem-se para o website da ASF.

A promoção da formação financeira através das instituições de apoio aos cidadãos é o objetivo do protocolo, com o apoio da Rede Extrajudicial de Apoio ao Cliente Bancário (RACE) e os Centros de Informação Autárquicos ao Consumidor (CIAC), e que dinamiza ações de sensibilização sobre temas como resiliência financeira, incluindo a gestão do orçamento familiar, o acesso ao crédito e a prevenção e gestão do incumprimento de contratos de crédito, a aplicação da poupança e o papel dos seguros na mitigação dos riscos.

A cerimónia de assinatura do protocolo teve lugar nas instalações da DGC, em Lisboa, e contou com a presença da Diretora-Geral do Consumidor, Ana Catarina Fonseca, da Presidente da Comissão de Coordenação do Plano Nacional de Formação Financeira e representante do Banco de Portugal, Lúcia Leitão, do representante da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Eduardo Pereira, e da representante da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Maria Igreja.

O protocolo enquadra-se nos trabalhos do Plano Nacional de Formação Financeira, dinamizado pelos supervisores financeiros, e do qual a DGC é parceira desde 2011.

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Bancos alertam para risco de soluções “contraproducentes” no crédito à habitação

Depois do governo ter admitido medidas de apoio ao crédito à habitação, a Associação Portuguesa de Bancos pede "prudência nas reações" num contexto de renormalização das taxas de juro.

A Associação Portuguesa de Bancos pede “prudência nas reações” a uma subida das taxas de juros nos créditos à habitação e que se evitem “soluções imaginadas para situações transitórias e que acabarão por se tornar contraproducentes”. É desta forma que a instituição liderada por Vítor Bento reage, ao ECO, à possibilidade de virem a ser adotadas medidas para apoiar as famílias com crédito à habitação à semelhança do que já foi feito para o mercado de arrendamento.

O primeiro-ministro reiterou a possibilidade de serem criadas medidas de apoio ao crédito à habitação na entrevista de segunda-feira à TVI. António Costa assegurou que o Governo está “a analisar”, mas que “é provável que venha a haver”. “Estamos a trabalhar com a Associação Portuguesa de Bancos para ver como a situação vai evoluir”, disse, escusando-se a antecipar mais detalhes.

A Associação Portuguesa de Bancos diz apenas que a associação e o Governo “mantêm um diálogo regular para acompanhamento de assuntos de interesse mútuo, como são, entre outros, os desenvolvimentos da atual conjuntura económica”. E que “entre esses desenvolvimentos compreendem-se as preocupações com o caminho assumido pela inflação, que é preciso conter, e com a subida das taxas de juro desencadeada para essa contenção”.

Mas a instituição liderada por Vítor Bento recorda que as subidas das taxas de juro a que se tem vindo a assistir “continuam a situá-las num quadro de normalidade histórica e que os valores negativos ou extremamente baixos dos últimos anos é que se desviaram desse padrão”. O Banco Central Europeu subiu a taxa diretora em 75 pontos base para 1,25%, a semana passada. Mas em julho já tinha subido os juros em 50 pontos base. Os analistas antecipam a possibilidade de novos aumentos para controlar a inflação na Zona Euro.

“Para se ter uma ideia dessa normalidade, registe-se que nos últimos 62 anos a média mensal do equivalente à Euribor a 3 meses se situou acima dos 2% em quase 80% dos meses (os 20% abaixo são os valores mais recentes) e que, em mais de metade desse período o seu valor esteve acima de 4%”, refere a APB nas respostas enviadas ao ECO.

Por isso, o “contexto de renormalização das taxas de juro requer prudência nas reações, evitando nomeadamente soluções imaginadas para situações transitórias e que acabarão por se tornar contraproducentes”, alerta a instituição.

Um tal contexto de re-normalização das taxas de juro requer, pois, prudência nas reações, evitando nomeadamente soluções imaginadas para situações transitórias e que acabarão por se tornar contraproducentes.

APB

Mas “se desse diálogo e reflexão em curso, tendo em conta a prudência referida e o enquadramento regulatório, resultar que alguns instrumentos precisam de ser melhorados, serão desencadeadas ações ou propostas nesse sentido”, explicou a APB. António Costa na entrevista à TVI referiu que em cima da mesa podem estar renegociação de créditos, reescalonamentos, deferimento de pagamentos ou dedução de juros em sede de IRS.

A APB garante que perante as “dificuldades que alguns devedores, nomeadamente famílias com crédito à habitação, possam enfrentar na transição para um cenário mais normal de taxas de juro, os bancos credores estão habituados a procurar com os seus clientes as soluções que melhor se adequem aos seus problemas de transição, e existem instrumentos legais para enquadrar essas soluções”.

O ECO questionou todos os grandes bancos que atuam em Portugal sobre se entendem que são necessárias medidas para ajudar as famílias com crédito à habitação e se já estão a tomar algumas, mas a maioria não quis responder ou não respondeu em tempo útil para a publicação deste artigo.

Os dados mais recentes do Banco de Portugal, são relativos ao primeiro trimestre de 2022, e revelam que o rácio de crédito malparado da banca portuguesa diminuiu para 3,6% no primeiro trimestre deste ano, menos 0,1 pontos percentuais do que no final de 2021 e um ponto percentual abaixo do trimestre homólogo.

A APB recordou ainda que “os bancos já demonstraram, na crise pandémica (e noutras ocasiões), estar atentos e responder às vulnerabilidades sociais e não deixarão de o voltar a fazer, se necessário”.

Faça aqui a simulação do seu caso

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o artigo no browser.

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Acionistas aprovam venda do Twitter a Elon Musk

Elon Musk ofereceu 43 mil milhões de euros pelo Twitter e os acionistas da empresa aprovaram esta terça-feira esse valor.

Os acionistas do Twitter aprovaram esta terça-feira a venda da plataforma a Elon Musk por 44 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros), avança a imprensa internacional. A votação acontece depois de o dono da Tesla ter tentado cancelar o acordo para esta compra.

Em julho, Musk anunciou a desistência da compra do Twitter, alegando a falta de informação da administração da empresa em relação às suspeitas de contas falsas. Na altura, numa carta enviada à gestão da empresa, Musk disse que “o Twitter não cumpriu com as suas obrigações contratuais”.

Este argumento mereceu uma resposta rápida de Bret Taylor, o presidente do conselho de administração. “O Conselho Twitter está empenhado em encerrar a transação pelo preço e condições acordadas com o Sr. Musk e planeia prosseguir com uma ação legal para fazer cumprir o acordo. Estamos confiantes de que prevaleceremos no Tribunal de Delaware”, escreveu o responsável.

O caso está atualmente no tribunal de Delaware, com um julgamento previsto para começar em meados de outubro, diz a CNBC.

O risco do negócio tinha sido pré-anunciado no início de junho depois de os advogados de Musk terem avisado a gestão do Twitter. “Com base no comportamento do Twitter até à data, e a mais recente correspondência da empresa em particular, o Sr. Musk acredita que a empresa está ativamente a resistir e a impedir o seu direito à informação (e as respetivas obrigações) ao abrigo do acordo”, lê-se na missiva, citada pelo Financial Times.

As ações do Twitter na bolsa de Nova Iorque estão a subir 1,35% para 41,97 dólares.

(Notícia atualizada às 19h28 com mais informação)

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ASF vai entregar Prémio Investigação

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2022

Longevidade e Poupança para a Reforma serão os temas da Conferência que a ASF irá realizar no final do mês. Na ocasião, Rui Leão Martinho anunciará o projeto vencedor.

O “Prémio Investigação ASF” é uma iniciativa que visa incentivar a produção de trabalhos de investigação científica de elevado valor para o desenvolvimento dos mercados nacionais dos seguros e dos fundos de pensões.

A cada edição, a competição irá explorar, alternadamente, as áreas “Economia, Matemática e Tecnologia” e “Direito e Humanidades”.

Rui Leão Martinho é o presidente do júri do Prémio de investigação ASF.

A Conferência conta com um painel de debate moderado pelo Dr. Hugo Borginho, Diretor do Departamento de Análise de Riscos e Solvência da ASF, a Prof.ª Maria João Valente Rosa, Professora Universitária especialista em Demografia, o Prof. Paulo Neto, Professor Universitário com experiência em Políticas Públicas e a Prof.ª Sandra Maximiano, Professora Universitária expert em Economia Pública e Bem-estar.

A sessão realiza-se no dia 28 de setembro, em formato híbrido: presencialmente no Auditório da ASF e com transmissão em direto através do site da ASF.

Esta primeira edição explora os setores “Economia, Matemática e Tecnologia” .

O “Prémio Investigação ASF” é atribuído por um júri independente e terá um valor de 7500 euros.

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Petróleo desliza mais de 2% com inflação acima do esperado nos EUA

Matéria-prima desvaloriza mais de 2% no dia em que foi conhecido que a taxa de inflação homóloga nos EUA desacelerou para 8,3% em agosto. Ainda assim, dados ficaram acima do esperado pelos analistas.

Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a recuar mais de 2%, pressionados pelo dados da inflação nos EUA, que ficaram acima do esperado pelos analistas, o que aumenta os receios de novas subidas das taxas de juro por parte da Fed.

Pelas 18h32 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, cedia 2,81% para 91,36 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, desvalorizava 2,98% para 85,16 dólares.

Este desempenho acontece no dia em que o Departamento do Trabalho norte-americano revelou que a taxa de inflação homóloga nos Estados Unidos desacelerou para 8,3% em agosto, o que representa um recuo de 0,2 pontos percentuais face ao registado em julho e um recuo pelo segundo mês consecutivo. Além disso, no que respeita à variação em cadeia, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) nos EUA aumentou 0,1% face ao registado em julho. Os analistas consultados pela Reuters antecipavam um recuo de 0,1%.

Estes dados aumentam a especulação de que a Fed vai manter o posicionamento agressivo na subida dos juros, devendo proceder a um novo aumento das taxas na próxima reunião, marcada para 20 e 21 de setembro. “A Fed pode ter que aumentar as taxas mais rápido do que o esperado, o que pode causar um sentimento de ‘risco’ no petróleo e mais acentuado para o dólar”, afirmou Dennis Kissler, vice-presidente da secção de mercados do BOK Financial, em declarações à Reuters. Recorde-se que o petróleo é geralmente cotado em dólares americanos, pelo que um dólar mais forte torna a commodity mais cara para os detentores de outras moedas.

A pressionar os mercados está ainda o prolongamento das medidas de confinamento na China, na sequência da política de zero Covid, bem como a redução dos stocks de “ouro negro” da reserva estratégia dos EUA. Na segunda-feira, o Departamento de Energia norte-americano revelou que os stocks de petróleo de emergência dos EUA encolheram para 434,1 milhões de barris na semana terminada a 9 de setembro. Trata-se de um queda de 8,4 milhões de barris face ao anterior balanço e representa o nível mais baixo desde outubro de 1984, isto é, em quase 38 anos.

Ainda assim, esta terça-feira a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve as suas previsões sobre a procura global de petróleo para 2022 e 2023, sinalizando que as economias mundiais estão a responder melhor do que o esperado, apesar dos “ventos contrários”, como é o caso da inflação.

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EIOPA avalia qualidade de dados da Solvência II

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2022

O indicador de qualidade de referência para os relatórios anuais a solo aumentou de 82%, em 2016, para 94%, em 2020. A EIOPA aposta na avaliação e melhoria da qualidade dos dados de supervisão.

A Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA) publicou um relatório sobre a qualidade dos dados recolhidos com os relatórios de Solvência II.

O estudo apurou que as soluções automatizadas de processamento de dados de qualidade e as ferramentas analíticas avançadas, juntamente com as validações integradas na taxonomia XBRL, têm sido eficazes para melhorar a qualidade dos dados.

De acordo com o estudo, o acesso a dados fidedignos é essencial para uma supervisão funcional assente em data, para a tomada de decisões resultantes de provas, bem como análises micro e macroprudenciais.

Após mais de 130 mil balanços individuais recebidos pela EIOPA desde a introdução do relatório Solvência II, em 2016, o estudo publicado agora demonstra os resultados das melhorias introduzidas com vista a melhorar a qualidade dos dados ao longo dos anos.

Vários indicadores-chave de desempenho e uma pontuação global da qualidade dos dados apontam uma elevação da qualidade. O indicador de referência de qualidade para relatórios anuais a solo aumentou de 82% em 2016 para 94% em 2020.

Embora a medição quantitativa da qualidade dos dados continue a ser um desafio, os indicadores disponíveis mostram uma tendência positiva.

O relatório descreve ainda a utilização intensiva e alargada dos dados do Solvência II pela EIOPA para análises, estatísticas, avaliações de impacto, apoio às autoridades nacionais de supervisão, aconselhamento técnico e outras publicações.

Esperam-se o desenvolvimento na qualidade dos dados no futuro, à medida que a EIOPA e os seus membros continuam a aperfeiçoar técnicas e a desenvolver novas ferramentas.

A Solvência II é uma diretiva da União Europeia, em vigor desde 2016, que visa manter a estabilidade do sistema financeiro, mas, para isso, obriga as seguradoras a aumentarem o seu capital de forma a garantir que, a todo o momento, estejam resguardadas contra qualquer risco frente às apólices emitidas.

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