Catalina Group assegura autorização para consórcio da Lloyd’s gerido pela Asta

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2022

O consórcio Catalina 3232, gerido pela Asta, obteve aprovação pela Lloyd's para subscrever resseguros e encerrar transacções.

Asta, o principal agente de gestão de terceiros na Lloyd’s, e o Grupo Catalina, sediado nas Bermudas, fornecedor de soluções de resseguros, anunciaram a aprovação de um novo consórcio para subscrever resseguros e encerrar transações (RITC).

Directora-Geral da Asta, Lorraine Harfitt.

“Ao combinar a perspicácia comprovada da gestão Asta por parte de terceiros com os nossos 17 anos de experiência no espaço de resseguros retrospetivos, e o apoio dos nossos acionistas altamente conceituados, o consórcio Catalina 3232 trará imediatamente um novo ator forte e credível para apoiar os negócios maiores na Lloyd’s”, disse o chefe executivo do Catalina Group, Ian Parker.

O novo consórcio será capitalizado através de um membro corporativo totalmente harmonizado, propriedade da resseguradora sediada nas Bermudas. O objetivo é começar a aceitar negócios no ano 2023.

“Catalina é líder de mercado no setor dos legados, e a sua perícia e robustos recursos de capital são um acréscimo bem-vindo ao Lloyd’s”, comentou a CEO da Asta, Lorraine Harfitt. “Continuamos a ver o desejo, entre a comunidade de agências de gestão, de encontrar soluções para carteiras de anos anteriores, permitindo aos sindicatos concentrarem-se na sua atividade principal de subscrição de novos riscos, ao mesmo tempo que deixamos o run-off para os especialistas. A combinação da Asta e da Catalina aumentará as opções disponíveis para os agentes gestores que procuram fazê-lo e alargará a gama de soluções que a Asta pode fornecer ao longo do ciclo de vida do consórcio”, acrescentou.

Para o ano que terminou em 2021, o Grupo Catalina apresentou um rendimento líquido consolidado de 177 milhões de dólares.

O Catalina Group é um fornecedor global de soluções de gestão de capital e transferência de risco para o setor de seguros P&C. Procuram adquirir responsabilidades de (re)seguros não-vida ou fornecer soluções de transferência de risco para blocos de negócios onde os clientes desejem melhorar o seu retorno sobre o capital e ou a sua posição de capital e perfil de rentabilidade. O grupo adquire ou ressegura blocos ou negócios para os quais os clientes procuram sair, arriscar ou libertar a alocação intensiva de capital do seu modelo de negócio.

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Grupo Nabeiro lança programa para startups. Vencedoras irão colaborar com Delta Ventures

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Setembro 2022

As startups interessadas devem apresentar a sua candidatura até 13 de outubro. Os projetos escolhidos participarão num bootcamp de um mês, sendo que os vencedores irão colaborar com a Delta Ventures.

O Grupo Nabeiro anunciou esta terça-feira o lançamento do programa DISRUPTION22, criado juntamente com a imatch, e que se destina a startups nacionais e internacionais com ideias de negócios nas áreas de sustentabilidade, transformação digital e novos produtos e serviços. As inscrições já estão abertas e decorrem até 13 de outubro, sendo que as startups vencedoras irão colaborar com a incubadora Delta Ventures do Grupo Nabeiro.

Após a fase de candidatura e avaliação, serão escolhidas dez startups, que participarão num bootcamp de um mês, entre 8 de novembro e 8 de dezembro, com o objetivo de desenvolverem os seus projetos.

Nesse período, as startups vão trabalhar com mentores do Grupo Nabeiro e empreendedores, tendo em vista “aumentar a proposta de valor de negócio conjunta e acelerando o desenvolvimento de novas soluções ajustadas à realidade do Grupo”, refere a empresa em comunicado.

No pitch final, a decorrer em 14 de dezembro, serão selecionadas três a cinco soluções junto do ecossistema empreendedor, que receberão financiamento para os seus projetos.

A última fase do DISRUPTION22 prevê o desenvolvimento das soluções vencedoras em conjunto com os empreendedores. As startups responsáveis pelos projetos vencedores irão colaborar com a Delta Ventures, a unidade do Grupo Nabeiro que atua como incubadora de startups, entre as quais se incluem as startups Nãm e a Why Not.

Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro – Delta Cafés

“A inovação está no nosso ADN e através do DISRUPTION22 reforçamos a nossa vontade em desenvolver novas soluções que podem mudar o futuro. Hoje temos um ecossistema de startups, onde as empresas que trabalham connosco nos desafiam e nós as desafiamos em conjunto, tornando-nos mais ricos de conhecimento”, afirma o CEO do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, citado no comunicado.

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Viana do Castelo prevê gastar menos um milhão de euros com poupança na energia e na água

Viana do Castelo espera, num ano, gastar menos um milhão de euros em energia e água com um pacote de medidas. Como desligar a luz ornamental nos espaços públicos a partir da uma hora da madrugada.

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, calcula uma poupança de um milhão de euros, nos próximos 12 meses, com a implementação de 23 medidas no concelho, com vista à eficiência energética e à eficácia na gestão de recursos naturais como a água. O objetivo é atenuar os efeitos causados pela crise energética na Europa e pela seca “extrema” que tem assolado o país.

Desligar a luz ornamental em todos os espaços públicos, a partir da uma da manhã e desligar fontes públicas, que recorram a energia elétrica, são algumas das medidas apresentadas pelo autarca Luís Nobre, durante uma conferência de imprensa. Ainda assim, assegura o município, “vai-se manter e diminuir, nalguns espaços, a iluminação pública em zonas urbanas durante a noite, desde que se mantenha a segurança”. Estas medidas fazem parte do pacote anunciado pelo edil para poupança de água e energia em edifícios, equipamentos e espaço públicos.

Entre as novidades está ainda a implementação de dois manuais de boas práticas – um para poupança de energia e outro da água – para utilizadores de edifícios e espaços municipais, assim como para os funcionários municipais para adaptação aos locais de trabalho de um plano interno de poupança energética e de poupança de água.

“Viana do Castelo já tem mantido, ao longo dos últimos anos, uma política assente no respeito pela natureza e no desenvolvimento sustentável do concelho”, assegura o autarca, acrescentando ainda a implementação da certificação energética dos edifícios e de um sistema de gestão central para aquecimento de espaços públicos, “além de coletores solares onde é necessária água quente sanitária”.

O lançamento da campanha “Poupar hoje para garantir o amanhã” também faz parte do pacote de medidas, de modo sensibilizar a comunidade para a necessidade da poupança energética e da água, envolvendo as juntas de freguesia e meios de comunicação social locais.

A consolidação e ampliação da substituição da frota municipal por veículos mais eficientes e a instalação de um sistema de gestão de frota com GPS são mais algumas das iniciativas previstas. Assim como a instalação de um sistema de sustentabilidade hídrica em 19 edifícios municipais para redução do consumo de energia na água quente utilizada, principalmente chuveiros.

“A redução da lavagem de ruas com recurso a água potável e fazê-lo apenas se necessário”, o recurso a fontes alternativas de água, e o aproveitamento de furos e poços existentes, assim como águas pluviais para ações de proteção civil são mais algumas medidas, conclui a autarquia.

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Pedrógão Grande: Todos os 11 arguidos foram absolvidos

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Os juízes absolveram os 11 arguidos de eventuais responsabilidades criminais nos incêndios de Pedrógão Grande, em junho de 2017.

Os 11 arguidos julgados no processo para determinar eventuais responsabilidades criminais nos incêndios de Pedrógão Grande, em junho de 2017, foram esta terça-feira absolvidos pelo Tribunal Judicial de Leiria.

“Acórdão os juízes que compõem este tribunal coletivo em julgar a pronúncia, a acusação e as acusações particulares totalmente improcedentes e não provadas, e absolver os arguidos da prática de todos os crimes”, disse a presidente do coletivo de juízes, Maria Clara Santos, na leitura do acórdão.

Os arguidos eram o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, então responsável pelas operações de socorro, dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro, e três trabalhadores da Ascendi (Rogério Mota, José Revés e Ugo Berardinelli).

Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, também foram acusados.

O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, assim como o antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estavam, igualmente, entre os arguidos.

Em causa neste julgamento estavam crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves. No processo, o Ministério Público contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.

Nas alegações finais, sem pedir concretamente a absolvição, a procuradora da República Ana Mexia considerou que o arguido José Geria devia ser “julgado de acordo com a prova produzida”. No caso do presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, a magistrada do Ministério Público (MP) pediu a sua absolvição.

Para os restantes nove arguidos, o MP pediu condenação, especificando com prisão efetiva para Augusto Arnaut, Casimiro Pedro e os três funcionários da Ascendi. Foi na Estrada Nacional 236-1, que liga Castanheira de Pera a Figueiró dos Vinhos, onde ocorreu a maioria das mortes. A subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava esta via, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior.

Aos funcionários das empresas, autarcas e ex-autarcas, assim como à responsável pelo Gabinete Técnico Florestal, eram atribuídas responsabilidades pela omissão dos “procedimentos elementares necessários à criação/manutenção da faixa de gestão de combustível”, quer na linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram duas descargas elétricas que desencadearam os incêndios, quer em estradas, de acordo com o MP.

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Da autonomia às urgências, o que pensa Fernando Araújo sobre o SNS?

Fernando Araújo terá sido escolhido para CEO do SNS. Da autonomia das instituições de saúde, passando pela aposta na tecnologia, até às urgências, o que pensa o gestor do São João sobre o SNS?

Fernando Araújo deverá assumir o cargo de CEO do Serviço Nacional de Saúde (SNS), organismo que se enquadra na criação do novo estatuto do SNS. O atual presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de S. João (CHUSJ) e antigo secretário de Estado da Saúde Já terá sido convidado pelo Governo, mas ainda não aceitou oficialmente o convite, estando a aguardar pela promulgação do diploma que cria a direção executiva do SNS por parte do Presidente da República.

Fernando Araújo foi secretário de Estado de Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro que tutelou a pasta da Saúde entre 2015 e 2018, mas foi o trabalho executado na gestão dos hospitais na região Norte que lhe deu notoriedade. Segundo o Expresso, em 2005 o atual presidente do conselho de administração do CHUSJ fez um estudo para medir as necessidades reais dos serviços de urgência abertos para as diferentes especialidades. Perante esta análise, concluiu, que, em muitos casos, havia serviços abertos a mais e profissionais a menos. Nesse sentido, colocou em marcha um projeto que vigora ainda hoje, que visa distribuir os médicos pelos hospitais, mesmo que isso implique deslocações destes profissionais, de modo a que não existam falhas.

Bastante crítico de Marta Temido, que se demitiu no passado dia 30 de agosto, Fernando Araújo chegou a ser apontado para liderar o Ministério da Saúde. Desde maio, que era cronista no Jornal de Notícias, tendo escrito o seu último artigo de opinião esta terça-feira. Nos seus 20 textos deixa, aliás, algumas pistas sobre aquela que poderá a ser a sua estratégia para liderar o SNS.

Uma das principais questões defendidas por Fernando Araújo é dar mais autonomia às instituições de saúde para a contratação de profissionais. Este é também um dos objetivos previstos na criação do novo estatuto do SNS. Nesse sentido, o antigo secretário de Estado critica ainda as recentes medidas tomadas pelo Executivo para responder ao problemas nos serviços de urgências, nomeadamente o prémio anual para os gestores para os gestores dos hospitais do SNS, bem como os aumentos relativos às horas extraordinárias.

“(..) o mesmo Estado que não dá autonomia às instituições para a contratação e não qualifica os vencimentos, oferece valores cinco vezes superiores a quem se disponibilize a trabalhar em prestação de serviços. O sinal pode não ser o pretendido, mas a direção é clara e aponta-lhes a porta de saída, desestruturando de forma irremediável o SNS”, afirma na crónica publicada a 24 de maio.

Já num texto publicado, a 26 de julho, Fernando Araújo avisa que aumentar a despesa do SNS “não significa melhorar os cuidados” de saúde e aponta que medidas “conjunturais” como o aumento das horas extraordinárias para os serviços de urgência poderá traduzir-se “numa despesa estrutural, com impacto não avaliado” e penalizar um “sistema já de si fragilizado”, conduzindo “à sua desestruturação, criando insatisfação e piores serviços de saúde”.

Por outro lado, o atual presidente do conselho de administração do CHUSJ defende que, além de dar mais autonomia às instituições, os serviços de saúde devem adaptar-se às necessidades dos cidadãos. “A atividade para além das horas normais de funcionamento aumenta a produtividade, promove melhores remunerações para os profissionais, associadas ao número e complexidade dos exames realizados, constituindo um incentivo para a sua fixação e motivação. O SNS poupa rentabilizando os custos fixos e reduzindo a despesa associada, caso realizasse no exterior“, sublinha num artigo de opinião publicado a 28 de junho.

Por outro lado, numa opinião publicada a 30 de agosto, Fernando Araújo diz que é preciso ter um “SNS organizado e mais humanizado, que responda de forma integrada aos problemas”, defendendo que “neste aspeto continuamos, como sociedade, a falhar”, já que “há ausência de outras respostas de proximidade”, nomeadamente dos cuidados de saúde primários, pelo que as urgências são a única resposta que os utentes têm, o que coloca uma elevada pressão sobre estes serviços.

Relativamente às listas de espera dos hospitais públicos, o presidente conselho de administração do CHUSJ aponta que os “estudos demonstram que o maior fator de crescimento na adesão a seguros de saúde é a confiança de uma resposta atempada” e que “o acesso sempre foi a base do SNS, nomeadamente através da “garantia de que todos eram tratados por igual, em função da gravidade da doença”, pelo que alerta, no artigo de opinião de 30 de maio, que “a falha neste domínio provoca iniquidade, a exclusão dos mais desfavorecidos”.

Ao mesmo tempo, o médico considera que é benéfico capacitar os sistemas de saúde de tecnologia, dando o exemplo de robots cirúrgicos, e lamenta que Portugal não possua “uma reflexão, uma estratégia, uma visão” nesse sentido. “Existem, por outro lado, vários destes equipamentos em hospitais privados. No passado, as novas tecnologias emergiam primeiro no SNS. Agora é o inverso“, sinaliza no artigo de opinião publicado a 16 de agosto, acrescentando que “hospitais públicos terão de os adquirir de forma isolada, sem financiamento, quando era mais económico compras conjuntas, sob um plano que desenhasse de forma ponderada onde e como desenvolver esta abordagem”.

Ao longo dos 20 artigos opinião assinados por Fernando Araújo no JN, o antigo secretário de Estado defende ainda a importância de acelerar os rastreios do cancro e de garantir o acesso à saúde oral através do SNS. No texto de despedida, publicado esta terça-feira, o presidente do conselho de administração do CHUSJ diz ainda que “importa construir de novo uma estratégia, envolver os principais parceiros e implementar medidas consistentes que consigam alterar esta realidade”, acrescentando que a “prevenção da doença, incidindo nos seus principais determinantes, terá de ser uma pedra angular na futura política de saúde”.

Além disso, agradece a Marta Temido o “trabalho efetuado” e deixa rasgados elogios a Manuel Pizarro, o novo ministro da Saúde, considerando que é “alguém com enorme conhecimento e experiência, com capacidade de diálogo e bem ciente da necessidade de uma longa caminhada na defesa do futuro de gerações de portugueses”.

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PSD vai apresentar propostas para atenuar impacto das taxas de juro do crédito à habitação

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

“O Estado tem a responsabilidade de não deixar os jovens casais para trás e com uma dificuldade acrescida nas suas vidas" por causa do aumento rápido das taxas de juro, diz Luís Montenegro.

O líder social-democrata, Luís Montenegro, antecipou esta terça-feira que o PSD irá apresentar propostas para atenuar o impacto da subida das taxas de juro do crédito à habitação. “Nós teremos também um contributo a dar nesse domínio”, disse o presidente do PSD, indicando como possibilidades as moratórias, dedução do montante de juros em sede de IRS ou alguns benefícios fiscais associados aos créditos à habitação.

Luís Montenegro defendeu que “o Estado tem a responsabilidade de não deixar os jovens casais para trás e com uma dificuldade acrescida nas suas vidas, fruto da circunstância do aumento, agora também, rápido das taxas de juro”. O presidente do PSD falava aos jornalistas em Tabuaço, no distrito de Viseu, no segundo dia do programa “Sentir Portugal”, após um almoço com empresários da área do turismo.

“Nós estamos a estudar respostas que no mercado da habitação devem ser integradas numa política global que favoreça o arrendamento, por um lado, e favoreça também a capacidade de as famílias poderem pagar hoje os acréscimos que os aumentos das taxas de juro vêm trazer aos créditos de habitação”, adiantou. Na opinião de Luís Montenegro, o país precisa “de uma resposta dos poderes públicos” à questão do aumento das taxas de juro, pelo que “no âmbito do próximo Orçamento do Estado esse será um dos assuntos mais prementes”.

“A perspetiva de juntarmos a este processo de inflação galopante o aumento das taxas de juro faz com que, para além dos bens essenciais da alimentação, da energia, do gás, dos combustíveis, os preços também da prestação do crédito à habitação para quem recorreu a ele e, normalmente, são jovens casais, eu penso que vai crescer muito nos próximos meses e isso vai dificultar ainda mais a vida de quem tem baixos salários e de quem tem hoje um custo de vida muito mais elevado”, sustentou.

O primeiro-ministro, António Costa, na segunda-feira, em entrevista à TVI/CNN Portugal, que “é provável” que venha a haver apoios para ajudar as famílias que têm créditos à habitação face à subida dos juros. Costa considerou, no entanto, ser necessário aguardar para ver se “as partes encontram soluções”, que podem passar por moratórias, renegociação de créditos ou até voltar a permitir a dedução em sede de IRS.

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Inflação na Alemanha sobe quatro décimas para 7,9% em agosto

Previsões feitas há duas semanas acabaram por se confirmar, apesar das medidas de apoio ao rendimento das famílias criadas recentemente pelo Governo alemão.

O Índice de Preços do Consumidor (IPC) na Alemanha subiu quatro décimas em agosto para 7,9%, mesmo com as medidas de apoio ao rendimento das famílias que o Governo criou recentemente, anunciou esta terça-feira o Destatis, o serviço de estatística alemão.

Os dados confirmam as previsões feitas há duas semanas. O aumento de 7,9% na taxa de inflação é o maior desde maio, quando foi registado o mesmo valor, naquele que foi o maior de toda a série histórica iniciada em 1991. A taxa de inflação harmonizada situou-se em 8,8%, o que representa um aumento de três décimas face a julho.

Em agosto, a energia ficou 35,6% mais cara em relação ao ano anterior, uma décima a menos do que em julho. O óleo de aquecimento duplicou de preço em relação a agosto de 2021, com um disparo de 111,5%, enquanto o gás natural ficou 83,8% mais caro. Os preços da eletricidade subiram 16,6%.

“Os principais motivos da subida da inflação continuam a ser os aumentos [dos preços] dos produtos energéticos e dos alimentos“, diz o presidente do Destatis, Georg Thiel. “Duas medidas do pacote de ajudas [do Governo] tiveram um leve efeito de descida na taxa de inflação, especialmente de junho a agosto: os bilhetes de comboio a nove euros e o desconto no combustível”, acrescenta.

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Seia espera que plano de revitalização da serra da Estrela seja “transformador para toda a região”

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Presidente da Câmara de Seia espera que o plano que o Governo está a preparar para os concelhos da Serra da Estrela, atingidos pelo incêndio, seja “um programa transformador para toda a região".

“Haverá algumas [medidas] que correspondem totalmente às expectativas criadas, outras que os municípios, em particular o de Seia, acham que poderiam ir mais além. Mas, neste momento, e estamos mais focados no futuro. E o futuro é que o programa de revitalização da Serra da Estrela seja um programa transformador para toda a região”, disse, esta terça-feira, o presidente da Câmara de Seia, Luciano Ribeiro, à agência Lusa.

O presidente do município de Seia participou, na segunda-feira, em Lisboa, numa reunião com a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com secretários de Estado de várias áreas governamentais e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), para apresentação, aos seis autarcas do Parque Natural da serra da Estrela (PNSE), de uma forma global, as medidas que estão preparadas para serem implementadas no âmbito dos levantamentos efetuados.

O incêndio de agosto não atingiu o concelho de Seia, mas como faz parte do PNSE também é abrangido pelas medidas que estão a ser preparadas pelo Governo para recuperação daquela área protegida.

O autarca espera que o plano sirva para transformar não apenas o PNSE, mas toda a região “em termos económicos, de diversificação da economia e de recuperação dos valores naturais da serra da Estrela, mas também de valores humanos”.

Luciano Ribeiro espera, ainda, que “permita lançar bases para se resolverem algumas questões legislativas que se vão arrastando, ao longo dos anos, e que atrapalham o desenvolvimento destes territórios”. Segundo o responsável, na segunda-feira decorreu mais uma reunião de trabalho com o Governo, para “encontrar as medidas de resposta imediatas” e colocar os autarcas a par dessas iniciativas.

O autarca de Seia considerou que os apoios aos municípios, para recuperação de infraestruturas municipais, “deviam ser mais fortes” e ser encontradas outras fontes de financiamento “que pudessem dar uma maior comparticipação”. Alertou, contudo, que muitos danos serão visíveis “seis meses ou um ano depois dos incêndios”, em particular nas estradas municipais, com a queda de muros e de taludes, de passagens hidráulicas e de pontes que podem ruir ou ficar em perigo. Quanto aos danos em infraestruturas municipais, o valor ronda os 200 mil euros.

A Serra da Estrela foi afetada por um incêndio que deflagrou a 6 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, e que foi dado como dominado no dia 13. O fogo sofreu uma reativação no dia 15 e foi considerado novamente controlado na noite de 17 do mesmo mês. As chamas alastram-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.

No dia 25, o Governo aprovou a declaração de situação de calamidade para o PNSE, afetado desde julho por fogos, conforme pedido pelos autarcas dos territórios atingidos.

A situação de calamidade foi já publicada em Diário da República e vai vigorar pelo período de um ano, para “efeitos de reposição da normalidade na respetiva área geográfica”.

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Lisboa no vermelho com BCP a afundar 6%

Bolsa nacional encerrou em terreno negativo, com a maioria das cotadas em queda. Perdas alastraram ao resto da Europa.

A bolsa nacional encerrou em terreno negativo, em linha com o resto da Europa, onde as perdas chegaram aos 1,5%. Por cá, quase todas as cotadas desvalorizaram, com destaque para o BCP que afundou 6%. EDP e Jerónimo Martins travaram descida mais acentuada do índice.

O PSI recuou 0,91% para 6.025,52 pontos, com apenas cinco cotadas no verde. Este desempenho acontece no dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, desvalorizou 1,48% para 421,42 pontos.

A contribuir para este desempenho do índice estiveram os títulos do BCP, que caíram 5,69% para 0,1442 euros, naquela que foi a maior queda desta sessão. Este desempenho acontece depois de a Bloomberg ter noticiado que as autoridades chinesas ordenaram aos maiores bancos e empresas do país que verificassem a exposição financeira ao Grupo Fosun, que detém quase 30% do BCP.

Destaque ainda para a GreenVolt, que recuou 2,14% para 9,14 euros, e para a Galp Energia que perdeu 1,26% para 10,59 euros. Ainda nas perdas, a EDP Renováveis deslizou 0,08% para 25,14 euros, enquanto a Sonae recuou 1,52% para 0,971 euros.

A impedir uma queda mais expressiva do índice estiveram as ações da EDP, que somaram 0,04% para 4,977 euros, acompanhadas pelas da Jerónimo Martins que avançaram 0,7% para 23,1 euros. Destaque ainda para a Nos que cresceu 0,16% para 3,646 euros.

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Ageas lança resseguradora e Portugal está na mira

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2022

Ageas Re é o novo negócio do grupo belga à escala europeia e arranca com 900 milhões para resseguro. Apólices automóvel em Portugal fazem parte do arranque.

O grupo segurador belga Ageas, que é também o 2º maior em Portugal, anunciou o lançamento da Ageas Re, indicando que “o negócio do resseguro faz parte da sua estratégia de diversificação e que é o momento certo para entrar neste mercado”, onde apenas detinha 25% do capital da Taiping Re, resseguradora com base em Hong Kong.

No seu primeiro ano, Ageas Re pretende subscrever subscrever riscos de catástrofe, propriedades, terrorismo, acidentes e responsabilidade civil.

O negócio de resseguros será conduzido pela holding Ageas SA/NV, que é resseguradora licenciada desde 2018 e beneficia de uma classificação A+ da S&P. O Grupo Ageas já tem 900 milhões de euros de capital alocado a esta nova atividade e quer criar uma operação que apoie os seguradores de linhas pessoais da EMEA (Europa, Médio Oriente e África), antes de expandir gradualmente.

A empresa já adiantou que tem apetite em estabelecer programas de excesso de perdas (XoL) para seguros de responsabilidade civil automóvel em Portugal, Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido.

O CEO do Grupo, Hans De Cuyper, disse ao Insurer Reporter que esta foi uma decisão comprometida e de longo prazo: “na nossa estratégia Impact24, assumimos um compromisso claro e de longo prazo com o resseguro como um motor de crescimento para a Ageas”, acrescentando que o grupo vê atualmente “condições de mercado favoráveis ​​em termos de preços, mas também uma alta dinâmica no mercado de resseguros, oferecendo oportunidades para começar a construir relacionamentos novos e de longo prazo com os clientes”. Concluiu.

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Governo admite que ainda “há muito a fazer” para melhorar transportes públicos

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

"Temos de continuar a impulsionar toda a gente a perceber que o transporte público e o transporte partilhado são as melhores soluções para o dia a dia”, diz Jorge Delgado.

O secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, admitiu esta terça-feira que ainda “há muito a fazer” para melhorar os transportes públicos, mas sublinhou que nos últimos anos foi dado “um passo de gigante” nesse caminho.

Em declarações aos jornalistas em Esposende, distrito de Braga, à margem do 6.º Encontro Nacional das Autoridades de Transportes, Jorge Delgado destacou a decisão do Governo de não aumentar, em 2023, os preços dos passes e assinaturas dos transportes públicos.

“Naturalmente que há problemas e é por isso que estamos aqui. Mas parece-me também que nos últimos anos foi dado um passo enorme, gigante, na promoção da melhoria das condições para promovermos melhor mobilidade para todos”, referiu.

O secretário de Estado aludiu, designadamente, à criação do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), que classificou como “um momento inédito, uma revolução, que promoveu uma redução muito expressiva do valor do preço dos bilhetes” dos transportes públicos e um “aumento muito significativo” da procura.

No entanto, admitiu o governante, “há ainda muito a fazer”, desde logo na melhoria das condições físicas das redes de transporte, com a renovação das frotas. “Temos de melhorar muito a mobilidade ativa, seja a pedonal seja a ciclável. E temos de continuar a impulsionar toda a gente a perceber que o transporte público e o transporte partilhado são as melhores soluções para o dia a dia”, referiu.

Enfatizou a decisão do Governo de congelar, em 2023, o preço dos passes e assinaturas dos transportes públicos. “Apesar de tudo aumentar, as pessoas, nos transportes públicos, podem ter a garantia de que não vão ter aumentos de custos. E estamos a alocar verbas para o efeito”, disse ainda.

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Serviço de pagamentos Nickel chega a Portugal e quer ganhar 450 mil clientes em cinco anos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Setembro 2022

O objetivo da empresa francesa é atingir 450 mil clientes em Portugal em cinco anos, a par com a abertura de 2.500 pontos de venda.

O serviço de pagamentos Nickel, que pertence ao grupo do BNP Paribas, chegou esta terça-feira ao mercado português, contando já com mais de 100 pontos de venda no país. O objetivo é, em cinco anos, atingir 450 mil clientes e 2.500 pontos de venda, anunciou a empresa.

Em comunicado, o CEO da Nickel em Portugal, João Guerra, explica que os clientes terão de pagar uma comissão anual de manutenção de conta de pagamento no valor de 20 euros, mais 80 cêntimos de Imposto do Selo.

Cartão Nickel

No entanto, acrescenta, não há um montante mínimo de abertura nem obrigatoriedade de domiciliação de ordenado, sendo possível abrir uma conta com um documento de identificação em qualquer Agente Nickel.

O processo de abertura de conta pode ser feito num dos 100 pontos de venda disponíveis, mas também pode ser iniciado online, através do website ou da aplicação móvel da instituição. Neste caso, o cliente deve depois dirigir-se a um ponto de venda para recolher e ativar o seu cartão de débito.

“Queremos fazer parte da criação de um futuro transformador, com um grande foco na inovação e na experiência do cliente, contribuindo não apenas para a inclusão financeira da população, como também para a reaproximação de regiões onde o acesso a infraestruturas financeiras é limitado e para o desenvolvimento da Economia Digital e Cashless, enquanto fomentamos o comércio local, facilitando o acesso a serviços financeiros sem os constrangimentos de horários e a burocracia normalmente associados ao setor”, afirmou ainda João Guerra.

João Guerra, CEO da Nickel Portugal

A marca, que realizou esta terça-feira o evento de apresentação em Lisboa, conta já com quase três milhões de clientes, estando disponível também em França, Espanha e Bélgica e, em breve, na Alemanha.

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