Costa prescreve “nervos de aço” para “dobrar” inflação

“Bom senso, responsabilidade, nervos de aço e as medidas certas”. É esta a dose recomendada pelo secretário-geral do PS para combater a inflação, não abdicando das “contas certas”.

António Costa disse este domingo em Leiria que, se o país conseguiu “vencer a pandemia”, também terá a “capacidade de dobrar a inflação” desde que tenha “bom senso, responsabilidade, nervos de aço e as medidas certas”.

Durante um comício marcado entre a Academia Socialista (formação de jovens quadros) e as jornadas parlamentares do partido, o secretário-geral do PS lembrou que “infelizmente, para a inflação não há uma vacina”, mas há “pequenas medidas que em pequena dose podem ir atenuando a dor”.

“Tal como não tivemos medo do diabo para virar página da austeridade, também não é agora que baixamos os braços ou desistimos dos objetivos porque a guerra é difícil e temos a inflação como não víamos há 30 anos. Estamos aqui para dar a cara, lutar e vencer”, prometeu.

No polémico tema das pensões, Costa referiu que “em circunstância alguma [tomará] qualquer medida que ponha em causa a sustentabilidade futura da Segurança Social”. E foi por esse motivo, referiu, citado pela CNN Portugal, que não avançou com um “aumento maior” no plano apresentado esta semana. “Era muito fácil [fazê-lo] agora, mas depois não sabemos o que poderia acontecer”, justificou.

“Aquilo que a oposição vem falar é dos aumentos de 2024. Mas aquilo que nós queremos dizer à oposição é o seguinte: tal como ao longo destes anos soubemos corrigir a fórmula com aumentos extraordinários (…), também daqui a um ano estaremos aqui para dizer aos pensionistas qual será o aumento para 2024”, resumiu.

No final da uma semana em que apresentou um pacote com oito medidas dirigidas para as famílias –- ainda não há data para as propostas dirigidas às empresas –, António Costa referiu ainda que “baixar a dívida não deve ser só um objetivo do Estado, mas de toda a sociedade portuguesa”.

“Em duas semanas, duas agências de notação melhoraram o nosso rating. Mostra a confiança em que, apesar da guerra e das dificuldades, Portugal honrará os seus compromissos. (…) Para ter contas certas não é preciso austeridade, mas boa governação”, resumiu o líder socialista.

Perante uma plateia de militantes do PS, o secretário-geral insistiu que é “fundamental manter a credibilidade internacional [do país] porque, ao travarmos os juros da República ajudamos a travar os juros pagos pelas empresas e pelas famílias”.

(Notícia atualizada às 19h40 com declarações sobre a Segurança Social)

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Companhia aérea angolana TAAG chega a acordo com a Boeing para pagamento da dívida

  • Lusa
  • 11 Setembro 2022

“Pendências financeiras” foram geradas sobretudo durante a fase de pandemia, “que afetou a atividade das companhias aéreas a nível global e agravou a dívida a fornecedores”.

A TAAG e a fabricante de aeronaves Boeing chegaram a acordo sobre a “resolução de pendências financeiras”, informou hoje a transportadora aérea angolana, sem revelar o montante e a forma de pagamento.

O acordo cria “condições para cooperação ao nível de fornecimento de aeronaves no futuro” e atualiza algumas premissas do Memorando de Entendimento celebrado entre as partes, “indo ao encontro dos interesses da TAAG em obter um ajustamento de pricing de serviços mais favorável e alinhado ao contexto atual do mercado da aviação comercial a nível internacional”, afirma a companhia aérea, em comunicado.

As “pendências financeiras” foram geradas sobretudo durante a fase de pandemia, “que afetou a atividade das companhias aéreas a nível global e agravou a dívida a fornecedores”, diz a TAAG.

A TAAG dispunha no final de 2021 de 15 aeronaves do tipo Boeing 777 e Boeing 737 e anunciou recentemente a intenção de reforçar a sua frota no segundo semestre de 2023 com seis novos aviões do tipo Airbus A220 (em regime de “leasing”) “numa perspetiva de longo prazo”.

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Constituição e Finanças Regionais na agenda da cimeira entre Açores e Madeira

  • Lusa
  • 11 Setembro 2022

Cimeira insular entre os Governos dos Açores e da Madeira acontece entre segunda-feira e quarta-feira, no arquipélago madeirense. Confira os temas que vão estar em cima da mesa.

A cimeira insular entre os Governos dos Açores e da Madeira permitirá potenciar protocolos de cooperação e entendimentos sobre a revisão da Constituição e Lei de Finanças Regionais, disse este domingo o presidente do executivo açoriano.

“Vamos trabalhar de forma concreta uma decisão quanto à possibilidade de um pensamento comum e quem sabe mesmo uma iniciativa comum de uma revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas que faça justiça e tratamento equitativo às Regiões com a responsabilidade da distribuição da riqueza nacional também pelos Açores e Madeira e potenciar o nosso desenvolvimento”, afirmou José Manuel Bolieiro.

O chefe do executivo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, falava, em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de homenagem aos pescadores da vila de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel.

A cimeira insular, que decorre entre segunda-feira e quarta-feira, no arquipélago madeirense, já estava prevista há algum tempo, mas devido à pandemia de Covid-19 foi sempre adiada.

José Manuel Bolieiro sublinhou que em cima da mesa do encontro entre os executivos das duas Regiões Autónomas estará também a questão de “uma futura revisão Constitucional” que ajude “a aprofundar o regime autonómico, mas de forma muito incisiva”. “Vamos com certeza assumir conjuntamente um encargo para uma proposta credível”, salientou o social-democrata açoriano.

Além disso, o encontro de três dias permitirá estabelecer vários acordos de cooperação em várias áreas. “Temos interesses comuns na relação com a República, na relação e no quadro da nossa integração da União Europeia. Temos que, desde logo, projetar uma estratégia comum que nos dê mais força nas justas reivindicações que as duas Regiões Autónomas fazem em beneficio do nosso desenvolvimento, do nosso progresso, da dignidade dos povos que representamos, os açorianos e os madeirenses”, sustentou o presidente do Governo dos Açores.

Segundo o chefe do executivo açoriano, “importa potenciar e assegurar uma troca comercial entre os Açores e a Madeira com vantagem para as duas economias” e a proximidade geográfica que têm, “na projeção de um conceito europeu de cadeias curtas de abastecimento”.

“Os Açores, em particular, são ricos nos produtos agroalimentares e tem excedente dos mesmos e podem encontrar nessa oportunidade de consumo, não só dos madeirenses, mas como destino turístico que o arquipélago é”, assinalou José Manuel Bolieiro, acrescentando que por essa via os turistas que visitam a Madeira poderão consumir “os produtos agroalimentares açorianos”.

O intercâmbio entre as duas Regiões Autónomas poderá também passar pela área da cultura. “Esta cimeira faz jus a uma antiga cimeira que foi realizada com a visita do Governo Regional da Madeira aos Açores e desta feita é o Governo dos Açores a deslocar-se à Região Autónoma da Madeira. E, finalmente a realizamos com o entusiasmo de projetar o Portugal Atlântico e autonómico, através de uma conjugação de interesses comuns quer aos Açores, quer à Madeira, sem prescindir da devida equidade e as diferenças que lhes estão subjacentes”, vincou o presidente do Governo açoriano.

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Marcelo aplaude separação entre gestão do SNS e políticos

Presidente da República deve promulgar até sexta-feira o diploma que cria uma direção executiva para o Serviço Nacional de Saúde, que não deve estar “dependente de contingências governamentais".

Marcelo Rebelo de Sousa já deu uma “primeira leitura” no decreto-lei que visa criar e regulamentar a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e viu nesse diploma, aprovado no última reunião do Conselho de Ministros, um “esforço do Governo [para se] aproximar do ponto de vista do Presidente”, no sentido de “separar-se o que é a decisão política (Ministério, ministro e secretários de Estado) da gestão do SNS.

“Para preservar a independência, a isenção e a autonomia do SNS. Para não estar dependente de contingências governamentais e políticas que mudam no tempo. E nesse sentido ser mais estável na sua gestão”, justificou o Presidente da República, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à Feira do Livro, em Lisboa, transmitidas pela RTP3.

O chefe de Estado indicou que o “diploma é longo e complexo, mas parece que vai no bom caminho”. Vai ser ainda analisado pelos serviços da Presidência da República e até ao final da semana “seguramente” haverá uma decisão relativa à promulgação. No sábado, no final da tomada de posse de Manuel Pizarro, o primeiro-ministro, António Costa, referiu que a escolha do nome depende da decisão em Belém. “Só na sequência disso é que poderemos tomar decisões sobre a próxima direção executiva do SNS”, completou.

Enquadrada no novo estatuto do SNS, a direção executiva do SNS terá natureza jurídica de instituto público de regime especial e será composta por diretor executivo, conselho de gestão, conselho estratégico, assembleia de gestores e fiscal único. A agora ex-ministra, Marta Temido, referiu no final do Conselho de Ministros que é “o culminar de um processo que se iniciou com a nova lei de bases da Saúde em 2019”, que ficou stand-by por causa da pandemia e que foi retomado com o estatuto do SNS.

A antiga governante, que abandonou o cargo por sentir que já fazia “mais parte do problema do que da solução” devido à falta de confiança evidenciada pelos agentes do setor, explicou na altura que esta direção executiva do SNS “visa responder ao papel essencial revelado no combate à pandemia: a necessidade de uma melhor coordenação operacional das respostas assistenciais”, mas também reforçar “atribuições” que são atualmente da responsabilidade de “outras instituições do Ministério da Saúde”.

Caso de militar internado “diferente” de situação em 2016

O Presidente da República disse ainda esta tarde que o caso do militar internado em Lisboa parece ser “uma situação muito diferente” da ocorrida há seis anos, quando morreram dois jovens num exercício. “Há um inquérito em curso mas pode acontecer que a situação seja muito diferente à anterior”, resumiu.

O militar dos Comandos foi internado no Hospital de Curry Cabral no sábado, tendo sido operado, uma intervenção que se traduziu num transplante hepático que “terminou esta madrugada” e “correu bem”, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, que é Comandante Supremo das Forças Armadas.

Marcelo sublinhou que há seis anos “foi bem mais dramático”, já que houve vítimas mortais. Além disso, acrescentou, agora tratou-se de “uma paragem cardiovascular durante a refeição o que é diferente de ser num exercício”. “Vamos esperar pelo inquérito. Foram aventadas várias hipóteses que, se se verificarem, são diferentes da situação de 2016”, concluiu.

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Fitch: perspetivas globais do setor ressegurador mantêm-se neutras

  • ECO Seguros
  • 11 Setembro 2022

De acordo com a Fitch Ratings, várias perspetivas do setor segurador europeu poderão deteriorar-se se a inflação persistir e as taxas de juro se tornarem mais significativas.

Num estudo recente, a Fitch analisou o potencial impacto de um cenário económico com uma inflação de um dígito mid-to-high ao longo de 2023 e taxas de juro a 10 anos que aumentam em conjunto 300bp em 2022 e 2023.

Os resultados sugerem que os setores dos seguros não-vida seriam tipicamente mais afetados, particularmente aqueles com uma elevada proporção de negócios long-tail (sinistros que afetam anos seguintes) onde a inflação de custos com sinistros superior à prevista poderia levar a deficiências nas reservas.

A Fitch observa que uma inflação elevada poderia também levar a uma pressão de margem para negócios short-tail em mercados onde a concorrência ou constrangimentos sociais limitam a capacidade das seguradoras de aumentar os preços.

As companhias de seguros não-vida que têm níveis de reserva fracos ou que não têm capacidade de fixação de preços estão em risco de nota negativa, diz a Fitch, devido ao impacto adverso da inflação dos sinistros nas margens e no capital.

A análise concluiu que os setores europeus não-vida sob maior pressão estariam em Itália, no Reino Unido e em França.

A Fitch observa ainda que a Itália tem uma elevada proporção de seguros de responsabilidade civil automóvel long-tail, o mercado britânico é particularmente competitivo, e as seguradoras francesas do ramo não-vida já enfrentam exigências governamentais no sentido de conceder descontos a clientes que se debatem com a inflação.

Por outro lado, os ramos vida com grandes livros de apólices de vida tradicionais apoiadas por ativos de duração mais curta do que os passivos seriam beneficiários líquidos do aumento das taxas de juro.

A Fitch escreve que “os ramos vida francês e alemão são os exemplos mais notáveis”, e esperaríamos que os feitos positivos no capital e nos ganhos a médio prazo compensassem os efeitos negativos a curto prazo da volatilidade do investimento, taxas de caducidade mais elevadas e menores volumes de novos negócios”.

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Airbus vai “descolar” produção e empregos em Santo Tirso

Fábrica no distrito do Porto produz peças para os Airbus A320 e A350 e vai ocupar área total de 20 mil m2. Gigante da aeronáutica promete criar mais de 250 postos de trabalho “altamente qualificados".

A Airbus Atlantic vai inaugurar esta semana as novas instalações do grupo em Santo Tirso, onde produz peças para as famílias Airbus A320 e A350, e que vão ocupar uma área de 20 mil metros quadrados quando estiverem totalmente concluídas. Esta operação industrial, que representou um investimento de 40 milhões de euros, conta já com cerca de uma centena de trabalhadores, prevendo chegar às 150 pessoas até ao final deste ano.

A fabricante de aeroestruturas e assentos de pilotos e de passageiros (que comercializa sob a marca Stelia Aerospace), subsidiária que soma perto de 13 mil funcionários em cinco países e fatura 3,5 mil milhões de euros por ano, promete ainda criar “mais de 250 postos de trabalho altamente qualificados nos próximos anos, como forma de resposta ao potencial de desenvolvimento da sua atividade em Portugal”.

Fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso ocupa uma área de 20 mil metros quadrados

Instalada na Zona Industial da Ermida, neste concelho do Vale do Ave pertencente ao distrito do Porto, a Airbus Atlantic Portugal refere, numa nota de agenda partilhada com o ECO, que a produtora liderada por Cédric Gautier faz “parte de um sistema industrial robusto, coerente e integrado, com o objetivo de desenvolver gradualmente uma forte competência no fabrico de aeroestruturas no norte do país”.

“A Airbus tem uma presença sólida em Portugal e continua a crescer graças aos seus parceiros, fornecedores e clientes locais, estando a ganhar relevância enquanto empresa criadora de emprego (direto e indireto) no país”, acrescenta no mesmo documento em que confirma a presença de Alberto Gutierrez, COO da Airbus, e do primeiro-ministro, António Costa, na inauguração da fábrica.

A fábrica de Santo Tirso faz parte de um sistema industrial robusto, coerente e integrado, com o objetivo de desenvolver gradualmente uma forte competência no fabrico de aeroestruturas no norte de Portugal.

Airbus Atlantic Portugal

É que, além desta unidade de montagem em Santo Tirso, no ano passado, a Airbus abriu no Parque das Nações, na zona oriental de Lisboa, o seu Global Business Services Center. Este centro de serviço partilhados emprega especialistas nas áreas de Finanças, Recursos Humanos, Compras, Gestão de informação, Engenharia, Comunicação, Serviços ao Cliente, Jurídico e Compliance, prevendo chegar aos 800 colaboradores até 2025.

Entre a fábrica — que a AICEP disse ter vindo para Portugal pela “relevante experiência no setor aeronáutico, a disponibilidade de talento, a integração na Zona Euro e a proximidade geográfica com as localizações francesas” da subsidiária — e o hub de serviços na capital portuguesa, o vice-presidente da companhia de aeronáutica para a região do sul da Europa calculou à Lusa um investimento total de 69 milhões de euros em 2021, num crescimento médio de 16% ao ano nos últimos quatro anos.

“Portugal está a bordo de todos os programas comerciais da Airbus [e está] ativo numa vasta gama de atividades”, além de que todas as divisões da fabricante são abastecidas em Portugal, sublinhou César Sanchez. Em declarações prestadas em maio deste ano, o gestor frisou que “este compromisso continuará a trazer benefícios mútuos tanto para Portugal como para a Airbus nos próximos anos, nomeadamente através da criação de empregos domésticos adicionais em todo o setor”.

No último exercício, a gigante europeia de aeronaves Airbus registou um lucro recorde de 4,2 mil milhões de euros. Num ano marcado pelo aumento da produção e adaptação à crise pandémica, entregou 611 aviões comerciais, mais 8% do que no ano anterior, e estima que este número suba para 720 no total do ano de 2022.

O que faz a Airbus Atlantic?

A Airbus Atlantic projeta e fabrica as secções da fuselagem frontal para toda a família Airbus, bem como secções da fuselagem e subconjuntos específicos para a Airbus, asas totalmente equipadas para o ATR 42/72, a fuselagem central totalmente equipada para o Global 7500 da Bombardier, subconjuntos de aeroestrutura para a fuselagem central do Falcon 10X da Dassault Aviation e peças complexas de aeroestrutura metálica e composta para vários fabricantes de aeronaves.

Com uma ampla gama de cadeiras de pilotos versáteis para aviação comercial, executiva e militar e para helicópteros, a Airbus Atlantic diz que dá resposta às necessidades do mercado e equipa todas as aeronaves da Airbus, entre outras construtoras. As cadeiras de passageiros Stelia Aerospace Premium, especifica o grupo de origem francesa, já conquistaram mais de 50 companhias aéreas, incluindo as mais prestigiadas da Europa, da região Ásia-Pacífico e do Médio Oriente, três das quais estão no Top 10 da classificação internacional Skytrax.

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França prepara novo teto para aumento da eletricidade em 2023

  • Lusa
  • 11 Setembro 2022

Limite de preços será compensado com novas receitas, de modo a manter a meta de défice em 5% do PIB em 2023. Executivo francês favorável a contribuição sobre os produtores de energia.

A ministra francesa da Transição Energética adiantou este domingo que o executivo está a preparar um novo teto para o aumento do preço da eletricidade em 2023, depois de este ano ter fixado o máximo em 4%.

“O Governo assumiu as suas responsabilidades ao amortecer o aumento do preço da eletricidade. Sem o mecanismo que pusemos em prática, o aumento não teria sido de 4%, mas de 40%. A nossa iniciativa será idêntica no próximo ano”, disse Agnés Pannier-Runacher, em entrevista à rádio RTL.

A ministra referiu que “nos próximos dias” serão reveladas novidades sobre o novo limite, acrescentando que a medida está a ser elaborada em concertação com o ministro da Economia, Bruno Le Maire, e a primeira-ministra, Elisabeth Borne.

Agnés Pannier-Runacher esclareceu ainda que o limite de preços será compensado com novas receitas, de modo a manter a meta de défice em 5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023.

A governante também abordou a questão dos reatores nucleares avariados, cerca de metade dos 56 que o país dispõe, dizendo esperar que a maioria seja reaberta.

Já a nível europeu, a ministra garantiu ser a favor de pedir uma contribuição aos produtores energéticos, defendendo que os seus custos “praticamente não mudaram”, apesar do preço ao consumidor ter disparado.

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Bundesbank espera mais subidas “significativas” das taxas de juro

  • Lusa
  • 11 Setembro 2022

Líder do banco central considerou ainda "possível" que a Alemanha, a maior economia da Europa, entre em recessão no terceiro e quarto trimestres deste ano.

O presidente do banco central da Alemanha (Bundesbank), Joachim Nagel, abriu este domingo o caminho a novas subidas “significativas” das taxas de juro na zona euro, face ao aumento da inflação e ao risco de recessão.

Joachim Nagel disse, citado pela agência France-Presse (AFP), que “o passo dado na quinta-feira” pelo Banco Central Europeu (BCE), de subir a sua taxa de juro diretora em 0,75 pontos, “constituiu um sinal significativo”.

“Se a situação inflacionista permanecer como está, outros passos significativos terão de ser dados”, avisou, falando na existência de “indicações que mostram que a inflação se está a espalhar por muitas áreas” da economia.

O presidente do Bundesbank estimou que a taxa de inflação na Alemanha possa atingir um nível “superior a 10%” num ano no mês de dezembro, período que deverá, na sua opinião, constituir o pico inflacionista atual.

O banco sediado em Frankfurt tem referido apenas uma previsão de 10% de inflação nos últimos meses do ano, piorando assim a sua expectativa.

Segundo Joachim Nagel, citado pela AFP, a inflação deverá desacelerar em 2023, mas ficando “acima de 6%” no próximo ano, um nível “muito alto”.

Nestas condições, a continuação do aperto do custo do crédito na zona euro é inevitável, disse o responsável germânico, apesar do impacto negativo que esta política pode ter no crescimento económico.

O líder do Bundesbank considerou ainda “possível” que a Alemanha, a maior economia da Europa, entre em recessão no terceiro e quarto trimestres deste ano, e assim permaneça no início do próximo ano. “Há uma série de elementos” que indiciam esse cenário, disse Joachim Nagel.

O BCE, que tem como missão principal garantir a estabilidade de preços na zona euro, tem como meta uma taxa de inflação de 2%. A instituição presidida por Christine Lagarde decidiu, na quinta-feira, fazer o maior aumento de sempre das taxas de juro, advertindo a responsável francesa que outros aumentos se seguiriam.

O Conselho de Governadores da instituição monetária decidiu aumentar as suas taxas diretoras em 75 pontos base, o primeiro em duas décadas de existência, salvo um ajustamento técnico em 1999.

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Suécia vai este domingo a votos com extrema-direita no corredor do poder

  • Lusa
  • 11 Setembro 2022

Partido nacionalista e anti-imigração dos Democratas Suecos pode ser aliado da direita tradicional no país escandinavo em processo de adesão à NATO e que assume a presidência rotativa da UE em 2023.

As urnas abriram este domingo na Suécia às 8h (7h em Lisboa) para que os suecos votem nas eleições gerais do país. Os 7,7 milhões de suecos vão escolher os 349 membros do Riksdagen, o Parlamento unicameral.

As sondagens dão uma pequena vantagem ao partido da primeira-ministra social-democrata, Magdalena Andersson, colocando os Democratas Suecos (SD), da extrema-direita, como a segunda força.

Até há poucos anos isolado na cena política do país escandinavo, o partido nacionalista e anti-imigração SD, pode agora ser aliado da direita tradicional e parte de um acordo no Parlamento para formarem governo.

Herdeiro de um grupo neonazi no final dos anos 80, o partido recolhia na altura menos de 1% das intenções de voto e só entrou no Parlamento em 2010, mas os problemas sociais que afligem hoje a sociedade sueca deram-lhe força para se situar atualmente como o terceiro ou até o segundo maior partido.

As mortes em acertos de contas entre gangues criminosos – que se tornou um grave problema social – está no topo das preocupações dos suecos, como mostram as sondagens, seguidos dos cuidados de saúde e da imigração.

Com um discurso anti-imigração aliado à defesa do estado tradicional do bem-estar, o SD conseguiu conquistar as classes trabalhadoras, os reformados e os menos qualificados.

Apesar de várias medidas tomadas pelo Governo do Partido Social Democrata contra os gangues, incluindo penas mais duras e aumento da capacidade policial, as mortes e ferimentos continuam a acumular-se. Desde 1 de janeiro, 48 pessoas foram mortas a tiro, mais três do que em todo o ano de 2021.

Neste contexto, com um discurso anti-imigração aliado à defesa do estado tradicional do bem-estar, o SD conseguiu conquistar as classes trabalhadoras, os reformados e os menos qualificados.

As eleições suecas sempre foram sobre o Estado social, a economia e o emprego, mas estes foram “apagados” — além do tema dos crimes de gangues que lutam pelo controlo do mercado das drogas e armas — pela questão da imigração e da integração, que gerou uma das principais polémicas durante a campanha.

Provável impasse pós-eleitoral

Embora subsistam incertezas quanto aos resultados, a aproximação entre a direita e a extrema-direita reduziu a dois blocos o debate sobre quem poderá vir a formar governo na Suécia.

Uma provável aliança pós-eleições junta os sociais-democratas atualmente no poder com os Verdes, o Partido de Esquerda (ex-comunista) e o Partido do Centro, com este bloco mais à esquerda a somar entre 48,6% e 52,6% dos votos, de acordo com as mais recentes sondagens.

O bloco de direita/extrema-direita englobaria o partido conservador dos Moderados (M), aliado aos Liberais (L) e Democratas Cristãos (KD), com o apoio direto ou indireto da extrema-direita dos Democratas da Suécia (SD), que juntos têm entre 47,1% e 49,6% das intenções de voto.

A primeira-ministra cessante, Madalena Andersson, no cargo há um ano após suceder a Stefan Löfven, que renunciou após sete anos, ainda é a líder partidária que suscita maior confiança dos eleitores para se manter no cargo, com 55% de opiniões positivas. Muito à frente do seu rival conservador dos Moderados, Ulf Kristersson (32%). Mas os analistas anteveem que os resultados das eleições resultem em negociações longas e difíceis para a formação de um Governo.

As eleições anteriores, em 2018, conduziram a uma longa crise política, com quatro meses para formar um governo minoritário liderado pelos sociais-democratas.

A Suécia, que está num processo de adesão à NATO e que assumirá a presidência rotativa do Conselho da União Europeia em 1 de janeiro, é governada desde 2014 pelos sociais-democratas, o principal partido do país desde a década de 1930.

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André Taxa é o novo responsável pela marca Liberty na Europa

  • ECO Seguros
  • 11 Setembro 2022

O gestor saiu da Tranquilidade para assumir a gestão de marcas, media e publicidade da seguradora americana para os mercados de Portugal, Espanha, Irlanda e Irlanda Norte.

André Taxa já é Head of Brand for Western European Market da Liberty Mutual Insurance, sendo responsável pela gestão das marcas, media e publicidade da companhia nas operações da Europa Ocidental. André Taxa esteve até julho passado na Tranquilidade enquanto responsável pelas marcas e comunicação do Grupo Generali.

Pequeno-almoço Ecoseguros no Altis Ópera - 04MAR20
André Taxa, vai estender a sua ação ao fortalecimento das marcas da Liberty Mutual nas operações europeias da seguradora americana.Hugo Amaral/ECO

Com um MBA da Universidade Católica passou pela Warner Bros e pela Walt Disney, acumulando experiência em setores do grande consumo, telecomunicações e media antes de ingressar na área seguradora através da Tranquilidade.

A divisão europeia da Liberty Mutual mudou a sua sede em 2019 do Reino Unido para o Luxemburgo, em resposta ao Brexit, tem negócios em Portugal, Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte, operando com as marcas Liberty, Génesis e, em Espanha, ainda com a Regal.

A Liberty Seguros está presente em Portugal desde 2003, com a aquisição da antiga Europeia ao grupo Suíço Credit Suisse. Em 2021 obteve 260 milhões de euros em prémios sendo a 11ª maior grupo segurador a operar no mercado nacional.

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Ex-ministro alerta para perda de rendimento dos pensionistas antes de 2024

  • ECO
  • 11 Setembro 2022

Pedro Mota Soares, que liderou a pasta da Segurança Social no governo de Passos Coelho, avisa que bónus de outubro pode alterar escalão de IRS. Aumentos salariais devem estar isentos de impostos.

O ex-ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, alerta para a perda de rendimento dos pensionistas não só a partir de 2024, mas também em sede de IRS, sublinhando que a antecipação do aumento previsto para o próximo ano, a pagar já em outubro, pode levar nalguns casos a uma subida no escalão do IRS, o que corresponderia a uma perda de rendimentos.

Em entrevista ao Negócios e à Antena1, o dirigente do CDS-PP lamenta que os pensionistas não tenham tido nenhuma ajuda “adicional” no pacote de apoio às famílias apresentado pelo Governo, defendendo a criação de um apoio adicional para as pensões mais baixas. Quanto à mudança na fórmula de cálculo das pensões, já defendida por Fernando Medina, espera que seja mantida a previsibilidade para que os pensionistas “saberem com o que contar” e que a regra continue a estar “ligada ao ciclo económico [crescimento da economia e inflação] e desligada de ciclos políticos”.

Por outro lado, Pedro Mota Soares sugere um desagravamento fiscal sobre subidas salariais para a generalidade dos trabalhadores, incluindo função pública. “Para alcançarmos uma política de rendimentos que ao mesmo tempo não aumente a pressão sobre a inflação, tal como estão a fazer [países como Alemanha e França], Portugal devia avançar com uma medida em que os aumentos salariais, na parte do aumento salarial, ainda que transitoriamente, estejam dispensados do pagamento de IRS”, aponta o ex-deputado e membro do Governo de coligação liderado por Pedro Passos Coelho.

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“Exército russo mostrou o que tem de melhor: as suas costas”

Kiev diz já ter retomado 3.000 km2 de território em setembro e Zelensky prognostica “rápida desocupação” do país no inverno. Deplorada “atitude passiva” do FMI e desligado último reator de Zaporijia.

“Nos últimos dias, o exército russo mostrou o que tem de melhor: as suas costas. Mas apesar de tudo, fugir é uma boa escolha para eles”, referiu o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Kiev assegura ter recuperado a estratégica cidade de Kupiansk e diz que a reconquista de Izium “está em curso” no leste do país.

A operadora nuclear ucraniana revelou este domingo que foi desligado o último dos seis reatores de Zaporijia, após ter sido restabelecido fornecimento de eletricidade a Enerhodar, cidade onde está localizada a maior central nuclear da Europa. Primeiro-ministro ucraniano lamenta “atitude passiva” do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Acompanhe aqui os últimos desenvolvimentos da guerra na Europa.

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