Uma a uma, quanto valem as medidas anunciadas pelo Governo?

A medida com maior impacto é o "bónus" para os pensionistas, no valor de mil milhões de euros. Segue-se o cheque de 125 euros, cujo valor total será de 730 milhões.

O Governo apresentou o programa de apoio às famílias para fazer face à inflação, um pacote que está avaliado em 2,4 mil milhões de euros. O Governo destaca que deste total, 1.800 milhões de euros correspondem à devolução de rendimentos, sendo que a antecipação de meia pensão em outubro traduz-se em mil milhões de euros.

Veja quanto custa cada medida:

  • O apoio excecional aos rendimentos, que contempla um cheque de 125 euros para residentes não-pensionistas com rendimento bruto até
    2.700 euros por mês pago em outubro, tem um custo aproximado de 730 milhões de euros.
  • Já o apoio excecional a crianças e jovens, pago na forma de um complemento de 50 euros por cada dependente até 24 anos, tem o valor de 110 milhões de euros;
  • O complemento aos pensionistas, que corresponde a meia pensão (e cujo valor será depois retirado da atualização em 2023), vai abranger 2,7 milhões de pessoas e terá um custo de mil milhões de euros;
  • Passando para a habitação, o Governo decidiu também a limitação da atualização das rendas ao referencial da inflação, de 2%, medida que será acompanhada de uma compensação integral aos senhorios pelo valor não atualizado. O custo será de 45 milhões de euros;
  • No plano dos transportes, foi determinado o congelamento do preço dos passes urbanos e das viagens CP, que vai ter um impacto de 66 milhões;
  • Quanto aos combustíveis, o prolongamento das medidas até final do ano terá um custo total de 537 milhões de euros, dos quais 342 milhões correspondem à redução do ISP equivalente ao IVA a 13% (em vez de 23%);
  • Finalmente, olhando para as medidas da energia, a redução do IVA da eletricidade de 13% para 6% (aplicada a consumidores com potência inferior a 6,9 kVA) tem um custo anual de 90 milhões de euros.

O ministro das Finanças destacou a dimensão deste programa apontando que corresponde a um ponto percentual do PIB. “Significaria que sem este programa, o ministro das Finanças estaria, algures, a anunciar uma redução extraordinária do défice face ao que planeou”, apontou Fernando Medina, na conferência de imprensa de apresentação das medidas. As medidas não vão alterar, ainda assim, as metas do défice orçamental e da dívida pública.

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Web Summit. Paddy Cosgrave desvenda oradores das primeiras 150 talks

André Villas-Boas, football manager, e Sofia Couto da Rocha, chief transformation officer da Lusíadas Saúde, são, para já, os nomes nacionais divulgados.

O CEO Web Summit, Paddy Cosgrave, já desvendou os nomes de oradores que vão subir aos palcos da Web Summit nas primeiras mais de 150 talks. A partir de agora, todas as semanas serão conhecidos mais detalhes do programa do evento tecnológico, que começa a 1 de novembro.

Changpeng Zhao, fundador & CEO da Binance, Anie Akpe, fundadora da African Women In Tech (AWIT), Rohit Prasad, head scientist of Alexa Amazon, Christine Tsai, founding partner & CEO da 500 Global, Parag Parekh, CTO & chief digital officer da Ikea, Jerome Dubreuil, chief digital officer da Decathlon, Nik Storonsky, fundadora & CEO da Revolut, e Chris Anderson, curator da TED, são alguns dos nomes já conhecidos.

André Villas-Boas, football manager, e Sofia Couto da Rocha, chief transformation officer da Lusíadas Saúde, são, para já, os nomes nacionais divulgados.

A Web Summit 2022 decorre entre os dias 1 e 4 de novembro na FIL e no Altice Arena.

Conheça em detalhe os oradores, temas das talks e horários já anunciados aqui.

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Espanha diz que gasoduto não é só questão bilateral e espera debate em Bruxelas

  • Lusa
  • 6 Setembro 2022

A ministra da Transição Ecológica defende que não é uma questão estritamente bilateral entre Espanha e França e que deverá ser abordada na sexta-feira no conselho europeu de ministros da Energia.

O Governo espanhol defendeu hoje que o debate sobre o gasoduto dos Pirenéus não é uma questão estritamente bilateral entre Espanha e França e que deverá ser abordada na sexta-feira no conselho europeu de ministros da Energia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou na segunda-feira desnecessárias mais interconexões para transporte de gás entre a Península Ibérica e França, ao contrário do que têm defendido Portugal, Espanha e a Comissão Europeia.

Macron argumentou com questões ambientais e considerou que, por outro lado, um projeto destes não daria a resposta imediata necessária à atual crise energética e à ameaça russa de cortar o fornecimento de gás à União Europeia (UE).

A ministra espanhola com a pasta da energia, Teresa Ribera, disse hoje que este debate não pode ficar fechado “com o pronunciamento de apenas um país” e nem pode “ficar restringido” a relações bilaterais entre dois Estados da UE.

Ribera destacou que o problema da escassez de gás “provavelmente se vai prolongar para além deste inverno”, para o qual os países da União Europeia estão a fazer reservas de gás, e que são precisas respostas “de médio prazo”, a pensar no inverno seguinte, quando já não houver armazenamento.

Além disso, acrescentou, o gasoduto previsto para os Pirenéus é uma infraestrutura pensada também para o futuro “corredor de hidrogénio” e não apenas para o transporte de gás.

Ribera, que falava numa entrevista na rádio espanhola Onda Cero, disse que provavelmente esta questão será abordada na reunião de ministros de Energia da UE da próxima sexta-feira.

Na segunda-feira, Macron disse não ver provas evidentes da necessidade de um novo gasoduto entre a França e a Espanha e defendeu uma estratégia de compra comum de energia na Europa.

“Precisamos de mais interligação elétrica. Mas não estou convencido de que necessitemos de mais interligação de gás, cujas consequências, em particular no ambiente, e em particular no ecossistema, são mais importantes. (…) Não há prova da sua necessidade”, defendeu.

Macron mostrou-se “a favor de práticas de compras comuns de gás” na Europa, dizendo que os países devem comprar “mais barato”, além de procurarem limitar o preço do gás russo entregue através de gasodutos.

O Presidente francês falava durante uma conferência de imprensa, após uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que defendeu no mês passado a construção de um gasoduto pan-europeu que ligue a Península Ibérica, desde Portugal, à Alemanha.

Para Scholz, atendendo a infraestruturas existentes na Península Ibérica, esta seria uma forma de abastecer de gás países da Europa central a partir de origens diferentes da Rússia, que ameaça cortar o fornecimento à UE por causa das sanções que foram impostas a Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reiterou na semana passada, durante uma visita à Alemanha, que Portugal e Espanha pedem há anos que se acelerem as ligações para transporte de energia entre a Península Ibérica e o resto da Europa e que se o projeto do gasoduto dos Pirenéus “não se desenvolver ao ritmo adequado”, por obstáculos colocados por França, a própria UE definiu “outra possibilidade”, que é a de uma ligação com Itália.

A Península Ibérica, por falta de ligações para transporte de energia ao resto da Europa, funciona como uma “ilha energética” e tanto Portugal como Espanha fizeram investimentos nesta área que criaram infraestruturas que agora poderiam ser usadas para fornecer outros países europeus.

 

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Governo inclui mais 64 freguesias na lista de apoios aos agricultores por causa dos fogos

  • ECO e Lusa
  • 6 Setembro 2022

Governo adiciona mais 64 freguesias de 24 concelhos à lista das localidades afetadas pelos incêndios cujos agricultores podem recorrer ao mecanismo de apoio para a alimentação animal.

O Governo voltou a alargar a lista de freguesias afetadas pelos incêndios cujos agricultores podem recorrer ao mecanismo de apoio para a alimentação animal, incluindo mais 64 freguesias de 24 concelhos.

Desta forma, é alterado o anexo da portaria n.º 205-B/2022, de 16 de agosto, que criou “um apoio extraordinário a atribuir aos agricultores cujos efetivos pecuários foram afetados pelos incêndios ocorridos no território continental e regulamenta as respetivas condições de atribuição”.

Assinado pela ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, o despacho publicado na segunda-feira inclui várias freguesias dos concelhos de Gouveia e Seia (sete cada), Ourém (seis), Oliveira do Hospital e Vila Real (cinco cada), Celorico da Beira, Covilhã, Sabugal e Valpaços (quatro cada), Albergaria-a-Velha, Pinhel e Guarda (duas cada).

Do concelho de Gouveia, no distrito da Guarda, integram a lista as freguesias de Aldeias e Mangualde da Serra, Arcozelo, Moimenta da Serra e Vinhó, Nespereira, Ribamondego, Vila Franca da Serra e Vila Nova de Tazem.

De Seia, concelho do mesmo distrito, passam a constar as freguesias de Girabolhos, Loriga, Pinhanços, Santa Comba, Santiago, Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros, Torrozelo e Folhadosa.

O concelho de Ourém, no distrito de Santarém, passa a ter na lista as freguesias de Caxarias, Gondemaria e Olival, Matas e Cercal, Rio de Couros e Casal dos Bernardos, Seiça e Urqueira.

A listagem inclui ainda uma freguesia dos concelhos de Águeda, Alvaiázere, Belmonte, Estarreja, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Leiria, Ribeira de Pena, Rio Maior, Sever do Vouga, Trancoso e Vila Pouca de Aguiar.

Estas 64 freguesias foram aditadas por terem sido abrangidas pelos recentes incêndios que assolaram o país e “considerando que é prioritário conceder os apoios aos produtores com vista à aquisição de alimentação animal”, justifica a portaria.

Já a 25 de agosto tinha sido publicado em Diário da República um aditamento à mesma portaria, aumentando a lista com mais 26 freguesias dos concelhos de Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fundão, Góis, Gouveia, Guarda, Mangualde, Penacova e Penalva do Castelo.

O Governo publicou, a 16 de agosto, a portaria que cria um apoio, com dotação total de 500.000 euros, para alimentação animal destinado aos agricultores afetados pelos incêndios em Portugal continental. De acordo com a portaria, podem beneficiar deste apoio os detentores de ovinos, bovinos, caprinos e equídeos, com explorações em áreas afetadas pelos incêndios ocorridos em território continental.

Para se candidatarem a este apoio, os produtores têm que ter os animais registados no Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA) ou no Registo Nacional de Equídeos (RNE).

O Ministério da Agricultura ressalvou, contudo, que, caso o montante associado às candidaturas aprovadas ultrapasse a dotação, o pagamento a cada beneficiário “é objeto de redução proporcional entre candidatos”.

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Governo está a estudar medidas para apoiar prestação da casa ao banco

Pedro Nuno Santos diz que o Executivo está a "acompanhar e estudar medidas dentro das possibilidades do país" para apoiar os proprietários com a prestação da casa ao banco.

O pacote de medidas de apoio às famílias anunciado esta segunda-feira pelo Governo prevê o congelamento das rendas nos 2% em 2023 e ainda benefícios fiscais para compensar os senhorios. Para os portugueses com casa própria comprada a crédito não estão previstas quaisquer medidas, mas Pedro Nuno Santos diz que estão a ser “estudadas” e serão anunciadas “quando se justificar”.

“É uma matéria que continuaremos a acompanhar”, disse o ministro da Habitação esta terça-feira, referindo-se aos proprietários com créditos à habitação. Tendo ainda em conta o aumento das taxas de juro, Pedro Nuno Santos referiu que o Governo está “preparado” para avançar com mais medidas para lidar com as prestações do crédito à habitação.

Em conferência de imprensa do Governo para detalhar as medidas anunciadas esta segunda-feira para lidar com o disparo da inflação, o governante recordou as “moratórias pública e privada” criadas durante a pandemia, que nasceram no quadro europeu e que dificilmente serão adotadas ao nível de cada Estado-membro. Contudo, sublinhou: “Não quer dizer que não estamos atentos”.

“Estamos a acompanhar e a estudar medidas dentro das possibilidades do país e quando se justificar diremos alguma coisa”, avançou o ministro, afirmando que o Governo está “preparado” para isso, mas que, por enquanto, o fundamental era congelar a atualização das rendas nos 2% em 2023.

No pacote anunciado esta segunda-feira, está previsto que as rendas das casas e das lojas não poderão aumentar mais do que 2% em 2023. Por sua vez, os senhorios serão compensados através da redução do IRS e do IRC.

Esta medida não foi bem recebida pelos senhorios. A Associação Nacional de Proprietários (ANP), presidida por António Frias Marques, diz que esta medida faz “tábua rasa da lei que instituiu o coeficiente anual de atualização das rendas, aplicado desde há 40 anos, por vezes com valores muito superiores aos legais 5,43% referentes à inflação verificada até 31 de agosto deste ano”.

A associação considerou também a medida um “ataque sem memória a quem poupou e tem qualquer coisa de seu”, que “esmaga os pequenos proprietários (…) impedindo-os de repor uma parte dos rendimentos necessários para solver contribuições, impostos, taxas, seguros, (…) e outros encargos com a conservação e manutenção dos imóveis, que não param de aumentar de forma galopante”.

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Formar hoje, para reter amanhã

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  • 6 Setembro 2022

O desenvolvimento pessoal como elemento imprescindível na atração e retenção de talento.

Estamos perante uma mudança radical na força de trabalho atual — as pessoas estão a exigir mais dos seus empregadores, mas também em relação à forma como planeiam o seu percurso de carreira. As razões pelas quais decidimos pertencer a uma certa organização estão a mudar e, por isso, a gestão de talento é hoje um dos temas mais desafiantes para as equipas de Recursos Humanos. O trabalho poderá ser remoto, híbrido ou assumir uma forma que nunca imaginámos, mas, tenhamos consciência que o sucesso está diretamente relacionado com as estratégias que as organizações conseguem implementar hoje para atrair, reter, envolver e desenvolver os seus colaboradores amanhã. Neste sentido, como podemos enfrentar estes desafios? E qual é o papel das lideranças neste contexto?

Cláudia Cerqueira, Coach na GoodHabitz

Atualmente, fala-se muito em flexibilidade, autonomia, benefícios flexíveis como forma de atração e retenção de talento. No entanto, aqui quero debruçar-me sobre um elemento fundamental: a formação. Segundo o estudo “O atual estado da Gestão de Talento”, desenvolvido pela GoodHabitz, 68% dos trabalhadores em Portugal acredita que a falta de oportunidades de desenvolvimento pessoal é uma razão válida para procurarem um novo empregador que lhes ofereça essas oportunidades. Inclusive, 74% dos profissionais em Portugal afirma que a aprendizagem contínua é fundamental para a sua satisfação profissional. Este dado mostra como o desenvolvimento pessoal se tornou um elemento imprescindível na atração e retenção de talento e reforça a importância de implementar os programas de formação que mais se ajustam e respondem às necessidades da população de cada organização e ao seu ecossistema.

Se os colaboradores sentem que não lhes são oferecidas oportunidades suficientes e ajustadas para desenvolverem o seu potencial, a sua permanência começa a ficar condicionada no tempo. Neste âmbito, os líderes têm um papel fundamental a desempenhar para dar resposta às necessidades das equipas. Auscultar as equipas e as pessoas individualmente, ativa o mecanismo de “voz ativa” no processo de desenvolvimento e consequente responsabilização no desenvolvimento e aquisição de competências. Colocá-los ao volante do seu próprio desenvolvimento, com maior ou menor orientação corporativa dependendo da maturidade do processo em cada organização, com uma oferta de diversos cursos de formação, formatos de aprendizagem e temas de interesse adaptados a cada um, pode ser uma boa solução para este desafio.

Por outro lado, de acordo com o estudo sobre a liderança híbrida em Portugal e na Europa, também da GoodHabitz, cerca de 26% dos colaboradores no país sente que os seus gestores não possuem as competências necessárias para conduzir as equipas a um futuro de sucesso. Sobretudo, tendo em conta o teletrabalho, as equipas sentem que há espaço para a chefia melhorar nas competências de comunicação (30%), liderança empática (26%), criação de espírito de equipa (23%) e liderança inspiradora (23%). Neste sentido, as exigências do trabalho híbrido vieram também reforçar a necessidade de os líderes se adaptarem, bem como comunicarem mais abertamente para desenvolver relações de confiança, construírem inclusão e o sentimento de pertença dentro das suas equipas e serem mais orientados por um propósito. Perante esta necessidade, o mesmo estudo mostra até como os próprios profissionais têm vontade de desenvolver as suas competências de liderança (33%).

Portanto, para que os colaboradores se sintam atraídos e com vontade de pertencer a uma organização há diferentes estratégias a implementar, mas uma coisa é certa: é essencial que as chefias assumam também um papel dinâmico na gestão de talento e ouçam as necessidades das suas equipas. Os colaboradores estão mais do que dispostos a investir no seu desenvolvimento pessoal e nas competências necessárias para terem também sucesso, algo que irá não só levar ao crescimento da sua organização, mas também permitir estar mais bem preparada para o futuro. Só assim será possível utilizar a formação como trunfo na atração e retenção do talento.

Texto por Cláudia Cerqueira, Coach na GoodHabitz

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A importância da formação para a retenção de talento

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  • 6 Setembro 2022

A pandemia quebrou muitos paradigmas e evidenciou a necessidade de reter talento. De acordo com Pedro Monteiro, da GoodHabitz, o desenvolvimento pessoal é a chave para cativar os colaboradores.

A pandemia foi, sem dúvida, um divisor de águas para o mercado de trabalho. As empresas que souberam ser resilientes e acompanhar a mudança acabaram por sobreviver, mas aquelas que estagnaram e não souberam suprir as necessidades que ficaram ainda mais evidentes acabaram por não conseguir ultrapassar este período.

Mas, afinal, que necessidades têm de ser supridas para uma empresa evoluir no período pós-pandémico? De acordo com Pedro Monteiro, Sales Manager na GoodHabitz, o segredo está no investimento em aprendizagem para os recursos humanos das organizações, a fim de conseguirem reter talento. Para isso, o responsável da GoodHabitz assegura que só a aposta no desenvolvimento pessoal é o caminho.

E de que forma as empresas estão a acompanhar essa necessidade? Será que encaram o desenvolvimento pessoal como fundamental ou como dispensável? Que mudanças precisam, ainda, de acontecer para que as organizações entendam que o seu principal ativo está nos seus colaboradores? Em entrevista, Pedro Monteiro respondeu a estas e a outras questões.

De que forma o desenvolvimento pessoal pode ajudar na retenção de talento?

O desenvolvimento pessoal tornou-se imprescindível na retenção de talento. De acordo com o estudo “O atual estado da Gestão de Talento”, que desenvolvemos recentemente em Portugal, cerca de 68% dos trabalhadores acredita que a falta de oportunidades de desenvolvimento pessoal é uma razão válida para procurarem um novo empregador que lhes ofereça essas oportunidades. Simultaneamente, dados nossos mostram também que 91% dos colaboradores portugueses consideram que esta contribui para o seu bem-estar no local de trabalho.

Nos dias que correm, existe uma vontade declarada dos colaboradores de terem acesso à formação e uma crescente sensibilidade das chefias para esta tendência, que foi claramente acelerada pela pandemia. Investir em formação é essencial para as organizações e colaboradores serem capazes de responder a necessidades repentinas e emergentes, gerir a mudança, aumentar o nível de motivação, a performance e resiliência.

O capital humano das empresas é o que define o seu sucesso, por isso, o upskilling e o reskilling têm ganho um novo valor em 2022, e a aprendizagem começa, assim, a tornar-se, mais do que uma necessidade, é um must have, um caminho para reter talento e ganhar vantagem competitiva no mercado. Por outro lado, é fulcral introduzir e criar novos hábitos para uma aprendizagem digital, onde o e-learning deve ter um papel de destaque. É este formato que vai permitir a agilidade necessária para aprendermos a qualquer momento e de forma contínua. O contexto mudou muito num curto espaço de tempo e as empresas que não perceberem isto vão ficar para trás.

De acordo com o estudo que referiu, 1 em cada 5 portugueses acredita que a organização para a qual trabalha não oferece oportunidades de desenvolvimento pessoal. Porque é que isto acontece?

Com as mudanças profundas que o mundo e o mercado de trabalho atravessam, influenciados pela tecnologia, e por novos comportamentos sociais, as empresas começaram já a reconhecer a importância de formar os colaboradores com novas competências. No entanto, olhando para a generalidade do tecido empresarial, apesar de haver uma maior abertura, ainda há caminho a percorrer no mundo da formação e desenvolvimento pessoal.

Embora a forma como as empresas olham para os seus recursos humanos e para os benefícios oferecidos tenha evoluído muito nos últimos tempos, muito impulsionados pelas necessidades exigidas pelas novas gerações, existem ainda muitas empresas que continuam a ver a aprendizagem corporativa como algo acessório, e não como algo crucial, como é de facto. As empresas devem definir a Formação e o Desenvolvimento Pessoal dos Colaboradores como uma das grandes prioridades se querem ter uma empresa com capacidade de gerir o contexto atual caracterizado por uma mudança constante.

O World Economic Forum fez um estudo comparativo recente, em que concluiu que das dez competências-chave identificadas há meia dúzia de anos, apenas três ou quatro se mantêm no ranking atual. Penso que isto diz tudo sobre a pertinência da aposta que as empresas devem fazer nesta área.

Como se pode inverter esta tendência?

Num mundo em constante mudança e cada vez mais digital, é essencial desenvolver uma cultura de aprendizagem nas empresas e encará-la como um elemento essencial na gestão e retenção de talento. Para que exista sucesso e satisfação profissional, é importante que a empresa demonstre interesse e abertura para aqueles que são os interesses e necessidades pessoais dos seus colaboradores.

Os nossos gestores pensam muitas vezes que sabem exatamente em que áreas as pessoas devem ser formadas. Isso é verdade muitas vezes, mas também temos de envolver as pessoas no seu processo de desenvolvimento pessoal. Elas também devem poder tomar decisões sobre aquilo que devem aprender, com base naquilo que são os seus interesses e motivações. Se o fizermos, elas vão sentir-se muito mais motivadas e reconhecer que a sua empresa efetivamente valoriza o seu desenvolvimento pessoal. Ou seja, é colocar a pessoa no centro do processo, fazer com que ela seja um agente ativo do seu próprio desenvolvimento.

Pedro Monteiro, Sales Manager na GoodHabitz
Além da retenção de talento, que outras vantagens a aposta no desenvolvimento pessoal dos colaboradores traz às empresas?

O desenvolvimento pessoal é um fator essencial na gestão de talento e tem um impacto significativo não só na retenção, como também na atração de talento numa organização. As oportunidades certas de desenvolvimento pessoal ajudam a melhorar a satisfação e felicidade dos colaboradores, o que por sua vez leva a um maior engagement dos colaboradores. Ora, este engagement, que já é reconhecido como um indicador de performance organizacional nos EUA, é um dos maiores preditores de sucesso de uma organização.

Está provado por diversos estudos que o aumento de engagement de uma Organização tem correlação direta com indicadores como vendas, produtividade, satisfação de cliente, entre outros. Portanto, é como uma bola de neve: começa por algo pequeno, mas vai levar tudo à frente. Vai impactar a todos os níveis de uma organização. Uma empresa que ofereça aos colaboradores oportunidades de crescimento, flexibilidade, autonomia e uma cultura organizacional que potencialize o seu desenvolvimento pessoal, sem dúvida que se vai tornar mais atrativa no mercado de trabalho, assim como será mais produtiva, eficiente e muito mais bem-sucedida.

Acredita que a pandemia foi um impulsionador para as empresas começarem a repensar a forma como investem nos seus recursos humanos?

Não há dúvida de que a pandemia foi um período muito desafiante e que pôs à prova a resiliência das organizações para se adaptarem à mudança. Toda a estrutura e dinâmica organizacional teve de ser repensada e adaptada, e os Recursos Humanos não foram exceção. As pessoas começaram a exigir mais dos seus empregadores e as razões pelas quais decidimos pertencer a uma certa organização mudaram bastante. Por isso, a gestão de talento e o investimento nas equipas passou a ser um dos temas mais prioritários das organizações. Termos como flexibilidade, autonomia, benefícios flexíveis surgiram como forma de atração e retenção de talento.

Além disso, as exigências do trabalho híbrido vieram reforçar a ideia de que os líderes de hoje precisam de comunicar mais, de forma mais transparente e eficaz para desenvolver relações de confiança, construir inclusão e o sentimento de pertença dentro das suas equipas. A pandemia veio sensibilizar as pessoas para este tema. Antes, parecia que só os profissionais de Recursos Humanos é que percebiam a importância do seu papel. Hoje, penso que é por demais evidente que a forma como se investe e define uma estratégia de recursos humanos é uma peça fulcral na sobrevivência e crescimento de uma organização.

Que impactos o teletrabalho ou o modelo híbrido de trabalho trouxeram ao desenvolvimento pessoal dos colaboradores?

Sem dúvida que o cenário pandémico e a revolução tecnológica que já estava em curso há vários anos desenvolveram necessidades que se tornaram, na verdade, oportunidades para fazer evoluir a formação nas empresas e dar origem a novos modelos de desenvolvimento pessoal, com destaque para a aprendizagem digital. Não só os profissionais ficaram com mais tempo para investir em formação, como as empresas puderam implementar estratégias mais ágeis para promover o crescimento das suas equipas.

No caso da GoodHabitz, a pandemia ajudou-nos a crescer e a desenvolver o nosso negócio, pois despertou as empresas para a necessidade de adaptarem as suas estratégias de formação e desenvolvimento às novas necessidades dos seus colaboradores e aos novos modelos de trabalho remoto e híbrido. O facto de utilizarmos um método e-learning completamente disruptivo, com formatos completamente fora da caixa, que se ajustam a diferentes formas de aprender e em que o aluno começa a ser um agente ativo do seu próprio desenvolvimento, teve uma recetividade fantástica por parte das empresas. Por ser um tipo de formação menos tradicional e muito mais apelativo, as empresas começaram a ver na GoodHabitz um caminho para aumentarem a adesão dos colaboradores à formação, bem como os seus níveis de engagement.

As mudanças nos métodos de trabalho provocadas pelas restrições pandémicas evidenciaram a falta de competências em algumas áreas. Isso levou a que os colaboradores procurassem desenvolver novas competências? Se sim, quais?

O mercado precisa, inevitavelmente, das hard skills ou competências técnicas, pois estas são ferramentas necessárias em qualquer trabalho. No entanto, com as mudanças nos métodos de trabalho, as soft skills ganharam especial destaque. De acordo com o nosso estudo sobre a liderança híbrida em Portugal e na Europa, os colaboradores começaram a estar mais do que dispostos a investir no seu desenvolvimento pessoal e nas competências necessárias para terem sucesso no mercado de trabalho do futuro.

Num contexto de pós-pandemia e rápida mudança, para dar resposta às necessidades das empresas, os colaboradores começaram a procurar ter melhores competências relacionadas com a capacidade de comunicação, a capacidade de gestão de tempo, capacidade de trabalho em equipa num modelo híbrido, de criatividade, gestão emocional, pensamento crítico, resiliência, de bem-estar e liderança em contextos adversos, bem como competências digitais para navegar num mundo cada vez mais tecnológico.

Inclusive, segundo o mesmo estudo, destacam-se três categorias de competências pessoais que os colaboradores portugueses mais gostariam de desenvolver tendo em vista o futuro do trabalho: 39% gostariam de melhorar as suas competências digitais para melhor corresponderem às necessidades no trabalho híbrido; 36% gostariam de melhorar as suas competências de comunicação e idiomas; e 33% dos colaboradores em Portugal querem desenvolver as suas competências de liderança.

Acredita que num futuro próximo todas as empresas vão priorizar a formação dos seus colaboradores?

Sim, sem dúvida. Mais do que um “nice to have”, dar atenção à formação e desenvolvimento pessoal dos colaboradores já não é negociável para as empresas vencerem a “guerra de talento” que vivemos atualmente no mercado de trabalho. As empresas não podem ficar indiferentes e reféns de um passado que funcionou, mas já não está ajustado às necessidades e exigências atuais. Têm que compreender que as pessoas são o ativo mais importante da organização. Como tal, acredito que irão ver a formação, onde o e-Learning deve estar presente para proporcionar a agilidade necessária, como parte integrante e obrigatória na atração e retenção do talento, e para o êxito das suas organizações.

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GoodHabitz organiza evento sobre formação e gestão de talento

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  • 6 Setembro 2022

A GoodHabitz está a organizar um evento online onde serão discutidas as melhores práticas nas áreas da formação, gestão de talento e liderança. O evento acontece no dia 29 de setembro.

“Os Desafios da Formação e Gestão de Talento” é o nome do evento online, organizado pela GoodHabitz, empresa especialista em formação, que irá acontecer no dia 29 de setembro, das 10H às 11H30. Tal como o nome indica, os desafios da formação e os conhecimentos para ser um bom líder e saber fazer uma boa gestão de talento são algumas das ferramentas que o evento vai oferecer a cada participante.

A abertura do evento ficará a cargo de Pedro Monteiro, Sales Manager da GoodHabitz, que irá aproveitar este espaço para apresentar os resultados dos estudos desenvolvidos pela empresa sobre a gestão de talento e a liderança híbrida em Portugal, bem como para partilhar de que forma a GoodHabitz ajuda as organizações nas suas estratégias de formação e desenvolvimento de talento.

Carla Rocha, apresentadora da Rádio Renascença, também fará parte deste evento, ao moderar uma conversa com clientes da GoodHabitz, na qual serão dadas respostas a algumas preocupações de várias empresas. Saber quais são os principais desafios que os RH enfrentam na atração, retenção e desenvolvimento das suas pessoas, perceber qual o papel do desenvolvimento pessoal nas organizações, qual a importância de colocar todos os colaboradores ao volante do seu próprio desenvolvimento e qual o papel dos líderes são alguns dos tópicos desta conversa.

“Os Desafios da Formação e Gestão de Talento” é o nome do evento online, organizado pela GoodHabitz, que irá acontecer no dia 29 de setembro, das 10H às 11H30.

Carla Carvalho Dias, especialista nas áreas de Employee Experience e Liderança, também vai marcar presença no evento, a partir das 10H45, altura em que dará uma palestra com base na sua experiência de mais de 25 anos em consultoria, coaching de equipas e organizações e restruturação organizacional. Nesta talk, a especialista pretende inspirar todos os participantes do evento, enquanto profissionais de RH, a repensarem as suas estratégias de employee experience na sua organização e, enquanto líderes, a forma como mobilizam e inspiram as suas equipas.

A reta final do evento será inteiramente dedicada a uma sessão de perguntas e respostas, em que se pretende que todos os participantes partilhem as suas dúvidas e outras questões que possam ter surgido ao longo do evento. As perguntas serão respondidas pelos convidados.

O evento, que é totalmente gratuito, é direcionado a profissionais de recursos humanos, formação e desenvolvimento e diretores e responsáveis de empresas. Todos os interessados deverão inscrever-se no site da GoodHabitz para poderem participar no evento.

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Obra de estabilização do Ramal da Alfândega do Porto consignada por 1,25 milhões de euros

  • Lusa
  • 6 Setembro 2022

A obra de estabilização da escarpa adjacente ao Ramal da Alfândega do Porto, que visa a futura ecopista a construir no local, foi consignada por 1,25 milhões de euros, anunciou a Câmara Municipal.

“Foi esta semana consignada a empreitada de estabilização da escarpa adjacente ao Ramal Ferroviário da Alfândega, essencial para a futura ecopista a instalar no local“, pode ler-se numa nota publicada no portal da Câmara Municipal do Porto. De acordo com a autarquia, a intervenção “representa um investimento municipal superior a 1,25 milhões de euros” e tem “um prazo global de execução de 270 dias“.

Ainda segundo o município, liderado pelo independente Rui Moreira, “os trabalhos incluem a estabilização preventiva de três taludes rochosos”. O projeto prevê também “a limpeza da vegetação, o saneamento dos blocos, a demolição de estruturas em ruínas, o recalçamento de reentrâncias, a reabilitação de muros, a colocação de degraus em falta, a estabilização das construções existentes e a colocação de redes metálicas de alta resistência”.

Em abril de 2021, o município do Porto promoveu uma iniciativa sobre o destino a dar ao Ramal da Alfândega, apresentando duas soluções que o presidente da Câmara Municipal considerou poderem ser conciliáveis: um canal de transporte público e zona de lazer pedonal e ciclável.

“Não faria sentido este veículo circular de segunda a sexta, e ao sábado e ao domingo parava?”, questionou Rui Moreira, assumindo que “talvez fosse a forma mais útil” de utilizar aquele canal ferroviário desativado.

A primeira proposta apresentada aposta na reconversão do canal num percurso pedonal e ciclável entre Miragaia e Campanhã, propondo ainda a utilização de ligações mecanizadas que permitam ligar a cota baixa à cota e alta da cidade, a instalar na escarpa a sul, na Rua Duque de Loulé, na Calçada das Carquejeiras, na zona compreendida entre as Fontainhas e a Ponte D. Maria Pia e na Calçada do Rêgo Lameiro.

Na segunda proposta, a autarquia estudou a hipótese de aproveitamento do ramal para o transporte público, numa solução de mobilidade elétrica, que pode ou não ser feita em carris, com um máximo de três estações – Alfândega, Fontaínhas e Campanhã.

O transporte teria uma frequência de oito minutos, demorando apenas cinco minutos a percorrer o ramal, num cenário em que o parque de estacionamento junto à Alfândega seria transformado numa “alameda pedonal arborizada”.

No dia 17 de agosto deste ano, a Infraestruturas de Portugal (IP) disse à Lusa que o projeto da Alfândega relaciona-se também com a análise da utilização futura da Ponte Maria Pia como via pedonal e ciclável, a fazer entre a IP e os municípios de Vila Nova de Gaia e do Porto.

“Relativamente a projetos futuros, informa-se que está em vigor um contrato de subconcessão celebrado com o município do Porto para adaptação e utilização da plataforma do Ramal da Alfandega, entre os quilómetros 0,491 e 3,359, para fins dos modos suaves de mobilidade, turísticos e/ou lazer, estando prevista na sequência desse projeto a análise conjunta pela IP e pelos municípios de Gaia e do Porto da utilização futura da Ponte Maria Pia como via pedonal e ciclável”, lê-se na resposta.

O ramal ferroviário da Alfândega do Porto liga Campanhã a Miragaia e está desativado desde 1989, tendo sido utilizado para o transporte de mercadorias.

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Cheques de 125 e 50 euros estão isentos de IRS. Já “meia pensão” será tributada

Os apoios dados às famílias não vão pagar IRS. O montante atribuído aos pensionistas está sujeito a tributação, mas não será somado à pensão, pelo que não impacta a taxa aplicada.

Os apoios às famílias anunciados pelo Governo, que contemplam um cheque de 125 euros e um complemento de 50 euros por cada dependente, “estão isentos de tributação de IRS, são líquidos“, esclareceu o ministro das Finanças. Já o apoio equivalente a meia pensão pagará imposto, não havendo lugar, no entanto, a alteração da taxa.

O apoio financeiro de 125 euros euros aos cidadãos não pensionistas com rendimentos até 2.700 euros mensais brutos, para ajudar a atenuar os efeitos do aumento dos preços, é atribuído por indivíduo e será pago em outubro, sendo de 125 euros líquidos. Além disso, será dado um complemento de 50 euros por cada dependente até 24 anos (não há limite etário no caso de dependentes com deficiência).

Assim, o Governo dá o exemplo de um casal com dois filhos, cujos rendimentos individuais não ultrapassam os 2.700 euros brutos mensais, que recebe 350 euros líquidos com estes novos apoios.

O Executivo destacou a abrangência desta medida, apontando que “o único limite que é colocado é o do rendimento bruto não exceder os 37.800 euros por ano, que corresponde a 2.700 euros por mês durante 14 meses”, como explicou o ministro das Finanças.

Por outro lado, os reformados vão ter um aumento extraordinário correspondente a meio mês de pensão ainda este ano, de modo a que possam recuperar uma parte do poder de compra perdido ao longo deste ano devido ao aumento da taxa de inflação. “Os pensionistas em 2022 receberão o correspondente a 14,5 pensões e esta meia pensão adicional paga em outubro será sujeita à tributação normal. Será tratada como qualquer das pensões recebidas ao longo do ano“, explicou a ministra do Trabalho.

Este montante será então tributado, mas não será somado à pensão regular, pelo que não poderá levar a um salto no escalão e na taxa aplicada. Há uma cláusula que dita que “do aumento de rendimento do mês de outubro que decorrerá deste apoio extraordinário, não haverá penalização em termos de retenção na fonte ou imposto a pagar“, explicou o ministro das Finanças, na conferência de imprensa de apresentação das medidas.

Este bónus vai abranger a quase totalidade dos pensionistas. Para o próximo ano, o “Governo decidiu propor à Assembleia da República o seguinte aumento das pensões: 4,43% para as pensões até 886 euros; 4,07% para as pensões as pensões entre os 886 euros e os 2.659 euros e 3,53% para as restantes pensões sujeitas à atualização”, tinha já adiantado o primeiro-ministro.

É de salientar que o “bónus” de meia pensão é um valor que será retirado da atualização das pensões no próximo ano. O Governo explica esta opção com o facto de que os pensionistas precisam deste valor agora, sendo que receberão no total o montante que sempre iriam receber.

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PSD acusa Costa de contradição ao suspender lei de atualização das pensões em 2023

  • Lusa
  • 6 Setembro 2022

"Este pacote é uma ilusão para os pensionistas. Relativamente àquilo a que têm direito por lei, fica claro que o Governo não dará nem mais um cêntimo", diz líder parlamentar do PSD.

O PSD acusou hoje o primeiro-ministro de contradição ao suspender agora a lei de atualização das pensões e considerou que o pacote de medidas do Governo é uma ilusão para pensionistas e pouco beneficia a classe média.

Esta posição foi transmitida pelo líder parlamentar social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento, em conferência de imprensa, em reação à divulgação pelo executivo socialista do pacote de apoios sociais para atenuar os efeitos do aumento da inflação.

“Este pacote é uma ilusão e é uma ilusão para os pensionistas. Relativamente àquilo que os pensionistas têm direito por lei, fica agora claro que o Governo não dará nem mais um cêntimo. Aliás, hoje, a ministra do Trabalho [Ana Mendes Godinho] foi taxativa ao dizer que, face à lei, o Governo estava a dar exatamente o montante previsto de aumento para 2023, antecipando em parte esse aumento para este ano”, salientou o presidente do Grupo Parlamentar do PSD.

Para reforçar a sua posição, Joaquim Miranda Sarmento citou depois a presidente da Associação de Pensionistas e Reformados, Maria do Rosário Gama, que disse estar-se a prazo perante “um corte nas pensões”, uma vez que a base das pensões para 2023 será menor do que aquela que estava prevista na lei.

Neste contexto, o presidente do grupo parlamentar do PSD atacou diretamente António Costa, apontando que o Governo introduziu agora “uma alteração às regras” referentes à fórmula legal para aumento anual das pensões. “É contraditório com aquilo que o primeiro-ministro tinha afirmado em junho”, numa conferência promovida pela CNN Portugal, “de que cumpriria a lei de atualização das pensões”, observou.

A classe média, que supostamente era a grande prioridade deste pacote do Governo, acaba por ser muito menos beneficiada do que seria expectável.

Joaquim Miranda Sarmento

Líder parlamentar do PSD

”De facto, é uma ilusão que se pretende dar aos pensionistas, que só vão receber aquilo a que tinham direito por via da lei. Do ponto de vista da classe média, o Governo dá um apoio inferior ao que o PSD propôs do ponto de vista financeiro”, completou o líder da bancada social-democrata.

Segundo Joaquim Miranda Sarmento, no pacote de medidas do Governo, entre outros dados, “não há uma redução do IVA do gás e há uma redução muito mitigada do IVA da eletricidade”. “Portanto, a classe média, que supostamente era a grande prioridade deste pacote do Governo, acaba por ser muito menos beneficiada do que seria expectável”, acrescentou.

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PortAventura quadruplica as receitas e volta a ter lucro após pandemia

  • Servimedia
  • 6 Setembro 2022

O parque temático espera atingir 5,3 milhões de visitantes este ano.

O PortAventura World, o resort temático de Tarragona, voltou a ter lucro no ano passado, segundo a Expansión, após perdas de 55 milhões de euros causadas em 2020 pela pandemia, noticia a Servimedia.

A Paesa Entertainment Holding, empresa que agrupa tanto os parques temáticos como os hotéis do resort, fechou 2021 com um lucro líquido ajustado de 8,8 milhões de euros, num ano em que o resort registou um total de 3,4 milhões de visitantes, um número ainda condicionado pela capacidade máxima estabelecida pelo governo e pela menor presença de visitantes internacionais.

As restrições para combater a covid-19 explicam porque em 2020 o PortAventura só funcionou durante 107 dias e os seus rendimentos caíram 84%. Por outro lado, no ano passado, embora com restrições de capacidade, o parque temático esteve em funcionamento durante 204 dias, o que lhe permitiu quadruplicar confortavelmente o seu volume de negócios consolidado, que foi de 165,3 milhões de euros (+332%).

O volume de negócios, contudo, está ainda longe dos 241 milhões alcançados em 2019, o ano financeiro anterior ao surto da emergência sanitária, quando as instalações estiveram abertas ao público durante 242 dias.

A empresa, que é controlada a 50% por fundos internacionais KKR e Investindustrial, afixou um ebitda consolidado de 70,2 milhões de euros em 2021, comparado com um ebitda negativo de 7 milhões de euros no ano financeiro anterior.

Apesar da guerra na Ucrânia e do seu impacto na economia global, o resort mantém as previsões anunciadas na altura, que apontavam para 5,3 milhões de visitantes, mesmo acima do recorde histórico de 5,1 milhões alcançado em 2019.

O conflito armado tem tido um impacto direto no parque, que costumava ser visitado por cerca de 300 mil turistas russos todos os anos e também por ucranianos. Depois de Espanha, Reino Unido e França, a Rússia era o quarto país de origem da maioria dos visitantes. Por essa razão, o PortAventura World está a tentar compensar a ausência de russos e ucranianos com mais público nacional.

Ainda sob o impacto do coronavírus, o PortAventura investiu, em 2021, em projetos como a expansão do Hotel Colorado Creek com 141 quartos, ao qual atribuiu 16 milhões de euros, ou o lançamento, por cinco milhões, do restaurante La Liga TwentyNine, em aliança com a entidade presidida por Javier Tebas e Kosmos, a holding do jogador de futebol Gerard Piqué.

Nova atração e reforço da sustentabilidade

O PortAventura planeia gastar 20 milhões de euros na construção de uma nova atração que já está em curso e que, em princípio, estará pronta em maio do próximo ano.

Em agosto passado, o resort obteve luz verde para começar a trabalhar numa central fotovoltaica de 6,05 megawatts, com a qual espera cobrir cerca de um terço das suas necessidades energéticas. O investimento ascende a 4,8 milhões de euros.

O complexo solar foi concebido pela Endesa X, uma subsidiária do grupo de eletricidade, que também será responsável pela sua construção.

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