Consumo de combustíveis aumenta 5,3% em julho

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

O aumento mais significativo verificou-se no consumo de combustível para aeronaves, com uma subida homóloga de 288,3%. Números estão abaixo de 2019.

O consumo de combustíveis derivados de petróleo aumentou 33,21 quilotoneladas (kton), em julho, em termos homólogos, o que representa um acréscimo de 5,3%, segundo dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), hoje divulgados.

De acordo com o Boletim do Mercado de Combustíveis e GPL, “o consumo [de combustíveis derivados de petróleo] em julho de 2022 foi 5,3% superior (+33,21 kton) ao período homólogo de 2021”.

O aumento mais significativo verificou-se no consumo de combustível para aeronaves (‘jet fuel’), com uma subida homóloga de 288,3%, seguindo-se a gasolina (+6,9%), ao passo que o consumo de GPL e de gasóleo diminuiu 8,8% e 5,4%.

Comparativamente ao período homólogo de 2019, antes da pandemia, o consumo verificado em julho deste ano foi inferior, registando-se um decréscimo no GPL (-23,1%), no gasóleo (-13,1%), no ‘jet’ (-5,6%) e na gasolina (-5,4%).

Variação em cadeia

Face a junho, os consumos globais de combustíveis derivados de petróleo aumentaram 23,49 kton, o que representa uma subida de 3,7%

O aumento do consumo de combustíveis derivados de petróleo, em julho face ao mês anterior, ocorreu no ‘jet’ (+10,5%), na gasolina (+8,3%) e no gasóleo (+1,0%).

Apenas o consumo de GPL diminuiu 8,1%.

Preços baixam face a junho

Já quanto aos preços médios de venda ao público do gasóleo e da gasolina, em julho, registaram-se diminuições de 1,4% e 5,3%, respetivamente, face ao mês anterior, para 2,007 e 2,054 euros por litro, respetivamente, em linha com o comportamento dos mercados internacionais.

No caso do gasóleo e da gasolina, Braga, Castelo Branco e Coimbra registaram os preços mais baixos, em Portugal continental, enquanto Beja, Bragança e Faro apresentaram os preços mais altos.

Já quanto à garrafa de GPL (butano e propano), Braga, Vila Real, Viana do Castelo e Bragança registaram, para Portugal continental, o menor custo, enquanto Setúbal, Leiria, Évora e Beja apresentam os preços mais elevados.

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Petróleo fica abaixo dos 100 dólares com queda de quase 3%

Barril de Brent cai para os 96,49 dólares, enquanto o crude WTI perdeu 2,3% para os 89,55 dólares. Desaceleração da China e relatório da OPEP+ alimentaram queda.

Os preços do petróleo contrariaram a tendência verificada esta manhã, com o barril de Brent a cair quase 3% para ficar baixo dos 100 dólares, dando continuidade ao efeito montanha-russa sentido desde a passada segunda-feira.

Enquanto o contrato de referência para a Europa registou uma queda de 2,8% para os 96,49 dólares, em Nova Iorque o crude WTI também seguiu em baixa com uma desvalorização de 2,3% para os 89,55 dólares por barril.

A semana tem sido marcada por um efeito montanha-russa nos preços do petróleo. Na abertura da sessão desta quarta-feira, a cotação do petróleo chegou a subir perto de 1%. Na véspera, o ‘ouro negro’ caiu mais de 5%, depois da escalada de mais de 4% na primeira sessão da semana.

A evolução do preço do barril de petróleo justifica-se face às preocupações dos investidores quanto ao desempenho da economia mundial, os sinais da OPEP+ de uma baixa procura pelo petróleo, bem como o aumento das restrições na China de forma a conter a Covid-19.

Segundo Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates, os últimos indicadores a dar sinal de um crescimento mais lento que o esperado, dizem respeito à contração da atividade industrial chinesa em agosto, e a desaceleração da expansão do setor dos serviços no país. Algumas das maiores cidades chinesas, como Shenzhen ou Dalian, estão ainda a impor confinamentos e a fechar empresas de modo a conter surtos de Covid-19.

A atividade do setor industrial chinês deu continuidade às quedas no mês de agosto à medida que as novas infeções por Covid-19 aumentaram. Adicionalmente, a China está a atravessar a sua pior vaga de calor das últimas décadas, enquanto o seu setor imobiliário ainda se encontra em crise. Todos estes fatores estão a pesar na produção do país e sugerem uma desaceleração.

Também um relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), aponta para um cenário de excedente de petróleo para este ano, na ordem dos 900.000 barris por dia, o que representa um aumento de 100.000 face à previsão do mês anterior. Alguns membros da OPEP+ pediram, inclusive, cortes. A OPEPp+ planeia agora reunir a 5 de setembro.

Por outro lado, dados do American Petroleum Institute (API) indicam que os stocks de gasolina caíram cerca de 3,4 milhões de barris, enquanto os destilados, entre os quais o gasóleo e o jet (combustível para aviação), recuaram cerca de 1,7 milhões de barris na semana terminada a 26 de agosto.

(Notícia atualizada às 20h30)

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Dona do Snapchat planeia despedir 20% dos trabalhadores

Na origem da decisão de reduzir a equipa estará a redução das receitas com publicidade digital.

A Snap, dona da rede social Snapchat, está a planear o despedimento de um quinto dos cerca de 6.500 trabalhadores que emprega. Na origem da decisão de reduzir a equipa estará a quebra nas receitas com publicidade digital, avança o Financial Times, que cita uma fonte com conhecimento da decisão.

A equipa que compõe o departamento de hardware da Snap, responsável pelos óculos Spectacles e pelo drone com câmara Pixy, e que trabalha para ajudar os developers a construírem mini aplicações e jogos dentro do Snapchat e da aplicação de mapeamento Zenly, será a principal atingida pelos despedimentos, detalha o The Verge.

Questionada pelas publicações internacionais, a companhia recusou-se a tecer qualquer comentário a respeito deste tema.

Com sede em Los Angeles, a Snap expandiu rapidamente o número de trabalhadores nos primeiros dois anos de pandemia, à medida que os confinamentos puxaram pelo número de horas passadas nestas plataformas. Mas a conjuntura mudou. As receitas com publicidade digital estão a encolher, dificultando a vida à empresa fundada por Evan Spiegel.

Os sinais de arrefecimento no ecossistema de startups e de uma “onda” de despedimentos nas tecnológicas estão a evidenciar-se. Depois de períodos de elevado crescimento operacional, sucedem-se pelos Estados Unidos e Europa anúncios de redução de pessoal.

A Klarna ou os unicórnios Getir (decacórnio desde março) e Gorillas, estes últimos fortemente alavancados por rondas de investimento que avaliaram as duas empresas em mais de mil milhões de dólares (931,65 milhões de euros), são apenas algumas das empresas nesta situação.

Em Portugal também já há alguns casos. Depois de a Remote ter anunciado que iria dispensar uma centena de colaboradores, a Talkdesk foi a segunda startup unicórnio com ADN português a confirmar uma reestruturação da equipa.

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Mercado dos Produtores de Viseu abre portas para autarquia requalificar mercado municipal

O Mercado dos Produtores de Viseu vai entrar em funcionamento para o mercado municipal ser requalificado e se tornar "uma âncora" económica da região.

Num investimento superior a 770 mil euros, o Mercado dos Produtores de Viseu abre as portas, a 3 de setembro, nas proximidades do atual mercado municipal que vai ser alvo de “uma requalificação estruturante com o objetivo de fazer deste um equipamento âncora, devidamente enquadrado e pronto a dar resposta aos desafios futuros”, afirma autarquia em comunicado.

O Mercado dos Produtores vai ser, por isso, um espaço temporário para alojar provisoriamente cerca de 115 produtores locais e lojistas do mercado municipal. Com uma área de 1.300 metros quadrados, o Mercado dos Produtores, situado no parque de estacionamento do edifício da Segurança Social, tem “uma maior visibilidade e acessibilidade”, segundo a autarquia.

Para o município, esta obra “marca o início de um novo ciclo de crescimento e de valorização dos produtos e dos produtores, numa infraestrutura que vai ser uma âncora de desenvolvimento e de dinamização e comercialização dos produtos da região”.

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Capacidades energéticas da Península Ibérica têm sido subutilizadas, considera Metsola

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

Presidente do Parlamento Europeu admite que as capacidades de Portugal e Espanha têm sido "subutilizadas", reconhecendo a aposta ibérica na produção de energias renováveis.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, considera que as capacidades energéticas da Península Ibérica têm sido “subutilizadas”, nomeadamente quanto ao armazenamento e transporte, privilegiando a aposta nas renováveis ibéricas face a “parceiros pouco fiáveis” como a Rússia.

Penso que a Península Ibérica tem sido, digamos, subutilizada, se pensarmos que temos vindo a falar do plano energético há mais de uma década”, argumenta Roberta Metsola.

Em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, um dia antes de iniciar uma visita oficial a Portugal, entre quinta e sexta-feira, a líder da assembleia europeia fala numa subutilização “não só devido às reservas e ao armazenamento que existe e à capacidade de transporte, como para o GNL [gás natural liquefeito], mas também através de ligações físicas para outros países europeus”, devido à atual falta de interconexões.

“Sejamos francos, não podemos confiar em parceiros potencialmente tão pouco fiáveis como temos vindo a confiar há décadas”, acrescenta, lembrando o caso da Rússia, da qual a União Europeia (UE) é dependente de combustíveis fósseis, como do gás.

Recordando que Portugal e Espanha têm sido “líderes em energias renováveis”, Roberta Metsola defende a aposta neste tipo de fontes energéticas mais limpas.

“Tenho visto como Portugal traz soluções para cima da mesa […] para a utilização de mais energias renováveis, permitindo um investimento mais rápido”, observa.

Prestes a iniciar a sua visita oficial ao país, a presidente da assembleia europeia vinca que “uma voz como Portugal à volta da mesa pode trazer uma perspetiva energética” alternativa.

Em meados de agosto, a Comissão Europeia garantiu que vai “apoiar e encorajar” Espanha e França a avançar com interligações, nomeadamente de gás através de Portugal, para aumentar as interconexões entre a Península Ibérica e o resto da UE.

A posição surgiu depois de, dias antes, o chanceler alemão, Olaf Scholz, se ter manifestado a favor de um gasoduto que transporte gás a partir de Portugal através de Espanha e França para o resto da Europa, para reduzir a atual dependência de gás russo, em altura de guerra na Ucrânia e de crise energética.

Na altura, o executivo comunitário disse à Lusa “apoiar e encorajar as autoridades espanholas e francesas a acelerar a implementação dos três projetos de interesse comum existentes através do Grupo de Alto Nível Sudoeste Europeu com o objetivo de aumentar a capacidade de interconexão entre a Península Ibérica e a França”.

“Pensamos também que investimentos adicionais para ligar os terminais de importação de GNL na Península Ibérica e a rede da UE através de infraestruturas preparadas para o hidrogénio podem contribuir ainda mais para diversificar o fornecimento de gás no mercado interno e ajudar a explorar o potencial a longo prazo de hidrogénio renovável”, adiantou.

Espanha e Portugal têm pedido à UE para acelerar o aumento das interconexões para transporte de gás entre a Península Ibérica e outros países europeus, precisamente por haver poucas interligações com o resto da Europa.

As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

Roberta Metsola foi eleita, em meados de janeiro passado, presidente do Parlamento Europeu na segunda metade da atual legislatura, até à constituição da nova assembleia após as eleições europeias de 2024.

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UE atrasada na preparação para o inverno, diz líder do Parlamento Europeu

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

Mesmo tendo atingido armazenamentos na ordem dos 80%, a presidente do Parlamento Europeu considera que a União Europeia já está “demasiado atrasada” na preparação do próximo inverno.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, considera que a União Europeia (UE) já está “demasiado atrasada” na preparação do próximo inverno, relativamente ao eventual corte no abastecimento energético russo, apoiando uma intervenção de emergência no mercado europeu.

“Já estamos demasiado atrasados. Penso que há medidas imediatas que podem ser tomadas e ainda estamos longe do armazenamento que precisamos para o próximo inverno”, afirma Roberta Metsola em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, um dia antes de iniciar uma visita oficial a Portugal, entre quinta e sexta-feira.

“Alguns países encontram-se numa situação pior do que outros e são os países cujos cidadãos podem pagar menos que são geralmente os que mais vão sofrer”, reconhece a responsável.

E compara: “Quando estávamos a enfrentar uma pandemia, encontrámos um entendimento imediato sobre o que fazer, adotámos pacotes financeiros e levantámos as fronteiras quando as tínhamos imposto demasiado depressa”.

Numa altura em que a UE teme um corte no fornecimento russo, que poderia levar a preços energéticos ainda mais elevados, a Comissão Europeia já avançou com metas como 80% de armazenamento de gás e redução de 15% na procura.

Além disso, o executivo comunitário anunciou que vai apresentar, dentro de semanas, uma proposta para intervenção de emergência no mercado energético europeu, estudando medidas como limites de preços, e que vai avançar no início do próximo ano com a reforma estrutural na eletricidade.

“Acolheríamos com agrado qualquer intervenção de emergência, mas, é claro, não podemos ter uma emergência para sempre”, realça Roberta Metsola. Assim, “penso que precisamos também de evitar a narrativa de que isto se deve à guerra e, por isso, […] é necessário encontrar soluções para este problema e esta crise imediata”, remata.

“Temos de olhar para outras fontes de abastecimento e a maior preocupação que tenho é a enorme disparidade entre países e uma abordagem única não pode funcionar para isto”, adianta a líder da assembleia europeia.

Na atual configuração do mercado europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto — a eletricidade — quando este entra na rede.

Na UE, tem havido consenso de que este atual modelo de fixação de preços marginais é o mais eficiente, mas a acentuada crise energética, exacerbada pela guerra da Ucrânia, tem motivado discussão.

Uma vez que a UE depende muito das importações de combustíveis fósseis, nomeadamente do gás da Rússia, o atual contexto geopolítico levou a preços voláteis na eletricidade.

A UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

Roberta Metsola foi eleita, em meados de janeiro passado, presidente do Parlamento Europeu na segunda metade da atual legislatura, até à constituição da nova assembleia após as eleições europeias de 2024.

Aos 43 anos, Roberta Metsola é a presidente mais jovem do Parlamento Europeu, após ter chegado a eurodeputada em 2013, pelo Partido Popular Europeu.

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NERVO pisca o olho ao pórtico do MEO KALORAMA

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  • 31 Agosto 2022

A NERVO junta-se ao MEO para criar o pórtico da primeira edição do MEO KALORAMA, um olho gigante inspirado na identidade do Festival pronto para ver e ser visto por todos os que ali passarem.

Com um cartaz de luxo, o festival chega como um dos mais esperados deste ano e o hype não deixa dúvidas que vai dar que falar.

A ideia do pórtico ganha vida através da criatividade e produção da NERVO. A agência transformou a identidade do festival – uma espécie de “all seeing eye” – num olho em movimento que observa a entrada dos visitantes, movimento este que não será apenas ocular: a estrutura original onde o pórtico será colocado sustentará um conjunto de barras de luz que oscilam ao ritmo do festival, à medida que o público entra.

"Nos dias que correm, sabemos o enorme impacto que os pórticos têm na identidade dos festivais. Já não são só um corredor de entrada, mas o primeiro local onde se registam conteúdos e que muitas vezes perduram nos feeds a longo prazo, sempre que se pesquisa sobre o evento em questão. O desafio que o MEO nos propôs levou-nos a criar um pórtico que pulsa ao ritmo do festival e que dá o mote para o que vão encontrar no recinto, criando uma relação rítmica com o público que vai para além do impacto visual.”

Miguel Pires, Creative Partner da NERVO

O olho com mais de 7m de largura ocupará a instalação presente à entrada do Parque da Bela Vista, integrando-se de forma simbiótica com o espaço que ocupa.

"O grande desafio do ponto de vista de produção foi garantir que a peça será impactante independentemente da hora a que o público chegue – coordenado movimento e luz. A alta visibilidade desta estrutura durante o dia e durante a noite faz com que a marca sobressaia no primeiro contacto com o festival, garantindo que ninguém fica indiferente à sua presença. Afinal, qual o melhor sítio para colocar o olho que tudo vê se não no sítio onde todos passam?”

Tiago Tarracha, Managing Partner da NERVO

O MEO KALORAMA decorre nos dias 1, 2 e 3 de setembro e a criação da NERVO pode ser vista à entrada do festival já a partir de amanhã, no Parque da Bela Vista, em Lisboa.

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Governo acompanha “preocupações” sobre aumento das rendas

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

O gabinete de Pedro Nuno Santos não avançou mais pormenores sobre medidas para mitigar o impacto da subida das rendas ao ritmo da inflação.

O Governo garantiu nesta quarta-feira à Lusa estar “a acompanhar as preocupações” face ao perspetivado aumento das rendas, que poderão subir mais de 5% no próximo ano, encontrando-se “em análise” eventuais medidas para mitigar os impactos desta subida.

“O Governo está a acompanhar as preocupações que têm sido manifestadas sobre este tema, nomeadamente pelas várias associações do setor”, avançou à agência Lusa fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

“Neste momento, o assunto ainda está em análise”, acrescentou.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou para a próxima segunda-feira uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros destinada a aprovar um pacote de apoio ao rendimento das famílias, face aos efeitos da inflação.

Questionado pela Lusa sobre se entre estas medidas de apoio poderá vir a estar um travão ao aumento das rendas, o gabinete de Pedro Nuno Santos não avançou mais pormenores.

O valor das rendas poderá aumentar 5,43% em 2023, após ter subido 0,43% este ano, segundo os números da inflação dos últimos 12 meses até agosto hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Bruxelas aprova 6,7 mil milhões para PAC de Portugal

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

Nova PAC será implementada a partir de 1 de janeiro de 2023. Financiamento europeu é de seis mil milhões de euros.

A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira ter aprovado o primeiro pacote de planos estratégicos de sete países da União Europeia (UE) para a Política Agrícola Comum (PAC), do qual faz parte Portugal, num envelope de 6.782 milhões de euros.

Dos 6,782 mil milhões de euros orçamentados, 6 mil milhões são provenientes de financiamento europeu. O restante valor corresponde à comparticipação nacional.

“Hoje a Comissão Europeia aprovou o primeiro pacote de planos estratégicos da PAC para sete países: Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Polónia, Portugal e Espanha”, anuncia o executivo comunitário em comunicado hoje divulgado.

De acordo com Bruxelas, “este é um passo importante para a implementação da nova PAC, a 01 de janeiro de 2023”.

A ‘luz verde’ hoje dada surge depois de, em meados de junho, o Ministério da Agricultura ter submetido à Comissão Europeia o Plano Estratégico da PAC para o período 2023-2027, com um envelope financeiro de 6.700 milhões de euros, verbas que incluem os apoios ao rendimento, os programas setoriais e os programas de desenvolvimento rural para o continente e para as regiões autónomas da Madeira e Açores.

No conjunto, a PAC dispõe de um financiamento de 270 mil milhões de euros para o período 2023-2027, sendo que os sete planos hoje aprovados representam um orçamento total de mais de 120 mil milhões de euros, incluindo mais de 34 mil milhões de euros para objetivos ambientais e climáticos e a regimes ecológicos.

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Inflação em Itália sobe 8,4% em agosto para níveis de 1985

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

A subida da taxa de inflação no país ficou a dever-se, sobretudo, ao aumento dos preços da energia e dos produtos alimentares.

Os preços no consumidor aceleraram de novo em Itália em agosto para 8,4% em termos homólogos, atingindo um recorde que não era visto desde 1985, anunciou nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (Istat).

De acordo com a estimativa provisória realizada pelo Istat, a subida da taxa de inflação no país ficou a dever-se, sobretudo, ao aumento dos preços da energia e dos produtos alimentares.

Em termos mensais, os preços no consumidor na Itália subiram 0,8% em agosto, face ao mês anterior, o que correspondeu a um acréscimo de 0,5 pontos percentuais.

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Otovo chega a Portugal com subscrição mensal de painéis solares. “Portugal é chave para consolidarmos posição de liderança”

Forte exposição solar e fraca penetração no mercado de sistemas solares residenciais motivaram a norueguesa Otovo a apostar em Portugal. "Retorno do investimento vai ser relativamente rápido".

O marketplace de instalações solares e baterias residenciais oficializou esta quarta-feira a entrada no mercado português com a garantia de oferecer “poupanças imediatas na fatura energéticas das famílias”. A empresa, com origens norueguesas, escolheu Portugal como o décimo país para a sua expansão e as expectativas para o mercado nacional são altas: “Portugal é um país chave para a Otovo consolidar a sua posição de liderança como plataforma líder a nível europeu“, revelou ao ECO/Capital Verde Manuel Pina, diretor-geral da empresa em Portugal, anterior responsável da Uber em Portugal.

O foco da Otovo é fornecer painéis solares para ajudar “as famílias a tornarem-se mais independentes da rede ao produzirem a sua própria energia renovável”. Como? Através da plataforma online que, com base na localização e na identificação do seu telhado via GPS, calcula qual a melhor oferta para si, recomendando-lhe o tipo (e o número) de painéis mais adequados, estimando o nível de produção anual de energia e calculando as poupanças que resultam desta aposta, sem a necessidade de uma visita a casa. Depois, é criado um leilão instantâneo entre todos os instaladores que estão na aplicação, é feita uma proposta ao cliente e, por fim, é escolhido o modelo de pagamento: pronto a pagar ou, se preferir, pode optar por uma subscrição de pagamento mensal.

A ideia de reunir numa só plataforma as ofertas de mercado de painéis solares nasceu de Andreas Thorsheim, Simen Fure Jørgensen, Lars Syse Christiansen e Andreas Bentzen. Depois de arrancarem com o projeto em janeiro de 2016, a empresa alega ter-se tornado líder de mercado norueguês na venda de sistemas fotovoltaicos para o mercado residencial, afirmando ser o “único fornecedor” de energia solar independente ativo na Europa, com acesso a mais de 700 empresas de instalação. Mais tarde, partiu para a Suécia, França e Espanha. “A Otovo quer ser a plataforma líder no mercado solar residencial na Europa. Sendo Portugal um dos países da Europa com maior percentagem da população a viver em vivendas, com maior exposição solar e com uma das menores taxas de penetração de sistemas solares residenciais, é um mercado chave para atingir esta ambição“, explica o responsável.

Embora não revele o valor do investimento necessário para concretizar a aposta em Portugal por ser uma empresa pública, o responsável pela operação a nível nacional acredita que o retorno será “relativamente rápido” uma vez que estima que atualmente apenas 5% das casas em Portugal tenham instalações de painéis solares e que este mercado mantenha um crescimento de duas décimas nos próximos anos. Neste momento o investimento da empresa norueguesa será direcionado para a construção de uma equipa portuguesa, assim como na aquisição de novos clientes e instaladores. Nesta primeira fase de lançamento, a empresa já trabalhar em parceria com quatro instaladores, mas ambição é alargar a rede ainda este ano.

Manuel Pina, general manager da Otovo em Portugal, em entrevista ao ECO - 29AGO22
Manuel Pina, general manager da Otovo em Portugal, em entrevista ao ECO/Capital VerdeHugo Amaral/ECO

 

Ainda que o mercado seja competitivo, a Otovo garante que conseguirá diferenciar-se da oferta através da introdução de um modelo de subscrição, “que permite que as famílias instalem o sistema ideal para as suas casas sem qualquer custo inicial e com poupança a partir do primeiro dia”. “Muitas outras empresas estão a oferecer soluções [fotovoltaicas], no entanto nem todas estão de facto comprometidas em aumentar a dependência das famílias da rede através do autoconsumo“, ressalva.

A Otovo chega a Portugal numa altura em que se assiste a sucessivos aumentos nos custos energéticos, potenciados pela guerra e aliados à tendência crescente da inflação. E apesar de o cenário não ser o mais otimista, a empresa norueguesa encara isso como uma oportunidade. “Os efeitos da guerra têm-se sentido sobretudo a nível dos preços que as famílias pagam às operadoras e sabemos que, por causa disto, muitas famílias viram infelizmente a sua fatura de eletricidade aumentar”, diz Manuel Pina. “A nossa proposta de valor é precisamente para ajudar as famílias a reduzir a sua dependência das operadores e diminuírem os seus custos de eletricidade”, além de prometerem ajudar a reduzir a própria pegada de carbono do consumidor.

Por exemplo, segundo o responsável, uma família de Leiria que já aderiu ao sistema de subscrição e que tinha uma fatura de eletricidade média mensal de 98 euros está já a poupar sete euros por mês, uma vez que a energia solar permite reduzir o valor da fatura para 57 euros, aos quais acrescem 32 euros de subscrição (total de 89 euros por mês).

O período mínimo da subscrição é de 20 anos, sendo que o valor do contrato pode ser alterado consoante os níveis de inflação. Quanto à habitação do cliente, a instalação é idealmente pensada para telhados de moradias, sendo possível, no entanto, que os prédios instalem também o serviço. “Os prédios muitas vezes têm a dimensão necessária para criar uma poupança no consumo das famílias. Nunca vamos negar a nenhum cliente a instalação num prédio, mas queremos que sejam feitas poupanças”, afirmou Manuel Pina, esta quarta-feira, durante a apresentação do projeto.

Para o primeiro ano, esperamos tornarmo-nos na primeira referência para famílias que queriam começar a produzir a sua própria energia através de sistemas de painéis solares.

Manuel Pina, diretor-geral da Otovo ao ECO/Capital Verde

Esta quarta-feira marca oficialmente o primeiro dia da empresa em Portugal depois de já ter permitido a mais de 11 mil famílias europeias fazer a transição para a energia solar doméstica. E, apesar dos desafios já reconhecidos, Manuel Pina olha “com muito otimismo para o desenvolvimento” do mercado das energias renováveis, “dado o potencial do nosso país”. “Ainda assim, acreditamos que ainda existe um longo caminho a percorrer, especialmente no que diz respeito a permitir que as famílias se tornem cada vez mais auto-suficientes na produção energética”.

A empresa está cotada na Euronext Growth com uma capitalização bolsista de 350 milhões de euros. Na última apresentação de resultados, a Otovo registou 80 milhões de receita gerada, um crescimento anual de 200%, tendo registado mais de 10 mil novos clientes. O objetivo é alcançar entre 80 mil e 90 mil instalações até 2025.

Até ao final deste ano, a plataforma vai lançar-se em mais três mercados, com a ambição de cobrir 90% do mercado residencial na Europa.

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Aumento do custo de vida agrava dificuldades de utentes, diz Misericórdia da Figueira da Foz

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

Misericórdia da Figueira da Foz alerta para dificuldades financeiras dos utentes provocadas pelo agravamento do custo de vida, sobretudo no pagamento das comparticipações dos lares dos idosos

“Há maior número de pedidos de apoio, mas, sobretudo, as pessoas estão com dificuldades em pagar as suas comparticipações. As famílias estão em menores condições de comparticiparem as estadias dos idosos”, alertou o provedor da Misericórdia – Obra da Figueira da Foz, Joaquim Barros de Sousa. A Misericórdia nota, por isso, as dificuldades financeiras dos utentes provocadas pelo agravamento do custo de vida.

O dirigente da maior instituição de solidariedade social da Figueira da Foz salientou que a situação condiciona a atividade da Misericórdia, “que, indo até aos limites, não deixa, dentro do possível, de atender as pessoas” que recorrem às suas valências.

O aumento do custo de vida está a ser difícil também para todas as misericórdias, que reivindicam o aumento das comparticipações do Estado, que “são claramente insuficientes”, nota o Joaquim Barros de Sousa. “Já incorporamos em cada pessoa que está aqui internada, uma parte da Misericórdia. E o Estado não tem subido as comparticipações e tem protocolos connosco que nos obriga a acolher as pessoas”, frisou.

O provedor salientou que a instituição e “muitas outras misericórdias, algumas com maiores problemas [do que a da Figueira da Foz], têm estado a recorrer ao seu património para conseguir suportar as despesas”.

De acordo com Joaquim de Sousa, a partir da pandemia, as despesas da Misericórdia – Obra da Figueira da Foz cresceram cerca de 300 mil euros por ano, “o que condiciona muito a atividade”.

Muitas outras misericórdias, algumas com maiores problemas [do que a da Figueira da Foz], têm estado a recorrer ao seu património para conseguir suportar as despesas.

Joaquim Barros de Sousa

Provedor da Misericórdia - Obra da Figueira da Foz

Os aumentos da eletricidade e do gás representam, segundo o dirigente, os maiores encargos para a instituição, que avançou para um projeto de energia renovável para baixar a fatura mensal da energia. “Desenvolvemos um projeto de painéis solares, já em funcionamento, que representou um investimento superior a 50 mil euros e que vai, felizmente, diminuir muito a nossa fatura de energia”, frisou Joaquim de Sousa.

A Misericórdia – Obra da Figueira da Foz apoia diretamente mais de 580 pessoas, gerindo três lares, creche/jardim de infância, Centro de Dia e Centro de Noite, além de prestar apoio domiciliário e possuir outros equipamentos.

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