Número de trabalhadores em “lay-off” atinge máximo desde a pandemia

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

Desde março de 2020 que não havia tanta gente em "lay-off" tradicional. Eram 11.272 pessoas em maio, segundo dados divulgados esta segunda-feira.

O número de trabalhadores em lay-off tradicional, previsto no Código do Trabalho, foi de 11.272 em maio, o valor mais alto desde o início da pandemia, segundo as estatísticas mensais divulgadas esta segunda-feira pela Segurança Social.

“Em maio de 2022, as prestações de lay-off (concessão normal, de acordo com o previsto no Código de Trabalho) abrangeram 11.272 pessoas, sendo o número mais elevado desde o início da pandemia”, em março de 2020, lê-se na síntese estatística elaborada pelo Gabinete de Planeamento e Estratégia (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Face ao mês anterior, as prestações de lay-off processadas aumentaram 150,6%, e na variação homóloga o aumento foi de 70,5%.

De acordo com os dados, a maioria dos trabalhadores abrangidos (9.796) estava com redução de horário de trabalho, enquanto 1.476 estavam com suspensão temporária do contrato. Estas prestações foram processadas para 109 entidades empregadoras em maio, menos sete que no mês anterior.

Prestações de desemprego também sobem face a abril

Já o número de beneficiários de prestações de desemprego caiu 28% em maio, face mesmo mês de 2021, mas aumentou 7,3% comparando com abril, para 199.242.

“Em maio de 2022, foram processadas 199.242 prestações de desemprego, revelando um acréscimo de 7,3% face ao mês anterior”, lê-se na referida síntese estatística.

As prestações de desemprego estavam a cair desde janeiro, quando foi registado um total de 225.410 prestações.

Já em relação ao período homólogo, os dados de maio indicam uma redução de 77.423 beneficiários (menos 28%). O sexo feminino representava 57,8% do total de beneficiários das prestações de desemprego e o sexo masculino 42,2%, indica a síntese do GEP.

O número de beneficiários do subsídio de desemprego foi de 130.473 em maio, “o que representa o número mais baixo desde o início da série”, que começa em janeiro de 2006, pode ler-se no documento.

Em relação ao mês anterior, o número de subsídios de desemprego processados diminuiu em 2.324 (menos 1,8%) e, relativamente ao período homólogo, a redução foi de 65.270 (menos 33,3%).

Quanto ao subsídio social de desemprego inicial, os dados indicam que abrangeu 5.863 pessoas em maio, uma diminuição de 9% face a abril e de 38,1% comparando com o período homólogo.

Por outro lado, o subsídio social de desemprego subsequente foi atribuído a 26.617 beneficiários, um acréscimo de 9,5% (mais 2.304) e, em termos homólogos, o acréscimo foi de 10.026 (mais 60,4%).

Os dados revelam ainda que a prorrogação da concessão do subsídio de desemprego foi concedida a 10.804 pessoas, uma queda de 29,7% em relação a abril e de 69,8% face ao período homólogo.

Em maio, o valor médio das prestações de desemprego situou-se nos 540,50 euros, face aos 548,63 euros registados em abril.

Baixas por doença aumentam 86% em maio

Por fim, o número de baixas por doença aumentou 86% em maio face ao mesmo período do ano passado e subiu 28,4% comparando com abril, para 333.037.

“No mês de maio, as prestações de doença foram atribuídas a 333.037 pessoas”, lê-se na síntese elaborada pelo GEP do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O número de beneficiários aumentou em 28,4% face ao mês anterior, verificando-se assim mais 73.720 pessoas a receber prestações por doença face a abril. Em relação ao período homólogo, o aumento foi de 153.996 beneficiários (mais 86%).

As prestações abrangem o subsídio de doença, o subsídio de doença profissional, o subsídio de tuberculose, a concessão provisória de subsídio de doença, as baixas por contágio e o subsídio por isolamento profilático (próprio) pelo coronavírus.

O número de subsídios de doença atingiu em maio o valor mais elevado desde janeiro, tendo sido abrangidas por esta prestação 170.316 pessoas, das quais 59,1% do sexo feminino.

O grupo etário dos 50 aos 59 anos é o mais representado (28,9%), seguido pelo grupo com idades entre os 40 e os 49 anos, com 26%.

Os dados relativos a maio indicam ainda que, no âmbito dos vários regimes de Segurança Social, foram processadas 2.068.949 pensões de velhice, um aumento de 1.372 pensões face a abril e mais 14.250 relativamente ao período homólogo.

A pensão de sobrevivência abrangeu 734.981 pessoas, mais 1.161 face a abril e um aumento de 13.468 em termos homólogos, enquanto a de invalidez manteve a tendência de redução do último ano, tendo sido processadas 174.392.

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Luko vence Next Unicorn Awards da VivaTech

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2022

Quatro anos a crescer, presença em 3 países UE, e aquisições que servem ambição de chegar ao 1º milhão de clientes em 2023 fazem da Luko a scale up de maior potencial entre 100 startups europeias.

Sendo uma de 100 startups europeias selecionadas para o concurso e eleita finalista na categoria Fintech & Insurtech, a francesa Luko arrebatou “grande prémio Next Unicorn Awards”, distinção conquistada na 6ª edição do salão VivaTech 2022, realizado em Paris.

Nascida em 2018, atualmente com soluções consolidadas em seguros e serviços de assistência habitação, a Luko evidencia crescimento rápido e elevado potencial, assumindo objetivo de alcançar um milhão de clientes em 2023. “Para nós, ganhar este Prémio é a prova de que o nosso trabalho e a nossa filosofia, a de um seguro que defende a transparência e a eficiência, tem o reconhecimento dos nossos pares“, disse Benoît Bourdel, CTO e co founder da Luko.

Com cerca de 72 milhões de euros angariados em 3 rondas de investimento, duas aquisições (a alemã Coya e a francesa Unkle), a insurtech tem já operação estabelecida em França, Alemanha e Espanha. Neste concurso, destacou-se das outras start-ups finalistas, entre as quais estavam a Privitar (big data), Brainly (comunidades), Malt (market places) e a ID now (autenticação de ID digital).

Next Unicorn Awards do salão tech parisiense

Iniciativa da Viva Tech em parceria com o GP Bullhound (banco de investimento e consultor financeiro em start-ups), apoio de entidades como a Capgemini, o Conselho Europeu para Inovação e diversos fundos de investimento, os Next Unicorn Awards foram criados para promover o ecossistema tech na Europa, distinguindo as scaleups de maior potencial na região.

Em março passado, a Viva Technology divulgou o Top 100 das start-ups selecionadas para a 4ª edição do concurso que elegeu vencedores em seis categorias e atribuiu um Grand Prix. Este ano, a Luko venceu a categoria Fintech-Insurtech e arrebatou o grande prémio do evento.

A lista das 100 iniciais era composta por startups oriundas de 14 países: Reino Unido (24 scaleups), França (18), Alemanha (16) e a região Nordico/Báltico, com 13 scaleups. Esta distribuição, que traduz a dimensão dos ecossistemas de inovação tech de cada país ou zona, incluiu ainda, além de entre outras origens, a Espanha, com nove start-ups de grande potencial.

Em conjunto, as concorrentes que iniciaram o concurso representavam cerca de 10,8 mil milhões de euros de financiamento angariado, ou cerca de 112,2 milhões cada uma, indicam dados do salão tecnológico de Paris.

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Sindicatos ameaçam avançar contra CP em tribunal devido aos trabalhadores da EMEF

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

A Fectrans e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário ameaçam avançar contra a CP em tribunal, alegando “discriminação” dos trabalhadores da antiga EMEF.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) ameaçam avançar contra a CP em tribunal, falando em “discriminação” dos trabalhadores da antiga EMEF.

Em comunicado, as estruturas sindicais referiram que decidiram, “caso se verifique a discriminação que tem vindo a ser apregoada aos trabalhadores, avançar judicialmente, e exigir a retroatividade desde janeiro de 2021 de tudo, a que os trabalhadores que transitaram da ex-EMEF têm direito”.

Esta decisão deve-se ao facto de os membros da administração da CP, “em vez de se centrar na gestão ferroviária pública e proteger os seus trabalhadores” atuarem apenas como “executores da tutela”, tendo na “sua agenda a retirada de direitos, a continuidade dos baixos salários e optado pela chantagem e a pressão junto dos trabalhadores, para deixarem de ser associados no seu sindicato de classe, o SNTSF/Fectrans”, afirmaram.

Segundo os sindicatos esta estratégia tem sido “dirigida por alguns responsáveis da empresa e por organizações ditas sindicais que se prestam a ser os criados para esse efeito, existindo mesmo quem só falte implorar para que os trabalhadores saiam do seu sindicato, o SNTSF o sindicato da Fectrans e da CGTP-IN no setor ferroviário”.

Segundo a mesma nota, “o que está em causa neste momento é o respeito pelos trabalhadores, que continuam a ver os seus salários desvalorizados e perante propostas de retirada de direitos, polivalências, para com menos trabalhadores conseguirem fazer o mesmo de hoje”, acrescentando que o SNTSF/Fectrans “sem prejuízo do anúncio de outras ações a anunciar a breve prazo, depois de efetuar nova ronda pelos locais de trabalho, mantém a greve ao trabalho extraordinário que foi prolongado até ao final de Julho, nos mesmo moldes deste mês”.

“Por outro lado, irá dar expressão de rua da luta dos ferroviários, na Manifestação Nacional promovida pela CGTP-IN, no próximo dia 7 de julho, às 15H00, em Lisboa – Marquês de Pombal para a Assembleia da República, apelando aos trabalhadores para participarem e na rua manifestarem as suas reivindicações”, referiu.

Em maio, o coordenador da Fectrans, José Manuel Oliveira, disse à agência Lusa, que o principal motivo das greves que estes trabalhadores estão a levar a cabo “são os aumentos salariais, embora estejam também em causa outras matérias, como a aplicação do Acordo de Empresa da CP aos trabalhadores da antiga EMEF, para acabar com as desigualdades”.

A Fectrans e o seu sindicato, filiados na CGTP, reivindicam um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores da CP, a quem foi aplicada uma atualização de 0,9%, tal como foi imposto a todo o Setor Empresarial do Estado e Administração Pública.

Na resolução aprovada nos plenários, os trabalhadores exigem a continuação das negociações da revisão do Acordo de Empresa e do Regulamento de Carreiras, “que valorize os salários de modo a fazer face ao brutal aumento do custo de vida, valorize as profissões e proceda à integração dos trabalhadores da ex-EMEF sem perda de direitos e redução de remunerações”.

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Cirurgias remotas em 5G chegam ao Hospital do Funchal

  • ECO
  • 20 Junho 2022

Operadora Nos e Johnson & Johnson MedTech instalam solução de assistência remota que permite interação entre médicos à distância, em tempo real.

A operadora Nos e a Johnson & Johnson MedTech implementaram uma solução de apoio remota aos profissionais de Saúde no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, que já está integralmente coberto com rede 5G.

“A solução de assistência remota estabelece uma ligação de vídeo de alta-definição 4K entre dois profissionais de Saúde que estejam ligados remotamente, utilizando os smartglasses, explica a Nos em comunicado. A tecnologia permite “o recurso a um apoio especializado a qualquer momento, esbatendo as distâncias físicas entre profissionais”.

O sistema foi posto em prática esta segunda-feira, com um especialista remoto em Lisboa a acompanhar e dar suporte aos médicos no laboratório de Hemodinâmica do hospital durante a ablação de uma taquicardia supraventricular, indica o comunicado.

“O 5G está a potenciar grandes avanços tecnológicos, que vão permitir um futuro melhor para todos os portugueses”, destacou Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da Nos. Ana Ayres, country manager da Johnson & Johnson MedTech salientou que “a combinação destas tecnologias, potencia a formação continuada dos profissionais de saúde e o tratamento diferenciado dos pacientes”.

Faz este mês um ano que foi anunciada a instalação de 17 antenas no Hospital da Luz, em Lisboa, também em parceria com a Nos. A unidade tornou-se, na altura, a primeira a estar equipada com a nova geração móvel, com cobertura de salas de cirurgia, do centro de formação e zonas de maior afluência de utentes.

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Benfica contrata David Neres e vende Everton ao Flamengo

  • Lusa e ECO
  • 20 Junho 2022

O futebolista brasileiro David Neres vai ser reforço do Benfica para a próxima temporada. Os "encarnados" anunciaram também a venda de Everton ao Flamengo por 13,5 milhões de euros.

O futebolista internacional brasileiro David Neres vai ser reforço do Benfica para a próxima temporada, tendo assinado um contrato de cinco épocas. Os “encarnados” anunciaram também esta segunda-feira a venda de Everton ao Flamengo por 13,5 milhões de euros, num negócio que poderá atingir 16 milhões de euros.

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD (“Benfica SAD”) informa chegou a acordo com o FC Shakhtar Donetsk para a aquisição da totalidade dos direitos do jogador David Neres, pelo montante de € 15.300.000 (quinze milhões e trezentos mil euros)”, lê-se no comunicado da SAD das águias à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os “encarnados” revelam ainda que Neres assinou até 30 de junho de 2027 e ficou com uma cláusula de rescisão no valor de 100 milhões de euros.

Neres, de 25 anos, estava ligado ao Shakhtar Donetsk, mas acabou por não fazer qualquer jogo com a camisola do clube ucraniano devido à invasão russa. Formado no São Paulo, o extremo esquerdino deu nas vistas no Ajax, clube em que ingressou em 2016/17 com apenas 19 anos.

Ao serviço dos holandeses, Neres conquistou três campeonatos e duas taças, tendo registado 47 golos em cinco épocas e meia, antes de rumar à Ucrânia em janeiro deste ano. O avançado tem sete internacionalizações e um golo pelo Brasil, tendo ajudado a formação “canarinha” a conquistar a Copa America de 2019.

Também esta segunda-feira, o clube da Luz anunciou a venda do futebolista brasileiro Everton ao Flamengo por 13,5 milhões de euros, num negócio que poderá atingir 16 milhões de euros. “A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD (“Benfica SAD”) informa que chegou a acordo com o CR Flamengo para a alienação dos direitos desportivos e de 90% dos direitos económicos do jogador Everton Soares, pelo montante de € 13.500.000 (treze milhões e quinhentos mil euros). O valor global da alienação poderá atingir ou superar o montante de € 16.000.000 (dezasseis milhões de euros)”, adianta a Benfica SAD, em comunicado enviado à CMVM.

Os “encarnados” referem que terão direito a um milhão de euros, “dependente da concretização de objetivos relacionados com a performance desportiva” do Flamengo, além de “10% do valor de uma futura transferência do referido jogador” ou a receber 1,5 milhões de euros, “dependente da manutenção do vínculo laboral do jogador com o CR Flamengo a 31 de dezembro de 2025 e da concretização de objetivos relacionados com a performance desportiva do jogador”.

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Dos criptoativos ao degelo: Swiss Re alerta para novos riscos emergentes nos seguros

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2022

Tendências nos criptoativos revolucionam panorama financeiro e abrem novos desafios aos seguros. Nova geração de riscos emerge no horizonte climático, com agricultura e alimentação sob pressão.

Além de constituir ameaça para uma enorme quantidade de infraestruturas nos próximos 30 anos, o degelo do pergissolo (ou permafrost, aceção anglo-saxónica que designa as camadas de composto congelado junto à superfície de um quarto de todo o hemisfério norte), vai acelerar a ocorrência e gravidade de eventos climáticos extremos e libertar agentes patogénicos congelados há décadas e considerados transmissores de doenças, alerta a 10ª edição do Sonar, relatório anual de riscos produzido pela Swiss Re.

O documento especifica potencial de longo prazo em três riscos emergentes, para os quais a indústria seguradora pode ajudar a construir resiliência comunitária.

Em primeiro lugar alerta sobre os criptoativos, incluindo criptomoedas que ganham espaço nos mercados mobiliários e desafiam o sistema monetário convencional. As soluções em blockchain possibilitaram criação de plataformas de tokens, por sua vez utilizadas na compra de representações digitais de bens e serviços, como arte e imobiliário. Esta tendência abre desafios ao nível regulatório, fiscal e patrimonial, com implicações nos seguros. E a Swiss Re questiona: s”erá que esses criptoativos estarão devidamente cobertos pelas apólices de bens patrimoniais e de ciberrisco?”

“Uma pandemia global, conflitos geopolíticos, inflação crescente e uma crise climática imparável são apenas alguns dos muitos riscos que a série SONAR examinou ao longo da última década e que acabaram por se materializar. No entanto, a investigação de novos riscos não pode limitar-se a previsões. Trata-se de aumentar a consciência sobre riscos que podem ter impacto na sociedade e de nos prepararmos em conformidade,” afirma Patrick Raaflaub, Chief Risk Officer do grupo Swiss Re.

Enquanto o mundo se confronta ainda com o impacto da pandemia, turbulência económica e volatilidade criada pela guerra na Ucrânia e a credibilidade nas instituições sociais enfraquece, muitas seguradoras expostas a indústrias poluidoras enfrentarão novos desafios em consequência das alterações climáticas, aponta o relatório abordando riscos em torno de 14 tópicos transversais às áreas da economia, tecnologia, ambiente e de âmbito social que implicam a indústria seguradora global.

Depois de, há 42 anos, ter identificado riscos das alterações climáticas, a resseguradora salienta que os efeitos dessas alterações são hoje visíveis na vida de todos e passa ao tópico seguinte. Do degelo nas camadas superiores do permafrost e da necessidade de assegurar alimentação para uma população mundial que continua aumentar, ao mesmo tempo que se tenta reduzir as emissões de carbono na agricultura, emergem novos desafios no horizonte, aponta o Swiss Re SONAR 2022.

À medida que procura reduzir a sua contribuição para o aquecimento global, a atividade agrícola mostra-se particularmente sensível às alterações climáticas. Desta duplicidade e do desafio em torno da segurança alimentar, emerge o terceiro tópico: uma “nova geração de riscos,” classifica a Swiss Re afirmando que os “seguros podem desempenhar papel decisivo,” contribuindo para adoção de práticas mais sustentáveis através da oferta de coberturas e soluções que facilitem uma agricultura regenerativa e amiga do ambiente.

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VidaCaixa compra Sa Nostra e consolida aquisição da Bankia Vida

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2022

A VidaCaixa, líder no mercado segurador espanhol e detentora, em Portugal, da BPI Vida e Pensões, prepara a aquisição da Sa Nostra Vida y Pensiones enquanto conclui a integração da Bankia Vida.

A VidaCaixa, sociedade detida na totalidade pelo CaixaBank que controla a BPI Vida e Pensões (BPI VeP), está a negociar a compra da Sa Nostra Vida y Pensiones, centrada nas Ilhas Baleares.

No final do último ano a VidaCaixa integrou a Bankia Vida, uma filial do CaixaBank e da Mapfre, numa operação que envolveu 578 milhões de euros.

“Temos que transferir um milhão de apólices do Bankia Vida para o VidaCaixa. É um processo complicado que exige muito trabalho”, salientou esta semana Javier Valle, CEO da VidaCaixa, em entrevista publicada pelo diário espanhol especializado em economia Expansión.

O CEO da VidaCaixa revelou ainda que a seguradora do ramo Vida se encontra a negociar a compra da Sa Nostra Vida y Pensiones, centrada nas Ilhas Baleares, para posteriormente integrá-la no VidaCaixa. “Queremos fechar essa operação o mais rápido possível para simplificar a nossa estrutura e obter maior eficiência”, acrescentou.

A VidaCaixa aposta a 100% nos seguros do ramo Vida, onde considera possuir vantagens de vulto. Para Javier Valle o crescimento da entidade nos últimos anos explica-se pelo seu modelo de seguro bancário. “Temos uma cultura de grande clarividência, que está na origem do grupo bancário e que é muito clara na rede de distribuição e em toda a organização”. Além disso, “temos muitos produtos que as restantes empresas de vida não têm. Com o ambiente tarifário dos últimos anos, os produtos garantidos perderam a atratividade, mas conseguimos lançar seguros que combinam investimentos tradicionais de renda fixa com outros de renda variável que proporcionam os retornos que a dívida não oferece.”

A VidaCaixa, subsidiária do CaixaBank, controla 15% do mercado segurador espanhol em volume de prémios, sendo seguida pela Mapfre, cujo peso é de 11%, de acordo com os dados respeitantes ao desempenho das seguradoras no mercado espanhol no primeiro trimestre de 2022. Na terceira posição surge a Mutua Madrileña, que apresenta uma quota de 8,94%.

A BPI Pensões foi incorporada na BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, ambas detidas na sua totalidade pelo Banco BPI. O serviço prestado pela BPI Pensões manteve-se no quadro da nova entidade BPI Vida e Pensões – Companhia de Seguros, S.A. Posteriormente, no final de 2017, o Banco BPI vendeu a totalidade da participação que detinha no capital da BPI Vida e Pensões à VidaCaixa Sociedade Anónima de Seguros e Resseguros, Sociedade Unipersonal. A VidaCaixa é uma companhia de seguros do ramo vida consolidada a 100% pelo Caixabank e centra a sua atividade no negócio de seguros de vida e fundos de pensões em Espanha.

A BPI Vida e Pensões ABPI Vida e Pensões terminou o primeiro trimestre deste ano com 7 817 milhões de euros em recursos geridos, representando cerca de 6,7% do ativo total gerido pelo braço de seguros do grupo CaixaBank. No mesmo período cresceu 3,8% relativamente aos recursos que geria em março de 2021.

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Aldeias de xisto da Lousã com investimento de 320 mil euros na rede de água

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

Aldeias de xisto da Lousã captam investimento de 320 mil euros para construção de estações de tratamento de águas (ETA) e reabilitação de sistemas de captação e adução de água.

A Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN) vai investir cerca de 320 mil euros no abastecimento de água de cinco aldeias de xisto do concelho da Lousã.

As quatro empreitadas, que englobam cinco aldeias serranas da Lousã, preveem, entre outras intervenções, a construção de estações de tratamento de águas (ETA) e a reabilitação de sistemas de captação e adução de água, anunciou a APIN, numa sessão realizada na Câmara da Lousã, distrito de Coimbra, em que foram assinados os autos de consignação das obras, a cargo da Luságua.

As intervenções serão feitas no Candal (77.800 euros), Talasnal (80.000), Cerdeira (72.400) e Casal Novo e Chiqueiro (85.500).

Segundo o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, estas empreitadas preveem uma “otimização” do abastecimento de água naquelas cinco aldeias, estando previsto para o futuro empreitadas noutras localidades, que não são aldeias de xisto.

O autarca realçou ainda a importância deste investimento face à procura turística e unidades que operam naquelas cinco aldeias de xisto.

“A partir desta empresa intermunicipal, conseguimos aceder a fundos comunitários; o que permite um conjunto alargado de investimentos”, destacou Luís Antunes.

Também o presidente da APIN, João Miguel Henriques, considerou que as empreitadas “são muito importantes para a promoção turística não só da Lousã, mas de toda a região”.

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STCP e Metro do Porto reforçam oferta em noite de São João

  • Lusa e ECO
  • 20 Junho 2022

Na noite de quinta para sexta-feira, haverá mais autocarros e veículos do metropolitano a circularem do que habitualmente. Na CP, há greve dos revisores e ao trabalho extraordinário.

Na noite de quinta para sexta haverá mais autocarros e veículos do metropolitano na cidade do Porto. STCP e Metro do Porto vão reforçar a oferta para acomodar as centenas de milhares de pessoas que nessa noite estarão a celebrar o São João.

Nos comboios pesados, a CP não poderá reforçar o serviço por causa da greve dos revisores e da paralisação ao trabalho extraordinário.

STCP

Na zona da baixa, a STCP prevê um “reforço nos principais eixos de chegada”, bem como um aumento de frequência e utilização de viaturas com maior capacidade, “garantindo uma mobilidade eficaz de e para todos os concelhos onde opera”, nomeadamente, Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Maia, Matosinhos e Valongo.

As linhas 200 e 1M vão ter uma frequência de 30 minutos durante toda a noite e madrugada, com paragem na Rua da Restauração, junto ao Hospital de Santo António. Também a linha 602 vai ter uma frequência de 30 em 30 minutos até à 01:00, podendo o regresso ser feito pela linha 3M, com partida na Trindade. Já as linhas 501, 507, 601, 12M e 13M efetuam o habitual serviço noturno ou de madrugada.

Com término na Trindade, a linha 600 vai ter uma frequência de perto de 12 minutos até à 01:00, no sentido Aliados, e a linha 4M com frequência de 15 minutos até à Ponte da Pedra, e de 30 minutos até à Maia, até cerca das 02:30, sendo que após essa hora, mantém-se apenas a frequência de meia em meia hora até à Maia. Por sua vez, a linha 3M vai ter uma frequência de 30 minutos até ao Araújo, e de uma hora até ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, até cerca das 03:00, sendo que após essa hora, só se mantém a frequência de uma em uma hora até ao aeroporto.

Já na Rua do Bolhão, as linhas 701 e 702 vão ter uma frequência combinada de 15 minutos até à 01:00, à semelhança da linha 5M, durante a madrugada.

Também com término no Bolhão, mas na Rua da Firmeza, as linhas 305, 401 e 700 vão efetuar o habitual serviço. A linha 7M terá uma oferta de 40 em 40 minutos durante toda a madrugada e as linhas 800 e 801 vão ter uma frequência combinada de 15 minutos até à 01:00, sendo que a partir dessa hora, permanece a linha 800 com partidas alternadas com a linha 8M a cada 30 minutos.

Por sua vez, a linha 400 vai manter a habitual frequência, com término na Alexandre Herculano, à semelhança das linhas 901, 904, 905 e 906, ainda que apenas enquanto se mantiverem as condições de circulação na Ponte do Infante, sendo que após constrangimentos, passam a efetuar a paragem junto à Câmara de Vila Nova de Gaia.

Do mesmo modo, a linha 905 terá uma frequência de 40 minutos entre o Monte da Virgem e a Câmara de Gaia, e a articulação com a linha 907 possibilita uma oferta de 15 em 15 minutos entre o Monte da Virgem e Santo Ovídeo. Por sua vez, a linha 907 será reforçada, estando também previsto o serviço noturno entre o Gaia Shopping e Vila D’Este. Já a linha 10M terá uma frequência de 20 minutos até às 02:00, sendo que após essa hora passa a 40 minutos entre a autarquia e Vila D’Este.

Os constrangimentos de trânsito na zona do Aliados, da Cordoaria e da Ribeira, vão obrigar a desvios nos términos das viagens para locais próximos dessas zonas, esclarece a operadora, acrescentando que as paragens localizadas na Cordoaria, Praça da Liberdade, Aliados, São Bento, Batalha, D. João I, Carmo e na parte final da Avenida da República (Gaia) estão desativadas.

A STCP afirma ainda que algumas linhas não irão operar no período noturno e madrugada, como as linhas 900P e 900G que passam nas zonas ribeirinhas e que irão terminar o serviço mais cedo, sugerindo, por isso algumas alternativas.

Em alternativa à linha 500, a STCP recomenda a utilização da linha 200 e 1M, ou, se for a partir de Matosinhos, a linha 502. Já as linhas 904 e 11M podem ser substituídas pelas linhas 901 e 906, a partir de Vila Nova de Gaia. Já a partir do Porto, a alternativa pode ser feita através da linha Amarela do Metro.

Metro do Porto

A partir das 20h00 do dia 23, a operação do Metro será realizada sempre em veículos duplos e com um reforço da operação em todas as linhas, exceção feita à Linha Violeta (E), que encerrará no horário habitual (à 1H00).

Na Linha Amarela (D), a partir das 23h45, devido ao encerramento da circulação na Ponte Luís I, por causa do fogo de artifício no rio, a circulação far-se-á apenas nos segmentos Hospital de São João/São Bento e General Torres/Santo Ovídio. A retoma plena desta linha acontecerá logo que as forças de segurança tenham assegurado condições para tal, o que deverá suceder pelas 4h00, tendo em conta o ocorrido em anos anteriores.

Em 2019, a procura pelo serviço do Metro nesta noite resultou em mais 100 mil validações adicionais. A empresa conta que o número seja repetido, três anos depois.

Este ano, as festas da noite de São João serão distribuídas por três palcos na cidade e o fogo de artifício será lançado a partir do rio Douro.

O habitual palco na Avenida dos Aliados será, este ano, substituído por três palcos: um na praça do Rossio nos Jardins do Palácio de Cristal, outro no Largo Amor de Perdição (na zona da Cordoaria) e por último, um na praça da Casa da Música.

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Do abono automático ao simulador inteligente, estas são as novidades na calha da Segurança Social

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

Entre as medidas anunciadas está o pagamento automático do abono de família ou a eliminação das declarações trimestrais dos trabalhadores independentes.

O Governo apresentou esta segunda-feira o programa de transformação digital da Segurança Social, ‘clic’, financiado com 200 milhões de euros e que prevê 85 medidas a implementar até 2026, entre as quais um simulador inteligente de prestações sociais.

O programa ‘clic’, apresentado esta tarde no Museu da Eletricidade, em Lisboa, prevê ainda o pagamento automático do abono de família ou a eliminação das declarações trimestrais dos trabalhadores independentes, tal como avançou esta segunda-feira o Jornal de Notícias.

A apresentação do programa coube ao secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, que começou por sublinhar que “mensalmente a Segurança Social assegura mais de um milhão de prestações de abono de família e paga mais de dois milhões de pensões” gerindo ainda a relação contributiva “de cerca de quatro milhões de trabalhadores dependentes e mais de 330 mil independentes”.

“Até 2026, as 85 medidas irão transformar a Segurança Social”, disse Gabriel Bastos, acrescentando que o objetivo é tornar a Segurança Social “mais simples, direta e acessível, focada na resposta célere às necessidades dos destinatários em cada momento, sem burocracias necessárias”.

Entre as medidas que serão financiadas com 200 milhões de euros do Plano de Reestruturação e Resiliência (PRR) e implementadas de forma gradual até 2026, está a criação de um simulador inteligente de prestações sociais que irá permitir perceber qual a prestação que mais se adequa à situação atual, num universo de mais de 60 prestações existentes, disse.

O simulador permitirá ainda saber qual o valor estimado da prestação bem como a sua duração.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, realçou, em declarações aos jornalistas, o “investimento muito grande do ponto de vista da transformação da Segurança Social” com o objetivo de a tornar “mais rápida, mais próxima, mas que também consiga cada vez mais desenhar soluções à medida das necessidades concretas das pessoas”.

A atribuição automática do abono de família será feita com base na informação de que a Administração Pública já dispõe, com base na comunicação entre a justiça e as declarações de rendimentos dos progenitores comunicados à Segurança Social e à Autoridade Tributária.

Quanto mais simples for o processo, maior vai ser a justiça na atribuição destes apoios sociais, nomeadamente no abono, porque a própria pessoa nem vai ter de o pedir e terá acesso, caso reúna as condições”, referiu a ministra, embora não se comprometendo com a data de implementação da medida.

Tal como já tinha sido anunciado pelo Governo, está também prevista a criação de uma nova prestação social única, que consolidará um conjunto de prestações sociais, com o objetivo de garantir o acesso mais simples e direto à proteção social para cidadãos em situação de vulnerabilidade.

Outra das medidas é a eliminação das declarações de remunerações mensais por parte das empresas, também já anunciada pelo Governo, e a simplificação do ciclo contributivo das empresas, permitindo o cálculo automático das contribuições.

Quanto à eliminação das declarações trimestrais de trabalhadores independentes, o governante explicou que esta obrigação contributiva passará a ser calculada com base na informação comunicada pelos trabalhadores independentes à Autoridade Tributária.

Também será disponibilizado na Segurança Social Direta o “serviço doméstico online” para comunicação do serviço doméstico, permitindo gerar o documento de pagamento.

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Marcelo e a subida “histórica das pensões”: “É muito dinheiro, mais de dois mil milhões”

De manhã, António Costa assegurou que as pensões vão ter uma "subida histórica" em 2023. À tarde, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa comentou: "É muito dinheiro, pode ser mais de dois mil milhões."

O primeiro-ministro assegurou esta segunda-feira de manhã que as pensões e reformas vão ter uma “subida histórica” no próximo ano por conta do crescimento económico e da escalada da inflação em 2022. À tarde, o Presidente da República comentou: “É muito dinheiro, pode ser mais de dois mil milhões de euros.”

Para Marcelo Rebelo de Sousa, o “somatório” dos efeitos do crescimento económico e da inflação dará lugar a um “ajustamento das pensões e reformas nunca visto, superior, porventura, a 10%”, disse, sem explicar como chegou a esta percentagem.

De qualquer das formas, disse que a subida “será equivalente a ter mais um mês de pensões ou reformas”, afirmou.

“Estamos a falar, no Orçamento de 2023, da repercussão de uma lei que já existia e existe que no ano de 2023 pode dar verdadeiramente uma subida histórica das reformas e pensões. É muito dinheiro, pode ser mais de dois mil milhões de euros”, acrescentou Marcelo, citando números divulgados no fim de semana pelo Correio da Manhã.

Marcelo frisou, contudo, que esta subida não se repetirá nos anos seguintes. Se olharmos para a evolução previsível de 2023, em que o crescimento cai e a inflação também se espera que venha a cair, aí vira-se ao contrário: a subida [do PIB] que pode haver de 1,5% ou 2% mais uma taxa de inflação mais baixa, portanto, já não é nada de comparável”, considerou.

O Presidente da República falava à margem da conferência “Dez anos do Conselho de Finanças Públicas”, em reação ao anúncio de António Costa esta manhã sobre a atualização das pensões no próximo ano.

“Com as previsões para a inflação e para crescimento económico, vamos ter um aumento histórico das pensões de reforma com a aplicação da fórmula que existe desde 2007. Não há a mínima dúvida de que vamos cumprir a fórmula, as leis existem para serem cumpridas”, garantiu António Costa, no programa “O Princípio da Incerteza”, que teve lugar na conferência CNN Portugal Summit.

As últimas projeções do Banco de Portugal apontam para um crescimento de 6,3% da economia portuguesa este ano, enquanto a taxa de inflação deverá acelerar para 5,9%.

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411 turistas já beneficiaram do “voucher” para visitar São Jorge

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

Durante o primeiro mês em vigor, 411 passageiros já beneficiaram do voucher de 35 euros criado pelo Governo dos Açores para incentivar o turismo na ilha de São Jorge devido à crise sismovulcânica.

“Até ao momento e passado um mês do lançamento desta iniciativa, cerca de 411 passageiros já usufruíram do voucher Welcome to São Jorge, um número bastante animador, tendo em conta que ainda não estamos em plena época alta”, anunciou a secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.

Para o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), aquele número “evidencia que a medida está a cumprir com os objetivos a que se propôs”.

Em 17 de maio, entrou em vigor o voucher de 35 euros atribuído aos turistas que visitam São Jorge, tendo o Governo disponibilizado um montante máximo de 330 mil euros para a iniciativa.

O Governo Regional lembra que pretendia “aumentar os fluxos turísticos” para São Jorge, “de modo a compensar as perdas decorrentes” da situação sismovulcânica, um “objetivo” que, defende, “está a ser alcançado”.

“Esta medida gerou até ao momento cerca de 14.385 euros, o que se traduz naturalmente num impacto positivo sobre a economia local, mais diretamente sobre as empresas turísticas, mas também, se bem que de forma indireta, sobre as empresas de outros setores, dada a transversalidade do turismo”, realça o Governo açoriano.

A secretaria regional, tutelada por Berta Cabral, acredita que o impacto da medida vai crescer nas próximas semanas, uma vez que o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) diminuiu o nível de alerta vulcânico para V3.

“Acreditamos que o impacto desta medida será reforçado a partir de agora, após o CIVISA ter baixado o nível de alerta para V3 e com o aumento dos fluxos turísticos esperados, normais da época alta”, lê-se na posição enviada.

O voucher vai vigorar até ser atingido o montante global destinado a esta medida, sendo que o Governo Regional tem prevista uma “reavaliação trimestral” para determinar a sua “continuidade ou cessação”, lê-se no regulamento.

Cada voucher tem um valor de 35 euros e é destinado a “todos os visitantes não residentes na ilha de São Jorge, com idade igual ou superior a 12 anos”, que apresentem “comprovativo de viagem e de reserva de alojamento de qualquer empreendimento turístico” na ilha e preencham um formulário.

O incentivo pode ser utilizado, num prazo de 15 dias a contar da viagem, na aquisição de bens e serviços na ilha, em estabelecimentos aderentes nas áreas de alojamento, transporte terrestre de passageiros, restauração e bebidas, aluguer de equipamento de transporte, aluguer de bens recreativos e desportivos, agências de viagens, recreação e lazer e outros serviços de turismo.

A medida foi anunciada pela primeira vez em 22 de abril pelo presidente do Governo dos Açores, o social-democrata José Manuel Bolieiro.

Em 09 de junho, o CIVISA baixou o nível de alerta na ilha de São Jorge de V4 (ameaça de erupção) para V3 (sistema ativo sem iminência de erupção).

A ilha de São Jorge esteve com o nível de alerta vulcânico V4 de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”, na sequência da crise sismovulcânica registada desde 19 de março.

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