Contas 2021: Mútua dos Pescadores quer ser líder no mar

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2022

A única cooperativa de seguros nos seguros em Portugal que faz 80 anos de forte presença no mar, acabou bem o ano de 2021 depois de um início muito penalizado pela pandemia.

A Mutua dos Pescadores, primeira e única cooperativa que é uma companhia seguros, subiu o valor de prémios em 6,3% em 2021 atingindo os 10,76 milhões de euros. No mesmo período a cooperativa atingiu um resultado líquido de 702 de mil euros. O Capital Próprio aumentou 14,4% para um valor total de quase 16 milhões de euros e tem 240% de rácio de solvência, valor 2,4 vezes superior ao mínimo exigido pelo supervisor.

João Delgado é o presidente eleito da seguradora que conta com mais de 5 mil cooperantes. Também é autarca na Nazaré, eleito pelo PCP.

Segundo o relatório e contas da Mútua dos Pescadores de 2021, “com a sua especialização e fortemente inserida no setor das pescas, aumentou os seus prémios com a retoma da pesca e atividade marítimo turística em 2021 mantendo os seus proveitos”, destacando ainda a penetração “junto de novos segmentos de mercado como entre as maiores empresas de pesca do país, reforçando a estratégia de crescimento apontada para estes anos e consolidando a liderança no ramo de seguro marítimo e nas atividades económicas conexas com a pesca”, conclui.

De acordo com o Código Cooperativo, a Mútua dos Pescadores é uma Cooperativa do Ramo Serviços, que como objeto desenvolve a atividade de seguros, e os seus membros formam uma cooperativa de utentes. Neste sentido, explica a Mútua, é uma entidade económica organizada segundo os princípios e regras cooperativas, formada pelos utentes de seguros para obterem um serviço que lhes garanta bons produtos, as coberturas, a um preço adequado”. Ainda segundo o Código Cooperativo não tem fins lucrativos, visando a satisfação de necessidades económicas, sociais ou culturais.

A seguradora foi a eleições para os órgãos sociais em março de 2021, tendo sido eleito como presidente – em lista única – João Delgado, um pescador formador que também foi eleito vereador da Câmara Municipal da Nazaré pelo PCP, partido de que é dirigente local e regional.

A Mútua detém 99,8% da mediadora Ponto Seguro, que em 2020, era a 17ª maior mediadora portuguesa segundo o ranking ECOseguros.

Os dados principais da Mútua dos Pescadores no relatório e contas do ano passado são:

  • A recuperação, depois de um difícil início de 2021 decorrentes da pandemia, registou-se nos valores dos prémios brutos emitidos, de muito perto o objetivo perspetivado em 2020, e encerrando o ano com uma produção de 10.764.850 euros o que representou um crescimento de 6,3%;
  • Fortemente inserida no setor das pescas, aumentou os seus prémios com a retoma da pesca e da atividade marítimo turística;
  • Aumentou o valor dos prémios nos ramos de Acidentes de Trabalho, Acidentes Pessoais e Marítimo;
  • Em termos de custos com sinistros registou-se um agravamento de 18,7% após resseguro;
  • No seguro direto verifica-se um desagravamento de 5,4% que adveio totalmente do ramo Marítimo;
  • Em Acidentes de Trabalho destaca-se a alteração da taxa de juro técnica e encargos de gestão nas provisões matemáticas das pensões não remíveis, abrangendo todos os sinistros, para 2% em ambos os parâmetros;
  • Registaram-se três acidentes mortais na atividade da Pesca e um acidente mortal na atividade marítima turística (mergulho). No Marítimo realça-se o afundamento de uma embarcação com capital seguro de 137.500 euros que está em averiguações;
  • Nas Despesas Gerais verificou-se um acréscimo de 17,5% em relação a 2020;
  • Em 2021 a Mútua dos Pescadores iniciou um forte investimento para adaptação da sua estrutura a nível de hardware e software à IFRS 17, com necessidade de recurso a consultadoria e formação de quadros;
  • O resultado do Exercício antes de Impostos é positivo em 769.461 euros;
  • Nas contas individuais, a Mútua realça o impacto da alteração da valorização da participação na Ponto Seguro – Mediação de Seguros com 99,8% do capital da mediadora, pela aplicação do Método de Equivalência Patrimonial e do seu impacto a nível de Resultados e Capital Próprio da Mútua dos Pescadores. Esta alteração reforçou o resultado das contas individuais da Mútua dos Pescadores em 2021 em 405.983 euros e em Capitais Próprios em 1.602.470 euros, mensurado em Resultados Transitados.

Na atividade comercial o destaque vai:

  • Verificou-se um crescimento interessante na quase totalidade das zonas comerciais. Apesar das perdas no início do ano, consequência direta das limitações impostas às atividades económicas, mas os ramos mais relevantes na atividade da Mútua dos Pescadores cresceram;
  • No âmbito da atividade Marítimo Turística, a Mútua dos Pescadores, continuou a promover soluções únicas no mercado segurador português, de proteção e apoio aos operadores desta atividade;
  • Ao longo dos últimos anos a Cooperativa tornou-se a seguradora das maiores empresas de pesca nacionais;
  • Em 2021, manteve-se a linha de trabalho de desenvolvimento de novas soluções de proteção, nomeadamente em Acidentes Pessoais, com destaque para as novas soluções para setores como a economia social e atividades culturais;
  • Na Ponto Seguro em 2021, verificaram-se alguns crescimentos em termos percentuais um pouco mais relevantes nos ramos Saúde, Marítimo e Vida. O ramo automóvel manteve-se praticamente estagnado e os Acidentes Pessoais mantiveram uma tendência de crescimento. Já o ramo de Acidentes de Trabalho, sofreu um decréscimo importante, tanto em percentagem como em valor, fruto não só da redução dos salários de algumas empresas cuja atividade continuou a ser afetada pela pandemia, mas também e com particular expressão, devido à redução de taxas praticadas pelo mercado segurador, motivada pela maior agressividade e concorrência entre seguradoras neste ramo, com natural benefício para o cliente, mas com impacto negativo nos resultados da mediadora.
  • O Ramo Automóvel continua a ser o produto com maior expressão na atividade da Ponto Seguro, logo seguido do Ramo Acidentes de Trabalho.

As orientações para os próximos 3 anos

O contexto de crescimento que tem caracterizado a cooperativa, desde há vários anos, apenas interrompido pelo ano de 2020, fruto do impacto do primeiro ano de pandemia, leva a Mútua a estimar que esta trajetória deverá ser continuada afirmando a liderança nos seguros das atividades ligadas ao mar e, particularmente, relacionadas com a pesca e atividades marítimo turísticas e de lazer.

A consolidação da Cooperativa passará inevitavelmente por continuar o processo em curso de reforço das capacidades e das funções técnicas de auditoria interna e verificação de cumprimento enquanto ferramentas indispensáveis de uma política de reforço da Qualidade.

Os próximos anos continuarão a ser marcados por um forte investimento nas tecnologias e processos, com destaque para a virtualização de sistemas e dados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marc Murtra consegue aumento de 32% nas ações da Indra

  • Servimedia
  • 16 Junho 2022

A empresa estava a atingir mínimos históricos em outubro de 2020, mas agora está com receitas recorde e conseguiu um aumento de 32% da bolsa, depois da chegada de Marc Murtra à sua presidência.

Desde a chegada de Marc Murtra à presidência da Indra, a empresa conseguiu recuperar os mínimos históricos de outubro de 2020. Atualmente, atingiu um número de receitas recorde e um aumento de 32% das ações em bolsa, noticia a Servimedia.

Marc Murtra passou a ser presidente da Indra há pouco mais de um ano, mas, numa primeira fase, a reação do mercado não foi favorável a esta mudança. Em dois dias, antes da tomada de posse do novo presidente não executivo, a cotação das ações caiu 13%.

Aliás, foi mesmo sugerido que a marca de 7 euros por ação da empresa poderia ser perdida. Esta atitude dos mercados contradizia com o apoio que, até então, tinham vindo a dar à Indra, depois de a empresa ter atingido mínimos históricos (5,90 euros por ação) em outubro de 2020.

A verdade é que, agora, na véspera da Assembleia de Acionistas de 23 de junho, a cotação das ações da Indra é superior a 10 euros. Desde a chegada de Murtra subiu 32% e o seu valor de mercado está próximo dos dois mil milhões de euros.

A dívida caiu para 215 milhões de euros, em comparação com os 240 milhões de euros do trimestre anterior. Mas o mais importante: a Indra ratificou a realização de 3.550 milhões de euros em receitas para o ano, o que significou um EBIT de mais de 270 milhões de euros e um FCF de 170 milhões de euros.

Segundo o Bankinter, a Indra tem uma exposição de 25% à indústria da defesa. A guerra na Ucrânia e a iminente reunião da NATO em Madrid terão um impacto na declaração de rendimentos a médio prazo, devido ao aumento das despesas de defesa dos países da UE. Isto terá um impacto positivo nos números da empresa.

“Recordemos que a OTAN sugere que os países membros dedicam 2% do seu PIB às despesas de defesa e, hoje em dia, a maioria dos países da UE está muito abaixo deste valor”, adverte o Bankinter.

Quando a empresa de tecnologia e defesa apresentou estas contas trimestrais, o mercado reconheceu isto com um aumento de 12% na bolsa de valores e acabou por compensar a queda de 9% sofrida apenas alguns dias antes, depois da notícia de que a SEPI iria aumentar a sua participação na empresa.

Tudo em mãos públicas

Apesar de este crescimento ter surpreendido os mercados, a verdade é que é algo comum, uma vez que se trata de uma situação institucionalizada em toda a Europa. Ou seja, as empresas de defesa são muito estratégicas e controladas pelos Estados, já que são vitais para proteger a sua integridade. E isso levou a que o governo tudo fizesse para que a Indra crescesse através de aquisições.

Estes grandes gigantes da defesa europeia estão determinados a ser atores importantes e os governos têm vindo a tomar medidas há já algum tempo. Em Espanha, a SEPI detém cerca de 25% do capital da Indra, bem como o controlo de outros pacotes de ações através de empresas de armamento, tais como a Sapa Placencia.

A próxima cimeira da NATO, em Madrid, será outro marco a seguir pelos acionistas da empresa. Terá lugar a 29 e 30 de junho e vai contar com a participação de 40 países com as suas delegações e chefes de Estado, bem como representações da União Europeia e do Conselho Europeu.

O objetivo é redefinir o papel da organização e estabelecer posições comuns sobre defesa e despesas militares. Esta é uma questão-chave para as principais empresas internacionais de defesa, já que vão passar a ser uma grande oportunidade de investimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Este investidor português comprou um terreno e pagou com criptomoedas

Ricardo Matos comprou um terreno em Vila Real e pagou com criptomoedas. Paulo Leão recebeu diretamente esses criptoativos, numa operação que foi um "teste ao sistema".

Ricardo Matos adquiriu no final de abril um terreno com 4.900 metros quadrados em Vila Real. E o pagamento foi feito de uma forma “inédita”. Não foi por transferência bancária nem com “uma mala cheia de dinheiro”, mas sim através de criptomoedas. O inédito neste negócio é o facto de a transação ter sido feita sem uma terceira entidade intermediária. Ou seja, Ricardo Matos entregou diretamente ao vendedor, Paulo Leão, os criptoativos, sem haver conversão em moeda pecuniária, neste caso, euros. Este negócio foi “um teste ao sistema” e já está oficializado aos olhos da lei.

Ricardo Matos e Paulo Leão, ambos de Lisboa, são investidores imobiliários e usam as redes sociais para partilhar a experiência que têm no setor, mas também em criptomoedas. Conheceram-se no Tik Tok, uma rede social para partilha de vídeos, e desde então já gravaram vários conteúdos em conjunto, até ao dia em que decidiram fazer uma operação imobiliária usando apenas criptomoedas.

“Somos todos entusiastas de investimentos. Eu tinha um terreno que podia vender e o Ricardo, como comprador de imóveis, mostrou-se disponível. Encontrámos uma forma de tornar isto viável e testamos as condicionantes administrativas para tornar uma transação a este nível possível. E resultou”, conta ao ECO o vendedor, Paulo Leão. “O terreno serviu de pretexto para fazer esta transação”, aponta Ricardo Matos.

O processo foi feito a 18 de abril de 2022 e, para isso, recorreram aos serviços de um escritório de solicitadoria em Leiria. “Foi a primeira operação do género. Sentimos que existia muita teoria sobre o assunto, mas pouca vertente prática“, diz Rafael Pereira, solicitador na PA Solicitadores. Cláudio Alfaiate completa que “esta transação foi um teste ao sistema” e que ambos os intervenientes estavam cientes disso.

“Não podia, nem pode, ser uma compra e venda”

Ricardo Matos adquiriu este terreno através de uma permuta e não de uma compra e venda. “Não podia ser uma compra e venda, nem pode, pela simples razão de que uma compra e venda tem de ser feita em moeda pecuniária e nenhuma cripto é uma moeda pecuniária“, explica Cláudio Alfaiate. “O que fizemos foi uma permuta. Basicamente, uma troca”, acrescenta, exemplificando que é possível “trocar um terreno ou uma casa por outro bem”.

O negócio foi fechado através de um “objeto físico”, uma ledger — “uma espécie de pen que permite colocar criptomoedas lá dentro”, simplifica o solicitador Cláudio Alfaiate. “O Ricardo entregou ao Paulo a ledger com as criptos lá dentro e, por isso, trocámos o imóvel pela ledger, acrescenta. Não houve, por isso, um terceiro intermediário para converter estas criptomoedas em moeda pecuniária, o que torna este negócio inédito no país.

Paulo Leão, Ricardo Matos, Rafael Pereira e Cláudio Alfaiate.

Feito isso, Ricardo Matos pagou os devidos impostos “na totalidade, “como se de uma compra e venda se tratasse”, explica o solicitador.

Mas porquê um “teste ao sistema”? “Quando se apresenta o registo [da transação] temos duas opções: ou vamos à Conservatória, pessoalmente, entregamos o registo e já sabemos que vai ser a conservadora A ou B a olhar para aquilo e a dizer se é válido ou não; ou apresentamos online e o registo vai ter a qualquer conservatória do país“, explica Cláudio Alfaiate. “Calhou em Lamego e o registo já foi confirmado”, adianta.

Foi, assim, oficialmente fechada a primeira aquisição imobiliária feita com criptomoedas no país, sem a intervenção de um terceiro intermediário. “Tínhamos a certeza de que ia ser aprovada, porque não havia motivos para não ser”, diz o solicitador Cláudio Alfaiate, ao ECO. Já Rafael Pereira diz: “Não se trata de sermos os primeiros, mas da satisfação de fazermos algo diferente. Liquidámos impostos e submetemos um registo às escuras”.

Rafael Pereira nota que a “grande dificuldade” neste mundo é que ainda existe algum “preconceito”. “A questão é que são ativos e a única dificuldade no meio jurídico é como os classificar. Então não tínhamos dúvida nenhuma de que o que estávamos a fazer encaixava numa transação tipicamente logística”, aponta o solicitador, referindo que há “pessoas com carteiras de criptoativos muito valorizadas e que querem entrar no mercado imobiliário”. “Se eu quiser comprar o terreno por BNB [Binance Coin] quase ninguém o vai aceitar”, diz o comprador, Ricardo Matos.

Quanto ao terreno, por enquanto, Ricardo Matos não tem nada pensado. “Quem sabe daqui a seis meses consiga colocar o terreno novamente no mercado, conseguindo alguma mais-valia com isso, vendendo em cripto”, diz Ricardo Matos.

Ricardo Matos e Paulo Leão não quiseram adiantar o valor da operação, mas o vendedor nota apenas que o valor acordado “foi o valor do dia”, ou seja, a cotação da bitcoin. “As pessoas olham muito para a volatilidade como uma coisa má. Mas é o que é”, diz. Quanto ao que vai fazer com o dinheiro, a resposta está pronta. “Nada. Vou fazer exatamente a mesma coisa que faria se recebesse em fiduciário. Vai ficar no banco”, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FGA indemniza vítimas de acidente de autocarro na A1

  • Lusa e ECO Seguros
  • 16 Junho 2022

A falta de seguro obrigatório no autocarro acidentado na A1 no dia 21 de maio fez o Fundo de Garantia Automóvel avançar com as indemnizações aos lesados.

O autocarro que se despistou na Autoestrada 1 (A1), na Mealhada, distrito de Aveiro, em 21 de maio, causando três mortos e mais de 30 feridos, circulava sem o seguro obrigatório, disse à agência Lusa uma fonte judicial.

“O veículo não dispunha de Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil Automóvel”, referiu a mesma fonte, acrescentando que o “Fundo de Garantia Automóvel deu já início aos processos de indemnização” das vítimas.

Cerca das 09:30 de 21 de maio, o autocarro, proveniente de Guimarães, com peregrinos de três freguesias daquele concelho do distrito de Braga, com destino ao Santuário de Fátima, despistou-se, atravessou a faixa de rodagem contrária e foi embater num poste de eletricidade, provocando três mortos e 33 feridos, seis dos quais feridos graves e cinco em estado crítico.

As vítimas mortais foram o motorista e proprietário (63 anos) do autocarro, um outro homem, de 77 anos, e uma mulher, de 52 anos.

Os feridos foram então transportados para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e para o Hospital de Aveiro.

Contactada na passada terça-feira pela Lusa, fonte oficial CHUC indicou que uma das passageiras “continua internada no serviço de medicina intensiva, com prognóstico reservado”.

No dia do acidente, a GNR, que está responsável pela investigação, admitiu “a possibilidade de rebentamento de um pneu” do autocarro acidentado.

Em resposta escrita enviada à Lusa, em 24 de maio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu conta da “instauração de inquérito”, sublinhando que o mesmo “corre termos Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Mealhada da comarca de Aveiro”.

Segundo informação que consta na página oficial da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o Fundo de Garantia Automóvel “é um fundo público autónomo, gerido pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, destinado a satisfazer indemnizações devidas em consequência de acidente de viação”.

“O Fundo de Garantia Automóvel responde por danos materiais ou corporais quando o responsável não beneficie de seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel. Nas condições previstas na Lei, o Fundo de Garantia Automóvel pode também ser chamado a indemnizar as pessoas lesadas, ainda que o responsável seja desconhecido”, refere ainda a ASF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medicina interna é a especialidade com mais vagas no concurso para médicos do SNS

  • Lusa
  • 16 Junho 2022

No total estão abertas 1.639 vagas para o SNS, das quais 432 para a área de medicina geral e familiar, 25 para a área de saúde pública e 1.182 para a área hospitalar.

Medicina interna é a especialidade com mais vagas para a contratação de médicos recém-especialistas para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), seguida de anestesiologia, psiquiatria e pediatria, segundo um despacho publicado em Diário da República.

Os diplomas que regulam o novo concurso para médicos recém-especialistas do SNS, anunciados na quarta-feira pela ministra da Saúde, Marta Temido, foram publicados em Diário da República, e no total estão abertas 1.639 vagas, das quais 432 para a área de medicina geral e familiar, 25 para a área de saúde pública e 1.182 para a área hospitalar.

Segundo o despacho que identifica os serviços e estabelecimentos de saúde com carência de pessoal médico, vão ser abertas 162 vagas para medicina interna, 86 para anestesiologia, 75 para psiquiatria, 67 para pediatria, 61 ginecologia/obstetrícia, 59 para ortopedia, 40 para cirurgia geral, 39 para medicina física e reabilitação e 38 para oftalmologia.

As novas vagas para o SNS foram anunciadas por Marta Temido na quarta-feira durante uma conferência de imprensa que serviu para apresentar as medidas do Governo na sequência do encerramento de urgências de ginecologia e obstetrícia de hospitais de vários pontos do país nos últimos dias, por dificuldades em assegurar escalas de médicos.

A ministra anunciou também uma comissão para acompanhar a resposta das urgências de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos dos hospitais, integrando coordenadores regionais e um nacional.

Os sindicatos representativos dos médicos estão reunidos esta quinta-feira no Ministério da Saúde para discutir um projeto de diploma sobre as matérias de remunerações em serviço de urgência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ferrari quer ter 80% de modelos elétricos e híbridos até 2030

  • Lusa
  • 16 Junho 2022

O fabricante de automóveis de luxo italiano espera que até 2026 60% da sua produção seja de modelos elétricos ou híbridos e que valor suba até 80% em 2030.

O fabricante de automóveis de luxo Ferrari revelou que até 2026 espera que 60% da sua produção seja de modelos totalmente elétricos e híbridos e que esse valor suba até 80% em 2030.

O presidente executivo da Ferrari, Benedetto Vigna, afirmou durante a apresentação do novo plano estratégico 2022-2026 aos investidores, na sede histórica do grupo, em Maranello, no norte da Itália, que “a eletrificação é uma forma de melhorar o desempenho” dos carros da Ferrari.

O gestor confirmou ainda que o primeiro carro totalmente elétrico da Ferrari será apresentado em 2025, conforme o planeado.

O diretor comercial da marca Prancing Horse, Enrico Galliera, disse, por sua vez, em entrevista à AFP, que “o primeiro automóvel totalmente elétrico da Ferrari será 100% desportivo”, sem contudo revelar outros detalhes técnicos.

“Vamos desenvolver um carro elétrico que proporcionará as mesmas emoções quando se guia uma Ferrari tradicional”, garantiu Vigna na ocasião.

O construtor automóvel projeta expandir a sua fábrica em Maranello e criar uma terceira linha de produção dedicada ao fabrico de veículos híbridos e elétricos.

Um novo edifício fabril albergará, entre outras coisas, a produção de motores híbridos e elétricos, bem como o desenvolvimento e montagem de baterias elétricas.

“A construção desta unidade será concluída em 2025”, a tempo do lançamento do primeiro modelo 100% elétrico, garantiu Galliera.

Os investimentos deverão atingir os 4.400 milhões de euros no período de 2022 a 2026, dos quais cerca de 75% serão alocados ao desenvolvimento de produtos e 25% à infraestrutura.

Até 2026, 40% do investimento em produtos será aplicado no fabrico de carros híbridos e 35% em veículos totalmente elétricos, segundo o novo plano estratégico da Ferrari.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Allianz e Swiss Re lideram solução paramétrica para o Gana

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2022

Programa tripartido de agência da ONU, governo alemão e o IDF, vai dotar o Gana de um mecanismo soberano para gerir risco de cheias onde vivem populações pobres. Allianz e Swiss Re montaram o seguro.

O Governo do Gana, através do ministério das Finanças, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Alemanha e o Insurance Development Forum (IDF) acabam de lançar a “Public-Private Partnership to Develop Flood Insurance and Build Financial Resilience in Ghana,” uma iniciativa apoiada em solução de seguro paramétrico para lidar com desastres naturais. A colaboração internacional público-privada, no âmbito do programa tripartido (Pnud, Alemanha e IDF), visa melhorar capacidade de resposta das autoridades do Gana a cheias, nomeadamente através da NADMO (National Disaster Management Organisation), que articula a gestão de crises com entidades locais quando ocorrem eventos que materializam risco de inundações graves com impacto sobre populações mais vulneráveis.

Com a solução de transferência de risco liderada pela Allianz e a Swiss Re, ambas associadas do IDF, o projeto tem estreita colaboração do Pnud (junto do ministério das Finanças do Gana) e conta ainda outros parceiros, como a HKV, consultora em risco de inundações, a ICEYE (operadora de satélites), e a FloodTags, tecnológica holandesa que monitoriza e analisa em tempo real, a partir dos media online e redes sociais (Twitter e outros), grandes quantidades de dados sobre impacto local de eventos meteorológicos extremos.

O anúncio da parceria marcou o primeiro dos dois dias da conferência anual do IDF, em Zurique. O projeto prevê a criação de um mecanismo financeiro soberano para melhorar a capacidade de resposta daquele país africano na gestão estratégica de desastres causados por inundações, integrando a solução de seguro paramétrico.

Fixando criteriosamente um trigger (gatilho predefinido) para pagamento de danos em vez de fazer depender os lesados da avaliação das perdas reais, a solução de seguro paramétrico vai assegurar compensações mais rápidas em caso de inundação. Este mecanismo contribuirá para melhorar a resiliência financeira das populações, apoiando o rápido restabelecimento da atividade económica das comunidades de baixos rendimentos em áreas urbanas, a começar pela GAMA – Greater Accra Metropolitan Area, zona metropolitana em torno da cidade capital do Gana onde estão a ser implementados projetos de saneamento básico.

Ao mesmo tempo que assegura o estabelecimento de um esquema de seguros para grandes inundações, a parceria que mobiliza Allianz e Swiss Re assume objetivo de aumentar a capacidade de resposta das instituições ganesas a este tipo de desastres, assegurando maior acesso a dados, melhor conhecimento dos riscos e da ativação de protocolos de contingência, explica o IDF.

70% da população do Gana não tem acesso a seguros

Anunciado em 2019, no quadro da Cimeira da Ação Climática convocada por António Guterres, Secretário-Geral da ONU, o Acordo ou Programa Tripartido é uma iniciativa estabelecida entre o Pnud, através do Mecanismo de Financiamento de Seguros e Riscos (IRFF), o Ministério Federal Alemão para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (BMZ), que desenvolve cooperação através de fundos geridos pelo Banco de Desenvolvimento KfW, e o próprio Fórum de Desenvolvimento de Seguros (IDF).

Um relatório do Pnud, divulgado em setembro do ano passado, revelou que apesar do rápido crescimento da indústria de seguros durante a última década, 70% da população do Gana não tem acesso a qualquer tipo de seguro e que a oferta existente não responde às necessidades de uma população que, na maior parte das vezes, não encontra forma de remediar estragos de eventos naturais como secas, incêndios e cheias, pragas e doenças.

O Programa Tripartido tem como objetivo fornecer assistência técnica e soluções de transferência de riscos a 20 países até 2025. Atualmente conta com mais de 70 peritos de grupos seguradores (membros da IDF) e mais de 60 representantes locais e regionais do Pnud que se envolvem com governos de países em desenvolvimento considerados vulneráveis aos impactos das alterações climáticas e de outras catástrofes naturais, como é caso do Gana, um país da África ocidental onde vivem mais de 32 milhões de pessoas, das quais mais de metade são jovens (com menos de 25 anos de idade).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Três seguradoras alvo de ação judicial por 1,27 mil milhões no R. Unido

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2022

Pandemia fechou milhares de negócios e, desde 2020, a Justiça britânica tenta resolver litigância com seguros. Envolvendo montante recorde, caso que opõe Stonegate a 3 seguradoras chegou a julgamento.

A Stonegate, posicionada no Reino Unido como líder no negócio de pubs (redes de bares e outros formatos de restauração, incluindo franchising de marcas e proprietários associados), levou aos tribunais uma ação judicial contra a MS Amlin, Liberty Mutual e Zurich Plc, às quais reclama um total de 1,1 mil milhões de libras esterlinas (cerca de 1,27 mil milhões de euros ao câmbio corrente) por conta de prejuízos que, alega, devem ser pagos pelos seguros de exploração contratados com aquelas companhias.

O processo acionado pela Stonegate teve esta semana a primeira audiência do julgamento no High Court, do Reino Unido. A empresa que, entre outras, gere tabernas típicas das marcas Slug & Lettuce e Be at One, operando num total de 760 locais, apresenta o pedido mais elevado entre os casos de interrupção de atividade (BI- Business Interruption) até agora conhecidos no contexto da pandemia.

Depois de primeira decisão (do High Court) no processo piloto (BI – Test case) promovido pela Supervisão de seguros (FCA) e que chegou à justiça em julho de 2020 para ajudar a clarificar a interpretação das condições das apólices em causa, reunindo mais de 20 clausulados – criteriosamente tipificados com colaboração das seguradoras – representativos de milhares de apólices que opunham seguradoras às empresas clientes, a polémica entre seguradoras e segurados manteve-se.

Mais tarde, e chegados à última instância, uma decisão (não vinculativa) do Tribunal Supremo do Reino Unido deu razão aos segurados e possibilitou a resolução de muitos processos. Mas, apesar do acórdão do Supremo, em muitos outros casos em que as cláusulas eram diferentes das tipificadas no test case, seguradoras e segurados continuaram litigância, como noticiou ECOseguros em abril de 2021.

O processo da Stonegate é um dos problemáticos e mais complexos pela sua dimensão e diversidade de lesados. Representantes da empresa alegam que as coberturas de interrupção de exploração comercial tiveram de ser ativadas múltiplas vezes e “não há dois estabelecimentos com a mesma história.”

Ben Lynch, um dos advogados da queixosa, disse ao tribunal que cada um dos mais de 700 estabelecimentos segurados (pubs, bares e clubes noturnos) enfrentou desafios e situações, diferentes entre si. Ao ritmo das ordens de confinamento para contrariar a propagação da doença de Covid-19, com regras oficiais diferentes consoante a localização, as tabernas e bares abriam e logo fechavam, registando quedas nas receitas de exploração de até 90% abaixo do normal.

O grupo de restauração alega que, ao longo do período de restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, batalhou “dia após dia e loja a loja” e que as dificuldades e interrupções de atividades continuarão até abril de 2023.

Entre documentos entregues ao tribunal, noticia a Reuters, as seguradoras afirmam que a compensação reclamada é exagerada. Do que é pedido, a apólice da MS Amlin tem exposição de 55% ao processo que corre no High Court, cabendo 22,5% a cada uma das outras (Liberty Mutual e Zurich).

Nesta batalha judicial, desfecho favorável à Stonegate daria impulso a nova vaga de reclamações elevando os custos da indústria seguradora a milhares de milhões de libras, com impacto na reputação e agravando ainda mais os prémios cobrados a empresas e consumidores, antecipam fontes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eurogrupo recomenda adesão da Croácia ao euro a partir de 2023

  • Lusa
  • 16 Junho 2022

Croácia prepara-se para ser o 20.º membro da Zona Euro. Recomendação do Eurogrupo terá de ser adotada por maioria qualificada pelos ministros das Finanças da União Europeia, que se reúnem esta sexta.

Os ministros das Finanças da zona euro recomendaram o alargamento da moeda única à Croácia, depois de a Comissão Europeia ter recomendado ao Conselho a entrada de Zagreb na Zona Euro a 1 de janeiro de 2023.

“O Eurogrupo aprovou uma recomendação dos Estados-membros da área do euro dirigida ao Conselho. Os ministros concordaram com a avaliação positiva da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu no que respeita ao cumprimento dos critérios de convergência por parte da Croácia”, anuncia o Eurogrupo em comunicado.

No dia em que o grupo informal que junta os ministros das Finanças do euro se reúne no Luxemburgo, é então recomendado pelos responsáveis da tutela que a Croácia adira ao euro em 01 de janeiro de 2023, tornando-se no 20.º Estado-membro da moeda única.

“Trata-se do primeiro passo de um processo por meio do qual o Conselho da UE adota atos jurídicos que permitirão à Croácia tornar-se membro da área do euro e beneficiar da utilização da nossa moeda comum, o euro, a partir do próximo ano”, adianta o Eurogrupo.

Citado pela nota, o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, classificou a recomendação do Eurogrupo como “um passo crucial no caminho da Croácia para se tornar o 20.º membro da nossa área do euro e um sinal forte para a integração europeia”.

“Quero prestar especial homenagem ao Governo croata pelo empenho e trabalho árduo ao longo dos últimos anos para alcançar este resultado, em circunstâncias particularmente difíceis”, indicou Paschal Donohoe.

A recomendação terá de ser agora adotada por maioria qualificada pelos ministros das Finanças da União Europeia, que se reúnem na sexta-feira, também no Luxemburgo.

O Conselho deverá aprovar igualmente uma carta do presidente do Ecofin dirigida ao Conselho Europeu, para que os chefes de Governo e de Estado da UE debatam esta questão na cimeira de 23 e 24 de junho.

O processo terminará com a adoção pelo Conselho (após consulta do Parlamento Europeu e do Banco Central Europeu) de três atos jurídicos necessários para permitir que a Croácia introduza o euro, o que está previsto para julho.

A Comissão Europeia recomendou ao Conselho, no início de junho, a entrada da Croácia na zona euro, após concluir que o país reúne todas as condições para a adoção da moeda única.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Receios de recessão levam bolsas a caírem mais de 3%

Nos EUA, Reino Unido e Suíça, bancos centrais subiram as taxas para travar a inflação, mas investidores receiam que aperto financeiro possa levar a uma recessão económica.

As bolsas europeias caíram esta quinta-feira, com os investidores preocupados com a vaga de subida das taxas nos EUA, Reino Unido e Suíça, receando que um aperto agressivo das condições financeiras para travar a inflação possa levar as economias a uma recessão.

O índice de referência nacional, o PSI, caiu 2,06% para 5.888,36 pontos, com 12 cotadas a fecharem abaixo da linha de água. A Galp tombou 6,24% para 11,74 euros num dia em que os preços do petróleo cedem 0,45% para 117,86 dólares por barril. O BCP também cedeu mais de 4% e a EDP Renováveis recuou 1,65%.

Galp afunda 6%

Lá por fora, o Stoxx 600 caiu mais de 2% e as praças de referência em Madrid, Frankfurt, Paris e Milão registaram quedas entre 1% e 3%, enquanto Wall Street apresenta descidas de mais de 3%.

Os analistas explicam que as desvalorizações das ações se prendem com os receios de que as ações dos bancos centrais para travar a escalada da inflação possa provocar uma recessão da economia. Ontem, a Reserva Federal norte-americana aumentou as taxas em 75 pontos base, no maior aumento desde 1994. Hoje foram os bancos centrais de Inglaterra e da Suíça a subirem as taxas em 50 pontos e 25 pontos base, respetivamente.

Os mercados acionistas tiveram outro dia doloroso com os bancos centrais a continuarem a dar sinais de que estão dispostos a sacrificar a economia para ter a inflação sob controlo”, referiu Craig Erlam, analista da Oanda.

No mercado de dívida secundário, os juros aliviam da pressão dos últimos dias, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado que vai criar uma ferramenta para travar uma crise da dívida soberana. As taxas portuguesas, espanholas e italianas a dez anos cedem pelo segundo dia. A yield italiana recua para 3,845%, depois de ter atingido os 4,3% na terça. A taxa portuguesa cai para 2,85%.

Em sentido contrário, a taxa alemã no mesmo prazo sobe para 1,711%, o que significa que o prémio de risco da periferia da Zona Euro está a estreitar-se em relação à Alemanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Saiba quais são as insurtechs mais promissoras em Espanha

  • Servimedia
  • 16 Junho 2022

O Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada selecionou as "insurtechs" mais promissoras em Espanha. A Getlife, a SingularCover e a Cleverea estão entre as distinguidas.

A Getlife, a SingularCover e a Cleverea estão entre as insurtechs espanholas destacadas pelo Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada como as mais promissoras na liderança de mudanças no setor dos seguros em Espanha, noticia a Servimedia.

A entidade indica que o setor dos seguros está imerso numa mudança de modelo de negócio impulsionada pela inovação e pela utilização de novas tecnologias. O seguro como serviço está a emergir fortemente porque ajuda a responder às novas necessidades dos clientes e a um estilo de vida que requer produtos 100% online, que são flexíveis, personalizados e não requerem permanência, segundo os analistas.

Assim sendo, a Getlife, por ser um seguro de vida online e imediato, sem necessidade de relatórios médicos, acabou por ser uma das insurtechs destacadas pelo instituto precisamente pela sua inovação. A empresa nasceu com o objetivo de revolucionar e simplificar o setor dos seguros tradicionais com produtos rápidos e processos simples e transparentes, 100% online e sem a necessidade de exames médicos prévios.

Desde a sua criação, já angariou sete milhões de euros em duas rondas de financiamento. Uma primeira ronda de investimento de um milhão de euros (a maior da indústria insurtech em Espanha) e outra ronda de seis milhões de euros, liderada pela empresa francesa de capital de risco Singular.

Relativamente à SingularCover, o instituto salienta que são “seguros feitos à medida para as PME e os trabalhadores independentes”. O principal objetivo desta empresa é conseguir responder às necessidades específicas de freelancers, empresas e pequenas empresas, através de seguros como o Seguro de Responsabilidade Civil ou o Seguro Comercial Multirriscos, personalizado com um serviço totalmente online.

De acordo com os resultados financeiros de 2021, a empresa cresceu 84% no último ano e tem mais de sete mil PMEs seguradas e independentes. Nos próximos dois anos, espera estar presente em oito países da América Latina e do Sul da Europa.

Por sua vez, a Cleverea diz que é a “nova seguradora de mobilidade e de habitação“. A empresa de Barcelona é especializada em seguros de aluguer para senhorios e inquilinos e apólices de mobilidade para scooters, bicicletas, motociclos e carros. Em fevereiro, anunciou a sua entrada no negócio do seguro automóvel e espera alcançar 50 mil apólices até 2022.

No ano passado, a insurtech assegurou uma ronda de financiamento avaliada em cinco milhões de euros e, em apenas três anos, encerrou três rondas de financiamento. Até este ano, a empresa fez dez novas adições à sua equipa e espera chegar aos 100 profissionais em 2023.

“O impacto da pandemia desempenhou um papel acelerador na transformação tecnológica e na digitalização do setor. As insurtechs têm sido capazes de se adaptar às novas necessidades dos clientes e estão aqui para permanecer, num mercado que, até agora, é monopolizado por empresas tradicionais”, declarou Jesús Sánchez Lambás, vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas.

Prova disso são os dados do último mapa do ecossistema insurtech em Espanha, desenvolvido pela Santalucía Impulsa, que mostram que, em 2020, surgiram 87 novas iniciativas que atingiram um total de 247 intervenientes. Ainda assim, apesar deste crescimento, o volume de negócios está longe de atingir o ritmo de países como o Reino Unido, Alemanha ou França, onde as insurtechs representavam 70% do investimento a nível europeu em 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE quer ferramenta anti-crise pronta até à reunião de 21 de julho

  • ECO
  • 16 Junho 2022

Ferramenta anti-crise deverá envolver a venda de outros títulos para que as compras de dívida não ponham em causa os esforços para combater a inflação.

A aquisição de obrigações dos governos da Zona Euro no âmbito da nova ferramenta anti-crise que o Banco Central Europeu (BCE) está a preparar deverá envolver a venda de outros títulos para que as novas compras não ponham em causa os esforços para combater a inflação, adiantam fontes próximas do assunto à agência Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Os responsáveis do banco central pretendem que este instrumento esteja pronto a tempo da próxima reunião de política monetária, agendada para os dias 20 e 21 de julho, quando o BCE deverá anunciar a primeira subida das taxas de juro em cerca de 25 pontos base.

As mesmas fontes explicaram que os países que beneficiarem deste novo mecanismo deverão cumprir determinados requisitos para evitar os receios de que o BCE está a financiar os governos diretamente.

O BCE anunciou esta quarta-feira medidas para travar a escalada dos juros e o alargar dos prémios de risco da periferia em relação à Alemanha, perante o adensar dos receios de fragmentação na Zona Euro. Além da ferramenta anti-crise, o banco central anunciou que vai flexibilizar o reinvestimento o dinheiro das obrigações que foram adquiridas no programa de compras de emergência pandémica (PEPP), descontinuado em março.

De acordo com a Bloomberg, em cima da mesa está a possibilidade que o BCE avançar com reinvestimentos antecipados, ou seja, o banco central poderá comprar novos títulos antes do vencimento dos títulos mais antigos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.