Turismo congratula-se com facilitação de vistos a estrangeiros

  • Lusa
  • 15 Junho 2022

“Pra que esta medida seja efetiva é necessário que as estruturas da administração pública que terão responsabilidades nesta matéria estejam devidamente desburocratizadas", alerta a CTP.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) congratulou-se esta quarta-feira com a criação do visto para a procura de trabalho e a eliminação do regime de quotas para a imigração, mas alertou para a necessidade de desburocratizar a administração pública.

Em resposta escrita à Lusa, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, disse que a entidade se congratula “com a medida anunciada hoje pelo Governo de criação do visto para a procura de trabalho, que permite aos estrangeiros entrarem e permanecerem no nosso país durante seis meses, e a eliminação do regime de quotas para a imigração”.

No entanto, alertou, “para que esta medida seja efetiva é necessário que as estruturas da administração pública que terão responsabilidades nesta matéria estejam devidamente desburocratizadas e que sejam céleres na tomada de decisão, por forma a evitarem-se os problemas que existiram, por exemplo, com a emissão excecional de vistos aos cidadãos ucranianos oriundos do conflito armado”.

“De nada valerá a medida se a máquina do Estado não corresponder em conformidade e em tempo”, realçou. Francisco Calheiros disse também que “ainda que não sendo uma medida estrutural, por ser delimitada em seis meses, esta era uma medida que a CTP há muito pedia, já que é uma das soluções imediatas para facilitar as empresas do turismo na contratação de profissionais estrangeiros num momento em que se assiste a um grave problema de escassez de mão-de-obra na atividade turística“, quando se está “à porta do verão e da época alta do turismo”.

Hoteleiros aplaudem medidas para imigração mas querem intervenção apenas consular

Já a vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Cristina Siza Vieira, afirma que as medidas aprovadas para a facilitação de imigração são “fundamentais” para o setor, mas alertou que é preciso eliminar a intervenção do SEF.

É o primeiro passo para implementar o acordo de mobilidade no âmbito da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] e é absolutamente fundamental”, indicou, em declarações à Lusa, indicando que “esta situação de simplificação no âmbito do perímetro da CPLP era fundamental e deveria apenas verificar-se aquelas condições básicas, uma promessa de contrato de trabalho, a prova de residência e o certificado de registo criminal limpo”.

“Pelos vistos, este decreto ainda institui algo mais, um visto temporário para procura de trabalho e neste momento o que se espera é que os consulados tenham as condições para uma boa execução deste decreto”, destacou.

Para Cristina Siza Vieira, é importante “que passe por eles [consulados], e apenas só por eles, a verificação das condições Schengen, e no fundo libertar o SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] daquilo que vinha sendo um procedimento que depois tinha que se aguardar e os consulados tinham de fazer esse cruzamento com o SEF”.

“A própria União Europeia tem dito que é absolutamente vital, porque a carência de profissionais e trabalhadores para vários segmentos da economia é fundamental e que isto é necessário para que haja maior mobilidade na Europa”, salientou, referindo que espera “que deste primeiro passo se sigam os seguintes para agilizar este acordo de mobilidade”.

O trabalho é de desburocratizar e eliminar a intervenção do SEF”, indicou, reconhecendo que “já foi um bocadinho tarde, mas mais vale tarde do que nunca. Para este verão já é bastante complexo, as medidas poderão estar no terreno, mas a vinda dos cidadãos da CPLP é que pode não ser tão rápida”, referiu.

O Governo aprovou esta quarta a criação do visto para a procura de trabalho, que permite aos estrangeiros entrarem no país durante seis meses, e eliminou o regime de quotas para a imigração, anunciou a ministra Ajunta e dos Assuntos Parlamentares. “Na promoção das migrações seguras ordenados e reguladas e no combate à escassez de mão-de-obra procede-se à criação de uma nova tipologia de visto, concretamente o visto para a procura de trabalho, possibilitando assim a entrada em território português a nacionais de Estados estrangeiros que venham à procura de trabalho pelo período de 120 dias, extensivo a mais 60 dias, num total de 180 dias”, disse Ana Catarina Mendes, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

A ministra avançou também que o Governo eliminou “definitivamente” o que considerava ser “um anacronismo há muito tempo, que é o regime de quotas para visto de residência para trabalho subordinado”. Estas medidas constam da proposta de lei que altera o regime jurídico da entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional que hoje foi aprovado em Conselho de Ministros.

Além disso, os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão ter um regime de facilitação de emissão de vistos em Portugal no âmbito do acordo sobre a mobilidade entre Estados-membros da CPLP.

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Reserva Federal aumenta juros em 75 pontos base, a maior subida desde 1994

O banco central dos EUA elevou as taxas de juro em 75 pontos base, colocando-as no intervalo entre 1,5% e 1,75%. Próxima reunião poderá trazer um novo aumento da mesma dimensão, admite Powell.

O comité de política monetária da Reserva Federal anunciou hoje um aumento de 75 pontos base na taxa de referência, o que não acontecia desde 1994, colocando-a no intervalo entre 1,5% e 1,75%. Jerome Powell espera uma subida entre 50 e 75 pontos base na próxima reunião.

A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios na oferta e procura relacionados com a pandemia, preços mais elevados de energia e pressões mais amplas sobre os preços”, assinala o comunicado divulgado pela Reserva Federal.

“A invasão e os acontecimentos relacionados estão a criar uma pressão adicional sobre a inflação e estão a pesar sobre a atividade económica global. Além disso, os bloqueios relacionados com a covid-19 na China deverão exacerbar os constrangimentos na cadeia de abastecimento. O comité está muito atento aos riscos inflacionários”, acrescenta a instituição liderada por Jerome Powell.

Na reunião de política monetária anterior a Reserva Federal tinha realizado a primeira subida de 50 pontos em mais de duas décadas, colocando a taxa de referência no intervalo entre 0,75% e 1%.

As previsões para a economia foram revistas em baixa, com a Fed a apontar agora para um crescimento de 1,7% este ano, mantendo-se abaixo de 2% até 2024. A taxa de desemprego deverá subir para 3,7% no final do ano e 4,1% em 2024.

O banco central dos EUA atualizou também as previsões para a inflação e as projeções para o rumo futuro da taxa diretora. A Fed antecipa agora que o índice de preços esteja acima dos 5% no final do ano e os juros de referência deverão atingir um pico de 3,8% em 2023, descendo em seguida. A inflação deverá depois aliviar para 2,6% no final do próximo ano e para 2,2% em 2024.

A taxa de inflação homóloga atingiu os 8,6% em maio, um novo máximo em quatro décadas, num sinal de que o pico na subida do nível de preços poderá ainda não ter sido atingido. O número foi divulgado na sexta-feira e provocou fortes perdas nas ações já esta semana, como o S&P500 a perder perto de 7% e a entrar num ciclo de perdas (bear market). As taxas implícitas das obrigações também dispararam.

Além da subida do índice de preços no mês passado, também as expectativas dos consumidores sobre a inflação futura (no prazo de cinco a 10 anos) galgaram para o valor mais elevado desde 2008, ano em que o petróleo atingiu uma cotação recorde.

Próxima reunião pode trazer nova subida de 75 pontos base

Na conferência de imprensa após a reunião do comité de política monetária, o presidente da Reserva Federal afirmou que “novos aumentos nas taxas serão apropriados” e que o banco central continuará a “reduzir de forma agressiva o balanço”.

Embora tenha dito que o aumento de 75 pontos base decidido hoje é “invulgarmente elevado” e não seja esperado que “mexidas desta dimensão sejam comuns”, Jerome Powell afirmou que tendo em conta a perspetiva atual, “o mais provável na próxima reunião é um aumento de 50 ou 75 pontos base”. “Tomaremos a decisão reunião a reunião e tentaremos tornar o nosso pensamento o mais claro possível”, acrescentou, repetindo que a Fed terá de ser “ágil na resposta”.

Acho que podemos conseguir uma aterragem suave [da economia], mas os acontecimentos aumentaram o grau de dificuldade. As flutuações nos preços das matérias-primas podem tirar essa possibilidade das nossas mãos.

Jerome Powell

Presidente da Reserva Federal

O responsável pelo banco central garantiu que a Fed não está a tentar provocar uma recessão e considerou que “a economia americana é muito forte e está em condições de enfrentar uma política monetária mais restritiva”. Ainda assim, gostava de “ver a procura a moderar”. Por ora, não está a existir uma espiral de subida nos salários.

Jerome Powel reconheceu, no entanto, que a tarefa de baixa a inflação para 2%, mantendo a robustez no mercado de trabalho não será fácil. “Acho que podemos conseguir uma aterragem suave [da economia], mas os acontecimentos aumentaram o grau de dificuldade. As flutuações nos preços das matérias-primas podem tirar essa possibilidade das nossas mãos. O contexto é de elevada incerteza”, afirmou.

“Não queremos tirar o emprego às pessoas, mas não podemos ter o mercado de trabalho que queremos sem estabilidade de preços”, sublinhou.

“Vamos reagir aos dados de forma apropriada. Em breve veremos progressos na [descida] da inflação. Não vamos declarar vitória até termos provas convincentes de que está a baixar“, garantiu o presidente da Fed.

Os principais índices acionistas dos EUA moderaram os ganhos após o anúncio da decisão, mas voltaram a subir após a conferência de imprensa. O S&P500 seguia há pouco a ganhar 1,4%, o Dow Jones perto de 1% e o Nasdaq 2,5%. Já os juros das obrigações com maturidade a 10 anos recuavam 13 pontos base para os 3,346%.

(Notícia atualizada às 21h00 com declarações de Jerome Powell)

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Trabalhadores dos Silos de Leixões fazem greve na sexta-feira

  • Lusa
  • 15 Junho 2022

A paralisação pode afetar todas as cargas e descargas de cereais, nomeadamente o abastecimento à indústria alimentar, de moagens e panificação.

Os trabalhadores dos Silos de Leixões, em Matosinhos, vão fazer uma greve de 24 horas na sexta-feira, constituindo um piquete, anunciou esta quarta-feira o Sindicato dos Trabalhadores da agricultura e das indústrias de alimentação, bebidas e tabacos de Portugal (SINTAB).

“Os trabalhadores dos Silos de Leixões vão constituir um piquete de greve à porta da empresa, em Leça da Palmeira, a partir das 08:00 de sexta feira, dia 17 de junho, período em que decorre greve total de 24 horas”, pode ler-se num comunicado emitido hoje pelo sindicato e enviado à agência Lusa.

Segundo a estrutura representativa dos trabalhadores, “prevê-se que a paralisação afete todas as cargas e descargas de cereais, nomeadamente o abastecimento à indústria alimentar, de moagens e panificação, e a descarga de navios”. A direção nacional do SINTAB refere ainda que o piquete de greve estará à porta das instalações da empresa “para dar nota dos motivos e decorrência desta ação de luta”.

Segundo o sindicato, os trabalhadores dos Silos de Leixões “estão há mais de 12 anos sem aumentos salariais e sem contratação coletiva”, apesar de este ano a empresa ter processado “aumentos salariais, fora do âmbito da negociação com o SINTAB, que os trabalhadores consideram insuficientes”.

“A empresa deu ainda nota de não ter qualquer intenção de aplicar a contratação coletiva que o SINTAB refere como aplicável à atividade, nem qualquer outra, mantendo os direitos circunscritos ao Código do Trabalho”, refere ainda o sindicato.

Os trabalhadores consideram a atitude “depreciativa em relação ao seu trabalho e provocatória”, de acordo com o comunicado, em que também referem que em 2012 a empresa “procedeu ao afastamento do AE [acordo de empresa] da Silopor, a cuja aplicação esteve obrigada por apenas cinco anos após o início da concessão, deixando, a partir dessa data, os Trabalhadores sem a maioria dos direitos que tinham até aí e sem atualizações salariais”.

A Silos de Leixões pertence ao grupo Manuel Champalimaud e dedica-se à logística agro-alimentar na área dos granéis, estando a sua infraestrutura integrada no perímetro do porto de Leixões. A Lusa questionou a Silos de Leixões acerca da greve e das afirmações do sindicato mas não obteve resposta até ao momento.

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“É preciso ter a coragem de agir mesmo quando não temos a informação toda”, diz Lagarde

"Não podemos ser dominados por temas orçamentais ou financeiros", afirmou a presidente do Banco Central Europeu numa conferência da London School of Economics.

As crises nunca são iguais. É preciso ter a coragem de agir mesmo quando não temos a informação toda“, afirmou Christine Lagarde no dia em que o BCE anunciou a preparação de uma ferramenta “anti-fragmentação” para lidar com a forte subida das taxas de juro da dívida dos países periféricos da Zona Euro, após a realização de uma reunião extraordinária.

“Não podemos ser apenas audazes, temos também de ser consistentes“, assinalou também a presidente do BCE durante um discurso num evento promovido pela London Schoof of Economics and Political Science.

“Os responsáveis políticos ganharam uma indesejada área de especialidade: gerir crises, uma atrás da outra. Todas juntas são uma grande montanha para subir. Primeiro a crise financeira, depois a crise da dívida soberana, depois a pandemia e agora a guerra na Ucrânia“, referiu a presidente do BCE. Lagarde partilhou que tem uma placa na secretária, oferecida pelos colaboradores, que diz: “Não posso marcar uma reunião esta semana. Há uma nova crise para resolver”.

“Há qualidades que distinguem a boa política. Coragem, consistência e compaixão. Os que me conhecem bem sabem que uso frequentemente esta aliteração de ‘Cs'”, sublinhou a responsável pela política monetária na Zona Euro. “Não existem decisões perfeitas, mas as decisões tomadas com base nestes ‘Cs’ provavelmente estão certas”, acrescentou. Sublinhou também a importância de saber mudar de opinião quando necesário.

Na conversa que se seguiu com o presidente do Standard Chartered, José Viñals, Lagarde salientou que “o conflito na Ucrânia mostra que a Europa estava demasiado dependente de fornecedores hostis como a Rússia” e que é necessária uma diversificação, nomeadamente de matérias-primas energéticas.

Mostrou também que é necessário acelerar a transição energética, apesar do impacto que poderá ter na inflação. “No curto prazo vai aumentar o nível dos preços, mas a longo prazo vai baixá-los”, argumentou. A guerra na Ucrânia significa também que “muitos países terão falta de cereais num futuro não muito distante”.

A resposta à crise tem de ser feita pelos bancos centrais e pelos governos. “Na década que se seguiu à crise financeira global, os bancos centrais tiveram de assumir um fardo muito pesado, que cabia também à política orçamental”, considerou a presidente do BCE.

Algo que mudou na última década. Lagarde deu como exemplo a união dos governos europeus na criação do NextGenerationEU (a bazuca europeia) e de programas como o SURE. “Foi uma rutura com os dez anos anteriores em que os bancos centrais tiveram que fazer tudo”, disse. “Cada instituição terá de cumprir a sua missão. Nós não podemos ser dominados por temas orçamentais ou financeiros. Temos de cumprir o nosso mandato que é o de uma inflação de 2% no médio prazo”.

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Urgências de ginecologia e obstetrícia condicionadas durante a noite no Amadora-Sintra

  • Lusa
  • 15 Junho 2022

Entre as 20:00 desta quarta e as 08:00 de quinta-feira, os utentes de ginecologia e obstetrícia serão reencaminhados para outros hospitais da região de Lisboa.

O Hospital Amadora-Sintra pediu para as utentes de ginecologia e obstetrícia em ambulância serem reencaminhadas para outros hospitais de Lisboa entre as 20:00 desta quarta e as 08:00 de quinta-feira, mantendo as urgências abertas para quem se dirija à unidade.

Fonte do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) confirmou à Lusa que foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU/INEM) o reencaminhamento, entre as 20:00 de hoje e as 08:00 de quinta-feira, de utentes de ginecologia e obstetrícia para outros hospitais da região de Lisboa, “assegurando a resposta em rede dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde”.

No entanto, o hospital “permanecerá em funcionamento, assegurando os cuidados necessários a doentes urgentes/emergentes que compareçam na unidade hospitalar” pelos seus próprios meios, acrescentou a mesma fonte. A maternidade do hospital não está encerrada e não encerrará, mas o serviço de urgência para ginecologia e obstetrícia estará condicionado, acrescentou.

Este condicionamento das urgências no Amadora-Sintra surge na sequência de encerramentos das urgências de ginecologia e obstetrícia um pouco por todo o país nos últimos dias, por dificuldades em assegurar escalas. Numa nota, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) admitiu esta quarta que, nos próximos dias, “poderão existir limitações em alguns hospitais, com desvios da urgência externa de Obstetrícia/Ginecologia para outras unidades da região, que assegurarão a resposta do SNS [Serviço Nacional de Saúde] e o seu funcionamento em rede”.

A ARSLVT reafirmou também que os hospitais da região e o CODU/INEM “mantêm estreita articulação para garantir o normal funcionamento” das urgências das maternidades e “em segurança”. “Caso haja necessidade de encaminhar utentes, as equipas hospitalares articulam com o CODU/INEM, no sentido de identificar a unidade que naquele momento tem melhor capacidade de resposta”, lia-se na nota.

Ainda segundo a ARSLVT, esta quarta “estão a funcionar todos os serviços de Ginecologia/Obstetrícia da região [de Lisboa] que possuem essa valência”. A ARSLVT anunciou também que as urgências de Ginecologia/Obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo (CHBM) vão também estar encerradas entre as 21:00 de quinta-feira e as 09:00 de sexta-feira.

A ARSLVT explica que as grávidas “devem dirigir-se/serão encaminhadas para outras unidades da rede”, nomeadamente para o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) e para o Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, assim como para as maternidades da cidade de Lisboa que, no referido período, estarão a funcionar com normalidade.

O Centro Hospitalar do Oeste também informou esta quarta da existência de constrangimentos nas urgências do Hospital de Torres Vedras, prevendo que o mesmo possa suceder, na noite de quinta-feira, nas urgências de Pediatria da mesma unidade.

“No decorrer do dia de hoje têm-se verificado alguns constrangimentos no Serviço de Urgência da Unidade de Torres Vedras, pelo que foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes [CODU], o reencaminhamento de doentes críticos para outras unidades hospitalares, de acordo com a situação clínica”, referiu o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) num ‘mail’ enviado à agência Lusa.

Na terça-feira, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) já tinha anunciado que as urgências de Obstetrícia do hospital de Portalegre iriam encerrar a partir das 05:00 de hoje e até às 08:00 de sexta-feira.

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Louis Vuitton abre primeiro restaurante em Saint-Tropez

Louis Vuitton abre na próxima sexta-feira o Mory Sacko, em parceria com o chef que empresta o seu nome ao local, em Saint-Tropez, França. Restaurante irá inspirar-se na cozinha africana e japonesa.

A marca de luxo Louis Vuitton vai abrir na próxima sexta-feira, 17 de junho, o seu primeiro restaurante, com o nome Mory Sacko, em Saint-Tropez, França, anunciou a Bloomberg (acesso condicionado).

O novo restaurante recebe o nome do seu próprio chef, o também responsável pelo restaurante parisiense premiado com uma estrela Michelin, MoSuke. O Mory Sacko vai contar com quarenta lugares sentados e vai localizar-se no hotel White 1921. A cozinha de Sacko irá inspirar-se em sabores africanos e japoneses, e irá reinventar pratos tradicionais como a caixa de bento japonesa, ekiben.

O chef Mory Sacko, com origem no Mali e no Senegal, ganhou visibilidade internacional em 2020 após ser concorrente na edição francesa do reality show, Top Chef. “Os criativos sabores de verão são apresentados numa bandeja de madeira feita à medida desenhada pelo chef, e exibida em recipientes de vidro embelezados com flores e folhagens preservadas”, pode ler-se.

O restaurante será o segundo projetado pela Louis Vuitton, após o primeiro abrir portas em Osaka, no Japão, em 2020. A marca de luxo abriu ainda temporariamente um restaurante que fechou na semana passada, em Seul, na Coreia do Sul.

O novo restaurante surge em linha com anúncios de outras marcas de luxo do setor. Em 2018 também a Gucci fez uma parceria com o chef Massimo Bottura, e abriu o restaurante Gucci Osteria, em Florença.

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Empresa da Maia eleita “líder” no relatório da consultora tecnológica mundial Gartner

Pela segunda vez, a empresa da Maia Critical Manufacturing é "líder" no relatório da consultora tecnológica mundial Gartner, numa corrida a par das maiores empresas do mundo.

A portuguesa Critical Manufacturing, com sede na Maia, foi eleita “Líder” pelos avaliadores do relatório anual da consultora mundial Gartner®, Inc., considerada a maior e mais reputada analista do segmento. A empresa da Maia, fundada, em 2009, pelos ex-quadros da falida Qimonda, passou à frente de empresas de todo o mundo e com maior dimensão. Fundada com um investimento inicial de três milhões de euros, a Critical Manufacturing teve o apoio da Critical Software. Atualmente pertence à ASM PT, uma multinacional sediada em Singapura e cotada na bolsa de Hong Kong.

Este é o segundo ano consecutivo em que na avaliação do “Gartner Magic Quadrant for MES”, a Critical Manufacturing obtém a mais alta distinção. Para o CEO da empresa, Francisco Almada Lobo, “este reconhecimento mundial da tecnologia portuguesa pode permitir à indústria perceber a importância de implementar “sistemas de gestão de produção” como o MES (ManufacturingExecutionSystems), como um fator essencial para a transformação digital”.

O MES é um programa informático que permite organizar, monitorizar e controlar processos industriais. Entre muitas outras empresas mundiais, esta solução tecnológica foi requisitada pela empresa estrangeira Jabil, em plena pandemia, para controlo de gestão da produção de testes rápidos de deteção à Covid-19 para os jogos olímpicos.

“Não podíamos ter um destaque mais importante do que este, feito por uma entidade com a reputação da Gartner, e que traduz o reconhecimento dado a esta solução de vanguarda pensada, desenhada e construída em Portugal“, prossegue o CEO, antes de acrescentar que “sendo a digitalização considerada unanimemente um imperativo para a indústria, os sistemas de gestão da produção, conhecidos por sistemas de MES , são elementos nucleares, fundamentais para este que é um verdadeiro processo transformacional”.

Segundo a Critical Manufacturing, o relatório da Gartner® “menciona que as soluções de MES são um alicerce fundamental nas estratégias de fabrico inteligentes e negócios digitais. Até 2025, 60% destas soluções serão desenvolvidas por fabricantes ou parceiros de implementação, usando uma arquitetura de tecnologia composta”.

A empresa da Maia exporta grande parte do software que desenvolve para mercados de alta tecnologia industrial, em países como os Estados Unidos e a China. Só este ano prevê faturar mais de 50 milhões de euros e manter um ritmo anual de crescimento na ordem dos 60%, alavancado pelos setores dos semicondutores e dispositivos médicos.

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Contribuintes com ViaCTT podem passar a receber notificações através do Portal das Finanças

  • Lusa
  • 15 Junho 2022

Acaba também obrigatoriedade de designação de representante fiscal pelos emigrantes com NIF português, aos contribuintes a tal obrigados, sempre que adiram ao regime de notificações eletrónicas.

Os contribuintes obrigados a aderir à caixa postal eletrónica ViaCTT passam a poder optar a partir de 1 de janeiro de 2023 por receber as notificações pelo Portal das Finanças, segundo um diploma aprovado esta quarta-feira pelo Conselho de Ministros.

O mesmo decreto-lei retira também a obrigatoriedade de designação de representante fiscal pelos emigrantes com NIF português quando estes dirão ao regime de notificações e citações eletrónicas no Portal as Finanças ou ao ViaCTT.

“Foi aprovado o decreto-lei que retira a obrigatoriedade de designação de representante fiscal para os contribuintes com NIF português a tanto obrigados, por residirem no estrangeiro ou por se ausentarem de território nacional por período superior a seis meses, sempre que adiram ao regime de notificações e citações eletrónicas no Portal das Finanças ou ao sistema de notificações da caixa postal eletrónica (viaCTT)”, refere o comunicado divulgado após a reunião o Conselho de Ministros.

Um comunicado do Ministério das Fianças divulgado na semana passada anunciava que os contribuintes portugueses residentes fora da União Europeia, da Noruega, da Islândia ou do Liechtenstein poderão aderir ao novo sistema de notificações e citações eletrónicas no Portal das Finanças a partir de 1 de julho, especificando que, “com esta adesão, todos os contribuintes que residam fora daqueles países podem dispensar a designação de representante fiscal”.

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Custos de produção de painéis solares continuam a aumentar na China

  • Capital Verde
  • 15 Junho 2022

Segundo a Associação da Indústria de Silício da China, o preço médio do polissilício mais caro do mercado custa hoje 268,5 yuans, ultrapassando o máximo registado no ano passado.

Os custos de produção de painéis solares na China estão prestes a atingir o valor mais alto da última década, condição que deverá reduzir os lucros mesmo quando as empresas aumentam a capacidade de produção para responder às crescentes necessidades mundiais de energia renovável.

De acordo com a Bloomberg, que cita os dados da Associação da Indústria de Silício da China, o preço médio do polissilício mais caro do mercado chegou, esta quarta-feira, a custar 268,5 yuans (cerca de 38,48 euros). A última vez que se tinha registado um aumento tão significativo foi no ano passado, altura em que custava cerca de 272,2 yuans (cerca de 39,02 euros), fazendo desse o valor mais alto desde 2011.

Este não é o único material que encareceu na produção de painéis solares, indústria fortemente localizada na China. Segundo a agência, alguns projetos deixaram de ser lucrativos para as empresas e a procura por painéis solares também abrandou em alguns locais uma vez que se tornaram mais caros para os clientes, ainda que sejam cada vez maiores os apelos para acelerar a transição energética e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

Segundo a agência norte-americana, o aumento dos preços dos materiais, nomeadamente, o polissilício apanhou a indústria chinesa de surpresa depois de, no ano passado, terem sido feitos avanços para serem inauguradas novas fábricas de produção deste material de forma a dar resposta à crescente procura global e doméstica.

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Obama destaca importância da tecnologia para a economia

  • Servimedia
  • 15 Junho 2022

O ex-presidente dos Estados Unidos esteve no Digital Entreprise Show, em Espanha, e concentrou a sua mensagem na necessidade de automatizar e robotizar as indústrias a fim de desenvolver a economia.

O antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, marcou presença no primeiro dia do Digital Enterprise Show 2022, (DES), o maior evento tecnológico da Europa, que se realiza até quinta-feira, 16, em Málaga e que deverá atrair mais de 14 mil participantes e 600 peritos internacionais, noticia a Servimedia.

Durante o seu discurso, Obama relembrou o público dos grandes desafios que o mundo enfrenta atualmente em termos de digitalização, transparência e sustentabilidade, ao mesmo tempo que ressalvou a aceleração das mudanças que têm vindo a ser sentidas graças à tecnologia.

“Não devemos esquecer que os smartphones têm apenas 12 anos de idade, mas quando se vai a qualquer cidade pequena, todos têm um. Nunca vimos uma mudança tecnológica tão grande e rápida. Uma mudança que nos levou a tornarmo-nos um mundo conectado do qual as redes sociais são um bom exemplo de como a informação flui, mas também de como esta informação pode ser tóxica”, salientou.

No mesmo discurso, Barack Obama explicou que esta evolução tecnológica tem uma grande importância no desenvolvimento social e económico dos países. “Se uma empresa crescer, pode contratar pessoas diretamente e terá capacidade para investigar e procurar alianças comerciais”, afirmou.

O ex-presidente dos EUA também defendeu a digitalização da indústria porque, nas suas palavras, “a robotização é o que vai reduzir os trabalhos repetitivos e enfadonhos que não requerem transformação ou criatividade”. Para se conseguir esse desenvolvimento tecnológico, Obama deixou duas receitas: “ter boas universidades e um ecossistema de capital de risco”.

“É tempo de imaginar como redistribuir o trabalho e teremos de fazer ajustamentos sociais e políticos para nos adaptarmos à nova realidade que se avizinha. Precisamos de formar mais pessoas, pagar-lhes mais por trabalhos que não podem ser automatizados. É tempo de ter a conversa sobre os quatro dias de trabalho, porque as coisas estão a evoluir rapidamente”, acrescentou.

No final do seu discurso, Barack Obama destacou, ainda, o papel da geração mais jovem no mundo de hoje e de amanhã. “Os problemas de que hoje falamos não serão resolvidos na nossa curta vida, por isso a coisa mais importante que podemos fazer hoje é encorajar e acompanhar a geração mais jovem para a liderança. Em todo o mundo vejo jovens que estão muito preparados e a minha mensagem para eles é: Estou aqui para vos ajudar”, concluiu.

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Salários crescem em 2022, mas inflação aplica corte de 1%, avisa Banco de Portugal

Um inquérito do Banco de Portugal mostra que os salários vão crescer este ano em Portugal, mas a aceleração da inflação irá mais além, aplicando um corte real de 1% no rendimento dos portugueses.

Os salários vão aumentar em Portugal este ano, mas não o suficiente para compensar toda a subida de preços. As contas são do Banco de Portugal e mostram que, no final das contas, em 2022, os trabalhadores portugueses vão ter um corte real de pelo menos 1% no seu rendimento disponível. Esta redução contrasta com os últimos anos de ganhos reais, segundo a análise do banco central.

Os salários reais por trabalhador no setor privado reduzem-se cerca de 1% em 2022, refletindo a subida abrupta da inflação“, lê-se no boletim económico de junho divulgado esta quarta-feira pelo Banco de Portugal. Na prática, o que isto significa é que o poder de compra dos trabalhadores portugueses vai, em média, encolher 1% durante este ano em que a taxa de inflação deverá fixar-se nos 5,9% (6,8% no cenário adverso).

Porém, na conferência de imprensa de apresentação do boletim, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, fez questão de dizer que este é um ano de exceção. Em primeiro lugar porque nos últimos cinco anos o “rendimento disponível real teve crescimentos nos últimos anos sem paralelos nos últimos 20 anos”.

De acordo com Centeno, nos últimos seis anos, o salário médio cresceu 22%, “um número muito significativo face à baixa taxa de inflação muito baixa” que, entre 2016 e 2021, em termos cumulativos, foi de 4% “apenas”. “Há aqui ganhos reais muito significativos”, finalizou o ex-ministro das Finanças.

Em segundo lugar porque “para 2023-24 assume-se um crescimento médio dos salários reais de 2%, aproximadamente em linha com o da produtividade“, nota o boletim. Isto significa que os ganhos reais nos salários voltarão já no próximo ano, de acordo com as projeções atuais do banco central.

Centeno acrescentou na conferência de imprensa que o salário médio nominal, sem retirar o impacto da inflação, cresceu 3,5% no mês passado pelo que a manter-se esta dinâmica haverá “ganhos reais” nos próximos tempos, quando a inflação desacelerar para 2,7% em 2023 e 2% em 2024.

Os números do Banco de Portugal assumem que ao longo do horizonte de projeção (entre 2022 e 2024) há uma “passagem incompleta dos aumentos de preços aos salários”, com as expectativas de inflação de longo prazo ancoradas nos 2%, o objetivo do Banco Central Europeu. Isto é, pressupõe-se que se concretiza a regra de Centeno de que os salários não aumentam mais do que 2%, acrescido dos ganhos de produtividade.

“Enquanto o crescimento médio do IHPC no horizonte de projeção é de cerca de 3,5%, os salários nominais por trabalhador no setor privado crescem 1,5% acima da produtividade no mesmo período”, nota o BdP. Esta projeção inclui os aumentos já anunciados para o salário mínimo nos próximos dois anos.

Salários devem crescer 5% este ano em Portugal

Com base nos resultados de uma nova edição do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (IREE) – com resposta de cerca de 7.000 empresas, o que corresponde a uma taxa de resposta de 74% –, o Banco de Portugal descobriu que 82% das empresas antecipam um aumento dos salários por trabalhador em 2022, enquanto 18% espera uma manutenção (o que compara com 76% e 23%, respetivamente, em 2021).

“O atual contexto de inflação elevada pode influenciar a evolução dos salários, contribuindo para maiores aumentos”, admite o banco central, assinalando que “este efeito pode ser reforçado pela conjuntura económica, em particular pela situação do mercado de trabalho, onde as margens disponíveis se têm vindo a reduzir“.

Apesar de a maioria das empresas esperar um aumento dos salários, apenas 36% das empresas espera um crescimento em 2022 superior ao registado em 2021. Os resultados do inquérito apontam para um crescimento médio dos salários por trabalhador de 5% em 2022, após uma subida de 4,2% em 2021.

Tal como já se concluiu previamente, “esta evolução aponta para uma perda de salário real em 2022, o que contrasta com os ganhos observados nos últimos cinco anos“, reconhecem os economistas do banco central.

Não há grandes diferenças entre os setores, exceto no alojamento e restauração onde a forte recuperação do turismo – o setor vai recuperar já este ano o nível pré-pandemia, concluindo a retoma muito mais depressa do que antecipado anteriormente pelo banco central – e a consequente escassez de mão-de-obra levará a um aumento salarial de 7,1% este ano, mais 1,9 pontos percentuais do que o aumento de 2021.

O inquérito revela ainda que “o crescimento dos salários por trabalhador deverá ser mais acentuado nas empresas que preveem um aumento dos preços este ano”. Tal deverá acontecer pela maior capacidade destas empresas de repercutir a subida dos custos junto do consumidor final através do preço de venda.

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Comporta, Odeceixe e Sines lideram destinos tendência de verão na Airbnb

Comporta, Odeceixe e Sines lideram a lista de destinos tendência em Portugal durante 2022, segundo dados da plataforma Airbnb que adianta que os portugueses marcam escapadinhas cada vez mais cedo.

O impacto no turismo, resultante do abrandamento das restrições da pandemia, já se começa a fazer sentir com as reservas de férias a serem feitas cada vez mais cedo e preferencialmente em zonas costeiras, divulga a plataforma de marcação de estadia Airbnb. São localidades das regiões do Algarve, Alentejo e Madeira que estão no top 10 dos lugares tendência na Airbnb para escapadinhas para este Verão de 2022, em Portugal.

A zona da praia de Comporta, em Alcácer do Sal, distrito de Setúbal, ocupa, assim, o primeiro lugar do pódio dos 10 destinos mais procurados na Airbnb para esta época estival; a que se seguem mais locais costeiros como Odeceixe (Faro) e Sines (Setúbal). Na quarta posição está o Funchal (Madeira), a que se seguem Olhos de Água (Faro), Carvoeiro (Faro), Alqueva (Évora), Odemira (Beja), Ponta Delgada (Açores) e Porches (Faro).

As regiões de Santarém, Lisboa, Coimbra e Viana do Castelo também entram no ranking dos 20 primeiros lugares escolhidos para o Verão.

Curiosamente, os portugueses estão a marcar as escapadinhas mais cedo do que é habitual, de acordo com a plataforma de alojamento Airbnb. “Tradicionalmente, os portugueses têm sido dos últimos na Europa a reservar as suas férias, mas na sequência da pandemia estão a antecipar-se tanto como os seus vizinhos europeus”, refere Mónica Casañas, diretora-geral da Airbnb Marketing ServicesSL.

Mas há requisitos a ter em conta quando se procura uma casa na plataforma, como por exemplo ter uma piscina que é “a característica mais valorizada” da qual muitos dos hóspedes não prescindem. Entre outros serviços solicitados estão ainda o acesso a Internet sem fios, cozinha, estacionamento gratuito e ar condicionado.

Muitos dos hóspedes já sabem o que querem e ao que vão quando optam por esta plataforma que nasceu, em 2007, pelas mãos de dois anfitriões que receberam três hóspedes na sua casa, em São Francisco. “Desde então, cresceu para 4 milhões de anfitriões que acolheram mais de mil milhões de convidados em quase todos os países do mundo”, avança a Airbnb que lançou, recentemente, as categorias que permitem aos hóspedes conectarem-se a alojamentos únicos com todas as comodidades que procuram incluídas. Algumas destas categorias contemplam espaços em praias, vinhas, entre muitas outras.

“Este verão, milhões de pessoas vão viajar, pela primeira vez, desde o início da pandemia, razão pela qual criámos a AirCover, a mais abrangente proteção de viagem tanto para os nossos hóspedes como para os nossos anfitriões”, revela Mónica Casañas. A diretora-geral acrescenta ainda que “a AirCover está sempre incluída e é sempre gratuita, representando a maior melhoria do serviço ao cliente na Airbnb numa década“.

Ainda de acordo com a plataforma, “os anfitriões recebem 954.500 euros de seguro de responsabilidade civil”, igual valor “de proteção contra danos para cobrir prejuízos causados por hóspedes e também proteção contra danos a animais de estimação”. Mais, realça: “O típico anfitrião, em 2021, ganhava cerca de 4.900 euros por ano. Este rendimento extra de 4.900 euros é equivalente a cerca de quatro meses o salário médio em Portugal, um valor chave para que muitos possam fazer face às despesas”.

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