CA Assurances e EIP compram 25% da Repsol Renovables

  • ECO Seguros
  • 14 Junho 2022

Objetivo é abrir a investidores institucionais, e às grandes empresas que compram energia a longo prazo, a possibilidade de participarem numa plataforma de renováveis com envergadura.

Um consórcio formado pela CA Assurances, braço de seguros do grupo Crédit Agricole, e a suíça Energy Infrastructure Partners (EIP), gestora de ativos e de investimento posicionada como referência no domínio da transição energética, assinou um acordo para tomar participação de 25% na Repsol Renovables, subsidiária da Repsol S.A. dedicada às renováveis.

A transação, que deverá ser concluída no último trimestre de 2022 dependendo dos procedimentos habituais e autorizações de organismos reguladores, considera um enterprise value implícito de 4,4 mil milhões de euros.

Na linha do objetivo social do Grupo Crédit Agricole focado no clima, a CA Assurances “reafirma o seu compromisso com uma economia de baixo carbono através de investimentos na transição energética. Esta transação, juntamente com a Repsol e a EIP, é mais um passo nessa estratégia e irá ajudar-nos a atingir o nosso objetivo de 14 GW de capacidade instalada até 2025,” afirma Philippe Dumont, Diretor Geral da Crédit Agricole Assurances.

Dispondo atualmente de capacidade de produção instalada de 1,6 GW (gigawatts), a partir de parques eólicos, fotovoltaicos e centrais hidroelétricas, repartidos por Espanha, Chile e nos EUA, a Repsol prosseguirá o seu plano estratégico de alcançar 20 GW de capacidade total instalada até 2030 em renováveis, tendo daqui por diante como parceiros a companhia francesa líder europeia de bancassurance mais a entidade suíça gestora de ativos e especialista experiente na criação de organismos financeiros de investimento coletivo (OIC participados por fundos de pensões e outros institucionais), em particular nos setores de infraestruturas e transição energética.

Explorando novos mercados, novas tecnologias e novos segmentos no setor das infraestruturas energéticas, “a plataforma beneficia financeiramente de acordos de compra de energia com empresas como a Microsoft e a Amazon”. Estes contratos de venda a longo prazo protegem as empresas da volatilidade dos mercados de eletricidade, sustenta o comunicado do grupo segurador que em Portugal detém 100% da Mudum.

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11 anos depois, BCP volta a ter rating de investimento na Moody’s

Desde a crise da dívida que o BCP era considerado “investimento especulativo” para a Moody’s. Banco liderado por Miguel Maya volta a ser “investment grade” 11 anos depois.

Mais de uma década depois, o BCP volta a ser classificado com rating de investimento pela Moody’s, com o banco liderado por Miguel Maya a explicar que a decisão da agência de rating americana reflete a redução dos ativos problemáticos, a melhoria dos níveis de capitalização e da rendibilidade doméstica e ainda o plano de funding para cumprir o requisito mínimo de fundos próprios e de passivos elegíveis.

A Moody’s anunciou esta terça-feira que subiu o rating da dívida sénior unsecured do BCP em um nível, de “Ba1” para “Baa3”, com o outlook “estável”, ou seja, sinalizando que não deverá mexer na notação nos próximos 12 meses. “Este passo tem um significado muito relevante e reflete o excelente trabalho realizado por múltiplas equipas do Banco ao longo de vários anos“, reagiu o CEO do banco, em nota interna a que o ECO teve acesso.

Com esta subida, o banco português deixa de ser considerado “investimento especulativo” ou “lixo” para os investidores e passa a situar-se num patamar de “investment grade“, o que lhe permitirá beneficiar de custos de financiamento no mercado mais reduzidos.

Na nota, Miguel Maya avisou que esta decisão da agência “é uma prova de fundo que continua a requerer resiliência, inovação e capacidade de execução dado que o contexto macroeconómico continua muito desafiante”.

O CEO do banco referiu ainda que “não há margem para baixar o ritmo”, pelo contrário: “Temos de continuar a ser capazes de reinventar o Banco para merecermos a preferência e a confiança dos Clientes e para nos tornarmos mais eficientes e gerarmos mais prosperidade”.

Simultaneamente, a Moody’s reafirmou o Baseline Credit Assessment (BCA) do banco e o BCA Ajustado em “ba2”, os ratings de depósito em “Baa2”, o rating da dívida sénior não preferencial em “(P)Ba2”; o rating da dívida subordinada não perpétua em “(P)Ba3” e a notação de rating para as ações preferenciais em B2(hyb).

(Notícia atualizada às 20h37)

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APDL e Câmara de Viana do Castelo avançam com estudo prévio para explorar potencialidades do porto marítimo

APDL e Câmara de Viana do Castelo avançam com estudo prévio para adaptar a utilização do porto marítimo vianense ao tecido industrial e à atual realidade económica.

Com o objetivo de potenciar a utilização do porto marítimo vianense, os presidentes da Câmara Municipal de Viana do Castelo e do Conselho de Administração da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana, SA, Luís Nobre e Nuno Araújo, respetivamente, assinaram um protocolo para avançarem com o “Estudo Prévio para o desenvolvimento do Porto de Viana do Castelo”.

Aproveitando para recordar os 30 milhões de euros que já foram investidos, nos últimos anos, o presidente da APDL considerou que “este estudo irá permitir olhar para esta estrutura e perceber as necessidades da indústria, da economia local e se o porto consegue responder a essas necessidades”. Caso contrário, frisou, é preciso perceber “o que se pode fazer para melhorar a sua capacidade de resposta”.

Este estudo prévio vai identificar um perfil adequado para a potenciação do uso do Porto Marítimo de Viana do Castelo, nomeadamente a movimentação de carga pelo tecido empresarial da região, no âmbito da Agenda 20-30, descreveu a autarquia em comunicado. Além de explorar “as possibilidades de conexão ferroviária entre o Porto de Viana do Castelo e um porto seco, num raio de distância a rondar os 10 km, num contexto que gerará maior otimização dos grandes investimentos em Viana do Castelo”, resume o município.

Durante a cerimónia de assinatura, nas instalações do porto de mar, o presidente da Câmara de Viana do Castelo começou por notar a importância deste estudo, que “vai dar condições para desenvolver o trabalho desta estrutura hoje e no futuro”. Considerado um “desafio para o futuro”, o estudo vai ainda “abrir oportunidades e desafios do futuro para que a infraestrutura continue a crescer, dialogando com todos e fazendo parte do processo que irá criar oportunidades de crescimento para o porto de mar”.

De acordo com o documento assinado pelas partes, “adaptar o porto ao novo tecido industrial, ou seja, às novas realidades, poderá potenciar o crescimento da infraestrutura portuária e o desenvolvimento sustentável e de aceleração da inovação ancorada no porto marítimo”. Mais, lê-se no documento, “nas oportunidades identificadas incluem-se, eventualmente, elementos-chave das cadeias logísticas e de transporte, tais como acessibilidades ferroviárias, porto seco, polo logístico intermodal, promoção da transição energética rumo à neutralidade carbónica, entreposto aduaneiro, capacidade de acolhimento de carga contentorizada e carga”.

À APDL compete, assim, lançar o procedimento para a contratação da entidade responsável pela elaboração do estudo, assim como o acompanhamento da execução do mesmo, enquanto a autarquia de Viana do Castelo Município cede toda a informação que for precisa para a realização do estudo.

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Espanha estuda lançamento de impostos adicionais sobre energéticas

  • ECO
  • 14 Junho 2022

A ministra do Ambiente revelou ainda que o governo espanhol vai anunciar "dentro de alguns dias" as novas reduções do preço da gasolina.

A ministra do Ambiente espanhola admitiu que o governo está estudar a possibilidade de introduzir no próximo orçamento de Estado um imposto “adicional” sobre os ganhos extraordinários das elétricas e outro “especial” para o gás e petróleo.

“Será importante ver se precisamos de tributação adicional para a eletricidade e se precisamos de tributação especial para gás e petróleo“, disse Teresa Ribera, citada pelo El Nacional. No caso das elétricas, a hipótese é levantada na sequência do pressuposto que estas terão usufruído de preços mais elevados que o devido sempre que o gás marcou o preço nos mercados grossistas mas estas contribuíram com produção renovável.

“Quando será oportuno discutir isso? Provavelmente no contexto da legislação orçamental, assim como as medidas extraordinárias devem ser discutidas no contexto dos decretos-lei que temos vindo a aprovar para proteger as famílias e a indústria”, respondeu a governante em declarações à TVE, citadas pelo Cinco Días.

A possibilidade de introduzir um imposto extraordinário sobre as empresas do setor surge na sequência de exigências de alguns membros do Governo, como a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, que sugerem que esse imposto seja acrescentado no decreto anticrise que o Executivo pretende prorrogar até 30 de setembro, informa a mesma publicação.

De referir que Díaz assegurou, esta segunda-feira, que estava a ser negociado com o PSOE, partido no governo, tanto este imposto como a possibilidade de subsidiar o transporte público, sublinhando que este debate deve ser enquadrado na esfera orçamental e ser feito de forma “bem pensada e bem trabalhada”, em conjunto com os restantes membros do executivo espanhol.

Ribera revelou ainda que o governo espanhol vai anunciar “dentro de alguns dias” as novas reduções do preço da gasolina, o que, até ao final do mês, pode significar um desconto de 20 cêntimos por litro. De acordo com Ribera, o governo espanhol vai manter o desconto para “continuar a acompanhar os profissionais que dele necessitam, mas também os consumidores”.

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David Long deixa liderança da Liberty Mutual no final de 2022

  • ECO Seguros
  • 14 Junho 2022

Depois de 37 anos na companhia, perto de 12 como CEO e quase uma década Chairman, David H. Long vai retirar-se. Tim Sweeney é o sucessor.

David Long reforma-se no fim de 2022 e confia em Tim Sweeney como líder executivo do grupo Liberty Mutual.

David H. Long, CEO e Chairman da Liberty Mutual Holding Company Inc., vai cessar funções no final do ano, passando a servir como presidente executivo do conselho de administração. Para suceder a Long, o board nomeou Timothy M. Sweeney para Chief Executive Officer (CEO), efetivo em janeiro de 2023, mas imediatamente com assento no conselho de administração da holding.

Segundo a companhia, sob a sua liderança, a Liberty Mutual conquistou 6ª posição entre as maiores mundo em seguros de não Vida (P&C) e “tornou-se uma entidade reconhecida em cultura de trabalho, diversidade, equidade e inclusão e em ações de filantropia”. Com Long no topo da estrutura que lidera a holding, a companhia mais do que centenária e que começou por ser uma associação mútua subscritora de apólices de acidentes de Trabalho no estado do Massachusets, tornou-se financeiramente estável e robusta, com 156 mil milhões de dólares em ativos, 39,8 mil milhões em capital e receitas que ultrapassam 48 mil milhões de dólares, salienta o comunicado que anuncia a reforma do atual líder e nomeação do sucessor.

Formado em Matemática, a que somou formação complementar ciências empresariais, David Long completa 37 anos na companhia. Tornou-se President em 2010, Chief Executive Officer em 2011 e ascendeu ao cargo de Chairman em 2013. A Liberty Mutual faz parte da minha há quase quatro décadas e considero-me afortunado de ter feito parte de transformações desafios importantes ao longo destes anos”, afirmou Long expressando confiança no trabalho que continuará sob a liderança de Sweeney.

Além das funções exercidas internamente na Liberty, David Long tem responsabilidades em órgãos de administração de uma multiplicidade de entidades tanto setoriais como de natureza social, em particular em organizações não lucrativas ligadas à Liberty Mutual Foundation.

Tim Sweeney, há 30 anos na companhia, será o 10º presidente executivo (CEO) da companhia nos 110 anos de história da Liberty Mutual, sediada em Boston.

Eleito presidente da Liberty Mutual Insurance em junho de 2021, Sweeney passou a acumular responsabilidade por 3 unidades de negócio do grupo, nomeadamente Global Risk Solutions, Global Retail Markets (que já liderava desde 2018) e a Liberty Mutual Investments, desde então reportando diretamente a Long.

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Fidelidade integra Aliança para a Cibersegurança

  • ECO Seguros
  • 14 Junho 2022

Grupo segurador é um dos membros da plataforma de colaboração e boas práticas lançada através de memorando assinado na conferência anual do Centro Nacional de Cibersegurança.

A Fidelidade integra a Aliança para a Cibersegurança, uma plataforma de cooperação lançada pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) para fomentar a literacia digital, apostando na prevenção e sensibilização para os riscos digitais.

As atividades de cibercrime têm aumentado nos últimos três meses, com ciberataques endereçados a empresas nacionais, recorda a companhia. Dado impacto destas ameaças, a digitalização enfrenta novos desafios na proteção de dados. Perante o cenário, a iniciativa que integra mais empresas portuguesas pretende ser uma plataforma de cooperação, “agregadora de melhoras práticas, e que, proactivamente, acelere a sua adoção pelo mercado nacional.

Para o grupo segurador, “a Aliança materializa o nosso foco e prioridade na Cibersegurança, onde acreditamos que a união de esforços e conhecimentos, são a forma correta de abordar os desafios que são hoje colocados às organizações,” explica Teresa Rosas, Diretora de Informação e Tecnologia da Fidelidade.

Alinhada com os objetivos da Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço, a nova aliança pretende promover entre os seus membros uma cultura nacional de cibersegurança e aumentar a resiliência do ciberespaço nacional. Através das entidades que a integram, a plataforma compromete-se a “identificar, agregar, definir e promover a partilha de informação e as melhores práticas no ecossistema e ameaças comuns, através de eventos, casos práticos, ferramentas, e outros mecanismos que permitam acelerar a difusão de base de conhecimento de referência,” desenvolve um comunicado do grupo segurador.

É uma iniciativa muito relevante, com características únicas, que enriquece o que a Fidelidade tem vindo a desenvolver internamente nesta matéria. Estamos comprometidos com a proteção das Pessoas, pelo que através da Aliança vamos conseguir reforçar a nossa missão,” disse ainda Teresa Rosas.

Além da Fidelidade, a companhia refere como subscritores a NOS, ANA, Ctt, edp, Grupo Nabeiro, Jerónimo Martins, José de Mello Saúde, SIBS e Sonae, todas decididos a partilhar boas práticas na área da cibersegurança. Para lançar a Aliança existe um Memorando de Entendimento entre organizações integrantes e o Centro Nacional, assinado no decorrer dos “C-DAYS” evento anual do CNCS em que foram divulgados dados oficiais relativos a 2021 sobre incidentes e riscos cibernéticos em Portugal.

Ainda, as entidades fundadoras da Aliança querem formar executivos e recursos técnicos na área da cibersegurança que tenham um impacto relevante no nível de maturidade dessas organizações e atuar na incubação de projetos colaborativos que beneficiem do envolvimento de todos os membros da Aliança.

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Fed inicia reunião que pode decidir maior subida das taxas de juro desde 1994

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

Na reunião poderá ser decidido uma nova subida de 50 pontos base, como em maio, ou até de 75 pontos base, o que aconteceria pela primeira vez desde 1994.

O banco central norte-americano iniciou esta terça uma reunião de política monetária que deverá levar a um novo aumento das taxas de juro, que pode mesmo ser o maior em 27 anos, para conter a inflação. “A reunião do comité de política monetária teve início às 11:00 locais (16:00 em Lisboa) como previsto”, disse à AFP um porta-voz da Reserva Federal (Fed).

Na quarta-feira ao final da tarde, a Fed divulga um comunicado com as suas decisões e depois o presidente da instituição, Jerome Powell, dará uma conferência de imprensa às 19:30 (hora de Lisboa). A taxa de juro de referência da Fed, que está atualmente entre 0,75% e 1%, deve subir pela terceira vez desde março.

Depois de um aumento inicial de 25 pontos base nesse mês e de um outro de 50 pontos base em maio, agora poderá ser decidido uma nova subida de 50 pontos base ou até de 75 pontos base, o que aconteceria pela primeira vez desde 1994.

A taxa de inflação, que continuou a acelerar em maio nos Estados Unidos, atingindo 8,6% em termos homólogos, surpreendeu e marcou um novo recorde em 40 anos, segundo o índice CPI publicado na sexta-feira. Na comparação com o mês anterior, a inflação foi de 1%.

Antes da divulgação destes números, havia um consenso quanto a um aumento de 50 pontos base, “mas a publicação de dados indicando uma inflação mais alta do que o previsto em maio leva-nos a antecipar um aumento das taxas de 75 pontos base“, disseram Jay Bryson e Michael Pugliese, economistas da Wells Fargo, numa nota citada pela AFP.

Outros analistas consideram, no entanto, que um aumento dessa dimensão seria inútil e poderia ser interpretado como um movimento de pânico. A subida das taxas de juro torna mais caro o custo do crédito e deve travar o consumo, mas há também o risco de afetar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o emprego.

Após a reunião serão divulgadas novas previsões económicas, que atualizam as que foram publicadas em março. As previsões de inflação e de desemprego devem ser revistas em alta e as do crescimento devem baixar. A luta para conter a inflação tem sido apontada como uma prioridade pelo banco central e pelo próprio Presidente norte-americano, Joe Biden.

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Urgências de obstetrícia do hospital de Portalegre fecham na próxima madrugada

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

“Não haverá urgência de obstetrícia dado que dispomos apenas de um obstetra no serviço de urgência” entre as 5 horas de quarta e as 8 horas de sexta. Grávidas devem ser encaminhadas para Évora.

As urgências de Obstetrícia do hospital de Portalegre vão estar encerradas entre as 05:00 de quarta-feira e as 08h00 de sexta-feira, disse à agência Lusa fonte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA). “Não haverá urgência de obstetrícia dado que dispomos apenas de um obstetra no serviço de urgência”, nesse período, indicou o porta-voz da ULSNA, Ilídio Pinto Cardoso.

Apesar do fecho das urgências, o serviço de Obstetrícia “vai estar a funcionar” porque vai estar um obstetra de serviço, acrescentou o mesmo responsável.

Ilídio Pinto Cardoso explicou ainda que as grávidas que se dirijam aos hospitais de Portalegre e Elvas, bem como ao Serviço de Urgência Básico (SUB) de Ponte de Sor, deverão ser encaminhadas para o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) ou para a unidade hospitalar mais próxima.

Entre as 05:00 de quarta-feira e as 08:00 de sexta-feira, “não haverá mais nenhum” serviço das unidades hospitalares da ULSNA afetado por falta de profissionais, afiançou o porta-voz. Contactada esta terça pela Lusa, fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo indicou que, atualmente, “não se preveem constrangimentos na resposta dos serviços de urgência de obstetrícia nos hospitais da região” durante os próximos fins de semana, estando, “em princípio, asseguradas as respetivas escalas”.

Confrontada pela Lusa sobre o fecho das urgências de Obstetrícia no hospital de Portalegre, a mesma fonte disse não ter conhecimento dessa informação.

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Pedro Nuno Santos pressiona Montenegro para “bom consenso” sobre aeroporto de Lisboa

Depois de Costa, ministro das Infraestruturas desafia novo líder do PSD a acertar agulhas sobre a localização do aeroporto de Lisboa. Na habitação, Pedro Nuno Santos admite não ter “bala de prata”.

Pedro Nuno Santos insistiu esta terça-feira que o país “precisa rapidamente de um novo aeroporto” em Lisboa e que é “necessário um consenso alargado para a sua concretização, de forma a assegurar que, de cada vez que muda um Governo ou muda um ministro, [o dossiê] não anda para trás”.

Questionado pelos jornalistas sobre se já conversou sobre este tema com o próximo líder do PSD, o ministro das Infraestruturas deixou a entender que estava apenas a aguardar pela tomada de posse para acertar agulhas com o sucessor de Rui Rio. “É importante trabalharmos num bom consenso e numa boa solução que permita alargar rapidamente a capacidade [aeroportuária] do país”, notou.

Num espaço de poucos dias, esta é a segunda vez que um membro do Governo pressiona Luís Montenegro para um alinhamento de posições nesta matéria. No início de junho, o primeiro-ministro sinalizou que aguarda pelo novo líder da oposição para saber qual é o acordo, salientando o “princípio que grandes infraestruturas têm de ser objeto de acordo entre maiores partidos e ter acordo de dois terços do Parlamento”.

“Há estudos para todos os gostos, há ótimos argumentos para todos. Só falta decidir e fazer”, referiu António Costa num almoço-debate na Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, em que defendeu que esta é uma decisão que “para ser estável deve ser feita envolvendo os dois maiores partidos e enquanto lideranças são estáveis”, já que “basta uma mudança na liderança e já não é suficiente”.

Já sobre o problema da recusa de voos no aeroporto Humberto Delgado, Pedro Nuno Santos disse esta tarde que este ano “ainda” não se colocará, mas antevê que isso possa acontecer em 2023, com a previsível retoma da atividade para níveis anteriores à pandemia de Covid-19. No entanto, advertiu o governante, “problemas de circulação, de fluidez e de espera no aeroporto já estão a ser sentidos desde maio – e ainda não chegou ao verão”.

Sem “bala de prata” na habitação

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, acompanhado da secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, participou esta terça-feira na cerimónia de lançamento da primeira pedra da construção de 70 fogos no Bairro Padre Cruz, em Lisboa. Confrontado com os elevados preços das casas também para a classe média, reconheceu que “há um trabalho que vai demorar muito tempo e que tem a ver com este aumento do parque público, que [continua] a achar que é a resposta estrutural para o problema”.

“No curto prazo, não ignoramos que é difícil resolver um problema que se veio acumulando ao longo de anos. Temos, de facto, preços proibitivos em várias partes do país, desde logo em Lisboa. Não há uma bala de prata. Vamos recorrendo a todos os mecanismos que temos ao dispor para um problema que é gigante. (…) O problema é difícil, de resolução complexa e demorada. A forma concreta de o resolver é esta que estamos aqui a fazer. É construir, dar realismos aos nossos planos. É o trabalho que está a ser feito, mas que demora”, completou.

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Estas são as empresas com as melhores práticas de bem-estar, segundo a Workwell

A Workwell premiou as boas práticas de bem-estar nas organizações em seis categorias diferentes. Untile, SAP Portugal, Celfocus, Xerox Portugal, Randstad e EDP são algumas das companhias galardoadas.

Os “Wellbeing Awards”, iniciativa da Workwell, premiaram as boas práticas de bem-estar nas organizações em seis categorias diferentes. No total foram entregues dez prémios que procuram destacar ações e programas desenvolvidos pelas organizações que promovem o bem-estar, a saúde e a felicidade dos seus colaboradores. Untile, SAP Portugal, Celfocus, Xerox Portugal, Randstad e EDP são algumas das empresas galardoadas.

“Estou muito satisfeito com as participações que recebemos nesta primeira edição dos “Wellbeing Awards”, o que comprova uma crescente preocupação das empresas em Portugal com o bem-estar dos colaboradores na cultura organizacional”, afirma Tiago Santos, CEO da Workwell, em comunicado.

Com mais de 100 candidaturas recebidas de empresas dos mais variados setores de atividade, os vencedores dos “Wellbeing Awards” na categoria “Healthiest Company”, prémio para a organização com colaboradores mais saudáveis, são: Untile, em empresas até 250 colaboradores; SAP Portugal, empresas entre 251 e 1.000 colaboradores; e Celfocus, empresas com mais de 1.001 colaboradores.

Já na categoria “Best Wellbeing Program”, o prémio para o melhor programa de qualidade de vida e bem-estar corporativo, os vencedores são Xerox Portugal, empresas até 250 colaboradores, Randstad, empresas entre 251 e 1.000 colaboradores, e EDP Energias de Portugal, empresas com mais de 1.001 colaboradores.

Foram também atribuídas menções honrosas nesta categoria à Novo Nordisk Portugal e Lipor, empresas até 250 colaboradores, REN e Vieira de Almeida (VdA), empresas entre 251 e 1.000 colaboradores, e Nestlé Portugal e Jerónimo Martins, empresas com mais de 1.001 colaboradores,

Além disso, foram ainda entregues quatro prémios adicionais que visam enaltecer as organizações que mais se destacaram na implementação de melhor estratégia de bem-estar físico, melhor estratégia de bem-estar mental/emocional, melhor envolvimento e comunicação e melhor liderança e cultura de bem-estar. Na categoria “Best Physical Wellbeing Strategy”, a Lipor foi a empresa vencedora, a Novo Nordisk Portugal foi a empresa que recebeu o prémio em “Best Mental/Emotional Wellbeing Strategy”, a Nestlé Portugal foi a empresa galardoada na categoria de “Best Engagement and Communication” e a EDP Energias de Portugal foi a empresa distinguida em “Best Leadership and Culture of Wellbeing”.

A Aon e a Multicare são parceiros oficiais desta iniciativa, que conta também com o apoio científico da Universidade Europeia, o apoio institucional da Global Center for Healthy Workplaces, da GRACE – Empresas responsáveis, Rep Circle, Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Fórum Saúde para o Século XXI e HealthNews.

Mais informações sobre os “Wellbeing Awards” aqui.

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PSI recua 0,48% e segue Europa

Das 15 cotadas da bolsa nacional, EDP Renováveis lidera quedas no índice português. Galp sobe 1,73% com a subida do barril de Brent para os 124,09 dólares.

O PSI encerrou a sessão desta terça-feira em queda com uma desvalorização de 0,48%, para os 5.986,96 pontos. A penalizar o principal índice bolsista nacional esteve a família EDP, com a Energias de Portugal SA a registar uma queda de 2,05%, e a EDP Renováveis a afundar 3,74%, liderando as quedas percentuais do índice na sessão desta terça-feira.

A seguir esta tendência esteve também a Corticeira Amorim, a recuar 0,59%, a Nos a cair 2,51%, e os CTT com uma desvalorização de 2,42%. O BCP foi a única cotada a fechar a sessão em terreno estável.

Já em tendência oposta esteve a Altri com uma subida de 4,76%, o maior aumento percentual em registo no índice. Em linha com a Altri encontra-se ainda a Sonae a valorizar 2,03%, e a Galp Energia a avançar 1,73%.

A valorização da Galp surge em linha com a subida do preço do barril de petróleo do Mar do Norte (Brent), referência para as importações nacionais, que esta terça-feira já atingiu os 124,09 dólares, após descidas ligeiras no final da semana passada.

O recuo do índice português segue a tendência do resto da Europa, que ecoa os receios provenientes dos EUA com o disparo dos preços ao consumidor no mês de maio. O mercado espera agora um aumento mais agressivo das taxas de juro pela Fed.

O índice europeu Stoxx 600 fechou a recuar 1,17% para os 407,68 pontos, enquanto o francês CAC 40 encerrou a desvalorizar 1,30 % com 4.525,36 pontos. Por sua vez, também o britânico FTSE 100 fechou terça-feira com um recuo mais modesto de 0,25% para os 7.187,46 pontos e o alemão DAX baixou 0,91%, para os 13.304,39 pontos.

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OMS marca reunião para decidir se surto de Monkeypox representa emergência internacional de saúde pública

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

“O surto global de Monkeypox é claramente incomum e preocupante. É por esta razão que decidi convocar o Comité de Emergência", explicou o diretor-geral da organização.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai avaliar na próxima semana se o surto de Monkeypox representa uma emergência internacional de saúde pública, face ao comportamento incomum do vírus e ao número de países com casos confirmados.

“O surto global de Monkeypox é claramente incomum e preocupante. É por esta razão que eu decidi convocar o Comité de Emergência, ao abrigo dos regulamentos internacionais, para a próxima semana para aferir se este surto representa uma emergência internacional de saúde pública”, anunciou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta avaliação do Comité de Emergência da OMS justifica-se pelo facto de o vírus “estar a comportar-se de uma forma incomum”, pelo crescente número de países com casos confirmados de infeção e ainda pela necessidade de uma resposta coordenada, tendo em conta a dispersão geográfica que a doença regista atualmente.

Desde o início do ano, a OMS já registou mais de 1.600 casos confirmados de Monkeypox e outros quase 1.500 suspeitos em 39 países, incluindo 32 países que não tinham registado a doença, entre os quais Portugal. De acordo com a OMS, foram reportadas este ano 72 mortes por Monkeypox em países previamente afetados pela doença, não se registando até agora óbitos em países onde a Monkeypox não é endémica.

“O objetivo da OMS é apoiar os países na contenção da transmissão e parar o surto com instrumentos de saúde pública, como a testagem, vigilância de contactos e isolamento de pessoas infetadas”, adiantou Tedros Adhanom Ghebreyesus. O diretor-geral da organização salientou ainda que a OMS não recomenda a vacinação generalizada contra a Monkeypox e que a decisão do uso da vacina contra a varíola em pessoas de risco deve ser tomada com base na avaliação dos riscos e benefícios e caso a caso.

Segundo disse, a OMS está a trabalhar com os países-membros e com os parceiros no desenvolvimento de um mecanismo de acesso justo a vacinas e tratamentos, assim como para alterar o nome do vírus e da doença, popularmente conhecida como varíola dos macacos.

Esta doença foi identificada pela primeira vez em colónias de macacos mantidos em cativeiro para pesquisas científicas em 1958 e só mais tarde foi detetada em humanos, em 1970, na República Democrática do Congo, numa criança de nove meses numa região onde a varíola tinha sido eliminada em 1968.

Em Portugal, a autoridade de saúde confirmou hoje mais 22 casos de infeção pelo vírus Monkeypox, totalizando até agora 231 situações de homens infetados que se encontram clinicamente estáveis. Segundo anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS), todas as infeções confirmadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos.

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