Taxa de segurança alimentar já rendeu 73 milhões

  • ECO
  • 14 Junho 2022

Grupo Jerónimo Martins tem em dívida 27 milhões de euros: nunca pagou a taxa e já tentou a sua impugnação judicialmente.

Em dez anos, a taxa de segurança alimentar rendeu 73 milhões de euros ao Estado, avança esta terça-feira o Jornal de Notícias (acesso pago). Criada pelo Governo de Pedro Passos Coelho, a contribuição tem sido sucessivamente contestada pela Jerónimo Martins e pelo Continente.

A dona do Pingo Doce tem em dívida 27 milhões de euros e já tentou impugnar a taxa judicialmente — o que suspende o pagamento da contribuição; a dona do Continente tem assegurado sempre o pagamento mesmo recorrendo à Justiça.

O encaixe obtido com a taxa é gerido pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária. O valor é de sete euros por metro quadrado; estão isentos os estabelecimentos com área de venda inferior a 2.000 metros quadrados.

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CP enfrenta nova greve ao trabalho extraordinário em julho

Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário entregou pré-aviso para paralisação entre 1 e 31 julho. Exige aumento dos salários e admissão de trabalhadores.

A CP arrisca enfrentar o segundo mês consecutivo de perturbações na circulação de comboios. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário entregou um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário entre 1 e 31 de julho.

A confirmar-se, a paralisação sucede à greve ao trabalho extraordinário convocado pelo mesmo sindicato afeto à CGTP e que está em vigor desde 3 de junho.

Os trabalhadores exigem aumentos salariais imediatos e em linha com a taxa de inflação dos últimos meses – acima dos 0,9% aplicados logo no início do ano. Os funcionários também exigem a integração nos quadros de trabalhadores a prazo.

A paralisação afeta o trabalho extraordinário, a partir da oitava hora de serviço e ao trabalho em dia de descanso.

A greve poderá afetar a circulação de comboios na CP: em 2021, as horas extraordinárias corresponderam a 10,3% do trabalho da empresa. Na área operacional e comercial, ligada aos maquinistas e revisores, a taxa foi de 14,2%.

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INE confirma inflação de 8% em maio, o valor mais alto desde 1993

A taxa de inflação atingiu os 8% em maio, um valor superior em 0,8 pontos percentuais ao observado em abril e o mais elevado desde fevereiro de 1993.

A taxa de inflação em Portugal acelerou para 8% em maio, de acordo com a segunda estimativa publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira, número que compara com a taxa de 7,2% registada em abril. Este é o valor mais elevado registado desde fevereiro de 1993.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação de 5,6% (5,0% em abril)“, acrescenta o gabinete de estatísticas, assinalando que este é o valor mais elevado registado desde outubro de 1994.

Apesar de o fenómeno ser agora mais transversal, a energia continua a dar o maior contributo para a elevada subida dos preços em Portugal. A inflação relativa aos produtos energéticos acelerou para 27,3% (26,7% em abril), o valor mais elevado desde fevereiro de 1985.

Outra das componentes que tem vindo a acelerar é o índice de preços dos produtos alimentares não transformados, o qual fixou-se nos 11,6% em maio, acima dos 9,4% de abril.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística.

Em comparação com abril, no mês de maio destacam-se os aumentos das taxas de variação homóloga das classes da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e ainda das bebidas alcoólicas e tabaco. A um nível mais desagregado, o gabinete de estatísticas atribui os maiores contributos positivos à eletricidade, gás natural, fruta fresca ou frigorificada, vinho e mobiliário para o lar.

“Em sentido oposto, os transportes (classe 7) e as comunicações (classe 8) apresentaram uma diminuição da taxa de variação homóloga para 10,8% e 2,2% respetivamente (13,1% e 3,2% no mês anterior)”, refere o INE. Neste caso, o maior contributo negativo veio do gasóleo e da gasolina, por causa da redução do ISP, e dos produtos hortícolas frescos e frigorificados, exceto batatas e outros tubérculos, dos voos internacionais e das férias organizadas fora do território nacional.

Pela primeira vez desde que a inflação começou a acelerar em Portugal, a variação média dos últimos doze meses da taxa de inflação superou os 3%, atingindo os 3,4% em maio, acima dos 2,8% de abril.

E, também pela primeira vez, o IPC subjacente (“core”) a doze meses superou os 2%, o objetivo do Banco Central Europeu (BCE). “Excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação média foi 2,3 (1,8% no mês anterior)”, nota o INE.

O Governo mantém uma previsão de 3,7% (IPC) e 4% (IHPC) para a taxa de inflação deste ano, contando com uma desaceleração dos preços no segundo semestre. Porém, a tendência das organizações internacionais tem sido de revisões em alta. Ainda na semana passada a OCDE colocou a taxa de inflação em Portugal nos 6,3% (IHPC).

(Notícia atualizada às 11h33 com mais informação)

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PIB dos países do G20 desacelera no arranque de 2022

A economia dos países do G20 travou no primeiro trimestre deste ano, principalmente por causa dos Estados Unidos. Há exceções à regra, nomeadamente a União Europeia.

O PIB dos 20 países com as maiores economias desacelerou no início do ano. De acordo com os dados divulgados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), a atividade económica cresceu 0,7% em cadeia, entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, travando face ao aumento de 1,3% no trimestre anterior.

Estes dados da OCDE confirmam a perda de fôlego económico notada em várias das principais economias do mundo devido à aceleração da inflação e, posteriormente, à invasão russa na Ucrânia. Um efeito que atenua a recuperação pós-pandemia que se verificava nos últimos trimestres à medida que a vacinação avançou.

A desaceleração na área do G20 no primeiro trimestre de 2022 reflete principalmente um desempenho mais fraco dos Estados Unidos, onde o PIB contraiu 0,4% em cadeia depois de crescer 1,7% no quarto trimestre de 2021“, escreve a Organização em comunicado enviado às redações esta terça-feira.

Esta contração da economia norte-americana, a qual representa 19,7% do total do PIB dos países do G20, é explicada por mudanças no contributo da procura externa (exportações menos importações) e por quedas do investimento em inventário e na despesa estatal relacionada com os apoios Covid-19.

Mas os EUA não foram o único caso. Também a economia da Austrália e a da Indonésia travou mais de dois pontos percentuais.

O PIB também desacelerou, ainda que menos, no Canadá, China, Itália, Índia, Coreia do Sul, Turquia e Reino Unido.

França e Japão acabaram mesmo por registar uma contração em cadeia de 0,2% e 0,1%, respetivamente, no primeiro trimestre de 2022.

Porém, também houve exceções à regra. O Brasil, Alemanha, México, Arábia Saudita — cuja economia cresceu 2,6% em cadeia, principalmente por causa do aumento das exportações do petróleo –, África do Sul e a União Europeia registaram um crescimento mais forte do que no trimestre anterior.

Focando nos 38 países que compõem a OCDE, o PIB cresceu 0,3% em cadeia no primeiro trimestre, o que representa uma revisão em alta face aos 0,1% divulgados há três semanas.

É de notar que o Reino Unido e a África do Sul superaram o nível do PIB pré-pandemia pela primeira vez no arranque deste ano. Já a Itália atingiu esse nível neste primeiro trimestre de 2022, mas ainda não o superou.

Economias como a alemã, a japonesa e a mexicana continuam com um nível de PIB inferior ao pré-Covid.

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Portugal paga “muito brevemente” primeiros 100 milhões à Ucrânia, diz António Costa

  • ECO
  • 14 Junho 2022

EUA e Europa querem transportar por comboio 20 milhões de toneladas de cereais, que estão bloqueados na Ucrânia. Portugal já atribuiu mais de 42 mil proteções temporárias a refugiados da guerra.

O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira, à margem de um reunião com alguns países da NATO em Haia, que os primeiros 100 milhões de euros – de um apoio financeiro de de 250 milhões – serão pagos “muito brevemente” à Ucrânia. O apoio foi anunciado durante a visita de António Costa a Kiev, em maio, em que adiantou a ajuda de Portugal ao esforço de reconstrução de escolas e de jardins de infância ucranianos ou, em alternativa, o “patrocínio” para a reconstrução de uma zona específica do território a indicar pelas autoridades de Kiev.

Joe Biden anunciou um plano para transportar por comboio milhares de toneladas de cereais que não podem passar pelo mar Negro devido à invasão russa. Como a Ucrânia tem uma bitola diferente dos países europeus, vão ser construídos “silos temporários” na fronteira com a Polónia, onde serão armazenados os cereais para serem exportados para o resto da Europa e para o mundo.

Do terreno chegam novos desabafos das autoridades ucranianas. Zelensky pediu mais rapidez no envio de armas, calculando que “os russos têm dez a cem vezes mais” equipamento militar. “Das armas que precisamos, recebemos cerca de 10%”, corroborou a vice-ministra da Defesa, Anna Maliar, notando que “sem a ajuda dos parceiros ocidentais, a Ucrânia não será capaz de vencer”.

Enquanto em Portugal já foram atribuídas até esta terça-feira mais de 42 mil proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra (e comunicada ao Ministério Público a situação de 731 crianças que chegaram sem os pais), na Alemanha é notícia um empréstimo público até 10 mil milhões de euros para resgatar a antiga subsidiária da Gazprom no país, que passou a ser controlada pelo regulador germânico em abril.

Acompanhe aqui os desenvolvimentos da guerra na Europa.

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ISEP Lidera projeto europeu para criar novos processos de tratamento de águas residuais

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

ISEP lidera projeto europeu de desenvolvimento de processos de tratamento de águas residuais e promoção da conservação de ecossistemas aquáticos. Tudo para alcançar a “melhoria da qualidade da água".

Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) lideram um projeto europeu que visa “contribuir” para o desenvolvimento de novos processos de tratamento de águas residuais e promover a conservação de ecossistemas aquáticos, anunciou o instituto em comunicado.

Em comunicado, o instituto afirma que os atuais processos de tratamento de águas residuais “não são eficazes” na eliminação de fármacos ou microplásticos.

“A monitorização de poluentes emergentes em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) diz-nos que a eficiência de remoção de produtos farmacêuticos é variável”, observa o ISEP, acrescentando que alguns dos medicamentos, mediante a sua classe terapêutica, são “mesmo devolvidos na sua totalidade através de descargas contínuas”.

Nesse sentido, os investigadores do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE) do ISEP vão, no âmbito do projeto europeu BioReset, procurar contribuir para o desenvolvimento de novos processos de tratamentos de águas residuais “simples, eficientes e sustentáveis”.

“Medidas que contribuam para a reutilização e recuperação de águas tornam-se urgentes”, acrescenta.

De acordo com o instituto, ao longo do projeto serão usadas diatomáceas [microalgas] para avaliar o sucesso dos tratamentos de conservação e restauro dos ecossistemas.

Do mesmo modo, será potenciado o desenvolvimento de sensores eletroquímicos para facilitar a monitorização de poluentes.

Citado no comunicado, o investigador do ISEP responsável pelo projeto, Hendrikus Nouws, esclarece que, ao longo do BioReset, o foco será o “desenvolvimento de uma estratégia de concentração-degradação-purificação” para alcançar a “melhoria da qualidade da água”.

“Essa estratégia será realizada através da recuperação e aproveitamento de resíduos florestais e agroalimentares, que serão transformados em matérias–primas valiosas e muito úteis para a síntese de biossorventes por processos hidrotérmicos”, explica o investigador, acrescentando que, posteriormente, serão desenvolvidos métodos para regenerar e reciclar os biossorventes.

A monitorização dos poluentes emergentes, levada a cabo pela empresa Águas do Centro Litoral, que é um dos parceiros do projeto, permitirá “conhecer o estado de contaminação dos influentes e efluentes”, bem como usar os tratamentos desenvolvidos para criar um retrato da presença de fármacos e microplásticos, conhecendo a sua correlação com os efeitos nas comunidades de diatomáceas, trabalho que ficará a cargo do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR).

Deste projeto, financiado pela ação COFUND BiodivRestore, os investigadores esperam que possa ser possível produzir dados, metodologias e informações para legisladores, gestores de ETAR e outras entidades.

Constituído por sete parceiros de quatro países diferentes, o projeto BioReset tem um valor global de 898 mil euros.

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Escola portuguesa lança primeiro curso de blockchain para crianças e adolescentes

Com a aposta neste curso de blockchain e NFT, a rede de academias pretende preparar as próximas gerações para o futuro, tornando-as mais inovadoras.

A Sharkcoders – Geniuses of Tomorrow lançou o primeiro workshop de programação de NFT (Non-fungible Token) para crianças e adolescentes, dos 11 aos 17 anos. A rede de escolas de programação promete ensinar tudo sobre o universo de blockchain, criptomoedas, web3 e NFT aos participantes. O curso decorre no Summer Campo do Porto, e também em regime online.

“Durante o curso, os alunos poderão frequentar o workshop onde irão programar e desenvolver o seu próprio código para criação de NFT. Para tal, será lecionada a base da tecnologia blockchain e web3 seguidos por um aprofundar de conceitos a nível de NFT. Os alunos serão ainda apresentados às linguagens Solidity e Javascript, de modo a adquirir conceitos de criação de páginas que possam estabelecer uma ligação de criação-utilização da tecnologia”, esclarece a Sharkcoders, em comunicado.

Para além de competências de programação, os alunos irão desenvolver conhecimentos na área de blockchain, web3, tokens e criptomoeda, focado no tema de NTF, bem como aprimorar o know-how para o desenvolvimento de smart contract e para a criação de NFTs. O objetivo é que, no final, se sintam “mais preparados para a nova economia (web3) descentralizada; e terão competências adicionais de react, redes baseadas em EVM (Ethereum virtual machine), entre outros”.

Com a aposta neste curso de blockchain e NFT, a rede de academias ambiciona trazer o futuro para mais perto das próximas gerações, tornando as crianças mais inovadoras e bem sucedidas.

Tudo sobre os Summer Camps e sobre este curso nas redes sociais e website da Sharkcoders.

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Cobrança de apoios na Zona Franca da Madeira ainda não arrancou

  • ECO
  • 14 Junho 2022

"Complexidade associada ao exercício de recuperação dos montantes" é a justificação do Ministério das Finanças para o atraso no início da cobrança de benefícios fiscais indevidos.

Ano e meio depois da decisão de Bruxelas, ainda está por definir como serão cobrados cerca de mil milhões de euros em benefícios fiscais recebidos de forma indevida pelas 300 sociedades da Zona Franca da Madeira. “A complexidade associada ao exercício de recuperação dos montantes” é a justificação do Ministério das Finanças para o atraso no início da cobrança, segundo a edição de hoje do Jornal de Negócio (acesso pago).

A cobrança de imposto por pagar vai incluir empresas que já não têm presença na Zona Franca da Madeira. Se as sociedades tiverem sido extintas, terão de ser encontrados os seus proprietários e beneficiários na altura.

No final de 2020, Bruxelas considerou ilegal a forma como Portugal concedeu isenções fiscais a um conjunto de empresas licenciadas na zona franca desde 2007. As normas europeias determinam que as sociedades só podem beneficiar de uma taxa reduzida de IRC, caso criem e mantenham um determinado número de postos de trabalho. No entanto, a Comissão Europeia considera que Portugal violou esse compromisso.

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Glion Institute of Higher Education nomeia novo diretor-geral

A partir de 15 de agosto de 2022, o profissional sucede a Georgette Davey, que, depois de cinco anos ao leme da Glion, passará a dirigir o campus da escola de gestão hoteleira em Londres.

Michel Philippart é o novo diretor-geral do Glion Institute of Higher Education (GIHE). A partir de 15 de agosto de 2022, o profissional sucede a Georgette Davey, que, depois de cinco anos ao leme da Glion, passará a dirigir o campus da escola de gestão hoteleira em Londres. Antes de se juntar à Glion, Michel Philippart esteve cinco anos na EDHEC Business School, em França, onde desempenhou a função de diretor do mestrado em Consultoria Estratégica e Transformação Digital e foi também professor de Estratégias de Abastecimento.

“Saúdo o desafio de liderar uma das melhores instituições do mundo de ensino superior em hospitalidade. A indústria hoteleira é um território de oportunidades. A educação é a chave para transformar este setor de modo a captar as oportunidades de um mundo que enfrenta mutações profundas”, afirma Michel Philippart, em comunicado.

“Estamos extremamente satisfeitos por receber Michel Philippart para liderar a Glion. O seu vasto know-how e conhecimentos irão apoiar novos desenvolvimentos académicos para a instituição, em benefício das gerações futuras”, refere Pierre Salles, presidente do conselho de administração da Glion.

O profissional será responsável pela liderança dos campus da GIHE na Suíça e no Reino Unido, supervisionando cerca de 1.6000 estudantes e uma equipa de 250 funcionários.

Ao longo do seu percurso profissional, o novo diretor-geral da GIHE lecionou em instituições de ensino como a HEC Paris, a Grenoble School of Management e a Kedge. Antes de liderar programas executivos, desempenhou, no mundo empresarial, funções em empresas como a Booz Allen, a McKinsey, a Frito-Lay (da Pepsico) e a GSK Biologicals.

“Michel Philippart aproveitará a sua vasta experiência no mundo académico, consultivo e empresarial para posicionar ainda mais a Glion na vanguarda da digitalização e inovação da hotelaria”, salienta a escola.

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Juros da dívida a dez anos superam 3% pela primeira vez em 5 anos

Aumento dos juros das obrigações portugueses voltam a ultrapassar fasquia dos 3% pela primeira vez desde julho de 2017, há cinco anos.

Os juros associados à dívida portuguesa continuam sob intensa pressão nos mercados internacionais, com os investidores a anteciparem um aperto monetário mais agressivo dos bancos centrais para domar a inflação. Esta terça-feira, a yield dos títulos a dez anos voltou a superar a fasquia dos 3%, o que já não acontecia desde 14 de julho de 2017, há quase cinco anos.

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos atingiu esta terça-feira os 3,024%, um agravamento de mais de 2,5 pontos base em relação ao fecho da sessão de segunda, de acordo com os dados disponibilizados pela Reuters.

Juros a 10 anos superam fasquia dos 3%

Fonte: Reuters

Os juros nacionais subiam em todos os prazos, com as taxas a cinco e dois anos a renovarem máximos de sete anos (valores mais elevados desde 2014) nos 2,401% e 1,5%, respetivamente.

Lá por fora, outros países da Zona Euro também registavam agravamentos nas taxas das obrigações dos governos para máximos desde 2014. Eram esses os casos da Alemanha (a referência para os investidores), Itália e Espanha (com quem Portugal se equipara).

A taxa das obrigações alemãs a dez anos sobe para 1,647% e a taxa italiana no mesmo prazo, acabada de romper a barreira dos 4%, segue nos 4,12%. Em Espanha, os juros das obrigações copiam a tendência portuguesa ao ultrapassarem também a fasquia dos 3% esta terça-feira.

Desde o final do ano passado que os juros das obrigações vêm subindo, mas aceleraram a tendência à medida que as pressões da inflação se foram intensificando (com a guerra e os preços da energia) e encostando os bancos centrais à parede. Foram já várias autoridades monetárias que agravaram as taxas de juro para controlarem a subida dos preços, incluindo o a Reserva Federal norte-americana (Fed), que deverá anunciar esta quarta-feira um novo aumento das taxas das fed funds. Os analistas do Goldman Sachs apostam que a Fed vai subir os juros em 75 pontos base em junho e 50 pontos base em setembro, de acordo com um relatório citado pelo The Wall Street Journal.

Deste lado do Atlântico, com a inflação acima dos 8% na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) ainda não subiu os juros de referência, mas indicou na semana passada que vai começar a agravar as taxas a partir do próximo mês, o que está a adicionar pressão no mercado secundário.

O Commerzbank acrescentou que o recente sell-off no mercado obrigacionista poderá ter sido amplificado com o regresso de vários governos às emissões de dívida, como Alemanha, Itália (os custos dispararam para máximos de vários anos) e os Países Baixos o fizeram esta terça-feira.

Amanhã é o IGCP que vai ao mercado tentar levantar 500 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com o prazo de três meses e a expectativa é de que Portugal venha a pagar mais do que nas últimas operações de financiamento.

(Notícia atualizada às 10h58)

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Juros do BPP ao Estado ultrapassam 150 milhões de euros

  • ECO
  • 14 Junho 2022

Do empréstimo de 450 milhões de euros em 2008, Estado já recebeu cerca de 407 milhões. Mas juros já ultrapassaram 150 milhões e não serão totalmente pagos.

Os juros do Banco Privado Português (BPP) devidos ao Estado já ultrapassaram os 150 milhões de euros. Contudo, o Estado apenas deverá receber um terço deste montante, que acrescente às garantias estatais concedidas em 2008, segundo a edição desta segunda-feira do jornal Público (acesso condicionado).

Na origem destes juros está o empréstimo contraído pelo BPP no final de 2008, junto de um sindicato de seis bancos, no valor de 450 milhões de euros, montante garantido pelo Estado. Deste ‘envelope’, já foram pagos cerca de 407 milhões de euros.

Sobre o capital em dívida incorre uma taxa de juro anual próxima dos 4%. No total, os juros devidos ultrapassam os 150 milhões de euros. O Estado, contudo, só deverá receber cerca de 50 milhões de euros junto da comissão liquidatária do BPP. O valor remanescente, de cerca de 100 milhões de euros, será convertido em crédito subordinado, passando o Estado para o fim da lista de créditos a ressarcir.

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Falta de mão de obra: como preencher o gap no mercado?

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  • 14 Junho 2022

As empresas continuam a ficar com vagas por preencher devido à falta de mão de obra. Como colmatar o gap?

 

Rui Rocheta, Regional Head Iberia e LATAM da Gi Group Holding.

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Empresas que ficam com várias vagas de emprego por preencher: conhece ou já ouviu falar de algum caso? Não é de estranhar. Atualmente, os empregadores consideram que a falta de mão de obra é o seu principal problema.

Este é um fenómeno que não se regista apenas em Portugal, mas a nível global. Se houvesse dúvidas, bastaria olhar para os números: 2,6% de todos os empregos da União Europeia e 2,8% dos empregos na área do euro estavam vagos, segundo dados da Eurostat relativos ao último trimestre de 2021. Países como a Chéquia ou a Bélgica atingiram valores próximos dos 5%, representando as taxas mais elevadas em mais de uma década.

A falta de mão de obra e a questão das vagas por preencher não mostram sinais de querer abrandar e ganharam tal relevância que foram o tema escolhido para a World Employment Conference 2022, decorrida no final de maio, em Bruxelas.

“Bridging the Gap: Connecting Worker and Employer Expectations” foi a designação escolhida, evidenciando desde logo que a falta de preenchimento das vagas não está propriamente relacionada com a falta de mão de obra disponível no mercado. Bastaria olhar para os números da população desempregada em diversos países do globo para perceber que estes ultrapassam grandemente as vagas de emprego por preencher, segundo dados recolhidos pela própria World Employment Conference.

Preencher o gap entre empresas e trabalhadores

Como harmonizar, então, as necessidades dos trabalhadores e das empresas no mercado de trabalho, que têm mudado de forma radical?

A reabertura da economia após a pandemia criou necessidades e tendências. No entanto, para serem colmatadas, é necessária uma mudança de atitude por parte das empresas e dos responsáveis de Recursos Humanos. Nestes casos, uma das respostas reside na formação ao longo da vida, permitindo que as pessoas adquiram as competências certas na altura certa. Mas importa não descurar também os salários e o aumento da flexibilidade.

De facto, é isso que estão a fazer as empresas que sentem mais o problema da falta de mão de obra e que têm mais vagas de emprego por preencher, evidenciando maior predisposição do que as restantes organizações para tomar medidas:

· 39% mostram-se disponíveis para aumentar salários (versus 31%);

· 48% disponibilizam formação, desenvolvimento de competências ou mentoring (versus 41%);

· 45% oferecem horários de trabalho mais flexíveis (versus 39%).

Soluções para colmatar a falta de mão de obra disponível

Contudo as empresas podem ir mais além, no sentido de criar valor e conseguirem atrair e reter talento. E há várias soluções. Podem, por exemplo, promover a diversificação de modelos de trabalho e de gestão de carreiras que facilitem a transição. Além disso, podem aumentar as oportunidades junto de grupos sub-representados e reduzir o trabalho informal, medidas que mostram envolvimento social e inovação.

Ao mesmo tempo, ao implementar novas formas de trabalho, como o trabalho híbrido e soluções Agile, estarão a contribuir para a simplificação de um mercado de trabalho que se tem tornado mais complexo. Tudo isto, sem esquecer medidas que visam gerir e mitigar uma diversidade de situações de risco, bem como garantir o cumprimento das leis laborais e a proteção dos trabalhadores. A segurança é um fator de atração de talento e uma forma de contornar o problema da falta de mão de obra.

Não havendo uma única resposta, a verdade é que as empresas têm de ser criativas, testar e encontrar caminhos que as valorizem e tornem atrativas aos olhos do talento disponível no mercado.

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