Metro de Lisboa não faz horário prolongado em noite de santos populares

  • Lusa
  • 12 Junho 2022

Na noite de Santo António, de 12 para 13 de junho, as linhas Verde e Azul passaram a ter o horário prolongado (depois das 01:00) mas este ano não irá acontecer.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa não fazem este domingo prolongamento de horário, como aconteceu nas noites de Santo António antes da pandemia de covid-19, devido à greve ao trabalho suplementar e eventos especiais no mês de junho.

Na noite de Santo António, de 12 para 13 de junho, as linhas Verde e Azul passaram a ter o horário prolongado (depois das 01:00) devido às festas populares, que voltam agora à rua depois de dois anos sem se realizarem, devido à pandemia. Mas este ano isso não vai acontecer.

Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou que nos plenários realizados na véspera os trabalhadores do Metropolitano – que já realizaram este ano várias paralisações com suspensão do serviço – decidiram manter o pré-aviso de greve ao trabalho suplementar e aos eventos especiais durante o mês de junho, o que abrange a noite da festa.

“As organizações sindicais continuam disponíveis para encontrar a solução assim haja vontade política por parte da tutela ou indicações ao conselho de administração do metro”, disse então Anabela Carvalheira.

A sindicalista ressalvou que, apesar de naquela altura (quinta-feira) não estar assegurado o “serviço especial” na noite de Santo António e não se encontrar agendada qualquer reunião com a administração da empresa ou com a tutela, isso “não significa que a qualquer hora” não possam existir conversações. “Estamos [organizações sindicais] sempre disponíveis para isso”, acrescentou.

Em 27 de maio, a administração do Metro de Lisboa comprometeu-se a reduzir a oferta do serviço para não sobrecarregar mais o horário dos funcionários, adiantaram, na altura, os sindicatos representativos dos trabalhadores, à saída de uma reunião com o Governo.

Nesse dia, em que se cumpriu mais uma greve, quatro sindicatos estiveram reunidos com o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e com o presidente do conselho de administração, Vítor Santos.

“Acabou por ser assumido que o conselho de administração vai tentar fazer um esforço, a partir de segunda-feira [30 de maio], para nos apresentar uma proposta de um horário que venha reduzir a oferta e aliviar o peso que está sobre os trabalhadores operacionais, mas é insuficiente. Ficou de se ver também algumas respostas que ficaram pendentes e que seriam dadas durante a próxima semana”, apontou, na ocasião.

Anabela Carvalheira ressalvou, na altura, que a medida de redução da oferta será tomada pela empresa enquanto não existir um aumento do número de operacionais, situação que, para a sindicalista, é a origem dos “principais problemas que existem no Metropolitano de Lisboa”.

Ainda em maio, o ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos, admitiu que o Metropolitano de Lisboa precisa de mais trabalhadores e disse que até ao final do mês de junho serão iniciados os procedimentos para as contratações.

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Macron vs Mélenchon, o novo duelo nas legislativas francesas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Junho 2022

Os franceses votam para a Assembleia Nacional este domingo. As mais recentes sondagens dão motivos de preocupação ao partido de Macron, ameaçado pela coligação de esquerda liderada por Mélenchon.

Depois da reeleição de Emmanuel Macron para o Palácio do Eliseu em abril, os franceses regressam às urnas este domingo e a 19 de junho para elegerem os deputados da Assembleia Nacional. Ainda que a importância dada às legislativas em França não seja a mesma das presidenciais, há 577 lugares para ocupar no Parlamento, e uma maioria absoluta do partido liderado pelo Presidente francês não aparenta ser fácil de atingir, perante o desafio da “geringonça” criada pelo líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon.

O que mudou na política francesa desde as presidenciais de abril?

A primeira volta das eleições presidenciais de abril deixou Jean-Luc Mélenchon, que lidera o partido França Insubmissa, a uma escassa percentagem de disputar a segunda volta, cujo frente-a-frente foi entre o atual Presidente Macron e a líder do partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional, Marine Le Pen. Desde então, Mélenchon passou a apelar aos eleitores para o elegerem primeiro-ministro.

Para isso, procurou unir vários partidos da esquerda francesa numa coligação pré-eleitoral, numa tentativa de forçar o cenário de “coabitação” e impedir uma nova maioria absoluta do partido de Macron. Desenhou-se então a Nova União Popular Ecológica e Social (nupes), liderada pelo França Insubmissa, de Mélenchon, e que inclui os ecologistas do EELV, o Partido Comunista e o Partido Socialista.

Somando os resultados alcançados pelos candidatos destes quatro partidos na primeira volta das presidenciais, dá um total de 30,61%, acima dos 27,84% alcançados por Macron – mas o partido do Presidente francês também se juntou a outros partidos centristas. Como em França os deputados são eleitos por cada uma das 577 circunscrições num sistema a duas voltas, na prática, alianças pré-eleitorais dão mais hipóteses de vitória, ao retirar opositores.

O acordo firmado entre os quatro partidos que compõem a “geringonça” nupes prevê que os ecologistas concorram sem adversários à esquerda em 100 circunscrições (atualmente, não têm deputados), os socialistas em 70 (têm, de momento, 25 deputados), os comunistas em 50 (contam neste momento com dez deputados) e as restantes 357 terão candidatos do França Insubmissa, que na atual legislatura tem apenas 17 deputados.

O que dizem as sondagens?

Uma sondagem do IFOP (Instituto Francês de Opinião Pública) mostrou pela primeira vez que o Renascença, novo nome do partido liderado por Macron, pode ficar aquém de uma maioria absoluta no Parlamento, o que pode complicar a sua agenda para o segundo mandato no Palácio do Eliseu.

Segundo a sondagem do IFOP, o Renascença ganharia entre 270 e 310 lugares na segunda volta, enquanto o nupes teria entre 170 a 205 lugares. Os Republicanos, da direita tradicional, obteriam entre 35 a 55 lugares e o Reagrupamento Nacional, partido da extrema-direita liderado por Le Pen, garantiria entre 20 e 50 lugares. Uma maioria absoluta no Parlamento francês requer um mínimo de 289 assentos.

Certo é que, na primeira volta dos círculos eleitorais dos franceses no estrangeiro, o Renascença, até há pouco tempo chamado República em Marcha!, ganhou o maior número de votos em oito das 11 regiões, enquanto a coligação nupes ficou à frente em duas regiões. Estes resultados apontam assim para um duelo entre os partidos de Macron e Mélenchon nas legislativas deste ano, com nove dos 11 círculos eleitorais a assistirem a uma segunda volta entre ambos.

O único candidato apoiado por Macron que não conseguiu ir à segunda volta foi Manuel Valls, antigo primeiro-ministro socialista, que concorreu no círculo eleitoral da Península Ibérica, abrangendo Espanha, Portugal, Andorra e Mónaco. O Presidente francês apoiou Valls e o seu candidato em 2017, Stéphane Vojetta, entrou na campanha como dissidente. Vojetta passou à segunda volta, na qual vai enfrentar o candidato de esquerda.

É possível um cenário de “coabitação”?

A “coabitação” é um cenário de partilha do poder em que o Presidente e o primeiro-ministro do país provêm de diferentes partidos políticos. Isto é, ocorre quando, após as eleições legislativas, a Assembleia Nacional é dominada por um partido que não o partido do Presidente francês.

Desde 1958, este cenário aconteceu apenas três vezes. As primeiras duas aconteceram sob a presidência socialista de François Mitterrand, tendo os primeiros-ministros conservadores Jacques Chirac e Édouard Balladur servido de 1986 a 1988 e de 1993 a 1995, respetivamente. O período mais recente de coabitação data de há 20 anos: em 1997, Jacques Chirac, na altura Presidente de França, dissolveu o Parlamento, pensando que poderia reforçar a sua maioria com novas eleições legislativas; no entanto, a esquerda conseguiu uma maioria e o socialista Lionel Jospin serviu como primeiro-ministro durante cinco anos, até 2002.

Durante os períodos de coabitação, o Presidente é obrigado a nomear um primeiro-ministro da nova maioria parlamentar, devendo ambos “coexistir” na governação do país. A situação torna-se desvantajosa para o chefe de Estado, que perde o poder de decisão sobre assuntos internos, uma vez que a maioria do partido do primeiro-ministro no Parlamento adere à sua própria agenda legislativa. O Presidente tem de partilhar prerrogativas com o chefe do Executivo e não pode obrigar este último a demitir-se, mas mantém o poder de dissolver o Parlamento e desencadear novas eleições legislativas.

Um conjunto de reformas que tem vindo a ser implementado desde 2002 tornou menos provável a coabitação, sobretudo o encurtar dos mandatos presidenciais para os cinco anos de mandato dos deputados, com as legislativas calendarizadas para se seguirem pouco depois das presidenciais. Apesar disso, a coabitação não é impossível, com a aliança de partidos de esquerda a mostrar frutos no desafio à maioria presidencial.

Como funciona a votação?

As legislativas em França disputam-se em duas voltas: a primeira tem lugar este domingo, dia 12, e a segunda daqui a uma semana, a 19 de junho. Contudo, 11 dos 577 lugares do Parlamento são eleitos pelos círculos eleitorais franceses no estrangeiro, que já foram às urnas na primeira volta, votando para a segunda volta a 18 e 19 deste mês.

No caso de um candidato obter a maioria absoluta na primeira volta, isto é, ter mais de 50% dos votos bem como 25% dos eleitores inscritos, é eleito sem necessidade de uma segunda volta. Trata-se, porém, de um cenário bastante raro: nas legislativas anteriores, em 2017, somente quatro deputados dos 577 eleitos ganharam o mandato de cinco anos diretamente na primeira volta.

Cada candidato que ganhar o apoio de pelo menos 12,5% dos eleitores registados pode avançar para a segunda volta. Se apenas um candidato atingir essa marca, o candidato com a pontuação mais alta seguinte é promovido para a segunda volta. Se nenhum candidato o conseguir, os dois mais votados avançam independentemente de não terem atingido o mínimo de 12,5% de votos.

Três dias após a segunda volta, em 22 de junho, a Assembleia Nacional recém-eleita toma posse para a 16.ª Legislatura da Quinta República Francesa. No dia 28 deste mês, os deputados elegem o presidente do Parlamento por voto secreto, enquanto as listas das oito comissões parlamentares permanentes, como os Negócios Estrangeiros, Assuntos Económicos e Defesa Nacional, são compostas no dia seguinte.

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Liverpool paga 100 milhões por Darwin. 75 milhões mais 25 milhões por objetivos

O negócio da venda de Darwin Nuñez está fechado e deverá ser anunciado esta segunda-feira. O Liverpool paga 75 milhões já e 25 milhões por objetivos.

Há 3 anos, o Benfica surpreendeu o mercado ao vender João Félix ao Atlético de Madrid por 126 milhões de euros, agora vai voltar a fazer uma operação a tocar nos 100 milhões de euros: O Liverpool vai pagar 100 milhões de euros pelo jogador uruguaio Darwin Nuñez, dos quais 75 milhões já e 25 milhões por objetivos associados ao número de jogos em que participar.

A SAD do Benfica prepara-se para comunicar ao mercado já amanhã, segunda-feira, a oficialização do negócio que tem sido notícia nas últimas semanas. Em entrevista exclusiva ao ECO, Domingos Soares Oliveira garantia que o Benfica não tinha de vender Darwin, o que explicará precisamente a capacidade para vender o jogador que chegou há dois anos ao clube por 24 milhões de euros por 100 milhões agora. O FC Porto vendeu Luis Díaz ao Liverpool a meio de uma época desportiva por 45 milhões de euros, que poderão chegar aos 60 milhões por objetivos.

O Benfica não está obrigado a vender o Darwin para, de alguma forma, compor os números“, afirmou o co-CEO da SAD do Benfica. Nessa entrevista, o gestor esclarecia: “Em relação à venda de jogadores, temos nos últimos 10 anos uma relativa estabilidade nos números que apresentamos… 70 milhões, 80 milhões, às vezes 100 milhões de euros e, em algumas exceções, até pode ultrapassar este valor (…) Mas não foi assim no verão do ano passado pela primeira vez (…) Aquilo que não fizemos no verão do ano passado é algo que teremos fazer no verão deste ano, tanto quanto possível a tempo de impactar as contas do clube para que fica em linha com aquilo que foram os últimos anos…“. A venda de Darwin Nuñez já permitirá ultrapassar a receita média dos últimos anos, e fechar as contas desta época com resultados positivos, embora nem toda a receita seja do Benfica. O anterior clube de Darwin, o Almería, da segunda divisão espanhola, também terá direito a uma percentagem, ainda não confirmada, desta receita.

De acordo com uma fonte que conhece os detalhes do negócio, os objetivos para garantir que o Liverpool pagará mais 25 milhões de euros, além dos 75 milhões imediatos, não estão dependentes de títulos ou resultados do clube inglês, apenas de presenças de Darwin na equipa principal, isto é, do número de jogos do uruguaio. E os primeiros cinco milhões dependem de 10 presenças na próxima época desportiva. Além disso, ao contrário do que chegou a ser admitido, não haverá qualquer jogador do Liverpool envolvido no negócio.

Darwin Nuñez vai ter um contrato de cinco temporadas e vai auferir um salário anual líquido em torno dos seis milhões de euros. E será, assim, a contratação mais cara de sempre do Liverpool.

A SAD do Benfica, recorde-se, apresentou um prejuízo de 31,7 milhões de euros no primeiro semestre da temporada 2021/22. “O resultado líquido do 1.º semestre de 2021/22 ascende a um valor negativo de 31,7 milhões de euros, estando o mesmo significativamente influenciado pelo resultado com transações de direitos de atletas, que sofreram uma diminuição de 69,4 milhões de euros face ao período homólogo”, lê-se no documento enviado à CMVM. E esta transação, por ser feita até 30 de junho, ainda vai impactar as contas deste exercício.

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Principal neobank da Ásia está agora na Europa

  • Servimedia
  • 11 Junho 2022

O neobank asiático Akulaku chega à Europa através do SILVRR, um novo serviço financeiro de consumo 100% digital e baseado na filosofia "comprar agora, pagar depois".

A Europa vai receber o principal neobank asiático – Akulaku – através do serviço financeiro SILVRR, que pretende estimular um consumo 100% digital e baseado na filosofia “comprar agora, pagar depois”, noticia a Servimedia. O objetivo do projeto é expandir e melhorar a gama de serviços financeiros existentes e tornar-se um dos principais atores dentro das novas gerações de instituições financeiras.

Para já, os países europeus que vão receber a empresa são Espanha e Alemanha. Apesar de já ter mais de 50 milhões de utilizadores e 1500 comerciantes em todo o mundo, o Akulaku pretende garantir o acesso a soluções de pagamento e serviços financeiros simples, transparentes e de qualidade também nestes países.

De acordo com o neobank asiático, Espanha é um dos países prioritários para a sua expansão devido ao número da sua população e às perspetivas de crescimento do comércio eletrónico. Por esta razão, o grupo quis criar uma equipa local sénior com experiência anterior em crédito ao consumo e meios de pagamento.

“Como líder na implementação de soluções tecnológicas aplicadas à banca no Sudeste Asiático, estamos convencidos da proposta de valor que trazemos para a Europa com o SILVRR, um serviço de crédito ao consumo totalmente online, e a nossa aspiração é trazê-lo muito em breve para outros países como a Itália, França ou Polónia”, revelou Lars Bresan, vice-presidente da empresa na Europa, que vai liderar a equipa europeia.

A empresa vai oferecer um conjunto de soluções de pagamento para consumidores e comerciantes, crédito ao consumo de alto valor e métodos de pagamento digitais inovadores, tais como cartões de crédito virtuais, empréstimos ao consumo e seguros.

Ao todo, o SILVRR acumulou mais de 7,6 milhões de transações mensais e emitiu mais de 14 milhões de cartões de crédito virtuais na Indonésia. A empresa tem uma equipa de I&D com mais de mil pessoas dedicadas ao desenvolvimento de soluções disruptivas como a Inteligência Artificial (IA) aplicada à indústria dos serviços financeiros. A app do Akulaku é a mais descarregada diariamente na categoria da banca digital.

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Autarquia de Braga discute distribuição de 350 mil euros por freguesias

Câmara de Braga leva à apreciação do executivo a transferência de mais de 350 mil euros para freguesias, celebração de contratos-programa com entidades desportivas e apoios a outras instituições.

O executivo da Câmara Municipal de Braga aprecia, a 13 de junho, em reunião camarária, a atribuição de apoios financeiros superiores a 350 mil euros dirigidos às freguesias. Este pacote financeiro visa a concretização de obras em várias freguesias, a celebração de contratos-programa com entidades desportivas e apoios a diversas entidades.

No que diz respeito aos contratos interadministrativos de delegação de competências, a maior fatia do bolo, que ascende a mais de 158 mil euros, destina-se à União das Freguesias de Escudeiros e Penso (Stº Estevão e S. Vicente) para a requalificação e alargamento do C.M. 1343 (Rio Ledo), em Penso (Sto. Estevão).

Em cima da mesa da reunião está também a atribuição de mais de 63 mil euros à União das Freguesias de Merelim S. Pedro e Frossos para a execução da empreitada de requalificação interior da Rua da Pateira, em Merelim S. Pedro. Mais de 2.800 mil euros estão destinados à requalificação e alargamento da Rua do Fogueteiro, em Arentim, integrada na União das Freguesias de Arentim e Cunha.

Em discussão na reunião do executivo vão estar também as injeções financeiras de cerca de 30 mil euros à União das Freguesias de Lomar e Arcos para a execução de passeios, na Rua da Mouta (Lomar); assim como para a requalificação de espaço no Largo Centro Cívico (Adro da Igreja de Arcos); e substituição e alinhamento de árvores (liquidambares), na Rua Combatentes do Ultramar, em Lomar.

O Executivo irá atribuir igualmente um envelope financeiro de 10 mil euros à União das Freguesias de Nogueiró e Tenões para apoiar o “Festival Castro Galaico”. Por proposta da vice-presidente Sameiro Araújo, a autarquia vai transferir mais de 4 mil euros à União das Freguesias de Escudeiros e Penso Stº Estevão e S. Vicente para a aquisição de uma nova caldeira a gás para o Polidesportivo de Escudeiros.

Em cima da mesa vai estar ainda a análise da proposta de atribuição de um apoio financeiro de 2 mil euros à Direção Regional de Braga da Fraternidade de Nuno Álvares (FNA. Além das propostas de celebração de contratos-programa de desenvolvimento desportivo com o Futebol Clube Ferreirense (1.500 euros) e com o Clube Desportivo Maximinense (5 mil euros).

 

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PJ analisa iPad que Rendeiro “nunca largava”

Polícia avalia conteúdo de “um velho iPad prateado, que “avariava muitas vezes e funcionava mal”, mas que o ex-dono do Banco Privado Português (BPP) nunca perdia de vista”.

A unidade anticorrupção da Polícia Judiciária (PJ) está a analisar “um velho iPad prateado, que “avariava muitas vezes e funcionava mal”, mas que o ex-dono do Banco Privado Português (BPP) nunca perdia de vista”, avançou o Expresso.

“Esse iPad contém informações valiosas que podem ajudar a chegar ao paradeiro dos quadros desaparecidos, ao património escondido e a perceber melhor como era feito o branqueamento de capitais”, segundo fonte próxima do processo.

Mas as autoridades também apreenderam outro iPad que Rendeiro terá comprado já na África do Sul, após a fuga à justiça portuguesa, e três iPhones.

Os “cinco aparelhos eletrónicos foram apreendidos a 11 de Dezembro do ano passado pela Interpol, na operação que levou à detenção de Rendeiro num hotel de luxo em Durban, depois de três meses em fuga às autoridades portuguesas”, avança ainda o Expresso.

A PJ está, agora, a analisar o conteúdo destes aparelhos e “a rastrear os contactos mantidos pelo banqueiro um pouco por todo o globo”, frisa o jornal.

Oito desses quadros de Rendeiro foram leiloados pela Christie’s, entre Outubro de 2020 e Outubro de 2021, numa altura em que o ex-dono do BPP já estava em fuga. Renderam cerca de 1,3 milhões de euros. Só um dos quadros leiloados foi, até agora, recuperado numa galeria em Bruxelas, onde estava exposto.

 

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Bruxelas responde a pedido de adesão da Ucrânia “para a semana”

  • Lusa
  • 11 Junho 2022

"Queremos apoiar a Ucrânia na sua jornada europeia", disse von der Leyen numa breve conferência de imprensa após o seu encontro com o Presidente ucraniano, Volodímir Zelensky.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu este sábado, durante uma visita surpresa a Kiev, uma resposta “na próxima semana” ao pedido da Ucrânia para aderir à União Europeia.

Queremos apoiar a Ucrânia na sua jornada europeia”, disse von der Leyen numa breve conferência de imprensa após o seu encontro com o Presidente ucraniano, Volodímir Zelensky, uma vez que os combates continuaram no Leste com soldados russos que invadiram o país a 24 de fevereiro.

“As discussões de hoje vão permitir-nos finalizar a nossa avaliação até ao final da próxima semana”, acrescentou, sublinhando que as autoridades ucranianas tinham “feito muito” para uma candidatura, mas que ainda havia “muito a fazer”, nomeadamente na luta contra a corrupção.

Na mesma conferência de imprensa, Zelensky disse esperar “uma decisão lógica” da UE ao pedido e defendeu rapidez na resposta.

“Este é um momento decisivo não só para a Ucrânia, mas também para a União Europeia e todo o continente europeu; neste momento em que estamos a planear o futuro para uma Europa unificada, temos de ver se haverá um futuro; a Rússia quer dividir, debilitar a Europa, e estamos certos que a Ucrânia é apenas o primeiro país nos seus planos”, avisou Zelenski.

A líder da Comissão Europeia ainda não se encontrou com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, nesta visita a Kiev, a sua segunda desde o início da guerra, tendo a anterior tido lugar a 8 de abril.

“Estou de volta a Kiev (…) Faremos um balanço do trabalho conjunto necessário para a reconstrução e dos progressos realizados pela Ucrânia no caminho para a Europa”, disse ela aos jornalistas, segundo a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), que a acompanhou na visita.

A Ucrânia exige dos europeus um “compromisso jurídico” concreto até ao final de junho para obter o estatuto de candidato oficial à entrada na UE, mas os 27 países ainda estão muito divididos sobre a questão nesta fase.

Enquanto muitos países, principalmente da Europa Oriental, apoiam a adesão da Ucrânia, alguns, como os Países Baixos e a Dinamarca, mas também a Alemanha e a França, que detém a presidência da UE até ao final de junho, mostram algumas reservas, segundo a AFP.

Mesmo que seja concedido à Ucrânia o “estatuto de candidato”, isto irá lançar um processo de negociações e potenciais reformas que poderão levar anos, ou mesmo décadas, até que este país esteja à beira de aderir à UE, têm notado vários líderes europeus, tentando assim enquadrar as esperanças de Kiev de que o processo seja acelerado.

Durante a sua anterior visita a 8 de abril, Ursula von der Leyen tinha assegurado que a Ucrânia tinha um “futuro europeu”.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que mereceu a condenação de grande parte da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções à Rússia.

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Europa. Portugal é o segundo país com mais casos de Monkeypox

  • Lusa
  • 11 Junho 2022

Portugal regista 191 de casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox, logo atrás da Espanha (259), indica um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Portugal é o segundo país europeu com maior número de casos (191) de casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox, logo atrás da Espanha (259), indica um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado este sábado.

Os dados agora divulgados reportam-se aos casos confirmados e relatados à OMS entre 13 de maio e 8 de junho último, embora a OMS recorde que desde o início do ano, já existiam 1.536 casos suspeitos notificados em oito países da Região Africana da OMS, dos quais 59 casos foram confirmados e 72 mortes notificadas.

Segundo a OMS, até 8 de junho, 1.285 casos confirmados em laboratório e um caso provável foram relatados à OMS por 28 países em quatro regiões da OMS onde a varíola não é comum ou não havia sido relatada anteriormente.

Isso representa – refere a OMS – um aumento de 505 casos confirmados em laboratório desde o anterior relatório “Disease Outbreak News” em 4 de junho de 2022, quando 780 casos foram relatados. Contudo, em 8 de junho de 2022, não houve mortes associadas relatadas nessas quatro regiões.

Quanto à Europa e no período entre 13 de maio e 08 de junho, Espanha (259) e Portugal (191) aparecem na dianteira do número de casos confirmados, seguidos da Alemanha (113), França (66), Holanda (54), Itália (29) e Bélgica (24).

Nas Américas, o Canadá apresenta 110 casos confirmados, seguido dos Estados Unidos (40), Argentina (1) e México (1).

O relatório indica ainda que na zona do Mediterrâneo Oriental os Emirados Arabes Unidos registam 13 casos, enquanto Marrocos tem apenas um caso confirmado.

A Organização Mundial de Saúde refere que o aparecimento “súbito e inesperado” deste vírus, popularmente conhecido como “varíola dos macacos”, simultaneamente em várias regiões sem ligações diretas de viagem imediatas para áreas que afetadas há muito tempo sugere que pode ter havido transmissão não detetada por várias semanas ou mais.

Analisada a situação, a OMS avalia o risco em nível global como “moderado”, considerando que esta é a primeira vez que muitos casos e aglomerados de varíola são relatados simultaneamente em muitos países em áreas geográficas da OMS amplamente díspares.

Dos casos notificados nestas regiões, a maioria (87%) dos casos confirmados são da Região Europeia da OMS (1112), mas casos confirmados também foram relatados na Região das Américas (153), Região do Mediterrâneo Oriental (14) e Região do Pacífico Ocidental (6).

Até à data, diz ainda a OMS, a apresentação clínica dos casos de varíola dos macacos associados a este surto tem sido variável. Muitos casos neste surto não apresentam o quadro clínico descrito classicamente para varíola dos macacos (febre, linfonodos inchados, seguidos de erupção cutânea concentrada na face e extremidades).

As características atípicas descritas incluem: apresentação de poucas lesões ou mesmo de uma única lesão, lesões que começam na área genital ou perianal e não se espalham mais, lesões que aparecem em diferentes estágios de desenvolvimento, e o aparecimento de lesões antes do aparecimento de linfonodos inchados.

Os modos de transmissão durante o contacto sexual permanecem desconhecidos, embora se saiba que o contacto físico próximo pode levar à transmissão, não está claro qual o papel dos fluidos corporais sexuais, incluindo sémen e fluidos vaginais, na transmissão do vírus.

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PRR pode ajudar ao regresso de emigrantes da área da saúde, diz Marcelo

Marcelo sublinhou que o investimento no SNS é uma das prioridades já anunciadas pela Governo, o Chefe de Estado acrescentou que "foram anunciadas para coincidir numa parte com o PRR.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) constitui uma oportunidade para os profissionais de saúde mas é preciso “realismo” sobre as expectativas de regresso de emigrantes qualificados a Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no final de uma vista ao Royal Brompton Hospital de Londres, onde trabalham 116 enfermeiros e médicos portugueses, tendo ao lado o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e o secretário de Estado da Cooperação e das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafofo.

Justificando que o investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma das prioridades já anunciadas pela Governo, o Chefe de Estado acrescentou que “foram anunciadas para coincidir numa parte com o PRR. Isso está assumido como um compromisso. Os seus efeitos vão ser sentidos nos próximos anos. Desta vez, com verbas que, por causa da pandemia [da covid-19] são afetadas especificamente a reestruturação do SNS, estamos perante uma ocasião importante”, sustentou.

Para o Presidente da República, a grande maioria dos enfermeiros e dos médicos que contactou naquele hospital londrino irá regressar a prazo a Portugal.

A seguir, confrontado com as diferenças salariais existentes entre os profissionais de saúde no Reino Unido e em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa advogou que, por razões de carência no Reino Unido, o nível salarial – até porque o custo de vida é diferente – era à partida (e hoje ainda) é muito superior ao praticado em Portugal e em outros países europeus”.

“Temos de ter a noção realista de que há países com um nível de vida muito mais elevado, com um custo de vida também mais elevado. E, portanto, em certos momentos da vida, as oportunidades são superiores àquelas que existem em Portugal”, respondeu.

De acordo com o chefe de Estado, “se a guerra e a crise não alterarem os planos, há recursos para reestruturar a saúde. Recursos como nunca houve no passado e como não haverá no futuro”.

“Daí poder acreditar-se que há aqui, como dizem os tecnocratas, uma janela de oportunidade que deve ser aproveitada”, completou.

Sobre o conjunto de incentivos (sobretudo fiscais) do Governo para que os emigrantes, principalmente jovens, regressem a Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa frisou a ideia de que esses incentivos “são importantes em certas áreas”.

“Mas temos de ser realistas: Estamos a viver um período muito difícil em todo o mundo, em toda a Europa, após dois anos de pandemia e agora com os efeitos da guerra” na Ucrânia, insistiu.

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📹 Comboio é o único transporte que já recuperou da pandemia

Transporte de passageiros continuou a recuperar no primeiro trimestre, mas o comboio é o único meio de transporte que já supera os números registados em 2019.

O número de passageiros nos comboios é o único indicador nos transportes que já recuperou do choque da pandemia. No primeiro trimestre, registaram-se 37,6 milhões de pessoas transportadas, o equivalente a uma subida de 1,1% face ao primeiro trimestre de 2019. Todos os restantes indicadores continuam aquém dos números pré-Covid.

http://videos.sapo.pt/JF1k3fzTIKezUFVgIzRz

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Costa e Boris Johnson vão assinar acordo pós-Brexit

  • Lusa
  • 11 Junho 2022

Os primeiros-ministros do Reino Unido e de Portugal preparam-se para fechar na segunda-feira, em Londres, um acordo político global para regular as relações bilaterais luso-britânicas após o Brexit.

Os primeiros-ministros do Reino Unido e de Portugal preparam-se para fechar na segunda-feira, em Londres, um acordo político global para regular as relações bilaterais luso-britânicas após a saída do Reino Unido da União Europeia.

“Está a ser preparado um acordo chapéu entre os dois países, com particular incidência nas áreas da Defesa, política externa, ciência, Ensino Superior e alterações climáticas, em especial os oceanos”, adiantou o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, no final de uma visita ao Royal Brompton Hospital, em Londres, em que acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A assinatura deste acordo está apenas dependente da recuperação do estado de saúde de António Costa, que teve de cancelar a sua presença nas comemorações do 10 de Junho em Braga.

No entanto, fonte de executivo adiantou que o líder do executivo português “continua a registar uma recuperação muito favorável” e o cenário mais provável é que já possa viajar para Londres no domingo, onde chegará ao início da noite.

De resto, hoje, o Presidente da República, perante os jornalistas, deu como praticamente adquirido que António Costa vai viajar para Londres no domingo “para se encontrar com o primeiro-ministro britânico na segunda-feira”.

A reunião com Boris Johnson, no número 10 da Downing Street, está prevista para as 13:00 de segunda-feira.

Ainda em relação ao acordo bilateral em preparação, o ministro dos Negócios Estrangeiros indicou que a cooperação no domínio comercial é uma matéria regulada pelo Brexit, acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Por isso, as reações comerciais luso-britânicas podem ser aprofundadas, desde que respeitem o acordo entre a União Europeia e o Reino Unido.

 

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Famílias portugueses podem vir a falhar prestações da casa, alerta OCDE

Em Portugal, segundo a OCDE, cerca de 70% dos empréstimos contratados pelas famílias em Portugal são indexados a taxas de juro variáveis.

As famílias portuguesas podem vir a falhar mais nas prestações da casa, com o aumento do crédito malparado e o incumprimento, avança o Diário de Notícias.

Assim, será “altamente provável”, a partir de agora, num contexto garantido de subida rápida das taxas de juro em reação à escalada dos preços no consumidor (inflação), que as famílias portuguesas entrem em incumprimento. Esta conclusão da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) está presente num estudo sobre a situação de Portugal.

No novo panorama económico sobre as mais de três dezenas de países considerados ricos e desenvolvidos, a OCDE afirma que existe “uma probabilidade elevada e prevalecente” de haver novo incumprimento quando os países em causa têm um maior peso de contratos de crédito imobiliário indexados a taxas de juro variáveis. Embora esta regra da indexação a taxas variáveis não seja a norma ou média no grupo da OCDE, a mesma impera em algumas economias.

Em julho, o BCE vai aumentar, pela primeira vez desde 2016, as taxas de referência e é bem possível que, a seguir, em setembro, aumente o patamar ainda mais para deter a cavalgada da inflação. Não se prevê quando pode terminar este ciclo.

Em Portugal, dados citados pela OCDE, cerca de 70% dos empréstimos contratados pelas famílias em Portugal (celebrados nos últimos anos, portanto, com tudo por pagar ainda) são indexados a taxas de juro variáveis.“É maior a probabilidade de incumprimento das hipotecas quando as taxas de juro sobem em vários países do sul da Europa (Portugal e Grécia), do leste (Polónia, Bulgária, Roménia e países bálticos) e do norte europeu (Suécia, Finlândia e Noruega)”, afirma a OCDE.

Em 2021, tinha o equivalente a 69% do produto interno bruto (PIB) estacionado em crédito às famílias, um valor acima da média da OCDE (62,6%).

No entanto, o peso dos empréstimos hipotecários indexados a taxas de juro variáveis está muito acima da média. Como referido, estes representam 70% do total em Portugal.

O país não está sozinho nesta vulnerabilidade. Na zona euro, a Finlândia (também com 69% do PIB em crédito às famílias) regista um nível de indexação a juros variáveis de 96%.

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