Regulador dá nota positiva a três dos sete simuladores de preços de energia

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

O regulador analisou os sete simuladores de preços de eletricidade e gás natural existentes no mercado para os consumidores e deu um parecer favorável aos da Deco, ERSE e Poupa Energia.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) concluiu que apenas os simuladores de preços de eletricidade e gás natural da Deco, ERSE e Poupa Energia se destacam pela positiva, entre os sete existentes.

Num estudo comparativo realizado por ocasião do Dia Mundial da Energia, que se assinala em 29 de maio, a ERSE analisou os sete simuladores de preços de eletricidade e gás natural existentes no mercado para os consumidores, com base em critérios como independência, transparência, rigor, clareza e atualidade, acessibilidade, facilidade de utilização, configurações de simulação, exaustividade e inovação.

Após avaliação do grau de cumprimento dos critérios, o estudo concluiu que “destacam-se pela positiva os simuladores da Deco, ERSE e Poupa Energia”.

No que respeita ao grau de inovação, destacaram-se o Payper e o Poupa Energia, enquanto na apresentação de resultados de forma inovadora destacaram-se o Comparajá, Payper e Poupa Energia.

Adicionalmente, o Poupa Energia oferece ferramentas inovadoras, no que respeita à mobilidade elétrica e autoconsumo, e, no que respeita à mudança de comercializador, com exceção da Deco e ERSE, “todos os demais permitem o contacto direto com o comercializador ou prestador de serviço que assegura a mudança de comercializador”, apontou o regulador da energia.

Por outro lado, o ComparaJá destacou-se por ser uma “ferramenta com resultados rigorosos, mas com uma lista limitada de ofertas”, o ComparaMais Ferramenta apresentou “resultados imprecisos e com uma lista limitada de ofertas”, o Payper revelou-se “inovador e com resultados rigorosos, mas que necessita de dados pessoais para efetuar uma simulação”, o Poupa Energia demonstrou ser “independente e transparente, com resultados rigorosos, mas que não apresenta todas as ofertas disponíveis no mercado” e o da Selectra tem “informação desatualizada e imprecisa (junho de 2021)”.

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Segurança Social com excedente de 1.611,2 milhões de euros em abril

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Aumento da receita efetiva e diminuição da despesa efetiva contribuíram para o resultado do excedente da Segurança Social.

A Segurança Social registou um excedente de 1.611,2 milhões de euros em abril, tendo contribuído para o resultado o aumento da receita efetiva de 642,5 milhões e uma diminuição da despesa efetiva de 742,6 milhões.

“A Segurança Social fechou abril de 2022, marcado por constrangimentos provocados pela inflação e pela mobilização de apoios extraordinários, com um excedente de 1.611,2 milhões de euros”, lê-se numa nota enviada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Para o resultado contribuiu um aumento de 6,3% da receita efetiva (mais 642,5 milhões de euros), em termos homólogos, bem como a diminuição em 7,4% da despesa efetiva (menos 742,6 milhões).

Assim, em abril, a receita efetiva da Segurança Social atingiu 10.870,9 milhões de euros, um aumento que o Governo explica pelo acréscimo da receita total de contribuições e quotizações em 765,4 milhões de euros (mais 12,8% do que no período homólogo de 2021).

Adicionalmente, o aumento das transferências correntes da administração central ascendeu a 100 milhões de euros, excluindo a transferência para o Regime Substitutivo Bancário.

Já a despesa efetiva atingiu 9.259,7,7 milhões de euros, uma diminuição devida, sobretudo, às medidas extraordinárias adotadas no âmbito da pandemia do vírus SARS-CoV-2, que ascenderam a 468 milhões de euros, resultando numa redução da despesa em 590,9 milhões de euros, face ao período homólogo.

Além das despesas relacionadas com a Covid-19, a evolução da despesa resultou ainda de aumentos com pensões e complementos em 112,5 milhões de euros (mais 2,1 % do que em abril de 2021), com programas e prestações de ação social em 10,8 milhões de euros (mais 1,7% do que em abril de 2021), com o subsídio e complemento por doença em 51,7 milhões de euros (mais 21,7% do que em abril de 2021) e com prestações de parentalidade em 32,8 milhões de euros (mais 16,1 % do que em abril de 2021).

Por fim, o Governo apontou ainda uma diminuição de despesa com prestações de desemprego no montante de 135,1 milhões de euros (menos 22,4 % do que abril de 2021) e da despesa com subsídios e transferências correntes, relativos à vertente de formação profissional e de ação social, no valor de 90,7 milhões de euros (menos 18,9% do que em abril de 2021).

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Procura um psicólogo para a sua organização? Ordem disponibiliza bolsa com mais de 500 profissionais

Há mais de 500 psicólogos que realizam atividades na área das organizações na bolsa criada pela OPP, em resposta às necessidades das organizações.

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) lançou uma bolsa com mais de 500 psicólogos que realizam atividades na área das organizações. Este espaço foi criada como resposta às crescentes necessidades das organizações, que têm procurado cada vez mais, junto da Ordem, informações sobre os serviços dos psicólogos.

“A bolsa permite fazer uma busca por psicólogos consoante as atividades que realizam. Avaliação psicológica de trabalhadores, promoção da saúde ocupacional, coaching psicológico e avaliação, prevenção e intervenção em riscos psicossociais são algumas das atividades disponíveis”, esclarece a OPP, em comunicado.

Trata-se, no fundo, de um motor de busca que permite pesquisar por áreas e dá informações como a especialidade, a formação e o contacto de cada psicólogo.

“Há cada vez mais empresas atentas aos contributos da ciência psicológica para o bem-estar e bom funcionamento das organizações. Desenvolvimento de lideranças, consultoria organizacional, comportamento organizacional e intervenção em situações de crise e emergência e intervenção em processos de gestão da qualidade organizacional são cada vez mais processos onde os serviços dos psicólogos são procurados”, acrescenta a Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Os interessados podem consultar a bolsa aqui.

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Dona da Chicco compra Toys “R” Us Portugal

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

A Prénatal, que é detida pela Artsana, dona da Chicco, notificou a Autoridade da Concorrência da compra da Toys "R" Us Portugal.

A Prénatal adquiriu o controlo exclusivo sobre a Toys “R” Us Portugal, retalhista de brinquedos e produtos infantis, através da exploração de 11 lojas físicas em Portugal e do comércio online, segundo notificação à Autoridade da Concorrência (AdC).

De acordo com o aviso publicado, a operação de concentração em causa consiste na aquisição, pela Prénatal Retail Group, S.p.A. (Prénatal), do controlo exclusivo sobre a Unidade Produtiva da Toys “R” Us Iberia, S.A.U. (“TRU Espanha”) e, indiretamente, sobre a sua subsidiária portuguesa, Toys “R” Us Portugal – Brinquedos e Artigos Juvenis, Lda. (“TRU Portugal”).

A Prénatal, presente em Portugal com lojas de produtos para crianças com a marca Prénatal, é detida pela Artsana, S.p.A., que também comercializa produtos de puericultura através de lojas especializadas, incluindo as lojas Chicco, também presentes em Portugal.

As duas empresas integram o Grupo Investindustrial, que investe principalmente nos setores industrial e de serviços, distribuição retalhista, lazer e serviços empresariais, segundo a ficha do processo.

A Toys “R” Us Portugal opera na distribuição retalhista de brinquedos e produtos infantis, através da exploração de 11 lojas físicas em Portugal e do comércio online.

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Avaliação bancária das casas dá maior salto de sempre e atinge novo recorde

Banca voltou a rever em alta os preços das casas pelo oitavo mês seguido, com a avaliação bancária das habitações a atingir um novo valor recorde de 1.356 euros por metro quadrado.

O valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder crédito deu o maior salto de sempre em abril. O valor médio de avaliação bancária na habitação para o total do país aumentou 25 euros no mês passado, fixando-se em 1.356 euros por metro quadrado, naquele que também é o registo mais elevado desde janeiro de 2011, quando começa a série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O valor médio da avaliação bancária tem como base inquéritos aos bancos no âmbito da concessão de crédito à habitação às famílias.

Ao estar a subir de forma ininterrupta desde agosto do ano passado (oito meses de subidas), os dados demonstram a grande confiança das instituições financeiras nos empréstimos para a compra de casa, apesar das eventuais preocupações com a guerra da Rússia contra a Ucrânia e com o apertar dos juros por parte do Banco Central Europeu (BCE).

Com este valor, uma casa com 100 metros quadrados estará avaliada pelos bancos em 135.600 euros em termos médios nacionais (e por referência), havendo diferenças de valores de região para região.

O valor atribuído pelos bancos tem acompanhado a trajetória de valorização das casas nas transações nos últimos anos — geralmente, a avaliação dos bancos é feita acima do preço a que as habitações são efetivamente vendidas — e também o aumento dos financiamentos para a aquisição de casa — havendo mais procura, os preços tendem a subir.

A subida dos custos das matérias-primas, nomeadamente para construção e obras nas casas, também poderá ajudar a explicar a evolução da avaliação dos bancos.

Avaliação das casas continua a subir

Fonte: INE

As cinco regiões de Portugal Continental registaram subidas mensais, com os maiores avanços a serem observados na Área Metropolitana de Lisboa (+28 euros para 1.806 euros por metro quadrado), Norte (+18 euros para 1.156 euros por metro quadrado) e Centro (+16 euros para 962 euros por metro quadrado).

Alentejo e Algarve registaram aumentos de 10 euros e 11 euros para 938 euros e 1.811 euros por metro quadrado, respetivamente, enquanto a Madeira e Açores tiveram descidas de quatro e cinco euros.

Por tipologia de habitação, avaliação média bancária das moradias no país decresceu 16 euros para 1.083 euros por metro quadrado, os apartamentos dispararam 31 euros para 1.507 euros por metro quadrado.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Coreia do Norte reporta mais de 100 mil casos de “febre”. Procura coronavírus em rios e lagos

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Agência de notícias estatal norte-coreana fala em "escrupulosa operação" para atualizar a "política profilática" do Estado, tendo reportado mais de 100 mil casos de "febre" esta sexta-feira.

A Coreia do Norte está a rastrear o coronavírus em rios e lagos, a promover a desinfeção de aterros e esgotos e a monitorar animais selvagens que podem ser portadores do vírus, noticiou esta sexta-feira a “comunicação social” local.

A agência de notícias estatal KCNA publicou uma notícia a relatar a “escrupulosa operação” que está a ser realizada para atualizar a “política profilática” do Estado após a deteção, em 12 de maio, do coronavírus no país, pela primeira vez desde o início da pandemia.

A notícia adianta que foram instalados “postos anti-epidemia” em 1.840 pontos “para intensificar a desinfeção de peões e veículos” e que existem outros 1.830 postos para “vigilância apertada” de animais selvagens.

As autoridades norte-coreanas relataram cerca de 100.460 novos casos de pessoas com “febre” (um termo usado pelo regime para casos suspeitos, devido à falta de capacidade de teste).

Desta forma, mais de 3,27 milhões já contraíram a “febre” desde o final de abril, com 3,03 milhões já recuperados, cerca de 233.090 ainda em tratamento e 69 óbitos possivelmente ligados à Covid-19.

Os números que foram publicados apontam para uma propagação surpreendentemente rápida do novo coronavírus (13,2% da população nacional já teria sido infetada) e uma mortalidade invulgarmente baixa num país que não tem vacinas.

No entanto, os serviços de inteligência sul-coreanos acreditam que muitas dessas “febres” podem ser outras doenças, como sarampo ou febre tifoide.

Especialistas acreditam que a Coreia do Norte, que não administrou uma única vacina e teve as suas fronteiras fechadas desde o início de 2020, não está disposta a aceitar doações de vacinas contra a Covid-19.

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Bruxelas prepara plano contra risco de “rutura total” do fornecimento de gás russo à UE

A comissária europeia da Energia considera que qualquer Estado-membro está em risco de ver uma rutura total nas importações de gás a partir de Moscovo.

A Comissão Europeia está a desenvolver planos de contingência para responder à eventualidade de a Rússia cortar o abastecimento de gás natural ao continente. O alerta feito pela comissária europeia da Energia sublinha que qualquer Estado-membro está em risco de ver o acesso ao gás russo ser comprometido.

De acordo com o Financial Times (FT), estão a ser concentrados esforços para armazenar o máximo de gás russo possível, numa altura em que Kadri Simson considera que o bloco está em condições de substituir a maioria das entregas da Rússia ainda este ano. No entanto, frisa que mais teria que ser feito caso Moscovo avance com uma “interrupção total” do fornecimento de gás.

A publicação britânica avança com base em fontes próximas do processo que os planos deverão incluir medidas para racionar o fornecimento de gás para a indústria, poupando as famílias. De referir que 27% do gás russo na União Europeia tem como destino a indústria, sendo que a produção de produtos químicos, cerâmica, alimentos e a produção de vidro são os maiores consumidores.

Recorde-se que na sequência da invasão da Ucrânia pelas tropas russas e da aplicação de sanções, o Kremlin aprovou um decreto que obriga aos clientes do Ocidente a efetuar pagamentos do gás em rublos em vez de euros ou dólares, caso contrário esse fornecimento seria interrompido. No entanto, esse decreto foi alterado

Até ao momento, o fornecedor de gás estatal russo Gazprom já avançou com cortes na Polónia, Bulgária e Finlândia por não cumprirem com essa condição, ainda que o decreto tenha sofrido alterações mais tarde por ser uma “clara violação das sanções”, explicou Simson. As novas orientações permitem que os compradores de gás russo abram uma conta no Gazprombank e paguem em euros ou dólares, que serão depois convertidos em rublos pelo banco.

“Estamos perante uma situação em que qualquer Estado-membro pode ser o próximo [a ser cortado]”, referiu Simson em entrevista ao FT. “Até agora, conseguimos dar resposta às preocupações de segurança do abastecimento desses três Estados-membros, principalmente com a ajuda da solidariedade dos [países] vizinhos”, garantiu.

Na mesma entrevista, a governante garantiu que a Comissão Europeia fará esforços para proteger as principais cadeias de abastecimento de alimentos, segurança e produtos de saúde e segurança, insistindo que é “possível” substituir dois terços do gás russo ainda este ano.

Só este ano, os 27 Estados-membros receberam entregas recorde de gás natural liquefeito permitindo-lhes começar a reabastecer os reservatórios subterrâneos. Segundo o FT, a 25 de maio, os reservatórios estavam 44% cheios, em comparação com 36% no ano anterior.

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Deco quer apoio de 60 euros para cabaz alimentar alargado até dezembro

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor considera que apoio de 60 euros “é claramente insuficiente” face ao valor que uma família gasta em média por mês.

A associação Deco pediu ao Governo que aumente o apoio de 60 euros ao cabaz alimentar das famílias, acompanhando a inflação, o mantenha mensalmente até dezembro e alargue a famílias numerosas e com quebras de rendimento.

O apoio ao cabaz alimentar das famílias mais vulneráveis, que pretende atenuar o aumento dos preços dos bens alimentares, foi criado para ser pago uma só vez pela Segurança Social, em abril, aos beneficiários da tarifa social de eletricidade, registados em março (762.320 famílias), mas acabou alargado aos beneficiários de prestações sociais mínimas que não estão abrangidos pela tarifa social.

Segundo fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o alargamento da medida resultará no pagamento do apoio a “mais de 280 mil famílias”. No total, o apoio irá chegar assim a mais de um milhão de famílias.

O primeiro apoio foi pago em 29 de abril e esta sexta-feira é pago pela segunda vez a todas as famílias em que pelo menos um dos membros do agregado familiar é beneficiário de uma das prestações sociais mínimas – como subsídio social de desemprego, pensão social de velhice, Complemento Solidário para Idosos (CSI) e Rendimento Social de Inserção (RSI) e ainda aos agregados em que uma das crianças é titular de abono de família do 1.º ou 2.º escalão ou que o rendimento de referência apurado corresponde a situações de pobreza extrema.

A Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor considera positivo a criação deste apoio de 60 euros e o seu alargamento a mais famílias, mas lembra que as previsões não apontam para um aliviar dos preços, muito pelo contrário, e que à previsão de inflação acresce a incerteza da duração temporal desta medida, que se desconhece se será prolongada.

Tendo em conta a incerteza da duração temporal desta medida, consideramos que fica um bocadinho aquém das expectativas das famílias portuguesas”, afirmou a jurista do gabinete de apoio ao consumidor da Deco, Ingride Pereira, em declarações à Lusa.

A associação diz notar já um “acréscimo” de pedidos de ajuda de consumidores com dificuldade em fazer face aos aumentos de preços, famílias a recuperar da pandemia da Covid-19, que ainda não acabou, e que estão a ser confrontadas com aumentos nos preços da energia, dos combustíveis e, mais recentemente, dos bens alimentares.

A associação defende que esta medida deveria ser prorrogada, pelo menos enquanto se mantiver a atual situação inflacionista e defende que o apoio ao cabaz alimentar não pode ser retirado “nunca antes do final de 2022”.

Além disso, a associação defende que o apoio tem de começar a abranger, por exemplo, famílias que têm sofrido com a crise e que registam quebras no seu rendimento superior a 20%, devido a desemprego ou encerramento de negócios, e ainda famílias numerosas também muito afetadas com os aumentos de preços.

Quanto ao valor do apoio, de 60 euros, a associação diz que tem de ser ajustado face às previsões de inflação, porque “é claramente insuficiente” face ao valor que uma família em média gasta por mês, não só em compras no supermercado mas também em bens essenciais, como a energia e os transportes, que subiram de preço.

“Enviámos [na quinta-feira] uma missiva ao Governo […] esperamos que as nossas reivindicações sejam acolhidas”, afirmou Ingride Pereira, reforçando que é insuficiente apoiar famílias com 60 euros por mês porque “chega para muito pouco”.

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Digitalizar processos de uma seguradora com foco nas pessoas

  • ECOSeguros + Cleva Inetum
  • 27 Maio 2022

A digitalização dos processos de negócio é essencial para uma companhia de seguros conseguir vingar no mercado, mas esta não pode excluir a componente de humanização: as pessoas.

Uma conversa pode ser definida como uma troca de palavras, de opiniões ou de ideias entre duas ou mais pessoas sobre um tema abstrato ou definido. Na prática, as conversas fazem parte do nosso dia-a-dia e são uma experiência única enquanto seres humanos.

Num mundo em que as mudanças são uma constante, fortemente motivadas pelas novas necessidades dos clientes, é expectável que muitas conversas ocorram com o propósito de debater estas mudanças e de como as empresas estão a reagir ou a impulsionar às mesmas. Neste sentido, no passado mês de abril de 2022, realizou-se uma webtalk promovida pelo ECOseguros, onde participou a Cleva Inetum, cujo principal tema de debate foi a digitalização ágil dos processos de uma seguradora.

Nesta conversa, foi possível explorar vários assuntos transversais às seguradoras e relacionados com os processos de negócio, nomeadamente a modernização e a digitalização dos processos de negócio, os canais de comercialização, a gestão das pessoas e a tecnologia.

A modernização dos processos de negócio é essencial para uma companhia de seguros conseguir vingar no mercado. Esta modernização não passa apenas por uma revisão das operações executadas internamente nas seguradoras. Há, naturalmente, o forte envolvimento dos canais de comercialização e das pessoas. Sem uma gestão equilibrada destes intervenientes, a modernização pretendida pela seguradora pode não ser bem conseguida.

"A tecnologia é a base para o processo de digitalização de uma seguradora, impactando tanto no relacionamento com o cliente como na otimização dos processos de negócio.”

Efetivamente, os mediadores de seguros representam uma companhia de seguros e são o primeiro contacto do cliente. Assim, os mediadores de seguros são parte integrante dos processos de negócio e são primordiais para a respetiva modernização. Naturalmente que a modernização inclui automatização e, consequentemente, menos intervenção humana. Mas também é um facto que esta realidade permite ao mediador de seguro focar a sua área de atuação noutros aspetos, como sejam conhecer melhor o cliente e ajudá-lo na escolha de soluções.

Por outro lado, as pessoas estão no centro da digitalização. Não há dúvidas de que os processos de negócio têm de ser ajustados, mas a introdução de tecnologias não é suficiente. É fundamental considerar o aspeto humano neste novo paradigma, até porque a transformação digital tem o poder de potencializar características humanas como a inspiração. Há uma tendência mundial que coloca a transformação digital em paralelo com a humanização da tecnologia. Isto é, dar relevância ao aspeto humano em toda a cadeia de valor de uma seguradora, desde que o cliente contacta a seguradora para a subscrição de um produto até à reclamação de um sinistro, que muito provavelmente vai envolver novos clientes – os sinistrados.

"O uso adequado de tecnologia significa uma melhor seguradora. Contudo, este uso tecnológico deve ser acompanhado da dimensão humana”

Estes clientes estão fortemente impulsionados pelo uso da tecnologia, em que assumem uma postura altamente interativa com as seguradoras. A tecnologia é a base para o processo de digitalização de uma seguradora, impactando tanto no relacionamento com o cliente como na otimização dos processos de negócio. Procura-se que a customer journey seja realizada maioritariamente por meios digitais e que a comunicação com o cliente seja feita quase em tempo real, principalmente quando estamos a falar em sinistros.

Assim, pode-se dizer que o uso adequado de tecnologia significa uma melhor seguradora. Contudo, este uso tecnológico deve ser acompanhado da dimensão humana, no sentido de criar engagement com os clientes. De facto, a inteligência emocional será considerada como uma competência pessoal muito apreciada no futuro. E é aqui onde as companhias de seguros devem apostar: usar a tecnologia sim, mas com uma forte componente de humanização.

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As contas do PS: OE teve 119 propostas de alteração, 66 da oposição. Siga aqui

Deputados terminam a discussão do Orçamento do Estado para 2022 e avançam para a votação final global do documento.

Depois de quatro dias em que os deputados debateram e votaram todos os artigos do Orçamento do Estado, bem como todas as propostas de alteração, chega finalmente o dia da votação final global. O documento, que já tem aprovação garantida, sai do Parlamento com alguns contributos dos partidos, nomeadamente propostas do PAN e Livre que o PS viabilizou.

Os deputados vão começar por discutir normas avocadas, que foram votadas na especialidade e chamadas ao plenário, seguindo-se depois a votação final do OE. A aprovação é o culminar de um longo processo, depois de a proposta anterior ter sido chumbada em outubro, levando à dissolução da Assembleia da República.

Acompanhe aqui:

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Pandemia aumenta desigualdade e reforça urgência de baixar dívida

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Estudo da FFMS concluiu que a pandemia de Covid-19 teve um impacto maior nos trabalhadores com relações de trabalho mais precárias.

A pandemia de covid-19 reforçou a urgência da redução do endividamento, bem como as desigualdades já existentes, penalizando os mais jovens, menos experientes, com menor escolaridade e os que têm “relações de trabalho mais precárias”, segundo um estudo.

“A pandemia parece assim ter reforçado desigualdades anteriores. Penalizou os mais jovens, menos experientes, e os menos escolarizados. Teve um impacto maior nos trabalhadores com relações de trabalho mais precárias”, concluiu a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) no estudo “Um novo normal? Impactos e lições de dois anos de pandemia em Portugal”.

De forma geral, a covid-19 veio assim expor e acentuar problemas que já existiam, associados “à segmentação do mercado do trabalho português”, levando à convivência de “um elevado grau de rigidez e proteção no emprego de trabalhadores mais velhos e qualificados com mecanismos compensatórios de flexibilidade que afastam sobretudo os mais jovens de relações duradouras de trabalho”.

Segundo a fundação, confirmando-se a natureza estrutural da recomposição da atividade económica, surge um “potencial desajustamento” entre o stock de capital humano e a procura de qualificações e competências.

Em Portugal poderá implicar um “difícil trade-off” entre o aumento da produtividade e a diminuição da exclusão, situação que pode ser atenuada caso se mantenham “artificialmente” empresas e empregos “pouco produtivos”, contudo isto acarreta o risco de “deprimir” o crescimento da economia nacional.

Neste sentido, tanto o desenho dos apoios públicos como o seu timing têm que negociar esse trade-off.

“Deste modo, o reforço da capacidade para reconverter carreiras e competências parece, ao fim de dois anos, um aspeto decisivo para assegurar que a economia portuguesa não se veja confrontada com uma escolha entre produtividade e igualdade”, acrescentou.

Por outro lado, a crise provocada pela pandemia veio reforçar a urgência da contração do nível de endividamento da economia portuguesa, bem como o seu respetivo crescimento.

A isto, conforme apontou, acresce a dúvida sobre a persistência ou a transitoriedade dos aumentos de preços.

No que se refere à recuperação económica a nível europeu, a FFMS disse que o facto de esta ainda estar incompleta sugere que a implementação das agendas de crescimento, que orientam os programas de recuperação e resiliência, permanece relevante.

Adicionalmente, estas podem levar ao aumento do dinamismo no mercado do trabalho, o que classificou como um objetivo desejável ao longo prazo.

Porém, a perspetiva de uma subida das taxas de juro tem “riscos substanciais” para a sustentabilidade da dívida dos países periféricos e para a recuperação do impacto económico gerado durante a pandemia.

“Para todos estes desafios, a capacidade de agência da economia portuguesa é muito limitada”, referiu, notando que a guerra na Ucrânia cria um novo “foco de incerteza” que vai influenciar, diretamente, estes desafios e reforçar a “tal falta de capacidade de agência”.

Este estudo tem por base, entre outras fontes, um inquérito de opinião, que foi aplicado em duas vagas.

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Sindicatos dos trabalhadores da TAP querem reunião com administração até 3 de junho

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Além do pedido de uma reunião com a administração da companhia, os nove sindicatos alegam que os trabalhadores continuam a financiar a TAP.

Os principais sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP decidiram na quinta-feira pedir uma reunião presencial com a administração da empresa, para decorrer até 3 de junho, e marcar nova reunião para dia 6 para “deliberar novas medidas”.

Num comunicado conjunto, os nove sindicatos, que se reuniram na quinta-feira em Lisboa, além de anunciarem o pedido de reunião com a administração, tecem várias críticas às políticas que estão a ser seguidas pela empresa.

Afirmando que “os trabalhadores não estão em saldo e exigem respeito”, os sindicatos dizem que os trabalhadores “continuam a financiar a companhia”.

Os sindicatos, que representam “a esmagadora maioria dos trabalhadores” do grupo TAP, lembram que no Plano de Reestruturação todos os trabalhadores viram “os seus salários drasticamente reduzidos”.

Mas recordam também palavras da administração de que a TAP “está a caminho de atingir este verão 90% da sua operação de 2019, algo previsto pelo Governo apenas em 2024”.

Dizem os sindicatos que o Plano de Reestruturação foi justificado pela emergência da pandemia de Covid-19, que os acordos temporários com os trabalhadores devem ser “adaptados à realidade” e que “os trabalhadores da TAP continuam a financiar a companhia numa altura em que a empresa atinge índices operacionais muito positivos, com níveis pré-pandemia” da Covid-19.

“Ao mesmo tempo, a administração mantém injustificadamente em curso um processo de reestruturação, completamente desajustado da realidade, com graves prejuízos para os trabalhadores”, acusam os sindicatos.

Entre os nove sindicatos que assinam o documento estão o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

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