Inflação abranda em dezembro na Alemanha, mas atinge recorde em 2022
A inflação na Alemanha abrandou em dezembro. Ainda assim, no conjunto do ano de 2022, marcado por uma subida dos preços da energia, a inflação fixou um recorde nos 7,9%.
A inflação na Alemanha abrandou em dezembro, com o índice de preços no consumidor a fixar-se em 8,6%, menos 1,4 pontos percentuais em relação a novembro, segundo dados provisórios divulgados esta terça-feira pelo Destatis.
O abrandamento da inflação deve-se essencialmente a uma moderação nos preços da energia e aos apoios do Estado.
No conjunto do ano de 2022, marcado por uma subida dos preços da energia, a inflação fixou um recorde histórico desde o nascimento da Alemanha Federal, após a Segunda Guerra Mundial, ao atingir 7,9%.
O anterior recorde datava de 1951 e era de 7,6%, disse à AFP o instituto de estatísticas Destatis.
A inflação homóloga na primeira economia europeia atingiu um pico de 10,4% em outubro, na sequência do aumento dos preços da energia após a guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
No final do ano, vários fatores contribuíram para a moderação dos preços, a começar por uma ajuda pública concedida às famílias e às empresas em dezembro nos preços do gás.
As temperaturas amenas registadas até agora têm abrandado a procura, enquanto a oferta de gás continua a ser considerada abundante, com os reservatórios a 90% no país e com as primeiras entregas diretas de gás natural liquefeito em território alemão.
Apesar da desaceleração nos preços, é esperada uma nova subida no início de 2023.
“Temos boas razões para acreditar” que as taxas de inflação em janeiro e fevereiro “provavelmente serão mais altas”, disse a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em dezembro.
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