“Delfim” de Pedro Nuno Santos toma conta das infraestruturas
Apontado como uma "nova estrela da ferrovia portuguesa", Frederico Francisco era o até agora coordenador do Plano Ferroviário Nacional.
Um físico com mestrado em Engenharia Aeroespacial mas que nos últimos anos assentou os pés bem na terra… e nos carris. Frederico Francisco foi o nome escolhido para novo secretário de Estado das Infraestruturas, substituindo Hugo Santos Mendes.
Nascido em 1986 em Cascais, Frederico Francisco pode ser considerado como um “delfim” do ex-ministro das Infraestruturas. O novo secretário de Estado acompanhava ou representava mesmo Pedro Nuno Santos em todas as iniciativas ligadas à ferrovia nos últimos anos. Em julho de 2021, foi mesmo descrito como uma “nova estrela da ferrovia portuguesa” por Pedro Nuno Santos, em entrevista ao podcast Sobre Carris, do Público.
Poucos meses depois, em outubro desse ano, Frederico Francisco seria nomeado como coordenador do primeiro Plano Ferroviário Nacional (PFN), documento orientador para estruturar a rede de linhas de comboio até 2050 e que deverá ser aprovado na Assembleia da República em meados de 2023.
Quando foi escolhido para coordenar o PFN, Frederico Francisco já estava na esfera de Pedro Nuno Santos desde novembro de 2019, quando foi nomeado técnico especialista do seu gabinete. Em paralelo, o novo secretário de Estado era professor auxiliar convidado na Faculdade de Ciência da Universidade do Porto, “onde leciona disciplinas de Física e desenvolve atividade de investigação como bolseiro de pós-doutoramento”, assim refere o despacho de nomeação então publicado.
Além do Doutoramento em Física e do Mestrado em Engenharia Aeroespacial, Frederico Francisco conta com “mais de uma mais de uma dezena artigos publicados em revistas internacionais com arbitragem científica, um livro técnico publicado por editora internacional e várias publicações em atas de conferências internacionais e apresentações orais por convite”. Nota ainda para os prémios científicos como a Medalha Zeldovich 2018 da Academia Russa de Ciências e a COSPAR (Commission on Space Research).
Mas o novo secretário de Estado não vai tomar apenas conta da área da ferrovia: também terá de lidar com temas como os aeroportos, a rede de estradas, as telecomunicações e ainda os portos. Os assuntos espaciais têm estado sob alçada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
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