Negócio ECS terá impacto positivo de 14 milhões nos resultados da CGD
Com esta transação, CGD recebeu aproximadamente 187 milhões de euros. Mas impacto nos resultados de 2022 deverá ser de cerca de 14 milhões antes de impostos.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) terá um impacto positivo de 14 milhões de euros, antes de impostos, com a venda dos fundos de reestruturação da ECS à Davidson Kempner. Isto apesar de a transação representar uma receita aproximada de 187 milhões de euros, adiantou o banco esta terça-feira.
“A conclusão desta transação repercutiu-se no recebimento aproximado de 187 milhões de euros”, indica a CGD em comunicado enviado à CMVM, acrescentando que “a redução da exposição no balanço aos Fundos de Reestruturação deverá refletir-se num aumento estimado de 9 p.b. do rácio de capital CET1 da Caixa face ao rácio reportado a Setembro de 2022″.
Já o “impacto estimado nos resultados do exercício de 2022 deverá ser positivo em cerca de 14 milhões de euros antes de impostos”, sinalizam.
Em causa está o maior negócio imobiliário do ano passado – rondando os 850 milhões de euros – no designado Projeto Crow. Trata-se de uma carteira de hotéis de luxo, incluindo o Conrad Algarve (não o ativo mas o crédito, pois está em causa um complexo e litigioso processo em torno do hotel), o Cascatas Golf & Resort Spa da Hilton (na foto) e o Grupo NAU, entre outros ativos imobiliários.
Estes ativos imobiliários estavam parqueados no Fundo Recuperação Turismo (FRT), FLIT Ptrel e Fundo Recuperação, geridos pela sociedade ECS, fundada em 2006 por Fernando Esmeraldo e António de Sousa, detidos por cinco bancos: Caixa Geral de Depósitos (CGD), Novobanco, BCP, Santander e a Oitante.
Quando o negócio foi fechado, na última semana do ano passado, o Novobanco revelou que ia receber cerca de 224 milhões de euros, sendo que o impacto nos lucros seria “neutro”. Em comunicado lançado esta terça-feira, dizem que “a conclusão do Projeto Crow repercute-se num impacto esperado positivo de 2,9 milhões de euros no resultado antes de imposto de 2022”. Já o BCP vai receber 233 milhões com o negócio, mas só “lucra” 1,6 milhões de euros.
De fora do negócio ficaram quatro ativos imobiliários, o que obrigou a reorganização dos ativos entre os principais bancos envolvidos neste processo, a Caixa, Novobanco e BCP: três ativos de valor aproximado foram repartidos entre as três instituições, enquanto um quarto ativo, o maior deles e impossível de dividir sem haver cedências de algumas das partes, continuará a ser gerido pela ECS, com a intenção de ser vendido durante este ano.
(Notícia atualizada às 17h55 com comunicado do Novobanco)
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