Procura por transportes públicos cresce em 2022, mas continua longe dos níveis pré-pandemia
Os transportes públicos continuaram a recuperar passageiros ao longo de 2022, com a procura a crescer 60% face a 2021, mas registaram-se menos 57.497 passageiros do que em 2019.
Os transportes públicos coletivos urbanos sob a tutela do Governo continuam a recuperar passageiros depois da acentuada queda na sequência da pandemia de Covid-19, mas ainda não superaram os níveis pré-pandémicos. De acordo com os dados provisórios do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), apesar de a procura pelo Metropolitano de Lisboa, o Metro do Porto e a Transtejo/Soflusa ter crescido 60% em 2022 face ao ano anterior, ainda foi 21% menor em relação a 2019.
Até dezembro, estes meios de transportes coletivos registaram um total de 217.128 passageiros, um número que “representa 79% da procura registada em 2019”, ano em que se verificaram 274.625 passageiros, refere o ministério em comunicado divulgado esta segunda-feira, reconhecendo que, “ao longo do ano de 2022, assistiu-se a uma contínua recuperação da procura nas empresas de transporte público tuteladas pelo MAAC”.
Evolução de passageiros entre 2019 e 2022
Segundo os dados disponibilizados, o Metropolitano de Lisboa foi o meio de transporte que, face a 2021, registou o maior crescimento da procura (63%), totalizando 136.142 passageiros. Porém, na comparação com os níveis pré-pandemia, é o que está mais longe (-26%), tendo-se verificado menos 47.659 passageiros em 2022 relativamente a 2019.
Quanto ao metro do Porto, a procura cresceu 56% no ano passado, para 65.183 passageiros. Das três empresas de transporte público tuteladas pelo Governo, é aquela que mais se aproximou da procura verificada em 2019.
Já a procura da Transtejo/Soflusa teve um aumento de 48%, ao registar 15.803 passageiros ao longo de 2022, mas também ficou aquém dos níveis de 2019 (-18%).
Variação do número de passageiros
O ministério indica também na nota que, no quadriénio 2019-2022, mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia.
Na Lei do Orçamento de Estado de 2023, à semelhança do OE2022, ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. “A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia”, enquanto “o PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022”, indica.
(Notícia atualizada às 18h17)
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