Marcelo pressiona por resultados nas negociações entre Governo e professores
Presidente da República apela ao Governo para "governar melhor" e para oposição "ser mais afirmativa", já que a sociedade portuguesa "está mais exigente".
Marcelo Rebelo de Sousa quer resultados nas negociações entre Governo e os professores. O Presidente da República garante que não se vai envolver nas negociações apesar os sindicatos estarem a ser recebidos esta quinta-feira no Palácio de Belém. O Chefe de Estado apela ainda ao Governo para “governar melhor” e lembra que uma eventual dissolução do Parlamento “seria uma paragem do país no uso dos fundos na economia”.
“Os portugueses começam a ficar preocupados com a situação. A perspetiva de estarmos com esta greve a menos de três semanas do Carnaval e depois, logo a seguir, vem a Páscoa, afeta o período letivo”, referiu o Chefe de Estado em declarações transmitidas pela RTP3. Na semana passada, o Presidente da República já tinha alertado para o “custo enorme” da greve dos professores caso esta se estendesse ao longo das próximas semanas.
Os assessores do Presidente da República para a área da Educação vão receber os sindicatos de professores em dois momentos: nesta quinta-feira, haverá uma delegação de nove sindicatos, que inclui a Fenprof; no sábado, será a vez de uma delegação liderada pelo sindicato STOP. O Chefe de Estado explica a opção porque “seria um ruído desnecessário o Presidente envolver-se nas negociações”.
Sobre a atual situação política, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o Governo “tem de governar melhor” e a oposição “tem de ser mais afirmativa” porque “a sociedade sente que a exigência é maior”. Afastado está o cenário de dissolução do Parlamento, pois “seria uma paragem do país para uso dos fundos na economia portuguesa”.
O Presidente da República falou ainda sobre as despesas com a organização das Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa: “os portugueses esperam que, nos pormenores, o orçamento corresponda ao pensamento do Papa. O Papa defende uma posição simples, pobre, não triunfalista. É uma forma de ser e de pensar e que convida à simplicidade. Os gastos nas jornadas seriam forma de respeitar o pensamento do Papa”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa sem comentar as despesas com o altar-palco.
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