UE dá “luz verde” a teto máximo de 100 dólares por barril ao gasóleo russo

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2023

Estados-membros chegaram a acordo para impor um teto máximo de 100 dólares por barril ao gasóleo russo a países terceiros da UE. Aparam ainda um teto de 45 dólares por barril em produtos com desconto.

Os Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a acordo para impor um teto máximo de 100 dólares por barril ao gasóleo russo a países terceiros, avançaram fontes próximas do processo à Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês), e confirmado pela presidência sueca da UE no twitter. Objetivo é limitar as receitas de Moscovo.

De acordo com a agência noticiosa, este mecanismo está vinculado à proibição das importações de produtos russos refinados no bloco europeu, por via marítima, que entra em vigor este domingo.

Os diplomatas europeus concordaram ainda em aplicar um limite de 45 dólares por barril em produtos transacionados com desconto, como o fuelóleo, também designado por óleo de combustível, bem como em adiar até março a revisão do teto máximo de 60 dólares por barril de petróleo russo.

Segundo a Bloomberg, a definição dos preços terá que requer a unanimidade dos 27 Estados-membros e, posteriormente, “luz verde” do grupo das sete maiores economias do mundo (G7).

(Notícia atualizada pela última vez às 18h11)

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Autarca reclama do Governo coragem política para avançar comboio no Tua

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

Autarca de Vila Flor pede o regresso do comboio a parte da linha desativada do Tua. Reclama, por isso, coragem política da parte do Governo para mandar avançar o plano de mobilidade prometido.

O presidente da Câmara de Vila Flor e da Agência para o Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, Pedro Lima, reclamou esta sexta-feira do Governo coragem política para mandar avançar o plano de mobilidade, num impasse há cinco anos.

O Plano de Mobilidade está previsto há mais de uma década como a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua e continua por cumprir, apesar de estarem preparados todos os equipamentos necessários para o comboio regressar a parte da linha desativada do Tua e para passeios de barco na nova albufeira. O plano contempla também comboio para o quotidiano das populações.

Já foram anunciadas várias datas para o arranque, mas continua por executar. “Realmente como é que após cinco anos de produção hidroelétrica, após 17 milhões de investimento, cinco municípios, vários governos, dois concessionários não conseguem colocar a linha do Tua em funcionamento“, questiona.

Falta coragem política; falta que alguém no ministério diga avancemos.

Pedro Lima

Presidente da Câmara Municipal de Vila Flor

Segundo o autarca, o secretário de Estado já se comprometeu a dialogar. “Já o anterior ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, tinha dito que tinha soluções”, frisou o edil de Vila Flor.

Pedro Lima acredita que “falta muito pouco; falta desbloquear o licenciamento da linha”. E também admite que o impasse no licenciamento “é justificado porque é uma linha que está associada a problemas de segurança, que teve mortes; é preciso refletir um pouco”.

Ainda assim, o autarca não percebe o porquê de tanta demora. “Também não consigo compreender como é que se justifica isso, passados cinco anos da exploração hidroelétrica, que vão totalmente contra a DIA (Declaração de Impacte Ambiental), que não está a ser respeitada”, questiona.

Para o autarca, “quem tem de justificar isso é o Governo, porque o Governo é que tem legitimidade de fazer cumprir a DIA“. Pedro Lima considera, contudo, que o que “falta (é) coragem política; falta que alguém no ministério diga avancemos“.

O presidente da agência assegurou ainda que os agentes locais têm reclamado do impasse, mas lamenta que a reivindicação não tenha visibilidade nas prioridades mediáticas. “O território está a perder há cinco anos e cabe ao Governo fazer respeitar a DIA. Cabe ao Governo dizer que a medida compensatória mais relevante para o território não está a ser cumprida” assim como “pedir justificações de onde foram investidos esses 17 milhões“, afirmou.

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Se há “verba para prémios” tem de haver para “atualização salarial”, diz sindicato da TAP

Sindicato Nacional Dos Trabalhadores Da Aviação Civil contesta "prémios chorudos e indemnizações vergonhosas" enquanto trabalhadores aceitaram redução salarial para ajudar a salvar a empresa.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) enviou esta sexta-feira um comunicado aos associados da TAP onde critica os “prémios chorudos” e “atitudes discriminatórias” da administração da companhia aérea para com os trabalhadores.

A missiva surge no dia em que foi noticiado pelo Jornal Económico que o bónus previsto no contrato da CEO, Christine Ourmières-Widener, pode ir de 2,1 a 3 milhões de euros, consoante o grau de cumprimento dos objetivos definidos no plano de reestruturação da companhia aérea. O prémio tinha, no entanto, que ser aprovado em assembleia geral, o que ainda não aconteceu.

“Como podem os trabalhadores da TAP e o SINTAC encarar e aceitar prémios chorudos e indemnizações vergonhosas, que têm vindo a público, quando estes se disponibilizaram a uma redução salarial para ajudar a salvar a empresa?”, questiona o comunicado. “Se existe verba para pagar indemnizações e prémios, tem necessariamente que haver diálogo sobre a atualização salarial dos demais trabalhadores”, reclama.

“O SINTAC não pode aceitar estas atitudes discriminatórias para com os trabalhadores, já não falando dos efeitos negativos que estas têm na sociedade portuguesa que leva a que a opinião publica utilize esses argumentos como arma de arremesso contra a empresa”, acrescenta o comunicado.

“A Empresa tem anunciado o pagamento, a algumas classes laborais, de” prémios de retenção”, enquanto, a maioria, o único prémio que recebe, é a denúncia do Acordo de Empresa, a tentativa de imposição de uma total desregulação do trabalho, fim das carreiras e a erosão do poder de compra, através da perpetuação dos cortes salariais e dos efeitos da inflação, sem que a Empresa, dê sequer resposta, à mais que justa, atualização salarial”, contesta a estrutura sindical. O SINTAC revela ainda que, juntamente com outros sindicatos, já apresentou à TAP uma proposta de revisão do Acordo de Empresa.

Esta semana, também o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes, também veio dizer que o bónus a que a presidente executiva terá direito caso cumpra os objetivos do plano de reestruturação permitiria “aliviar um pouco mais os cortes” aos trabalhadores.

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Ford regressa à Fórmula 1 com a Red Bull em 2026, 32 anos depois do último título

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

Ford regressa 32 anos depois de o alemão Michael Schumacher ter conquistado o 13.º e último título de campeão para o construtor norte-americano de automóveis.

A Ford anunciou esta sexta-feira o regresso à Fórmula 1 em 2026, através da escuderia Red Bull, 32 anos depois de o alemão Michael Schumacher ter conquistado o 13.º e último título de campeão para o construtor norte-americano de automóveis. “A Red Bull Powertrains e a Ford associam-se para desenvolver uma unidade motopropulsora híbrida de nova geração que vai fornecer motores às equipas Red Bull e AlphaTauri, pelo menos até 2030”, anunciou o fabricante.

Antes de ter sido revelada a associação à escuderia campeã do mundo de construtores, que conta com o neerlandês Max Verstappen, bicampeão do mundo de pilotos, e é atualmente equipada por motores desenvolvidos pela japonesa Honda, a Ford tinha anunciado hoje a intenção de regressar à Fórmula 1 em 2026, coincidindo com as alterações regulamentares para os motores.

O gigante dos automóveis Ford confirmou a sua intenção de regressar à Fórmula 1 quando as novas regulamentações para os motores forem introduzidas, em 2026, o que significa que mais um capítulo vai ser escrito à rica história no desporto da empresa norte-americana”, lê-se no comunicado da Fórmula 1.

A presença da Ford no ‘Grande Circo’ começou na década de 1960, com o motor DFV (‘Double Four Valve’, com quatro válvulas por cilindro), desenvolvido com a britânica Cosworth, conquistando 155 vitórias em 262 corridas entre 1967 e 1985. O primeiro título de campeão do mundo foi conquistado pelo inglês Graham Hill, num Lotus, em 1968, e o último por Schumacher, na Benetton, em 1994, num total de 13 títulos de pilotos e 13 de construtores – a terceira marca mais bem-sucedida da história da competição.

Cerca de 20 anos depois da última presença, que remonta a 2004, o apelo lançado pelos futuros regulamentos, com mais potência elétrica e combustíveis 100% sustentáveis, convidam ao regresso da Ford à grelha de partida. “A notícia de que a Ford está a chegar à Fórmula 1 a partir de 2026 é ótima para o desporto e estamos entusiasmados em vê-los juntar-se aos incríveis parceiros automobilísticos que já estão na Fórmula 1”, afirmou o diretor-executivo e presidente da Fórmula 1, o italiano Stefano Domenicali.

De acordo com o responsável, o “compromisso com a neutralidade de carbono para 2030 e a introdução de combustíveis sustentáveis nos monolugares de Fórmula 1 a partir de 2026 é também uma razão importante para o seu regresso”. O presidente executivo da Ford Motor Company, Bill Ford, reconheceu que “este é o começo de um novo e emocionante capítulo na história do desporto motorizado da Ford”, iniciado quando o seu bisavô, Henry Ford, “ganhou uma corrida que ajudou a lançar a empresa”.

A Ford está a regressar ao topo do desporto, trazendo a larga tradição de inovação sustentabilidade e eletrificação da Ford a um dos cenários com mais visibilidade do mundo”, acrescentou. Já o presidente da Federação Internacional do Automóvel, Mohammed Ben Sulayem, admitiu que “há poucos fabricantes que tenham uma história tão célebre no desporto motorizado como a Ford, pelo que este regresso é uma grande notícia”.

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Como o terceiro homem mais rico do mundo perdeu 100 mil milhões de dólares numa semana?

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Fevereiro 2023

O multimilionário Gautam Adani, dono de um grupo com o mesmo nome, está a sofrer pesadas derrotas na bolsa de valores indiana enquanto enfrenta acusações de fraude e manipulação de mercado.

Até ao final da semana passada, o indiano Gautam Adani era um dos dez homens mais ricos do mundo e o mais rico do continente asiático, dono de um grupo empresarial com o mesmo nome. Mas tudo mudou quando a empresa de investimentos norte-americana Hindenburg Research acusou o império Adani de manipulação de mercado e de fraude contabilística.

Gautam Adani, que tinha um património líquido de 127 mil milhões de dólares, caiu da 3.ª para a 16.ª posição do índice de multimilionários da Forbes, sendo que as suas empresas já perderam mais de 100 mil milhões de dólares (cerca de 91,8 mil milhões de euros ao câmbio atual) na bolsa de valores da Índia – isto depois de, em 2022, o grupo Adani chegar a registar o melhor desempenho da bolsa indiana.

Esta quebra abrupta na capitalização de mercado do grupo Adani teve início no final da semana passada, após a divulgação do relatório da Hindenburg Research a 25 de janeiro, que dá conta de uma teia de entidades offshore controladas por Adani em paraísos fiscais nas Caraíbas, Ilhas Maurícias e nos Emirados Árabes Unidos. De acordo com o documento, estas offshore foram utilizadas para, por um lado, facilitar corrupção e branqueamento de capitais, e, por outro, desviar dinheiro das sete empresas do grupo cotadas em bolsa.

No dia 27 de janeiro, Adani cancelou uma oferta de ações da Adani Enterprises, uma das maiores operações bolsistas da Índia, na qual esperava angariar cerca de 200 mil milhões de rupias (2,25 mil milhões de euros), devido à investigação da Hindenburg Research. O relatório mostrou que várias das empresas chave de Adani arrastavam uma “dívida substancial” que coloca todo o conglomerado “numa situação financeira precária”, depois de décadas de valorização.

Gautam Adani, Adani Group

A Hindenburg Research acusa o grupo Adani de ter usado transações de partes relacionadas não divulgadas e manipulação de lucros para “manter a aparência de sólida saúde financeira e credibilidade” das subsidiárias cotadas, indicando ainda que um “modelo de indulgência do Governo com o grupo” de décadas deixou investidores, jornalistas, cidadãos e políticos relutantes em questionar a conduta do grupo “por medo de represálias”.

O conglomerado indiano tentou refutar as acusações no passado fim de semana, publicando um documento de 413 páginas em que afirma que o relatório da Hindenburg Research foi um ataque contra a própria Índia. Contudo, a empresa norte-americana de investimentos descreve-o como uma declaração “ofuscada pelo nacionalismo”.

Além disso, esta sexta-feira, Gautam Adani negou que a proximidade com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o tenha ajudado a tornar-se o homem mais rico da Ásia, dizendo à televisão indiana India Today que “essas alegações são infundadas”. O Governo de Modi manteve-se, até agora, em silêncio sobre o relatório da Hindenburg Research.

Antes das declarações de Adani, o regulador financeiro da Índia anunciou que está a investigar se houve manipulação de mercado por parte do grupo, assim como possíveis irregularidades em torno da venda de 2,5 mil milhões de dólares em ações da Adani Enterprises, a joia da coroa do grupo, segundo uma fonte com conhecimentos do assunto disse à Reuters.

A instabilidade levou mesmo ao cancelamento da venda de ações, um dia depois de ter terminado o prazo de subscrição e de já se saber que a procura tinha superado em 1,12 vezes a oferta. Num comunicado enviado ao regulador financeiro indiano, na quarta-feira, a empresa justifica a decisão com “a atual volatilidade do mercado” e com a necessidade de “proteger o interesse dos investidores”, pelo que irá devolver o dinheiro arrecadado com esta operação.

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Mota-Engil é a ação que mais brilha na Europa em 2023

Desde o início do ano, a construtora liderada por Carlos Mota Santos acumula ganhos de 54%. Entre as 600 maiores empresas europeias não há uma que se aproxime deste feito.

As ações da Mota-Engil EGL 4,48% já escalaram 54% desde o início do ano. Entre as 600 maiores empresas da Europa, apenas as ações da multinacional alemã Kion Group se aproximam do desempenho dos títulos da construtora nacional, contabilizando até à sessão de hoje uma valorização de 49%.

“É o mercado a dar as boas-vindas ao novo CEO”, refere Henrique Tomé, analista da XTB, relembrando o anúncio, a 2 de janeiro, da nomeação de Carlos Mota Santos, membro da terceira geração da família fundadora e acionista de referência do grupo, como presidente do conselho de administração e para presidente da comissão executiva.

A subida da cotação das ações da Mota-Engil também não pode ser separada do regresso do “apetite por ativos de risco” por parte dos investidores neste começo de ano, que é visível com a contabilização de ganhos transversais aos principais índices acionistas.

No entanto, há algo mais a suportar esta subida galopante das ações da construtora em 2023, que tem sido acompanhada por um volume de negociação acima da média dos últimos dois anos: só nas últimas nove sessões, trocaram de mãos, em média, 2,6 milhões de ações da Mota-Engil por dia, 3,5 vezes acima da média diária desde fevereiro de 2021.

“A empresa tem sido subvalorizada pelos investidores ao longo dos últimos dois anos e, de repente, passou-se a olhar para a empresa, sobretudo depois de uma casa de investimento ter publicado uma avaliação favorável”, refere um analista do mercado ao ECO, notando que a baixa liquidez dos títulos também ajudam à ocorrência de picos na cotação.

A avaliação que refere é uma nota de research de Filipe Leite, analista do CaixaBank/BPI, publicado a 23 de janeiro, que atribui um preço-alvo para as ações da construtora entre os 2,53 euros e os 5,26 euros nos próximos 12 a 18 meses, como resultado “do momento muito forte que o grupo está a observar em várias regiões, sobretudo em África e na América Latina”.

Entre os vários dados que potenciam a subida da ação destaca-se uma carteira de encomendas de 9,2 mil milhões de euros revelada em junho, o valor mais elevado de sempre.

Além disso, não passa também despercebido aos investidores a recente publicação do guidance da empresa para os próximos três anos que aponta para uma subida de 30% das receitas em 2022 e para uma redução do nível de endividamento da companhia em 2026, com a dívida a passar de um valor equivalente a 2,6 vezes o EBITDA em junho de 2022 para 1,96 vezes nos próximos três anos.

Além da família Mota, que detém 40% do capital, a estrutura acionista da construtora conta ainda com uma participação qualificada da construtora chinesa China Communications Construction Company (CCCC), que detém 32,4% do capital após entrada na estrutura em 2020.

Esta sexta-feira, as ações da Mota-Engil fecharam a cair 0,7% para os 1,80 euros, 66% abaixo do preço alvo médio dos analistas que acompanham a ação segundo dados da Reuters. Os títulos negoceiam a um preço equivalente a 9,5 vezes os lucros por ação e a 2,3 vezes o seu valor contabilístico, e com uma taxa de dividendos de 3,8%.

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CP alerta para perturbações na circulação entre 8 e 17 de fevereiro devido a greves

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

Entre as 00:00 do dia 8 de fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de fevereiro de 2023, "ocorrerão fortes perturbações na circulação, em todos os serviços", avisa a CP.

A CP – Comboios de Portugal alertou esta sexta-feira para “fortes perturbações” na circulação, entre 8 e 17 de fevereiro, em todos os serviços, devido às greves convocadas por vários sindicatos.

“Informamos que, por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), para o período compreendido entre as 00:00 do dia 08 de fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de fevereiro de 2023, ocorrerão fortes perturbações na circulação, em todos os serviços, entre os dias 8 e 17 de fevereiro”, comunicou a CP, em nota publicada no ‘site’.

“Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”, acrescentou a CP, lamentando os incómodos causados.

A Fectrans anunciou, no dia 25 de janeiro, que os trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal (IP) vão estar em greve no dia 9 de fevereiro devido à falta de resposta às propostas de valorização salarial. “A direção do SNTSF/Fectrans em reunião hoje realizada decidiu enviar um pré-aviso de greve à CP, à IP-Infraestruturas, à IP-Telecom, à IP-Património e à IP-Engenharia, para o dia 09 de fevereiro, com a duração de 24 horas”, lê-se numa nota hoje divulgada. Em causa está a falta de resposta das duas empresas às propostas de valorização salarial.

Para os sindicatos, as propostas entregues “ficam muito aquém” dos valores necessários para que seja reposto o poder de compra dos trabalhadores.

Na sequência deste anúncio, foram definidos serviços mínimos. “Os trabalhadores assegurarão a prestação, durante a greve, dos serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e instalações em todas as vertentes em que, por força da greve, tais necessidades se verifiquem”, lê-se no comunicado publicado pelo Conselho Económico e Social.

“Os representantes sindicais devem designar os trabalhadores necessários para assegurar os serviços mínimos ora definidos até 24 horas antes do início do período de greve”. Em caso de incumprimento, “deve a empresa proceder a essa designação”.

O documento diz ainda que “o recurso ao trabalho dos aderentes à greve só é lícito se os serviços mínimos não puderem ser assegurados por trabalhadores não aderentes nas condições normais da sua prestação de trabalho”.

(Notícia atualizada às 20h com mais informação)

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PSP apreendeu cerca de um milhão de euros convertido em criptomoedas

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

A operação "relacionada com criminalidade associada a burlas qualificadas e crimes económicos e financeiros, incidiu maioritariamente em Lisboa e na margem Sul do Tejo".

Cerca de um milhão de euros convertido em criptomoedas foi apreendido pela PSP, durante a operação em que deteve 10 pessoas de um grupo que operava através de uma falsa empresa corretora de ações de bolsa.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP refere que a operação, que terminou na quinta-feira e realizou-se na área metropolitana da capital, foi dirigida a “um grupo criminoso” associado a burlas qualificadas e crimes económicos e financeiros, tendo sido detidas 10 pessoas de nacionalidade estrangeira.

Ainda segundo a PSP, os dez detidos são oito homens e duas mulheres, entre os 20 e os 40 anos, todos brasileiros. Nas buscas efetuadas, de acordo com a PSP, foi possível apreender “centenas de materiais informáticos e cerca de um milhão de euros que já se encontrava convertido em criptomoedas”.

Em declarações anteriores à Lusa, o comissário André Teixeira referiu que a operação policial era para cumprimento de oito mandados de busca domiciliária e cinco mandados de busca não domiciliária. Na nota, o comando metropolitano de Lisboa da PSP adianta que a operação “relacionada com criminalidade associada a burlas qualificadas e crimes económicos e financeiros, incidiu maioritariamente em Lisboa e na margem Sul do Tejo”.

Segundo a PSP, o “grupo criminoso” operava através de “uma falsa empresa corretora de ações na bolsa”, que tinha como único propósito “burlar os seus clientes e despojá-los do dinheiro investido”.

As vítimas eram selecionadas através de aplicações de dados que indicavam aos operacionais da rede “não só os seus números de contacto, mas também os seus ‘hobbies’, interesses, capital financeiro e perfil psicológico”, lê-se na nota.

Após contacto com as vítimas, foi percetível que “muitas delas ficaram numa situação económica muito debilitada”, acrescenta o comando metropolitano, salientando que se crê ter sido desmantelada “uma rede criminosa responsável por milhares de vítimas fora do território nacional”. A PSP indica igualmente que os detidos vão ser presentes hoje ao Tribunal de Lisboa para aplicação das respetivas medidas de coação.

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Think Tank de magistrados e sociedade civil alerta: juízes “devem assumir erros” e “falar verdade”

Grupo de juízes e membros da sociedade civil enviaram 209 propostas ao Governo e PR que compõem a "Agenda da Reforma da Justiça". Com foco em avaliações psicológicas e transparência de juízes.

Avaliação psicológica dos juízes, de forma a garantir que todos os magistrados que queiram estar nos tribunais têm condições psicológicas e emocionais para exercer a função jurisdicional, mais transparência e rapidez na relação dos juízes com os jornalistas, criação de juízes de imprensa, formação intensiva para juízes em questões de igualdade de género ou ainda a necessidade de uma efetiva transparência e abertura dos juízes perante os cidadãos, “admitindo erros e falando a verdade”.

Estas são algumas das propostas previstas nas 209 conclusões de um Think Tank que pretende uma reflexão “profunda” para a área da Justiça e que implica compromisso de todos os atores políticos e magistraturas, muito para além de apenas uma legislatura. Alertando para a necessidade da ideia – que já não é nova – da criação de um verdadeiro Pacto para a Justiça.

Diz então o documento, a que o ECO teve acesso, mas publicado em primeira mão pelo Expresso –, que “o sistema de seleção dos juízes deverá ser qualificado, não descurando a avaliação de fatores de personalidade, de capacidade de resolução de problemas, de resiliência em situações de tensão ou de exposição pública, para além das características de empatia pessoal e de liderança”. A ideia é evitar polémicas como as que recorrentemente aparecem derivadas de acórdãos ou de tomadas de posição públicas de magistrados, apesar de nos últimos 20 anos, apenas 40 juízes foram expulsos da carreira.

Assim, os candidatos a juízes que estejam em processo de formação no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) terão de ser submetidos, por psicólogos, a uma avaliação psicológica e serão, ao longo do estágio, inspecionados pelos mesmos, com uma consequente avaliação do desempenho no fim de cada ciclo de formação e um alargamento do período à experiência que passaria a ser de um ano e meio.

A avaliação psicológica singular deverá ser substituída pela avaliação colegial e o respetivo resultado escrutinado pelo júri, com possibilidades de este, em caso de dúvida, poder oficiosamente determinar a realização de nova avaliação por colégio de psicólogos de diferente instituição, sem prejuízo do direito de reclamação do próprio candidato”, propõe o grupo.

E alerta para a necessidade urgente de formação contínua em questões de igualdade de género. “Devem ser realizadas ações de formação sobre questões que acompanhem a evolução da sociedade, nomeadamente igualdade de género e em matérias específicas à jurisdição que envolvam igualmente novas exigências ao seu exercício como as questões da linguagem das decisões, critérios de apreciação da prova e de apreciação das pretensões das partes”.

Deste grupo de reflexão fazem parte 28 juízes – incluindo internacionais – dois procuradores, uma advogada (Vânia Costa Ramos), um advogado (Nuno Brandão), dois oficiais de justiça e nove professores universitários e vários consultores, coordenado pelo juiz Nuno Coelho, do Tribunal de Contas que trabalharam em conjunto durante mais de um ano, por iniciativa da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASAP). Contou ainda com a colaboração de nomes sonantes como Álvaro Santos Pereira, ex-minsitro da Economia e atual Diretor do Departamento de Estudos Nacionais do Departamento de Assuntos Económicos da OCDE e Miguel Pioares Maduro, ex-ministro Adjunto do Desenvolvimento Regional e Professor Universitário na European University Institute.

O trabalho foi enviado na quarta-feira para o Presidente da República e na quinta-feira para ministra da Justiça. Na próxima semana será entregue no Parlamento.

Outro dos pontos analisados – que podem vir a criar mais polémica – é o da independência judicial e relação com uma necessária accountability da atividade dos Tribunais e dos juízes. “Estes valores são imperativos de uma justiça transparente, que aceita e compreende o escrutínio social como uma das condições de legitimação da função soberana que exerce. A comunicação com os cidadãos deve ser tida como missão essencial dos Tribunais e dos Conselhos Judiciais, assumindo uma atitude pro-activa, com o critério de informar com verdade, em linguagem acessível ao cidadão, admitindo os erros, explicando os condicionamentos e visando construir a literacia jurídica e judiciária sem a qual a democracia enfraquece”.

Outro dos pontos realçados nas 209 conclusões são respetivos às condições e o ambiente de trabalho “adequados às funções dos juízes e ao tempo atual”, criando estruturas de apoio ao nível administrativo e de gestão. “A assessoria deve ser assumida como um recurso indispensável para enfrentar as atuais exigências quantitativas e qualitativas do trabalho do juiz, nomeadamente para a eficiente gestão do volume processual e a consultoria técnica um suporte à gestão da complexidade técnica da decisão judicial”.

Saúde profissional das magistraturas

Os aspetos de risco específico de algumas áreas específicas decididas por juízes também “devem merecer particular cuidado, como por exemplo, os níveis de stress resultantes da necessidade de tomada de decisões rápidas e, por natureza, com pouca informação, da exposição a situações de violência, nomeadamente sexual e sobre crianças, que aconselham a um acompanhamento específico como aliás é prática em muitos países e relativamente a muitas profissões”.

Os especialistas explicam esta necessidade com a óbvia “alteração cultural na sociedade face aos tribunais e aos juízes e o peso das atividades de gestão ou do contexto organizacional”. Concluindo que deve ser ainda desenvolvido “um projeto sobre a qualidade de vida dos juízes, em parcerias com especialistas da área da psicologia, com campanhas voltadas para a saúde física e mental dos magistrados”.

Relação com a comunicação social e prestação de contas

O trabalho concluiu ainda que deve ser ser promovido o sistema de “juízes de imprensa” em cada tribunal, garantindo “o conhecimento interno apropriado e a especialização técnica na comunicação, preferencial, mas não exclusivamente, através da formação dos juízes presidentes para o desempenho dessa função”.

Alertando que a síntese das decisões com impacto no espaço público deve ser publicada, sempre que necessário, “com respeito pelo tempo da comunicação social. Deve ser previsto gabinete de imprensa na orgânica dos tribunais Administrativos e Fiscais, tal como acontece com o Conselho Superior da Magistratura (CSM), e deve ser revisto e divulgado o plano de comunicação de ambos os Conselhos Judiciais, tanto junto dos juízes como junto da comunicação social”.

Os Conselhos Judiciais -.- órgãos que fiscalizam os juízes — devem prestar informação pública sobre a sua atividade e assumir a prática da disponibilização dos elementos mais relevantes das reuniões dos seus órgãos, designadamente em conferências de imprensa.

A publicitação dos relatórios dos Conselhos Judiciais e dos Tribunais deve tornar-se lugar de “amplo debate na sociedade, nomeadamente com discussão pública em cada tribunal e na comunidade em que está integrado, pelo que a apresentação do relatório dos Conselhos na Assembleia da República poderia seguir modelo idêntico ao que o Regimento da Assembleia da República prevê para o relatório do Provedor de Justiça”.

Sendo que tais relatórios (dos Conselhos Judiciais e dos Tribunais) “devem ser instrumentos destinados a amplo debate no espaço público, ser acessíveis, no meio de divulgação e na linguagem, e obedecer a critérios uniformizados de publicitação”, Tal como “as decisões disciplinares dos Conselhos Judiciais devem ser publicadas de forma anonimizada, habilitando a sociedade a conhecer a atividade disciplinar que atribuiu em exclusividade aos Conselhos, assim como o sentido das respetivas decisões”.

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Secretário de Estado norte-americano adia viagem a Pequim devido a balão chinês

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

O chefe da diplomacia norte-americano, Antony Blinken adiou a visita à China depois de um balão chinês estar a sobrevoar locais sensíveis dos EUA.

Os Estados Unidos adiaram uma visita à China do seu chefe da diplomacia, Antony Blinken, devido à deteção de um balão chinês a sobrevoar locais sensíveis no país, noticiou esta sexta-feira a agência norte-americana Associated Press (AP).

Blinken deveria visitar Pequim no domingo e na segunda-feira, e tinha na agenda um encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping. “O secretário de Estado [Antony Blinken] tomou boa nota das justificações apresentadas pela China, mas declarou que se tratou um ato irresponsável e uma clara violação da soberania dos Estados Unidos que mina o objetivo da viagem”, segundo um comunicado do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

Na conversa telefónica que Antony Blinken manteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, o responsável norte-americano explicou-lhe ainda que, devido a este incidente, “não seria oportuno deslocar-se a Pequim, neste momento”, mas insistiu que os Estados Unidos desejam “manter os canais de comunicação abertos” com Pequim e que poderá visitar o país assim que “as condições o permitirem”.

A China disse tratar-se de um balão de pesquisa meteorológica que se desviou da rota, mas os Estados Unidos tinham considerado que era um balão espião que estava a sobrevoar uma zona onde estão situadas instalações militares.

Pequim afirmou “lamentar” tal intrusão “involuntária”, precisando tratar-se de uma “aeronave civil, utilizada para fins de investigação, principalmente meteorológicos” e que se teria afastado muito da rota definida devido a ventos fortes e por ter capacidades limitadas de condução, como indicou o porta-voz do MNE chinês num comunicado.

A AP, que cita um funcionário norte-americano, disse que o adiamento da viagem de Blinken se destina a dar tempo para a Administração do Presidente Joe Biden avaliar a resposta a dar a Pequim.

(notícia atualizada às 21h12)

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Pagamentos do PRR ascendem a 1.467 milhões até fevereiro

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

No que se refere aos pagamentos, destacam-se, com os maiores montantes, as entidades públicas (470 milhões de euros), as empresas públicas (289 milhões) e as escolas (216 milhões).

Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ascenderam a 1.467 milhões de euros, 9% do total, até ao início de fevereiro, e as candidaturas submetidas a 148.725, segundo o último relatório.

No que se refere aos pagamentos, destacam-se, com os maiores montantes, as entidades públicas (470 milhões de euros), as empresas públicas (289 milhões de euros) e as escolas (216 milhões de euros).

Seguem-se as empresas (168 milhões de euros), as famílias (129 milhões de euros), as autarquias e áreas metropolitanas (106 milhões de euros), as instituições de ensino superior (41 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (36 milhões de euros) e as instituições do sistema científico e tecnológico (11 milhões de euros).

As aprovações estão agora em 11.596 milhões de euros (70% do total), sendo que 3.999 milhões de euros dizem respeito às entidades públicas, 2.840 milhões de euros às empresas e 2.209 milhões de euros a empresas públicas.

Com os maiores montantes aprovados estão também as autarquias e as áreas metropolitanas (1.129 milhões de euros), as instituições do ensino superior (611 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (284 milhões de euros) e as escolas (253 milhões de euros).

com os valores mais baixos figuram as famílias (137 milhões de euros) e as instituições do ensino científico e tecnológico (133 milhões de euros). Até 01 de fevereiro, foram submetidas 148.725 candidaturas e aprovadas 94.452.

O montante total do PRR (16.644 milhões de euros), gerido pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, está dividido pelas suas três dimensões estruturantes – resiliência (11.125 milhões de euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital (2.460 milhões de euros).

Da dotação total, cerca de 13.900 milhões de euros correspondem a subvenções e 2.700 milhões de euros a empréstimos. As três dimensões do plano apresentam uma taxa de contratação de 100%.

Este plano, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico. Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.

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Presidente do Conselho Europeu diz que “futuro da Ucrânia está na UE”

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

“A Ucrânia é a UE e a UE é a Ucrânia”, disse Charles Michel, numa conferência de imprensa realizada em Kiev.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sublinhou esta sexta-feira, em Kiev, que o futuro da Ucrânia é na União Europeia (UE), referindo que os 27 não se deixam intimidar pela Rússia e pressionam Moscovo para acabar com a guerra. “O futuro da Ucrânia está na UE”, disse Michel, salientando ainda que “a Ucrânia é a UE e a UE é a Ucrânia”, numa conferência de imprensa realizada em Kiev e difundida em diferido por razões de segurança, após a 24.ªcimeira UE-Ucrânia.

Volodymyr Zelensky, Ursula von der Leyen e Charles Michel na cimeira UE – UcrâniaEuropean Union

Na mesma intervenção, o representante garantiu que o futuro do país é “na nossa União Europeia comum”. Michel reiterou ainda a Kiev o apoio europeu no conflito com a Rússia, adiantando que “a UE não será intimidada pelo Kremlin” e se mantém ao lado da Ucrânia nos esforços para acabar com a guerra.

Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu que o seu país não perderá “um único dia” no caminho rumo à adesão à União Europeia (UE). Na receção a líderes para uma cimeira da UE com a Ucrânia, em Kiev, Zelensky mostrou-se ainda totalmente determinado em tirar proveito das negociações que se irão prolongar nos próximos anos, na tentativa de colocar o seu país na UE, apesar da invasão russa em curso.

O nosso objetivo é absolutamente claro: iniciar as negociações sobre a adesão da Ucrânia. Não desperdiçaremos um único dia no nosso trabalho para aproximar a Ucrânia e a UE”, escreveu Zelensky na rede social Twitter, numa mensagem acompanhada de imagens da chegada dos líderes europeus à capital do seu país.

Volodymyr Zelensky, Ursula von der Leyen e Charles Michel na cimeira UE – UcrâniaEuropean Union

Charles Michel, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, participaram, em Kiev, na 24.ª cimeira UE-Ucrania, dominada pela invasão russa ao país, iniciada há quase um ano, e pelo processo de adesão ao bloco europeu.

O Conselho Europeu concedeu à Ucrânia o estatuto de país candidato em junho de 2022.

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