Quase um terço dos reformados que compraram casa em Portugal era estrangeiro

No Algarve, do total de crédito à habitação concedido a pessoas reformadas em 2022, 85% foi para pessoas estrangeiras.

Quase um terço dos reformados que compraram casa em Portugal no ano passado eram estrangeiros, adianta o Banco de Portugal, no novo indicador estatístico disponibilizado esta quinta-feira. Já se o foco for o montante do crédito à habitação concedido aos reformados, metade foi para cidadãos de outros países.

Apesar de apenas 1% do montante de crédito à habitação concedido em 2022 ter ido para pessoas reformadas, é de destacar o peso das que têm nacionalidade estrangeira. A maioria destes cidadãos veio do Brasil e dos EUA: se tivermos em conta os montantes concedidos, os EUA ficam no topo mas pelo número de pessoas os brasileiros estão em maioria.

Nacionalidades dos reformados estrangeiros que obtiveram crédito à habitação em 2022 (por montante concedido)

Se olharmos por regiões de residência, no Algarve a fatia que é concedida a estrangeiros chega mesmo a atingir 85%. Nessa zona, que é escolhida por vários estrangeiros para passar a reforma, as origens são também diferentes do cenário nacional. Os reformados estrangeiros com crédito à habitação nesta região do Sul são maioritariamente originários dos EUA, do Reino Unido e da Suécia.

Já na Área Metropolitana de Lisboa, quase metade do montante de crédito à habitação concedido a reformados correspondia a pessoas estrangeiras. Os EUA e Brasil continuam no topo, seguidos pelo Canadá.

É de salientar que este indicador engloba também créditos para obras na habitação ou aquisição de terrenos para habitação.

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Costa defende que Europa está “mais unida do que nunca” no apoio a Kiev

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2023

A Europa, segundo o primeiro-ministro, continuará "na defesa do direito internacional e de um caminho para uma paz que garanta a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”.

O primeiro-ministro considerou esta quinta-feira que, um ano após o início da guerra na Ucrânia, a Europa está “mais unida do que nunca” no apoio a Kiev e continuará a defender uma paz que garanta a integridade territorial do país.

“Um ano depois da invasão russa, a Europa está mais unida que nunca no apoio militar, político, financeiro e humanitário ao povo ucraniano”, lê-se numa mensagem publicada por António Costa na rede social Twitter, em que o primeiro-ministro juntou uma declaração dos membros do Conselho Europeu relativa à guerra na Ucrânia.

Segundo o chefe do executivo, a Europa “assim continuará, em conjunto com os seus parceiros internacionais, na defesa do direito internacional e de um caminho para uma paz que garanta a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

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Guernsey ultrapassa Luxemburgo como maior domicílio de cativos

  • ECO Seguros
  • 23 Fevereiro 2023

Guernsey é agora o maior domicílio para seguros cativos na Europa, com um total de 201 domicílios na ilha no final de 2022, revelou a Guernsey Finance.

Guernsey tornou-se o maior domicílio de seguros cativos na Europa, de acordo com a organização conjunta da indústria e do governo Guernsey Finance, que contabilizou um total de 201 cativos domiciliados na ilha, no final de 2022.

“Guernsey é um centro de renome mundial para serviços financeiros especializados, uma jurisdição de substância e é gratificante alcançar este marco”, declarou Rupert Pleasant, chefe executivo da Guernsey Finance.

No ano passado, Guernsey aprovou 12 novas licenças e teve três revogações. Este aumento global apontava que Guernsey estaria a ultrapassar o Luxemburgo como o maior domicílio europeu no final do ano.

No final do ano 2021, Guernsey estava empatada com o Luxemburgo, com ambos os domicílios a reportarem um total de 195 cativos.

A comentar as estatísticas, Rupert Pleasant, chefe executivo da Guernsey Finance, disse: “é uma prova da qualidade e experiência dos nossos profissionais. Guernsey é um centro de renome mundial para serviços financeiros especializados, uma jurisdição de substância e é gratificante alcançar este marco”.

O líder acrescentou: “a Guernsey tem uma longa história de cativos domiciliados, tendo a primeira seguradora cativa sido incorporada na ilha, há mais de 100 anos. Desde então, a indústria de seguros da ilha tem evoluído e inovado continuamente para fornecer as melhores infraestruturas aos seus clientes”.

Mark Elliott, presidente da Associação Internacional de Seguros de Guernsey, comentou: “este é um grande apoio à oferta de Guernsey no que diz respeito a cativos, logo após as nossas celebrações de aniversário de 100 anos desta tipologia de seguros.

“Possuímos uma infraestrutura de alta qualidade e experiência em cativeiro com fornecedores de serviços líderes e um regulador pragmático e robusto. É o que nos distingue. Esperamos continuar a inovar e a promover a proposta cativa aos clientes existentes e aos novos clientes que vão para a frente”, afirmou Elliott.

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Allianz Partners Portugal tem nova diretora de operações

  • ECO Seguros
  • 23 Fevereiro 2023

A profissional conta mais de 20 anos de experiência no setor dos seguros, sendo mais de onze passados na Allianz Partners.

A Allianz Partners nomeou Dora Pacheco para o cargo de diretora de operações. Os setores call center, departamento de fornecedores e o departamento de compras da Allianz Partners estarão sob a sua liderança dentro de um ano, após desenvolver o Programa Estratégico Global da companhia.

“Esta nova etapa representa um caminho que vamos continuar a percorrer para melhorar a eficiência de todas as operações”, sublinhou Dora Pacheco.

“Esta nova etapa representa um caminho que vamos continuar a percorrer para melhorar a eficiência de todas as operações, combinando a qualidade de serviços que prestamos com o empenho e motivação de toda a equipa, para que juntos consigamos que a Allianz Partners Portugal cresça e evolua com o seu potencial e os seus objetivos”, afirmou a nova diretora de operações.

Na Allianz Partners, Dora Pacheco era anteriormente responsável pelo departamento de operações (assistência em viagens automotivas e residenciais), formação e operações de qualidade, bem como pela gestão de reclamações e atividades de CRM. A profissional conta mais de 20 anos de experiência no setor dos seguros.

Dora Pacheco regressa ao mercado português após sete anos no Dubai, onde esteve envolvida na implementação global de TPA no setor da saúde para a NextCare.

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Pacote Habitação mantém “intocados os interesses” dos fundos, diz CGTP

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2023

Para a central sindical é necessário apostar mais na construção e reabilitação de habitação pública.

A CGTP considerou esta quinta-feira que o pacote dirigido à habitação, aprovado pelo Governo, “passa ao lado” das questões estruturais e mantém “intocados os interesses” dos grandes fundos imobiliários e as “responsabilidades” dos bancos. Sublinhando que o problema da habitação resulta de décadas de “desinvestimento” e da “inexistência” de uma política pública, a CGTP critica a solução apresentada pelo Governo, cujas medidas se encontram em consulta pública até 10 de março.

“A solução apresentada pelo Governo, sem prejuízo de considerarmos que são emergentes medidas com efeitos imediatos, passa ao lado das questões estruturais e não é a resposta que o momento exige“, refere em comunicado a central sindical liderada por Isabel Camarinha. Para a CGTP é necessário apostar mais na construção e reabilitação de habitação pública, considerando que a previsão que consta do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) “está muito longe de responder às necessidades” da população e obrigações do Estado.

A esta fragilidade, a central sindical junta outra, referindo que o programa “Mais Habitação” não mexe nos interesses dos grandes fundos imobiliários que, afirma, “têm nestas medidas uma possibilidade de aligeirar ainda mais as suas responsabilidades e obrigações legais”.

Da mesma forma, opta o Governo por não tocar nas responsabilidades das instituições financeiras, colocando mais verbas do erário público ao seu serviço” – através de um apoio na subida da taxa de juro –, em vez de impor “limites máximos e da transferência destes encargos para os bancos”.

Para a central sindical, além de respostas no âmbito da habitação, faltam medidas de reposição e valorização dos salários e pensões, apelando, por isso, à participação na manifestação nacional que convocou para 18 de março.

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Governo assina acordo de meia pensão com sindicatos da banca

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2023

Ministro das Finanças assina esta sexta-feira memorando de entendimento para atribuir meia pensão aos reformados da banca.

Mais de um mês depois do anúncio, o Governo vai finalmente assinar um acordo com os sindicatos da banca para os reformados do setor receberem um bónus de meia pensão como os demais pensionistas. A medida para mitigar os efeitos da inflação será formalizada na sexta-feira no Ministério das Finanças, com a presença de Fernando Medina.

A assinatura terá dois momentos: pelas 10h30, será assinado o acordo com o MAIS – Sindicato do Setor Financeiro; SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal; e SNC – Sindicato dos Bancários do Centro. Pelas 16 horas, será a vez da assinatura do acordo com o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB).

Desde que o Governo anunciou o pagamento de um suplemento extraordinário de 50% da pensão em setembro, no contexto da escalada dos preços, que os sindicatos do setor denunciaram a injustiça que estava a ser praticada relação à medida que excluía os bancários na reforma enquadrados nos fundos de pensões privados — que são cerca de 20 mil.

Desde então, avançaram com protestos e também negociações com as instituições financeiras e o Executivo no sentido de que estes reformados bancários também tivessem direito ao suplemento extra, como os restantes pensionistas.

O anúncio da medida para os reformados da banca foi a 11 de janeiro. 33 dias, será finalmente formalizada.

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Macron participa em sessão solene no parlamento angolano em 2 de março

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2023

O Presidente francês visita Angola na próxima semana e vai ser homenageado numa sessão solene na Assembleia Nacional em 2 de março.

O Presidente francês, Emmanuel Macron visita Angola na próxima semana e vai ser homenageado numa sessão solene na Assembleia Nacional em 2 de março, anunciou a presidente deste órgão de soberania. Este é o primeiro detalhe da agenda oficial do chefe de Estado francês em Angola a ser divulgado, já que a visita ainda não foi formalmente comunicada.

Carolina Cerqueira que falava no final da V reunião plenária ordinária da Assembleia Nacional, anunciou que a próxima sessão terá lugar em 23 de março, antecedida de uma sessão solene para a receção do estadista francês. O primeiro encontro entre Emmanuel Macron e o Presidente angolano, João Lourenço, aconteceu em Abidjan, em novembro de 2017, por ocasião da Cimeira União Africana-União Europeia.

A França foi o primeiro país europeu que o Presidente João Lourenço visitou oficialmente, em 28 e 29 de maio de 2018, oito meses depois de ter tomado posse do cargo, cumprindo agora um segundo mandato. O Presidente francês afirmou na altura que Angola faz parte dos países prioritários em África, com os quais a França quer desenvolver as suas relações bilaterais.

Macron, por seu lado, teve visita prevista a Angola para maio de 2020, mas teve de ser cancelada devido às limitações impostas pela pandemia de covid-19. João Lourenço voltou a encontrar-se com o seu homólogo à margem da Cimeira para o Financiamento das Economias Africanas em Paris em maio de 2021.

França mantém relações diplomáticas com Angola desde a sua independência, tendo a cooperação bilateral sido lançada através de um acordo assinado em 1982. Segundo a página da Embaixada de França, este país é o segundo maior investidor estrangeiro e um dos principais empregadores privados de Angola.

A multinacional petrolífera Total e a Castel, fabricante de cerveja Cuca, são algumas das maiores empresas presentes no país africano. A passagem de Macron por Angola segue-se a outras visitas de alto nível como a dos reis de Espanha, em fevereiro, e dos ministros dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, e da Rússia, Serguei Lavrov, em janeiro.

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Santander vende cinco armazéns em Sintra a fundo francês por 2,75 milhões

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2023

Gestora de ativos do banco espanhol em Portugal vence cinco franções de armazéns e logística no Talaíde Park, junto ao IC19 e a A5. Comprador é o fundo francês Serris Reim.

A gestora de ativos do Santander (Santander Asset Manager – SAM) vendeu cinco frações de armazéns e logística no concelho de Sintra. Os ativos foram comprados pelo Venture Real Estate Fund do francês Serris Reim por 2,75 milhões de euros. O negócio foi concretizado em dezembro mas apenas tornado público nesta semana.

As cinco frações estão instaladas no Talaíde Park, com mais de 20 mil metros quadrados e a cinco minutos do IC19 e da A5. O espaço fica entre os concelhos de Cascais, Sintra e Oeiras.

“Esta venda enquadra-se na estratégia definida pela SAM na alienação de um conjunto de ativos dos quais faziam parte estas cinco unidades logísticas e que constituíram uma boa oportunidade tendo em conta a dinâmica e a procura que este mercado de ativos tem suscitado junto dos investidores”, assinala Luís Figueiredo, administrador da Santander Asset Management.

O facto de podermos reforçar o nosso portefólio com um ativo com a localização e características distintivas como o Talaíde Park é fundamental para o sucesso da nossa estratégia de crescimento em Portugal”, acrescenta Francisco Seabra Ferreira, responsável de imobiliário do fundo Serris Reim em Portugal. O escritório de advogados da pbbr assessoraram a Serris Reim nesta operação.

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Pinto Luz vai ao Parlamento “com gosto” falar sobre a TAP

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2023

Em resposta ao requerimento do PS, atual vice-presidente dos sociais-democratas garante que estará "com gosto" no Parlamento para responder aos deputados.

O vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz afirmou nesta quinta-feira que irá “com gosto” ao parlamento dar esclarecimentos sobre a privatização da TAP, mas apontou descaramento ao PS por colocar as culpas no executivo de Pedro Passos Coelho.

O Grupo Parlamentar do PS anunciou hoje que vai chamar ao parlamento o antigo secretário de Estado e atual vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz e a ex-governante Isabel Castelo Branco sobre o processo de privatização da TAP.

“Mal posso esperar! O descaramento… Quase dez anos depois e a culpa ainda é de Passos Coelho. Com gosto lá estarei para esclarecer tudo”, escreveu Pinto Luz na rede social Twitter.

O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, rejeitou que este pedido de audições possa ser encarado como um “ajuste de contas” com o PSD.

“Não fazemos ajustes de contas. Em política os ajustes de contas não são bem-vindos, mas é evidente que não somos cegos, não somos surdos, e aquilo que tem acontecido nas últimas semanas é que há factos não conhecidos que têm vindo a lume e que não nos podem deixar indiferentes”, respondeu.

No XX Governo Constitucional (PSD/CDS), liderado por Pedro Passos Coelho, Miguel Pinto Luz foi secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações e Isabel Castelo Branco era secretária de Estado do Tesouro.

Há cerca de duas semanas, o jornal ECO noticiou que a privatização da TAP em 2015 terá sido ganha pelo ex-acionista David Neeleman com dinheiro da própria companhia aérea.

Esta quarta-feira os deputados aprovaram, na Comissão de Economia, o requerimento do PS para ouvir no parlamento o ex-ministro da Economia António Pires de Lima e o antigo secretário de Estado Sérgio Monteiro sobre a privatização da TAP, em 2015.

Na semana passada, também o PSD admitiu chamar ao parlamento os principais responsáveis pela reversão da privatização da TAP durante o Governo PS, o ex-ministro do Planeamento e das Infraestruturas Pedro Marques e Diogo Lacerda Machado.

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Rendas congeladas. Universo potencial é de 150 mil imóveis

O Governo decidiu que os contratos de arrendamento até 1990 vão ficar, definitivamente, no regime de rendas congeladas. Universo potencial ultrapassa os 150 mil imóveis.

A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, anunciou uma nova medida para o setor, mas fora do plano apresentado para aumentar a oferta de imóveis para arrendamento no país e que está ainda em consulta pública. Agora, o Governo decidiu que os contratos de arrendamento anteriores a 1990 e com rendas controladas vão ficar para sempre neste regime, fora do mercado. Quantos imóveis são? De acordo com o Censos de 2021, o número potencial é de 151.520 imóveis.

Os contratos de arrendamento celebrados até 1990 beneficiam de proteção no aumento das rendas, havia um período de transição inicial de cinco anos para a passagem para o Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU), que foi sendo, sucessivamente, adiado. E agora, a governante explicou, numa entrevista ao Público e à Renascença, que aqueles contratos vão ficar, definitivamente fora do regime atual, cujos preços são (até agora) determinados pelo mercado, pela oferta e procura de imóveis. Mas não detalhou quaisquer números associados a esta medida. Apenas que os senhorios serão compensados em termos a decidir pela manutenção destas rendas num regime de preços controlado.

Precisamos do estudo para perceber de que contratos estamos a falar, quantos contratos são de 20 euros, quantos são de 200 euros, quantos são de 400 euros. E, com isso, montar uma compensação que seja justa”, acrescentou a ministra. Ora, segundo o resultado dos Censos, já é possível saber qual é o universo de contratos nestas condições e o valor da respetiva renda.

Fonte: INE (Censos 2021)

De acordo com as contas do ECO a partir do Censos, existem 151.520 imóveis com contratos até 1990, dos quais mais de 135 mil até 1987 e os restantes no período seguinte. E do cruzamento do número de imóveis com o escalão de renda determinado pelo próprio INE, é no escalão de renda mensal entre os 100 euros e os 149,99 euros que está o maior número de imóveis: 26.977.

Até 20 euros por mês de renda, estão registados mais de 14 mil contratos de imóveis, e de 20 euros até 49,99 euros, o Censos aponta 23.642 contratos. Do lado oposto, há 735 contratos até 1990 com rendas entre os 650 euros e os 999,99 euros, enquanto acima de mil euros estão registados 363 contratos.

O Censos, no entanto, não permite identificar o número de contratos até 1990 que poderão ter passado, via negociação entre senhorios e inquilinos, para o novo regime de arrendamento, daí ser possível apenas identificar o número potencial de contratos de arrendamento de imóveis abrangidos por esta decisão do Governo.

A governante referiu, na mesma entrevista, que este trabalho deverá ficar concluído durante o primeiro semestre deste ano, insistindo: “A renda não vai ficar congelada para o senhorio”, pois “em vez de ser um aumento da renda e compensação do arrendatário num momento futuro, há um aumento da renda por via da compensação ao senhorio”.

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CEO da Altice quer “consolidar” no setor da energia

Na energia, a Altice tem o serviço Meo Energia que já tem mais de 50 mil clientes. Operadora diz estar atenta a "novas oportunidades" em outros setores.

“Na energia queremos continuar a consolidar”, garante Ana Figueiredo, CEO da Altice, durante a apresentação da estratégia da operadora até 2030, esta quinta-feira no Altice Arena, num encontro com jornalistas. A operadora está ainda atenta a “novas oportunidades” em outros setores. A Altice tem o serviço Meo Energia que já tem mais de 50 mil clientes.

“Em todos os setores, em que avançamos, queremos consolidá-los. Crescemos rapidamente é preciso um período de consolidação, de estabilização, mas isso não quer dizer que não estamos atentos a novas oportunidades”, admite a CEO da dona do Meo.

“É óbvio que no mundo dos negócios primeiro faz-se, depois anuncia-se, mas também aqui por respeito ao quiet period queria manter restrição sobre o que vamos fazer. Mas seguramente a energia é um setor onde vamos investir estamos dispostos a olhar para outros setores também”, refere quando questionada pelo ECO sobre novos focos de diversificação nesta nova “ciclo” da companhia.

Hoje somos uma empresa bem mais sólida do que éramos há oito anos quando a Altice comprou a PT Portugal.

Ana Figueiredo

CEO da Altice Portugal

“Temos um novo plano, um novo ciclo que nos vai vai levar a 2030”, um ciclo de “reinvenção do paradigma”, refere.

Hoje somos uma empresa bem mais sólida do que éramos há oito anos quando a Altice comprou a PT Portugal“, considera a CEO. “Somos uma empresa que nunca deixou de investir tendo reduzido a sua dívida em 1,4 mil milhões”, aponta, lembrando que a operadora gera 49% das receitas do setor das telecomunicações em Portugal, liderando o mercado nacional em TV, mobile e rede fixa, entre outros.

O perímetro da empresa também aumentou de 9.000 pessoas, para 15 mil empregos diretos e indiretos, com novas empresas, como a Intelcia – call centers –, a juntar-se ao universo da Altice Portugal. Número esse que sobe para 20 mil se se juntar a participada da Intelcia em Espanha, a empresa de call centers, Unisono.

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Comissão de inquérito também deve discutir privatização da TAP, defende líder do PCP

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2023

"Precisamos de corrigir aquilo que são os critérios, errados, de gestão privada numa empresa que é pública. Foram esses critérios que possibilitaram todos estes escândalos", disse Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu esta quinta-feira que a “comissão de inquérito à TAP deve ir mais longe do que aquilo que é a sua incidência” e que a transportadora aérea portuguesa “deve continuar como empresa pública”.

“Nós precisamos de discutir a TAP como uma empresa estratégica pública, que nós queremos que continue a ser pública. Precisamos de corrigir aquilo que são os critérios, errados, de gestão privada numa empresa que é pública. Foram esses critérios que possibilitaram todos estes escândalos em torno de indemnizações e coisas desse tipo”, disse o líder comunista.

“Mas é preciso também discutir o que está para trás. Nós temos uma empresa que há 20 anos que está num caminho de privatização e é preciso discutir também todo esse processo. É também com esse propósito que nós vamos para essa comissão de inquérito”, acrescentou Paulo Raimundo.

O líder comunista falava aos jornalistas durante uma iniciativa junto dos trabalhadores da fábrica de automóveis da Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, no âmbito da ação nacional do PCP “Mais Força aos Trabalhadores”. “Esta gente que produz a riqueza todos os dias (…) tem um exemplo de resistência e de unidade muito forte, demonstrado nos últimos meses. Foi com a sua luta, com a sua ação, que conseguiu um aumento dos salários, talvez não tanto aquilo que merecia, mas aquilo foi possível com esse processo de luta”, disse.

“Estamos aqui a valorizar essa jornada, essa ação de luta, mas também a mostrar solidariedade com esta gente que cria riqueza, que tem aqui uma unidade de produção de grande intensidade, com ritmos de trabalho muito acelerados, em mais uma ação da nossa campanha `Dar Força aos Trabalhadores”, afirmou. Para Paulo Raimundo, “foi a unidade dos trabalhadores, a sua organização e mobilização, que fez com que fosse possível aumentar salários” na fábrica de automóveis da Volkswagen, em Palmela.

Questionado sobre o relatório da Assembleia Municipal de Setúbal sobre o acolhimento a refugiados ucranianos, que aponta a alegada “falta de sensibilidade” dos responsáveis autárquicos por terem permitido que os ucranianos tivessem sido recebidos por dois cidadãos russos, Paulo Raimundo considerou que o “fundamental foi não ter sido encontrada nenhuma ilegalidade” por parte do executivo camarário, de maioria CDU.

“Ficou demonstrado que não houve nenhuma ilegalidade, nenhum processo de intenções. Eu acho que isso é que é fundamental valorizar, porque foi essa a acusação de que foi alvo a Câmara Municipal de Setúbal”, disse o líder do PCP.

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