Casas construídas com financiamento público têm de ficar 25 anos no arrendamento acessível

Ao fim de 25 anos, em caso de venda, os municípios e o Governo "têm direito de preferência na aquisição" dos imóveis, de acordo com o pacote Mais Habitação, que já entrou em consulta pública.

O Governo pretende avançar com uma linha de bonificação de 250 milhões de euros para incentivar os projetos de habitação acessível. A linha de crédito vai ser aprovada e executada pelo Banco Português de Fomento, sendo que “os fogos que sejam promovidos com este apoio ficam afetos ao arrendamento acessível, pelo menos durante 25 anos“, segundo consta na proposta lançada esta segunda-feira em consulta pública.

O Governo aprova uma nova linha de crédito, com garantia mútua e bonificação da taxa de juro, para projetos na área da habitação acessível, nomeadamente para construção ou reabilitação, incluindo aquisição do imóvel necessária para este efeito, e posterior arrendamento, no montante global máximo de 250 milhões de euros”, lê-se no documento divulgado esta segunda-feira, que detalha as medidas que constam no Pacote “Mais Habitação”, apresentado na semana passada pelo Executivo e que tem um impacto global de cerca de 900 milhões de euros.

Esta linha deverá ser aprovada e executada pelo Banco de Fomento, sendo que as condições e o prazo de financiamento serão definidos por esta entidade, em conjunto com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

Entre as entidades elegíveis para aceder a esta linha estão “as cooperativas e sociedades comerciais que se dediquem à construção civil, em consórcio ou sob outra forma de associação com sociedades comerciais cujo objeto social inclua o arrendamento para habitação e a gestão de património”.

Não obstante, as habitações que sejam construídas ou reabilitadas com este apoio terão de permanecer em arrendamento acessível, pelo menos, durante 25 anos. “Os fogos que sejam promovidos com este apoio ficam afetos ao arrendamento acessível, pelo menos durante 25 anos, podendo ser fixado prazo maior no contrato de arrendamento“, adianta ainda o documento.

Terminado este prazo, o Governo sinaliza que “em caso de venda, os municípios e o IHRU têm direito de preferência na aquisição de fogos construídos“.

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Subsídios de doença atingem em janeiro número mais alto de sempre

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

O valor médio do subsídio de doença atribuído por beneficiário em janeiro foi de 428,89 euros.

Os subsídios de doença aumentaram 59,2% em janeiro face ao mês anterior e 12,7% comparando com o período homólogo, para 201.080, o número mais alto desde o início da série, em 2010, segundo estatísticas divulgadas esta segunda-feira.

De acordo com as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social, em janeiro mais 74.809 pessoas estiveram de baixa face a dezembro e, comparando com o mesmo mês de 2022, o aumento foi de 22.647 beneficiários. O valor médio do subsídio de doença atribuído por beneficiário em janeiro foi de 428,89 euros.

O subsídio de doença foi processado a 82.556 pessoas do sexo masculino (41,1% do total) e a 118.524 do sexo feminino (58,9% do total), “apresentando-se este último em superioridade em todos os grupos etários considerados”, indica a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O grupo etário dos 50 aos 59 anos foi o mais representado, com 28,1%, seguido pelo grupo com idades entre os 40 e os 49 anos (25,4%), no conjunto de beneficiários do subsídio de doença. Já tendo em conta a totalidade das prestações de doença, além do subsídio de doença, como o subsídio de doença profissional, de tuberculose e baixas por covid, o total de prestações foi de 214.323 em janeiro.

Este número do total das prestações por doença representa um aumento de 57,8% face ao mês anterior, mas um decréscimo de 58,1% em termos homólogos. Segundo o GEP, a variação do total das prestações “é explicada pelo elevado número de subsídios atribuídos no mês homólogo devido à covid-19”.

O valor médio do total das prestações por doença foi de 453,74 euros em janeiro, segundo as estatísticas da Segurança Social. Os dados mostram ainda que em janeiro verificaram-se mais 3.959 pensões por velhice face a dezembro e um aumento de 16.427 comparando com o mês homólogo, para um total de 2.083.746. No total de pensões de velhice, as mulheres representavam 52,9% e os homens 47,1%.

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Número de trabalhadores independentes recua 17% para 356 mil em dezembro

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

O valor das contribuições dos trabalhadores independentes em dezembro foi de 41,63 milhões de euros, um valor médio de 117,05 euros por trabalhador.

O número de trabalhadores independentes com contribuições à Segurança Social totalizou 355.614 em dezembro de 2022, uma redução mensal de 9,9% e uma queda de 17,3% face ao período homólogo, segundo estatísticas publicadas esta segunda-feira.

De acordo com a síntese estatística mensal elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, registaram-se, assim, em dezembro menos 39.203 trabalhadores independentes em comparação com novembro e menos 74.327 do que no mesmo mês de 2021.

As estatísticas mensais da Segurança Social mostram ainda que o valor das contribuições dos trabalhadores independentes em dezembro foi de 41,63 milhões de euros, um valor médio de 117,05 euros por trabalhador. Já o número de pessoas singulares com contribuições pagas à Segurança Social por trabalho dependente foi de 3.993.310 em dezembro.

“A partir dos dados atualizados do mês anterior, observa-se um decréscimo mensal de 1,0% (menos 38.922 contribuições de trabalhadores/as dependentes) e, em termos homólogos, registou-se um acréscimo de 182.482 contribuições (+4,8%)”, pode ler-se na síntese do GEP.

O valor médio das remunerações por trabalho dependente foi de 1.502,43 euros em dezembro, uma diminuição mensal de 15,7%, explicada pelo pagamento do subsídio de Natal no mês anterior, indica o GEP. Face ao período homólogo, verificou-se um aumento de 4% no valor médio das remunerações declaradas.

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Divergente lança campanha de crowdfunding para concluir documentário

  • + M
  • 20 Fevereiro 2023

O site Divergente está a lançar uma campanha de crowdfunding para concluir o documentário "Por ti, Portugal, eu juro!", investigação publicada no último ano e meio e que já recebeu sete prémios.

O site Divergente está a lançar uma campanha de crowdfunding para concluir o documentário “Por ti, Portugal, eu juro!”, investigação publicada no último ano e meio e que já recebeu sete prémios de jornalismo, em Portugal e no exterior.

A ideia é transformar o projeto em filme, com exibição já garantida na RTP, a partir de outubro de 2024, e planos para que tente marcar presença em festivais de cinema documental em todo o mundo.

Para tal, o site de jornalismo narrativo está a pedir o apoio da comunidade. A campanha de crowdfunding, na plataforma PPL, é no valor de 5.000 euros. “As contribuições para a campanha de crowdfunding começam nos cinco euros e incluem recompensas para os apoiantes – como a inclusão do nome de quem contribui nos créditos, pósteres do documentário, tote bags da Divergente, fotografias impressas e o visionamento e discussão do filme antes da edição final“, explica a revista digital.

Com argumento e realização de Sofia da Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, que trabalham o tema nos últimos sete anos, a investigação conta a história dos Comandos Africanos da Guiné, a única tropa de elite da história do Exército português composta, na íntegra, por militares africanos.

Prix Europa (melhor projeto online europeu do ano), Online Journalism Award (atribuído pela Online News Association), Prémio Literário Orlando Gonçalves, Prémio AMI – Jornalismo contra a Indiferença, Prémio Vicente Jorge Silva, Prémio de Jornalismo Direitos Humanos & Integração e o Prémio Obciber (melhor reportagem multimédia) são os prémios já conquistados pelo projeto.

Lançado em 2014, o Divergente não tem fins lucrativos, nem aceita publicidade.

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Trabalhadores em lay-off aumentam 16% em janeiro para 3.509

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

A grande maioria dos trabalhadores (2.535) estava no regime de redução de horário de trabalho, enquanto 974 pessoas estavam com o contrato suspenso.

O número de trabalhadores em lay-off totalizou 3.509 em janeiro, um aumento de 21,9% face a dezembro e de 16,1% comparando com o mesmo mês de 2022, segundo as estatísticas da Segurança Social publicadas esta segunda-feira.

Segundo a síntese estatística elaborada pelo Gabinete de Planeamento e Estratégia (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “em janeiro de 2023, as prestações de lay-off (concessão normal, de acordo com o previsto no Código de Trabalho) foram atribuídas a 3.509 pessoas”. Face a dezembro, havia assim em janeiro mais 630 trabalhadores abrangidos pelo regime de lay-off e, em comparação com o período homólogo, mais 486 pessoas.

A grande maioria dos trabalhadores (2.535) estava no regime de redução de horário de trabalho, enquanto 974 pessoas estavam com o contrato suspenso. Estas prestações foram processadas a 201 entidades empregadoras, mais 16 que no mês anterior. O lay-off previsto no Código do Trabalho resulta numa redução temporária dos períodos normais de trabalho ou numa suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas em situação de crise.

Os trabalhadores em lay-off têm direito a receber uma compensação retributiva mensal igual a dois terços do seu salário normal ilíquido, com garantia de um mínimo igual ao valor do salário mínimo nacional (760 euros em 2023) e um máximo correspondente a três vezes o salário mínimo.

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Governo prorroga por mais 6 meses concessão da linha aérea Porto Santo/Madeira à Binter

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

O contrato de concessão à companhia espanhola Binter foi inicialmente celebrado em 2017, pelo período de três anos, por 5.577.900,00 euros (isento de IVA).

O Governo da República vai prorrogar por mais seis meses o contrato de concessão da linha aérea entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo à transportadora espanhola Binter, indicou esta segunda-feira o chefe do executivo regional, Miguel Albuquerque.

“Estive em contacto com o senhor ministro das Infraestruturas [João Galamba] e ele informou-me que ia fazer a prorrogação”, disse o governante insular, sublinhando que “a situação, neste momento, está sanada”. O contrato de concessão da linha aérea entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo tinha já sido prorrogado por quatro meses, prazo que termina na quinta-feira, 23 de fevereiro, sendo que o executivo nacional decidiu prolongar por mais seis meses.

O problema não tem a ver com o Governo, decorre apenas de um conflito jurídico que existe entre dois concorrentes [no concurso público para a concessão da linha], ou seja, a Binter e outra empresa [a Sevenair], que contestou a comissão de avaliação e a decisão”, disse Miguel Albuquerque. O chefe do executivo madeirense falava à margem de uma visita a uma sidraria, na Camacha, concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, onde explicou que a contestação da companhia portuguesa Sevenair tem “efeitos suspensivos no processo”.

“Isso leva a que o Governo nacional, enquanto esse conflito jurídico entre os concorrentes não estiver dirimido, não possa adjudicar em definitivo a linha”, esclareceu, realçando que, “enquanto o processo estiver a decorrer, a solução vai ser ir prorrogando a concessão”.

“Isto foi informado pelo senhor ministro Galamba, que teve a amabilidade de me telefonar. Eu concordei que o melhor era prorrogar [o contrato], até para a Binter ter uma segurança e fazer reserva de bilhetes”, adiantou Miguel Albuquerque. O contrato de concessão à companhia espanhola Binter foi inicialmente celebrado em 2017, pelo período de três anos, por 5.577.900,00 euros (isento de IVA).

Em 12 de fevereiro de 2019, foi celebrado, entre o Estado português e a Binter um novo contrato de concessão para a prestação de serviços aéreos regulares na rota Porto Santo-Funchal-Porto Santo, pelo período de três anos, com início em 24 de abril de 2019 e termo em 23 de abril de 2022, representando uma despesa idêntica. O contrato foi depois prorrogado por seis meses, de 24 de abril até 23 de outubro de 2022, e novamente prolongado por mais quatro meses, até 23 de fevereiro de 2023.

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Desempregados com subsídio de desemprego recuam 18,4% em janeiro

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

O subsídio de desemprego foi processado a 142.743 pessoas, mais 12,6% face ao mês anterior e uma redução homóloga de 8,8%.

O número de desempregados com prestações de desemprego aumentou 12,3% em janeiro face a dezembro, mas recuou 18,4% em comparação com o período homólogo, para 183.938, segundo as estatísticas mensais da Segurança Social publicadas esta segunda-feira.

De acordo com a síntese estatística mensal elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, registaram-se, assim, mais 20.114 beneficiários em janeiro relativamente a dezembro, mas menos 41.472 do que no mesmo mês de 2022. O subsídio de desemprego foi processado a 142.743 pessoas, mais 12,6% face ao mês anterior e uma redução homóloga de 8,8%.

Já o número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial foi de 9.885, um crescimento mensal de 35% e uma subida de 19,2% em comparação com o período homólogo. Em janeiro, o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 24.928 beneficiários, um acréscimo face a dezembro de 5% (mais 1.183 pessoas) e, comparando com o período homólogo, um aumento de 42,6% (mais 7.453 beneficiários).

O sexo feminino representa 55,8% e o sexo masculino 44,2% do total de beneficiários de prestações de desemprego. Em termos mensais verificou-se um crescimento de 10,2% de prestações de desemprego processadas a mulheres e, no caso dos homens, um aumento de 15%. Os dados estatísticos da Segurança Social revelam que o valor médio das prestações de desemprego em janeiro foi de 573,73 euros.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgou esta segunda que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 9,6%, no primeiro mês do ano, para 322.087 pessoas, tratando-se do segundo mês de janeiro com o valor mais baixo dos últimos 30 anos, anunciou o Governo. No entanto, comparativamente ao mês anterior, o número de desempregados aumentou 4,9%, o que representa um acréscimo de 15.082 pessoas.

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Pacote do Governo para habitação já está em consulta pública. Veja aqui o documento

O Pacote "Mais Habitação" apresentado pelo Executivo na quinta-feira passada para mitigar a crise na habitação entrou esta segunda-feira em consulta pública.

O Pacote “Mais Habitação” apresentado pelo Executivo na quinta-feira passada para mitigar a crise na habitação entrou esta segunda-feira em consulta pública.

Em causa estão um conjunto de medidas cujo valor estimado é de 900 milhões de euros (excluindo o custo com obras, compras ou rendas que venham a ser pagas pelo Estado) provenientes do Orçamento do Estado para 2023.

Entre as medidas consta o arrendamento obrigatório de casas devolutas, a criação de um balcão único de arrendamento, a isenção de mais valias na venda de imóveis ao Estado e municípios, a contribuição extraordinária para o alojamento local, o fim dos vistos gold, entre outras.

As propostas estão em consulta pública até 10 de março, pelo que ainda podem sofrer ajustes, e voltam a ser discutidas em Conselho de Ministros, a 16 de março.

Veja aqui o documento:

(Notícia atualizada)

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Novo abalo sacode o sudeste da Turquia

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

O novo tremor, com uma magnitude 6,4 na escala de Richter, causou pânico entre os sobreviventes que estão a viver em tendas.

Um novo terramoto, de magnitude 6,4 na escala de Richter, abalou esta segunda-feira a província turca de Hatay, uma das mais afetadas pelos sismos de 6 de fevereiro, que resultaram em pelo menos 44 mil mortos na Turquia e Síria. O sismo, com epicentro a sul da cidade de Antaquia, ocorreu pelas 20:04 (17:04 hora de Lisboa), segundo dados do observatório Kandilli, em Istambul, e também foi sentido em países vizinhos.

Ainda não há dados sobre possíveis novos danos ou vítimas, mas vários repórteres presentes em Antaquia relataram que o tremor causou pânico entre os sobreviventes que estão a viver em tendas, noticiou a agência Efe. Pelo menos um prédio já meio desmoronado desabou completamente e destroços de outras infraestruturas afetaram veículos estacionados, relatou a estação turca NTV.

Ahmet Ovgun Ercan, prestigiado geofísico da Universidade Técnica de Istambul, assegurou à estação HalkTV que este terremoto, que estimou de 17 segundos de duração, é um fenómeno normal e antecipou que alguns edifícios já danificados terão desabado. Desde o terremoto de 6 de fevereiro, praticamente nenhum dos edifícios de Antaquia está habitável, mas há equipas de trabalho de remoção de entulho que podem ter ficado retidas devido a desabamentos.

Além disso, muitos sobreviventes têm o hábito de se reunir em torno de fogueiras em frente a edifícios desmoronados para ajudar na identificação de corpos e podem estar em risco se um edifício sobrevivente vizinho tiver desabado. “Foi terrível, janelas partidas caíram sobre nós. Todos deixaram as lojas em pânico. Com a escuridão ainda não dá para ver o que aconteceu”, realçou Ugur Sahin, repórter do jornal BirGün, à Efe por telefone.

O centro nacional de emergência do serviço de emergência nacional turco (Afad), que localiza o epicentro do terremoto no bairro de Defne, na própria Antaquia, relatou uma segunda réplica, de magnitude 5,8, com epicentro em Samandag.

Mais de 44.000 pessoas morreram na Turquia e na Síria na sequência de fortes abalos sísmicos no dia 6: ao terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter – com epicentro em território turco – seguiram-se várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5. Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou para 84,5 milhões de dólares (79 milhões de euros) o pedido internacional de ajuda financeira destinado às vítimas destes sismos.

 

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Chega pede audição da ministra da Habitação e apresenta medidas próprias

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

Se o pedido de audição for rejeitado pelo PS, André Ventura adiantou que o partido vai avançar para uma audição potestativa para obrigar a ministra a ir à Assembleia da República.

O Chega pediu esta segunda-feira a audição da ministra da Habitação no parlamento para explicar aos deputados as medidas apresentadas pelo Governo na quinta-feira e anunciou um pacote próprio sobre a matéria. Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, o presidente do Chega indicou ter entregado no parlamento um requerimento para a audição, com caráter de urgência, da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

Caso seja rejeitada pelo PS (que tem maioria absoluta), André Ventura adiantou que o partido vai avançar para uma audição potestativa para obrigar a ministra a ir à Assembleia da República. O Chega quer que a ministra Marina Gonçalves dê explicações ao parlamento “face à gravidade” das medidas apresentadas pelo Governo e “ao impacto que proprietários, inquilinos e investidores apontam que poderão ter no mercado, na confiança e no ambiente económico do país em geral”.

Ventura considerou que existem “várias medidas claramente e frontalmente contra o espírito de economia livre e de mercado que existe em Portugal”, defendendo que “é importante que a senhora ministra venha explicá-las ao parlamento”.

“Este é o maior ataque à propriedade privada e à habitação em décadas, desde o PREC após a revolução do 25 de Abril de 1974, e estas medidas não podem ser discutidas em plenário sem uma discussão detalhada, pormenorizada, sobre os planos do Governo nesta matéria“, criticou, afirmando que as propostas do Governo “não agradam ao eleitorado, não agradam aos proprietários, aos arrendatários e ao próprio mercado imobiliário” e “terão um impacto significativo na economia portuguesa”.

Aos jornalistas, André Ventura apresentou também o pacote de medidas proposto pelo Chega, denominado “Habitação com confiança”, que tem como objetivo “fazer o contraponto ao programa do Governo”, que “insiste em arrendar coercivamente, em expropriar, em criar contribuições extraordinárias, visa distribuir habitação à custa da confiança dos proprietários, do mercado e dos arrendatários”.

O arrendamento sem concordância dos próprios proprietários, a criação de uma taxa extraordinária sobre alojamento local ou a redução dos licenciamentos para cinco anos é um dos maiores ataques ao investimento privado e à propriedade privada que há memória em Portugal. Estas medidas não podem passar impunes nem incólumes, pela sua gravidade e pela frontalidade de inconstitucionalidade que trazem em si próprias”, sustentou.

O Chega propõe 10 medidas, entre as quais a isenção do pagamento de IMT, IMI e imposto de selo para quem comprar habitação própria até 250 mil euros, redução do imposto sobre as rendas para 5% no caso de contratos de longa duração e 10% para os restantes, benefícios ficais para quem reabilitar prédios devolutos destinados ao arrendamento ou a redução do IVA da construção civil.

O partido quer também apoios diretos para as famílias que viram a sua taxa de esforço “aumentar significativamente” na sequência da subida das taxas de juro, crédito bonificado para jovens, com o Estado fiador durante cinco anos, limitar a três o número de rendas que podem ser pedidas no início de novos contratos de arrendamento, um levantamento da habitação pública disponível e, ainda, sanções para o uso indevido de habitação pública.

Estas propostas vão dar entrada na Assembleia da República “na quinta-feira”, indicou André Ventura, afirmando esperar possam ser debatidas no mesmo dia das medidas do Governo. O líder do Chega estimou que o custo das medidas que o partido propõe seja “na ordem dos 750 milhões de euros”.

Ventura anunciou também que o partido vai apresentar no parlamento uma resolução “para a rejeição imediata” das propostas do Governo inseridas no “Programa Mais Habitação” e admitiu “contactos informais” com deputados de outros partidos com vista a pedir a fiscalização da sua constitucionalidade ao Tribunal Constitucional.

O líder do Chega apelou também ao Presidente da República que “não deixe entrar em vigor nenhuma medida sem o crivo do Tribunal Constitucional” e vete politicamente algumas delas – “especialmente o arredamento coercivo e a criação de uma taxa extraordinária sobre o alojamento local, bem como as licenças renováveis de cinco em cinco anos” -, e admitiu pedir uma audiência a Marcelo Rebelo de Sousa.

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Conselho de Segurança da ONU retira à última hora condenação a colonatos israelitas

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

No último minuto, uma resolução que condenava os colonatos israelitas na Cisjordânia foi substituída por uma declaração sem a palavra "condenação".

O Conselho de Segurança da ONU retirou esta segunda-feira, no último minuto, uma resolução que condenava os colonatos israelitas na Cisjordânia, substituindo-a por uma declaração omitindo a palavra “condenação”. A resolução tinha sido promovida pelos Emirados Árabes Unidos, atualmente membro do Conselho, e parecia até que os Estados Unidos, maior aliado de Israel, não a iria vetar, como aconteceu em 2016, quando os EUA se abstiveram na resolução 2334, que pedia para suspender todos os colonatos.

Em vez disso, a presidência do Conselho – ocupada por Malta – leu uma declaração em nome de todos os membros reiterando a “profunda preocupação” com o anúncio do governo israelita no início deste mês de legalizar nove colonatos e construir cerca de 10.000 novas unidades em território palestiniano.

No comunicado, os membros do Conselho asseguravam que se iriam opor “fortemente a qualquer medida unilateral que impeça a paz”, clarificando as práticas imputadas ao Estado de Israel: novos colonatos, demolição de casas palestinianas, confisco de terras e deslocamento de civis. No entanto, a declaração não exige que Israel retire qualquer uma dessas medidas nem que as condene.

Além disso, acrescenta várias referências a “ataques contra civis” e “atividades terroristas”, bem como critica à “glorificação do terrorismo”, numa tentativa de mostrar equidistância e distribuir as culpas entre israelitas e palestinianos. A representante permanente dos Emirados nas Nações Unidas, Lana Nusseibeh, desvalorizou a retirada da resolução, dizendo que a declaração era importante, já que se trata da “primeira decisão do Conselho sobre esta questão, em mais de seis anos”.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu a palavra para clarificar a rejeição dos colonatos. “Opomo-nos ao anúncio de promover milhares de colonatos (…) Não apoiamos essas medidas. Ponto final. A atividade de colonatos não contribui para uma solução”, explicou a embaixadora norte-americana.

Contudo, o embaixador russo, Vasili Nebenzia, não hesitou em acusar os Estados Unidos de bloquearem a resolução, e denunciou a linha política de Washington, acusando-a de “trocar a paz política pela paz económica”. Num comunicado posterior, a organização Human Rights Watch considerou que a resolução “foi diluída pela pressão dos Estados Unidos e de Israel” e reiterou que o Conselho “deveria pelo menos adotar uma resolução que condenasse claramente os colonatos”.

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Demissão no Governo espanhol por encomenda de comboios que não cabiam em túneis

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2023

Em 2020, 31 comboios foram encomendados a uma empresa do País Basco. Para lá do atraso na construção dos comboios, descobriu-se entretanto um erro de dimensão nas carruagens.

A secretária de Estado dos Transportes de Espanha e o presidente da empresa pública de comboios Renfe demitiram-se esta segunda-feira na sequência de uma encomenda de comboios maiores do que os túneis onde deveriam circular.

As demissões foram confirmadas pelo Ministério dos Transportes e são o culminar de semanas de polémica por causa deste caso, que remonta a 2020, quando 31 comboios foram encomendados a uma empresa também espanhola, do País Basco, com o objetivo de fazerem ligações suburbanas e de curta distância em regiões do norte do país.

Soube-se no final de janeiro deste ano que a entrega dos primeiros comboios já não aconteceria em 2024, como inicialmente anunciado, mas em 2026, por causa de um erro na encomenda, detetada pela empresa que ia construir as composições. Não se chegaram a construir comboios e o Governo espanhol garante que não houve gastos extraordinários, porque o erro foi detetado antes do início da fabricação.

A polémica das últimas semanas deveu-se, essencialmente, por o erro e o atraso consequente ter sido alegadamente ocultado durante quase dois anos pelos responsáveis das empresas públicas de comboios Renfe e de infraestruturas Adif, sendo que a então presidente desta última era a atual secretária de Estado dos Transportes, que esta segunda se demitiu.

A ministra dos Transportes, Raquel Sánchez, assegurou que ela própria só soube do problema ao mesmo tempo da opinião pública, quando surgiram na imprensa regional as primeiras notícias do atraso na entrega da encomenda. O erro deveu-se, aparentemente, ao gabarit (espaço disponível no canal) que constava da encomenda, que não correspondia às vias, antigas, das regiões da Cantábria e das Astúrias onde circulariam os comboios, fazendo com que as composições pedidas fossem maiores dos que os túneis por onde teriam de passar.

O Governo espanhol anunciou um inquérito para apurar responsabilidades, mas o presidente da Renfe, Isaías Taboas, e a secretária de Estado Isabel Pardo de Vera deixaram hoje os respetivos cargos, antes de haver resultados dessa investigação e no meio de críticas dos governos regionais da Cantábria e das Astúrias.

O presidente do governo regional da Cantábria, Miguel Ángel Revilla (Partido Regionalista da Cantábria), criticou uma encomenda feita “sem medir os comboios nem os túneis” e que “durante dois anos e pico se soubesse e não se tenha dito nada”. Já o presidente do governo das Astúrias, o socialista Adrián Barbón, considerou o caso “um escândalo que só pode ser qualificado como um embaraço e uma vergonha”. Tanto Revilla como Barbón tinham pedido para se apurarem todas as responsabilidades neste caso.

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