Ministro da Economia diz que presidente da ANI “não estava assim tão preocupada”
António Costa Silva afirma que as questões levantadas por Joana Mendonça na carta de renúncia à presidência da Agência Nacional de Inovação não foram referidas em reuniões anteriores.
Na noite de segunda-feira, Joana Mendonça apresentou a demissão do cargo de presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI), alegando, numa carta que o ECO avançou em primeira mão, que não se sentiu apoiada e que aquela agência estaria a ser secundarizada no que diz respeito ao seu envolvimento no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e no Portugal 2030 (PT 2030). Mas, ao Público (acesso condicionado), o ministro da Economia refuta as afirmações da presidente demissionária da ANI e diz que alegados problemas de orientação ou relacionamento entre Governo e ANI nunca foram referidos por Joana Mendonça em reuniões anteriores.
“Sobre as questões suscitadas na carta de renúncia, elas não foram levantadas nas reuniões mantidas pelo senhor secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, o que mostra que a presidente da ANI não estava assim tão preocupada. A única exceção foi o programa Eureka e o problema foi resolvido”, afirmou António Costa Silva, que garante que a execução daqueles programas comunitários, em especial o PRR, “nunca esteve em causa”. Uma ideia que, aliás, sublinhada em comunicado conjunto dos ministérios da Economia e da Ciência na terça-feira.
O responsável refere ainda que está a analisar, juntamente com a ministra da Ciência — que também tutela a ANI –, as conclusões do Relatório da Inspeção Geral de Finanças, que resultou da investigação sobre o Sifide (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial) e que mostra que é necessário “melhorar muito o sistema de gestão” da agência. A renúncia de Joana Mendonça da presidência da ANI é a quinta mudança entre dirigentes de topo do Ministério da Economia ou de entidades por este tuteladas, depois das saídas de Beatriz Freitas do Banco Português de Fomento, dos secretários de Estado João Neves (Economia) e Rita Marques (Turismo) e de Francisco Sá do IAPMEI.
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