Novabase vota em assembleia-geral redução do capital em mais de 32 milhões
Os acionistas serão chamados a decidir, na assembleia-geral de 13 de março, a redução do capital dos atuais 32.971.463,70 euros para 942 mil euros.
A tecnológica Novabase convocou uma assembleia-geral de acionistas para o dia 13 de março, na qual vai ser votada a redução do capital social da empresa em mais de 32 milhões de euros para 942.041 euros.
De acordo com a proposta enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em cima da mesa estará a redução do capital social da empresa “de 32.971.463,70 euros para 942.041,82 euros, sendo o montante global da redução de 32.029.421,88 euros, destinado a libertação do excesso de capital e transferido na sua totalidade para reservas livres”.
Da ordem de trabalhos faz igualmente parte a votação sobre a redução do capital social por amortização de ações próprias “a serem adquiridas no âmbito da oferta pública de aquisição parcial e voluntária de ações próprias, anunciada preliminarmente pelo Conselho no dia de 16 de fevereiro”. Os acionistas vão ainda deliberar sobre o balanço reportado ao final de 2022.
A assembleia-geral extraordinária vai decorrer, exclusivamente, através de meios telemáticos.
A Novabase suspendeu ainda, temporariamente, o seu programa de recompra de ações, após lançar uma oferta pública de aquisição sobre até 20% do seu capital. “A Novabase – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. anuncia a suspensão temporária do programa de recompra de ações da Novabase, lançado em 29 de setembro de 2021 e atualmente em curso, na sequência da divulgação no dia de hoje do anúncio preliminar relativo a uma oferta pública de aquisição de ações próprias”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Novabase lançou uma oferta pública de aquisição sobre um máximo de 6.280.279 ações, ou seja, 20% do seu capital, por uma contrapartida de 4,85 euros, adiantou a empresa, em comunicado ao mercado. Esta oferta “é parcial e voluntária, tendo por objeto um máximo de 6.280.279 ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal unitário de 1,05 euros, representativas de 20% do capital social da oferente”, disse a empresa, na mesma nota.
De acordo com a Novabase, “a contrapartida para aquisição das ações objeto da presente oferta é de 4,85 euros por ação, a pagar em numerário, deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação, a título de dividendos, de adiantamento sobre lucros do exercício, de distribuição de reservas ou restituição de capital social”.
“A oferente e sociedade visada detém atualmente 2.065.207 representativas de 6,58% do seu capital social, das quais 962.194 ações, representativas de 3,06% do capital social, são detidas através da sua participada Novabase Consulting S.G.P.S., S.A.”, acrescentou.
A tecnológica somou 8,9 milhões de euros de lucro em 2022, mais 2% do que em igual período do ano anterior. De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os lucros da empresa situaram-se em 8,9 milhões de euros em 2022, acima dos 8,7 milhões de euros registados no ano anterior.
“Os resultados de 2022 da Novabase revelam um bom desempenho, suportado por uma execução bem-sucedida da nossa estratégia”, afirmou, citado na mesma nota, o presidente executivo da empresa, Luís Paulo Salvado. Por sua vez, o volume de negócios atingiu 163,4 milhões de euros mais 18% do que no ano anterior, quando tinha representado 138,8 milhões de euros.
Do total apurado em 2022, 60,9% foi gerado em países terceiros, enquanto 39,1% tiveram origem em Portugal. O resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) fixou-se, no ano passado, em 14 milhões de euros, acima dos 12,7 milhões de euros verificados em 2021.
Já o ‘net cash’ representou 39,5 milhões de euros, quando em 2021 tinha sido de 55,8 milhões de euros, sobretudo devido à remuneração acionista (13 milhões de euros). O número médio de trabalhadores da Novabase foi de 2.112 no ano passado, um aumento de 8% “excluindo a equipa de ‘shared services’ absorvida pela Celfocus, principal empresa do ‘Next-Gen’, em 2022”.
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