Julgamento de Sócrates paralisado por lei pendurada no Governo há um ano e meio
Defesa de Sócrates quer aplicação de lei que ainda não está regulamentada. Em causa está sorteio dos nomes de todos os juízes.
Segundo uma lei aprovada pelo Parlamento em agosto de 2021, os nomes dos desembargadores deveriam ser sorteados, algo que não aconteceu na Operação Marquês. Isto já que a lei ainda não foi regulamentada, o que deveria ter sido feito pelo Governo “em 30 dias”. Desta forma, a defesa de Sócrates reitera que todos os nomes devem ser sorteados antes de o julgamento avançar, de acordo com o Expresso (acesso pago).
Até agora, sem o regulamento, os tribunais têm entendido que a lei ainda não está em vigor e só sorteiam o relator, enquanto os adjuntos são nomeados. Foi o que aconteceu no caso de Sócrates, com o nome da presidente do coletivo, Raquel Lima, sorteado e Micaela Rodrigues e Madalena Caldeira escolhidas com base na antiguidade no Tribunal da Relação de Lisboa.
O antigo primeiro-ministro não concorda com este entendimento e tem apresentado sucessivos pedidos de recusa, que estão a paralisar o processo. “Enquanto não houver sorteio de todos os juízes, não aceitamos nenhum coletivo. Vamos pedir a recusa porque isto é pura e simplesmente inaceitável”, defende o advogado Pedro Delille, que vai pedir a recusa do coletivo presidido por Raquel Lima.
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