Pizarro responde a sondagem com “falta de perceção” das pessoas sobre benefícios da reforma do SNS
Governo continua a ser visto como culpado da situação da Saúde no país. Ministro já reagiu: "Não conheço nenhuma reforma na saúde que se tenha tornado popular antes de as pessoas verem como funciona".
Na sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, o principal responsável pelo mau funcionamento da saúde em Portugal é o Governo. Manuel Pizarro, ministro da Saúde, diz que é preciso agir com “tranquilidade” e continuar a investir na reforma da saúde como tem sido feito até ao momento.
À questão “De quem é a culpa de toda a atual situação da Saúde em Portugal?”, mais de metade dos inquiridos (65,7%) apontou o dedo ao Governo. Em segundo lugar na lista dos “culpados” estão as administrações hospitalares (20,7%) e, por último, os médicos (3,6%).
Questionado pelos jornalistas sobre o resultado da sondagem, o ministro da Saúde reagiu com naturalidade: “Não conheço nenhuma reforma na saúde que se tenha tornado popular antes de as pessoas verem como funciona. Todas as reformas da saúde são pressionadas pelas pessoas com o risco daquilo que sentem que vão perder e com a falta de perceção daquilo que vão recuperar em troca.”
Apesar de ter “muito respeito pela opinião pública e pela opinião dos especialistas”, Manuel Pizarro diz que é preciso fazer o que for necessário “para organizar um sistema que seja seguro e sustentável”, gerando uma resposta “organizada, estruturada, percetível pelos cidadãos e que gere qualidade e segurança para os utentes e os profissionais”.
Por isso mesmo é “obrigação” do Governo agir com “tranquilidade”. “Não escondo nem diminuo os problemas e dificuldades que temos, mas devo dizer que tenho a certeza que o SNS cá estará, como sempre, para dar resposta”, assegura.
A sondagem desta quarta-feira clarifica ainda que a anterior ministra da pasta continua a ter boa opinião junto dos portugueses. Marta Temido obteve uma percentagem de popularidade de cerca do dobro do atual ministro. Os dados encontram-se em linha com a sondagem de dezembro do ano passado, onde a imagem de Pizarro já era avaliada de forma negativa e, num “confronto” com Temido, apenas 12% dos inquiridos o consideravam melhor no desempenho do seu papel.
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